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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Enredo 905: Costinha

        Nono Concurso de Enredos

Ficha técnica: Acadêmicos do Cabral 


Carnavalesco > Neni Cabral
Presidente > Chico Virilha
Presidente de Honra > Tião Medonho
Baluartes > João Gravata / Alemão Vanusa
Diretor de Carnaval > Serginho Piroca
Diretor de Harmonia > Chulipa
1° Casal de Mestre- Sala e Porta- Bandeira > Morena Rosa e Dengoso
Coreógrafo Comissão de Frente > Deco Ama’rola
Bateria > Marcha Lenta
 250 Ritmistas e meio (Um é anão 
Mestre de Bateria > Miltinho Toca Aqui
Interprete > Bico Doce
PAPAI > Castor Farid Drummond
Patrocinadores > Padaria Pão da Nona – Oficina de Restauração do Fusca – Casa da Cachaça Ébrio – Raspadinhas do Rio – “Regos” Centro de socialização LGBT.


                                  Enredo: Neni Cabral      

Justificativa
A acadêmicos do Cabral tem orgulho de apresentar: Lírio Mário da Costa, um dos comediantes mais famosos da história do rádio, teatro, cinema e Tv que o Brasil já teve.
Lírio teve fama por caretas engraçadas e piadas picantes, mas nosso homenageado era muito mais que isto, um artista completo que começou cedo, e com muita luta e porque não, cara de pau, venceu na vida e se tornou um dos artistas mais queridos de sua época e até hoje deixa muita saudade. 
Jura que você não reconhece Lírio Mário da Costa? Você já deve ter contado ou ouvido uma piadinha suja dele em algum lugar.
Já chamaram ele de tanta coisa, LIBERTINO, IMORAL, PORNOGRÁFICO, BOCA SUJA entre outros nomes impronunciáveis, mas apenas um nome pegou ... E quem não conhece, agora vai conhecer, o primeiro e único, COSTINHA.

Sinopse – Entrevista Fictícia
(Uma Rapidinha Com o Costinha)
Cabral – É verdade que o senhor começou muito cedo, no circo?
Costinha – Sim senhorito, comecei molecote com o palhaço do meu pai, ele me ensinou todas as manhas do picadeiro, até flertei com trapézio e como equilibrista, mas segurar no pau não é comigo.
Cabral– Seu pai abandonou a família quando o senhor ainda era pequeno, e teve que largar o circo e ir trabalhar, conte como foi?
Costinha – Foi duro, o palhação deitou cabelo no mundo, tive que entrar pra vida, no bom sentido, (RISOS) Trabalhei como engraxate, garçom, apontador de jogo do bicho, vivia entre malandros, “moças da vida” e boêmios, até foi bom, aprendi muita coisa.
Cabral– E como o senhor entrou para o Rádio?
Costinha – Ué, eu dei ... Dei o melhor de mim, comecei limpando chão, era faxineiro não tinha vergonha de trabalhar. Eu fazia uma brincadeira aqui outra ali e fui ganhando os diretores, também com este corpo, como eles iriam resistir né (RISOS) Fiz radionovelas, e os programas Cadeira de barbeiro, recruta 23 e a versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo.
Cabral – O teatro foi uma consequência do rádio?
Costinha – Sem dúvida, eu sentia a necessidade de mostrar minhas criações e ideias para o povo, e graças Deus deu muito certo. Fiz O DONZELO, (puro como sempre fui) MORNO E MANSO (Isso já não é comigo) VELUDO, O COSTUREIRO DAS DONDOCAS (Bicha mais nem tanto) e COSTINHA NA INTIMIDADE (Matei a cobra, mas não mostrei o pau, eu juro)
Cabral – E como o senhor foi parar no cinema?
Costinha – A fama do teatro chamou a atenção, e alguns diretores acharam que eu poderia dar para o cinema, e dei com muito prazer viu (RISOS) Fui de tudo um pouco na telona. Marujo, detetive, fazendeiro, rei da selva, acredita? Fui um homem de seis milhões e até caçador, galã nunca, minha beleza era muito exótica para o cinema nacional.
Cabral – A TV foi marcante para o senhor, conte-nos um pouco dessa experiência?
Costinha – Foi ótimo, apesar da censura. Uma das minhas primeiras experiência na TV foi em um comercial de perucas acredite, as raspadinhas do rio foi outro comercial muito famoso, fui garoto de programas, e outra vez dei ... dei muito, o meu melhor, no Planeta dos homens era só diversão, na Rede Manchete foi tudo de bom, puxei muito o saco do patrão Silvio Santos no SBT, e reencontrei meu eterno amigo Chico Anysio na Escolinha.
Cabral – E as piadinhas, aprendeu onde, o senhor que inventou a maioria?
Costinha – As piadas aprendi lá no começo, no meio dos malandros, depois com o tempo fui criando, Nunca tive preconceito de nada, por isso contei piadas de todos os gêneros, português, viúva, padre, caipira, freiras, ceguinho e claro meu carro chefe AS BICHINHAS. Sabe, de tanto eu fazer bichinhas o povo acha que sou uma, mas vamos e viemos, pra alguém pegar uma bicha com minha cara deve estar com muita fome né (RISOS)
Cabral – Bom era isso meu mestre, muito obrigado, foi bom para o senhor?
Costinha – Nossa... Nossaaa nem te conto, depois me passa teu telefone. E um beijo nas coxas de todos os leitores.

Desenvolvimento
1° Setor: Palhacinho – Para começar nosso desfile, mostraremos a infância de Costinha, seu começo no circo.
Comissão de Frente: Descabelando o Palhaço – Serão 15 palhaços, fantasia nas cores azul e branco, farão um número com movimentos típicos de palhaço de circo, no rosto terão uma máscara e perucas em azul. Em certo momento eles tiram a máscara e a roupa de palhaço, aparecem
com um grande vestido, brincos e rosto pintado como mulher, e se acabam de tanto sambar e rebolar. A comissão lembra o começo de Costinha no circo como palhaço, e claro suas inesquecíveis “bichinhas”.

1° Carro – Abre-Alas (Picadeiro Maluco)
Nosso carro abre-alas será um grande circo, basicamente nas cores azul e branco, teremos elefantes na corda bamba, macacos no trapézio, uma grande escultura de Costinha como mestre de cerimônia, no meio do picadeiro algumas “bichinhas” muito doidas vestidas de bichinhos como: Girafa, leão, cachorro, veadinhos entre outros.










2° Setor: O Dono da Rua – No segundo setor, mostraremos um Costinha ainda jovem, que saiu de casa para trabalhar e mostraremos alguns personagens que influenciaram sua carreira.
1° Ala (Engraxadinho) O nome da ala é obviamente uma brincadeira com ENGRAXATE, uma das profissões que Costinha teve ainda quando menino. O chapéu parecendo um sapato brilhante, a fantasia em tiras parecendo sujas de graxa, e claro uma caixa de sapateiro como acessório.
2° Ala (Pequeno Garçom) Calça amarela, camisa rosa, gravata roxa, e com uma grande bandeja cheia de copos de cerveja, a costeira seria várias notas de dinheiro (gorjetas) 
3° Ala (Pegando no Bicho) Esta fantasia representa o momento em que Costinha foi apontador de jogo do bicho. O chapéu, claro a cabeça de um veadinho, costeira com diversos números, no restante da fantasia diversas imagens de bichos relacionado ao jogo.
4° Ala - Passistas (Moças da Vida) Nossas passistas estarão com uma fantasia toda em vermelho, flores na cabeça, saias curtas, salto agulha muito alto, e vários acessórios chamativos, como brincos e colares.
5° Ala (Os Malandros) Os malandros de rua influenciaram muito Costinha na forma de se vestir e também no lado performático. Ala de passo marcado, com apenas homens e ternos brancos com detalhes em vermelho, e chapéu panamá.
2° Carro (Boêmia)   
Este carro representara um dos diversos pontos de encontro de boêmios da década de quarenta no centro do Rio de Janeiro.
Em vermelho e branco o carro seria um grande bar, ao fundo um palco com diversas vedetes, nas escadarias dos lados diversos casais dançando maxixe. No centro diversas mesas e cadeiras com casais bebendo, mais a frente, malandro fazendo alguns passos ameaçadores com navalhas.
Bem na frente, no começo do carro, uma imagem de Costinha em movimento fazendo careta abraçado com duas “moças da vida”




3° Setor: Nas Ondas do Rádio - Neste momento do desfile, mostraremos a entrada de Costinha no mundo artístico pelo rádio.
6° Ala (Faxineiro Divertido) Uma vassoura e um balde colorido nas mãos, fantasia nas cores amarela e verde, um bermudão e um camisetão, compõem uma fantasia leve.
7° Ala (O Noveleiro) Um terno colorido com muito brilho e uma pequena capa. Mulheres com roupas típicas das décadas de quarenta e cinquenta, mas muito coloridas, elas seria as atrizes que contracenavam com Costinha.
8° Ala (Cadeira de Barbeiro) Nas cores branca com pequenos detalhes em amarelo, nos ombros representações de tesouras.
9° Ala (Recruta 23) Completamente verde, tradicional farda de guerra do exército, nos ombros o número 23, com brilhos e algumas pedras verdes.
10° Ala - Crianças (Seu Mazarito) Primeira vez que Costinha fez o personagem Mazarito ainda no rádio, calça, suspensório, um pequeno bonezinho branco.

3° Carro (Rádio Tamoio)
Um grande estúdio de rádio dos anos quarenta e cinquenta, ao fundo uma grande cabine com técnicos de som e maquinário da época. Dos lados grandes vitrolas, gramofones. No centro esculturas de Costinha e outros artistas em movimento, como se estivessem interpretando novelas e outros programas, alguns microfones e pequenas bancadas com textos. A frente do carro componentes, como plateia do auditório das rádios muito comum naquele tempo, todos vestidos com roupas da época.





4° Setor: Fazendo Teatro – A chegada de Costinha no teatro, e seu estrondoso sucesso será contada neste momento do desfile.
11° Ala (O Donzelo) Simples e óbvia fantasia, toda em branco de anjinho, nas costeiras, grandes asas, mas de bermudão e botas de cano longo.
12° Ala - Bateria (Morno e Manso) Nossa bateria terá uma fantasia na cabeça, grandes chifres, grandes óculos, casacão colorido com flores, calça boca de sino, e sapatos com salto alto.
13° Ala (Veludo, O Costureiro das Dondocas) Em amarelo e roxo, bem espalhafatosa, cheio de plumas e uma grande capa. Grandes óculos amarelos e roxo.
14° Ala (Costinha na Intimidade) Neste peça Costinha contava piadas, falava de sua vida, e fazia algumas brincadeiras. Ala só de homens, vestidos com ceroulas, um grande roupão vermelho, sapato e meia.
15° Ala (As Meninas das Bolas) Na peça Costinha na Intimidade, nosso homenageado fazia uma brincadeira onde em um pequeno globo era tirado números referentes a peças de roupa de uma determinada modelo, mas o público não sabia que os números da calcinha e sutiã não estavam no globinho, e assim ela nunca ficava nua. Ala apenas com mulheres como modelos de biquíni, com alguns números na costeira.

4° Carro (Uma Noite de Gargalhadas)
O quarto carro do desfile seria um grande teatro, ao fundo e dos lados, grandes escadarias com diversas dançarinas, representando as vedetes da época. No centro um grande piano com a imagem de Costinha (ele era um excelente pianistas) e tocou em algumas peças.
Na frente do carro, uma representação de uma bilheteria e diversas placas escrito ESGOTADO, e componentes fazendo fila.











5° Setor: No Escurinho do Cinema – Os anos de Costinha no cinema e seus personagens mais famosos, serão retratados neste setor.
16° Ala (Marujo Por Acaso) Filme de 1954, nele Costinha faz um marujo completamente sem noção. Fantasia branca com detalhes em azul, chapeuzinho branco, tudo com muito brilho.
17° Ala (Sherlock de Araque) Produzido em 1958 o filme é uma grande paródia do famoso Sherlock Holmes. A fantasia seria a famosa vestimenta do detetive, mas nas cores verde e amarelo.
18° Ala (Entrei de Gaiato) Filmado em 1959, nosso astro se faz passar por um fazendeiro do cacau muito rico. Fantasia toda em dourado, chapéus, botas, esporas, costeira com pequenos cacaus em dourado.
19° Ala (Costinha, O Rei da Selva) Financiado por sua esposa, esta parodia de 1976, brinca com o famoso filme TARZAN. As mulheres vem como macaquinhas, cabeça seria o rosto do macaco, sutiã, e calcinha parecendo pelo, e grandes botas, os homens com grandes sungas peludas, e cipós enrolados no corpo.
Mestre Sala e Porta Bandeira – Nosso mestre sala será o HOMEM DE SEIS MILHOES DE CRUZEIROS, fantasia toda nas cores prata. E nossa porta bandeira, desfilara como A PANTERA. Toda nos cores bronze.
Nosso casal representara o filme de 1978, O HOMEM DOS SEIS MILHOES DE CRUZEIROS CONTRA AS PANTERAS. O Longa é uma sátira as series americanas, O homem de seis milhões de dólares e as famosas Charlie´s Angels (Panteras)
5° Carro (Histórias que Nossas Babás Não Contavam)
Considerado um dos maiores clássicos da pornochanchada nacional, a paródia, Historias que nossas babás não contavam será nosso quinto carro. Produzido em 1979 Costinha fazia o Caçador.
No fundo do carro, vemos um grande bosque em meio a figura de Costinha gigante representando o caçador, claro, fazendo careta. No centro do carro temos a casa dos sete anões, vemos cozinha, banheiro, e o quarto com as camas onde eles ficam pulando alegremente. A frente numa grande banheira, nua vemos Clara das Neves (Nome na paródia) tomando seu banho, como na famosa cena do filme.

6° Setor: Na Telinha da Tv – No penúltimo setor do nosso desfile, vamos mostrar alguns trabalhos que Costinha fez na Tv brasileira.
20° Ala (Perucas Lady) Em um de seus primeiros trabalhos na Tv, nosso mestre fez uma propaganda vendendo perucas. Uma grande peruca loira na cabeça, e uma grande bata amarela brilhante compõem a fantasia.
21° Ala (Planeta dos Homens) Programa feito pela rede Globo do fim dos anos setenta e começo dos oitenta, grandes macacos na abertura ficaram muito conhecidos, Costinha teve alguns tipos, como um engraçado padre, com isto nossa fantasia é uma macaco vestido com uma batina de padre muito brilhante, com várias pedras.
22° Ala - Baianas (Madame Lu) A personagem Madama Lu foi do programa da Rede Manchete Apertem o Cinto. Vestido em branco com detalhes vermelho, com várias referências aos signos dos zodíacos.
23° Ala (Costinha em 3 atos e 1/2) Neste programa no SBT o humorista fazia vários personagens e por vezes fazia referências puxando o saco do Silvio Santos. Todos componentes de terno cinza claro, com uma grande máscara com o rosto do Silvio Santos, mas nas costas um boneco de Costinha abraçado fazendo careta.
24° Ala (Raspadinhas do Rio) Um clássico da propagando nacional, comercial dirigido simplesmente por Cacá Diegues. Fantasia muito colorida, com vários números, no peito uma discreta seta apontando para baixo onde diz, RASPE AQUI.
6° Carro (Escolinha do Professor Raimundo)
Uma grande sala de aula, dos mestres do humor brasileiro será nosso sexto carro. Ao fundo um grande quadro negro escrito SAUDADE DOS MESTRES, mais a frente uma grande escultura com movimento do professor Raimundo em sua mesa, escorado junto a ele Costinha (Seu Mazarito) como na imagem ao lado, dois grandes microfones acima de ambos.
A frente do carro, os atores ainda vivos que passaram pela escolinha trajados como seus personagens, e os falecidos como bonecos em movimento.
Sua esposa e seus sete filhos estarão neste carro, junto com nossa velha guarda. 


7° Setor: Ah ... Agora lembrei de Outra –Pra fechar nossa homenagem, vamos lembrar de algumas piadinhas famosas de nosso mestre.
25° Ala (O Português Traficante) Como não tinha coca, o português trouxe Pepsi mesmo. Fantasia toda branca com desenhos parecendo o pô de cocaína (Discreto é Claro) uma grande mala transparente, com várias garrafas do refrigerante Pepsi.
26° Ala (A Viúva) Que fazia xixi no tumulo do marido (cada um chora por onde tem saudade) Vestido na cor prata, na parte da frente um pequena plaquinha escrito (Saudade de você Zé)
27° Ala (O Caipira e o Touro) Piadinha do caipira que levou o touro pra reproduzir. Tradicional roupa conhecida de caipira, chapéu de palha, calça curta, em meio a ala um grande touro fazendo uma careta engraçada.
28° Ala - Compositores (O Ceguinho e o Cachorro) Ceguinho tentando achar a cabeça do cachorro pra dar uma paulada. Terno preto com detalhes azuis e uma cartola preta, todos usando óculos escuros e uma bengala, e trazendo na coleira um cachorro de pelúcia.
29° Ala (O Padre a Freira e o Camelo) O padre louco pra pegar a freira no deserto encima de um camelo. Homens vestidos de padre, mas se vê por baixo da batina uma grande ereção. As mulheres vestidas de freira com uma vestido curtinho e com o bumbum de fora, em meio a ala alguns camelos.
7° Carro (As Bichinhas Ricas)                                                                                                           
Nosso último carro, será das bichinhas ricas, uma das clássicas piadas do nosso mestre. Todo em rosa e roxo, Costinha sempre dizia que casa de bicha rica são nessas cores berrantes. Seria uma grande casa, cheia de corações, flores, plumas e paetês, imagens de homens, e algumas lagartixas na parede, simbolizando a bicha lagartixa.
A frente do carro vários sofás com algumas bichinhas deitadas com leques enormes.  


                                                  
                                                         Fontes de Pesquisas                                                                                                                                         
Ø Revista Manchete – Outubro de 1995
Ø Centro Cultural Costinha
Ø Site: Memorial da Fama
Ø Programa Câmera Manchete – Especial Costinha
Ø Caricaturas retiradas da internet 



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