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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Enredo 926: Entre Encontros e Despedidas

Entre encontros e despedidas, a vida se repete na avenida”
Cleiton Almeida
cleiton_almeida04@hotmail.com









Sempre ouvimos que a vida é uma grande viagem. Pegamos o trem e viajamos sem planos e partimos para o nosso destino. Com o tempo, aprendemos a ver a vida além da matéria, olhando para a alma e o conhecimento que ela carrega. O espírito cheio de amor que dá vida ao corpo. Somos viajantes nas plataformas dessa estação.
Inspirado e baseado na canção “Encontros e despedidas” de Milton Nascimento e Fernando Brant, eternizada na voz de Maria Rita, o enredo conta os vai e vens que ocorrem na estação da vida. Todos os processos de encarnação, desencarnação e reencarnação que ocorrem nessa viagem cheia de idas e vindas. O carnaval abre seu espaço aos conhecimentos espíritas para levar uma mensagem de luz e amor aos foliões e amantes do samba.






“Mande notícias do mundo de lá, diz quem fica. Me dê um abraço, venha me apertar, tô chegando...”
O espírito solto na imensidão, uma chama, um clarão. O conhecimento do universo, a inteligência que incorpora o corpo.
Agora é a hora da viagem começar e de usar o perispírito. O espírito torna-se alma. O amor ganha vida. O amor que faz parte do espírito, e com ele vem ao mundo e viaja entre os planos.
O sopro da vida dá início ao contato com o corpo físico. Nosso laço fluídico é criado, ligando o perispírito ao corpo material. Assim, a encarnação ocorre com a ligação da alma e do corpo. O espírito enfim ganha sua forma material e nasce em carne.
O nascimento é o conhecimento do plano físico e do mundo material. O parto é o momento de viver a vida biológica.
A Terra é o lugar onde ocorrem as chegadas e as partidas. Os encontros e as despedidas. E enquanto tem gente que vem, tem gente que vai.
Partir sem ter planos, inesperadamente. A morte do corpo físico ocorre por vários motivos, desde acidentes do dia a dia até o esgotamento do fluído vital. E então ocorre o desencarne, a saída definitiva do espírito do corpo. Os laços se desfazem e o perispírito deixa o mundo material.
A alma se une a outras almas em outro plano. Cada qual em um grupo diferente, de acordo com o seu grau de evolução. O outro lado da viagem é o plano espiritual. A vida não acaba na Terra, mas é eterna em outros níveis de vínculo.
Mas tem gente que vem e quer voltar. Tem gente que vai e quer ficar. Portanto, esses espíritos escolhem reencarnar em outro corpo físico, sem qualquer ligação ao antigo. A reencarnação serve para o aperfeiçoamento espiritual e ocorre quantas vezes forem necessárias.
Ela pode se proceder de diversas maneiras. Pode ser para expiação, quando o homem volta à vida para sofrer aquilo que fez os outros sofrerem, como se pagasse por males passados. Ou pode ser para provas, a fim de purificar seu espírito. Alguns vêm em missão, que são tarefas especiais que os espíritos precisam cumprir. E assim, todos buscam ser um Espírito de Luz, suficientemente evoluídos, livres da necessidade de reencarnar.
Com isso, entre gente a sorrir e a chorar, a vida continua nessa estação. A plataforma da vida nunca para, em idas e vindas naturais e frequentes. Contudo, o amor nunca se esvai. Ele perdura em todas as viagens, em todos os planos, em todos os espíritos.
A plataforma dessa estação é o plano físico, a orbe terrestre. É o mundo dos corpos materiais, onde vivem os encarnados.
Mas a plataforma também é o plano espiritual, a psicosfera terrestre. As moradas espirituais que envolvem a Terra, onde os espíritos vivem enquanto livres do corpo.
Os espíritos não têm sexo, não têm forma. Vivem indo e vindo entre o visível e o invisível. O trem que faz essas viagens e liga essas estações é Deus. Deus, de infinita bondade, misericórdia, justiça e amor, que nos acolhe em qualquer dos planos e nos permite ir e vir na viagem da vida. É quem possibilita manter acesa a chama do conhecimento. O corpo volta ao pó, mas o espírito vive eternamente no amor divino.
Fontes:





Setor 1 (Abertura) – A viagem
                - O setor de abertura é a apresentação do básico para compreender o resto do desfile. É a base do desfile, o início da viagem. Conhecemos o fundo das nossas almas para poder ver o que acontece nos encontros e despedidas da vida.
Comissão de frente: “De malas prontas, sem destino”
                 - Nossa comissão de frente é o começo de toda viagem. É formada por 15 integrantes com malas, que bailam em conjunto na coreografia. Repetem o vai e vem da vida e cumprimentam o público, convidado para embarcar na nossa viagem, repleta de luz e amor.
Ala 1 (Bateria): “O espírito”
                 - A bateria representa o espírito, que é o princípio da vida. O espírito não tem forma, é um clarão que carrega todo o conhecimento. A fantasia é toda branca, com luz de led branca que pisca intensamente.
Carro 1: “O amor da alma”
                 - O carro abre alas é a junção do espírito ao perispírito, que é o responsável por dar forma ao espírito, permitindo a ligação dele ao corpo material. O perispírito é a alma que vive na carne, onde está todo o conhecimento e o amor. O carro tem como cor base o branco, com elementos trabalhados em vermelho intenso. No centro da alegoria uma escultura só de tecidos brancos, que com o auxílio de fumaça e ventiladores, parece flutuar no carro.
Setor 2 – As chegadas
                 - No segundo setor vemos detalhes das chegadas, desde a ligação do espírito e perispírito ao corpo até o desembarque nessa fase da vida, no planeta Terra.
Ala 2: “O sopro da vida”
                - Tudo começa quando nos é permitido vir ao mundo. O sopro da vida é o que acende a chama do espírito, o que dá conhecimento. A fantasia é em tons de azul, e o componente fica dentro de uma boca que sopra para cima, como se ele fosse o próprio sopro.
Ala 3: “Laço fluídico entre corpo e alma”
                - O laço fluídico é o responsável por ligar o perispírito ao corpo. Ele é criado ainda no útero, quando o feto está se formando. É o momento que a alma se prende ao corpo, dando a ele vida. Fantasia em tons de azul claro, onde o componente apresenta um laço na cabeça. A roupa simula a textura da membrana que envolve o feto no ventre materno.
Destaque de chão: “Encarnação”
                 - Destaque que representa a conclusão da ligação entre alma e corpo.
Ala 4 (Passistas): “Em forma de carne”
                 - A ala de passista vem vestida de carne, em tons claros. Com uma fantasia sensual e seminua, é a representação carnal da vida.
Ala 5: “O parto para um novo encontro”
                 - Componentes nus, apenas com tapa sexo. Apresentam um plástico transparente para simular o rompimento da realidade.
 Carro 2: “A chegada no planeta Terra”
                 - O segundo carro do desfile é a apresentação do destino de quem pegou o trem para a Terra. A alegoria representa o dia a dia, com uma escultura articulada de uma mulher dando à luz a um feto. Carro em tons azul, com detalhes em vermelho.
Setor 3 – E as partidas
                 - O terceiro setor do desfile mostra o inverso do segundo. Aqui é apresentado o caminho até o outro lado da vida, quando a alma deixa o corpo material e segue seu trajeto até um novo destino.
Ala 6: “O susto da morte”
                - Ala coreografada, com um integrante vestido de morte ao centro. As vestimentas são normais, baseados nos looks do dia a dia, porém nas cores da escola. Em determinado momento, todos simulam tem morrido e a morte samba muito.
Ala 7: “O fim do fluído vital”
                 - O fluído vital é a energia que temos. Como uma pilha, recebemos determinada carga, e quando esta se esgota, a vida chega ao fim. Assim, quando a carga de fluído vital do nosso corpo acaba, a alma se liberta do corpo. Fantasia puxada para tons mais escuros, como se um apagão ocorresse lentamente.
1º casal de mestre sala e porta bandeira: “O desencarne”
                - O Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira representa o desencarne, que é o momento em que o espírito deixa o corpo físico. A fantasia da porta bandeira é o corpo físico, que recebe tons mais fortes. O mestre sala representa o espírito, com tons de amarelo fraco, que em determinados momentos, simula a saída do corpo.
Ala 8: “Morada superior”
                - Após sair do corpo material, a alma sobe as moradas superiores, que são divididas de acordo com o grau de evolução do espírito. Os componentes carregam dois adereços de mão que representam casas, em formas diferentes. A fantasia é em tons de amarelo e branco.
Ala 9: “Plano espiritual”
                - O outro lado da viagem é o plano espiritual. É um mundo acima de nós, o oposto da Terra. Um lugar repleto de luz e amor. Fantasia em tons de amarelo, com auxílio de luz de led.
Carro 3: “A reunião das almas em outro nível de vínculo”
                - A terceira alegoria é a reunião das almas nesse plano superior, espiritual. Com um clima lúdico, recriamos como se fosse uma grande confraternização, em um jardim repleto de luz e vida. A saia do carro é amarelo vibrante. Pelo carro há fumaça e fontes de água. Uma escultura ao fundo representa o amor.
Setor 4 – Quem vem e quer voltar, quem vai e quer ficar
                 - No penúltimo setor, apresentamos o fenômeno da reencarnação. O privilégio, o direito e o dever de ir e vir em viagens pelo plano espiritual e material. Aos poucos, mostramos o caminho até o espírito atingir o máximo do seu ser.
Ala 10 (Baianas): “Reencarnação”
                - A ala das baianas representa uma nova ligação entre a alma e o corpo. Com uma roupa tradicional e leve, em tons de rosa claro, as componentes também trazem um boneco de alma, que incorpora o corpo delas.
Ala 11: “Aperfeiçoamento espiritual”
                A reencarnação tem como objetivo se tornar um espírito melhor, com mais amor e luz, livre de sentimentos ruins. Fantasia em tons de rosa bebê, onde o componente molda sua própria fantasia, que é feita com um material flexível.
Ala 12: “Expiação”
                - A expiação é uma fase de sofrimento, em outras palavras, o pagamento pelos erros cometidos. Fantasia com base em tons de rosa, onde um urubu come as carniças espalhadas pelo corpo, uma metáfora para a limpeza do espírito.
Ala 13: “Provas para purificar”
                 - As provas podem ser diversas. Servem para purificar o espírito e podem ser apresentadas de formas diversas. Ala com vários trajes, em rosa e cores adicionais, representando várias provas. Metaforicamente, usamos provas escolares e provas esportivas.
Ala 14: “Missões especiais”
                 - As missões são tarefas especiais, onde a alma reencarnou com algum objetivo para transformar a vida na Terra. Fantasia com traje de agentes secretos, em tons de rosa, com uma nuvem na parte inferior, para dar um toque espiritual.
Carro 4: “Ápice evolutivo, os Espíritos de Luz”
                - A quarta alegoria representa quem vai pra nunca mais. São os Espíritos de Luz, aqueles que já cumpriram todas as suas tarefas e não reencarnam mais. O carro, muito bem iluminado e luxuoso, traz uma grande fonte de água e luz ao centro. A cor rosa é predominante. O carro se passa num cenário do plano espiritual, com composições de almas com malas, e destaques sem almas, que representam os espíritos de luz.
Setor 5 – A plataforma dessa estação
                - O setor que encerra o desfile é o cenário da estação e da plataforma que são responsáveis por fazer essas viagens. Conhecemos o trem que leva e traz os passageiros e aprendemos a lição de amor que a vida nos proporciona.
Ala 15: “A orbe terrestre”
                Ala que representa o mundo material, tudo o que há na Terra. Fantasia com alguns elementos do cotidiano, como objetos e dinheiro, envolvida por um círculo de led que pisca nas cores azul e verde.
Ala 16: “A psicosfera terrestre”
                - Ala que representa a psicosfera terrestre, aquela que está acima de todas as esferas que envolvem nosso planeta. Fantasia em tons de vermelho claro e branco, envolvida por um círculo de led que pisca nessas duas cores.
Ala 17: “Livre em idas e vindas”
                - Os espíritos não tem raça, não tem sexo, são livres de rótulos humanos e materiais. São o conhecimento, a luz da vida. Todos nós somos um espírito, vivemos em um corpo que não é nosso. Assim, trazemos uma grande ala com muita diversidade, com pessoas de todas as classificações, com fantasias livres, porém todas com malas, bolsas ou mochilas, prontas para ir e vir.
Ala 18: “Deus, o trem do amor”
                - A ala que representa o trem responsável por todas as viagens da vida. Deus é o ser superior que nos guia e nos ilumina. Fantasia vermelha, com um coração de led no costeiro. Fantasia volumosa e brilhante.
Destaque de chão: “É a vida”
                - O destaque que representa a vida vem soltando purpurina, confete, serpentina e tudo o que há de alegre no mundo, independente de qual plataforma seja.
Carro 5: “A estação dos encontros e das despedidas”
                - A alegoria que encerra o carnaval é uma estação de trem, com muitos componentes vestidos de alma e de corpo material, confraternizando em idas e vindas nos vagões do trem. Uma síntese de todo o desfile, com muita luz, muito amor e muita alegria. Convidados especiais, responsáveis pela música “Encontros e Despedidas” vêm nesse carro. Susana Vieira, que interpretou a personagem Maria do Carmo na novela Senhora do Destino, cuja música-tema foi aquela, vem à frente como destaque principal.
Velha guarda: “O amor eterno”
                - A velha guarda da escola representa o amor, que nunca morre e nunca e se desfaz.


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