A volta da pitonisa de Riopolis
Introdução
Ela voltou! Ela, que tanto agitou o Rio Antigo, retorna para agitar mais uma vez!
Este enredo contará a linda história de vida de uma menina deficiente física, que, apesar de todo o seu sofrimento e das suas limitações, tentará encontrar o seu lugar no mundo.
Neste enredo, vamos atravessar dimensões! Ir além do espaço-tempo para contar esta história, convidar a todos para refletir sobre a existência humana, adentrando junto com a homenageada no mundo do ocultismo e revelando uma pessoa com incrível versatilidade tentando achar o seu caminho.
Sinopse
Setor 1 – Setor de Abertura - O nosso tarot em 3D
Este enredo é derivado da sedução que o tempo pode causar em alguém, foi lendo jornais de 1910 que este enredo nasceu! Esta história foi encontrada em meio a uma infinidade de narrativas sobre acontecimentos de um tempo distante... A vida é cheia de mistérios e o tempo é um deles, ele é fascinante desde a antiguidade, quando o homem começou a refletir sobre a natureza e filosofar sobre algo que vai avançando sempre para frente, não volta para trás e tudo transforma.
O tempo é chamado por muitos de “a quarta dimensão”, já que basicamente (sem mergulharmos em teóricas físicas complexas) seriam três as dimensões “tradicionais”: o comprimento, a largura e a altura.
E com tantos mistérios sobre o tempo, não tardou para surgirem pitonisas, sacerdotes, profetas e outros tantos com diferentes denominações que sempre tiveram um papel especial tentando desvendá-lo, prevê-lo e até quem sabe tentar controlá-lo! Na Grécia Antiga surgiram as Pitonisas, que, em um mundo dominado por homens, conseguiram um raro destaque. Elas eram sacerdotisas do templo de Apolo, do antigo Oráculo de Delfos, templos estes que tinham grande prestígio. E com o passar dos séculos, muitas mulheres místicas passaram a ser chamadas de Pitonisas, em homenagem a essas sacerdotisas gregas. Cada cidade tinha a sua Pitonisa, e o Rio também teve a sua, cuja história vamos conhecer neste enredo.
E por falar em oráculos, surge o Tarô (também escrito como Tarot), um jogo de cartas bastante antigo, cuja origem é bastante controversa. O Baralho do tarô é composto por 78 cartas, divididas em Arcanos Maiores e Arcanos Menores. Mas não é um baralho único e fixo, muitos já tentaram criar o seu baralho derivado do tarô, adaptando símbolos e linguagens, tentando aperfeiçoá-lo ou especializá-lo para decifrar questões mais variadas.
Exatamente com base nisso, nossa escola também apresentará no seu desfile o seu baralho do tarot. Nossas alas e alegorias, que também usam de linguagens e se comunicam visualmente como as cartas de um baralho, virão como se fossem um baralho 3D. E convidaremos o público para, como uma cartomante, fazer a leitura dessas alas e carros, os nossos “trunfos”. Nossos arcanos menores serão as alas e nossos arcanos maiores serão os carros.
O tarot é cheio de simbolismos, e muitos consideram os arcanos maiores como um grande ciclo da vida, que na posição do personagem O Louco vai percorrendo os mais variados estágios da existência, desde o primeiro arcano, O Mago, até o arcano XXI, representado pelo O Mundo.
Realizadas as devidas apresentações, pegamos as cartas do nosso baralho e as embaralharemos, mergulhando no nosso “embaralhador”, uma bugiganga multidimensional oriunda deste misterioso universo que poderia ter diversas dimensões, realidades paralelas, diferentes planos físicos e até espirituais.
A escolha de representar o Universo como o embaralhador não foi ao acaso, pois, baseado em teorias derivadas do Big Bang, o Universo pode ser considerado um grande embaralhador. Afinal, segundo a teoria Big Bang, toda a matéria do universo estava concentrada em um único ponto que depois se expande. E as teorias baseadas no Big Bang defendem que o Universo segue em expansão, mas um dia voltará a se comprimir totalmente (Big Crunch) e, posteriormente, a se expandir em um novo Big Bang, para futuramente voltar a um novo Big Crunch, em um ciclo eterno. Trocando em miúdos, isso nada mais seria que juntar as cartas e misturá-las para distribuir novamente.
A partir de agora a história começa a ser contada para valer! Libere a sua mente e vamos juntos, nesta viagem para meados de 1860...
Setor 2 – O Destino
Nessa viagem, a primeira carta do nosso baralho surge e atrás dela as demais, a nossa história começa a ser contada!
Visualizamos que uma luz está prestes a começar a brilhar em um ponto deste universo. Essa luz é mais uma nova vida que surge e com bastante brilho. Poderia ser eu, poderia ser você...
É uma menina! É Zizina!
A luz de Zizina, Hermínia Lacerda do Nascimento Camara, começou a brilhar no Paraná, aproximadamente no ano de 1862, fruto do casamento de Firmino Baptista do Nascimento com Maria de Lacerda do Nascimento. Era uma filha carinhosa e boa, bastante amada pelos seus pais.
Quantas perguntas seus pais devem ter se feito sobre o destino desta criança que enfim nascia... O que será que irá lhe acontecer? Irá se casar? Ter filhos? Será de personalidade forte? Será meiga? Será uma boa pessoa? Uma pessoa importante?
A criança vivia em um lar de muito amor e felicidade. Porém, quando Zizina já tinha 5 anos e morava em Campos-RJ, justamente o excesso de amor pelo seu pai e uma decisão impensada irão lhe pregar uma peça que mudará para sempre o destino de sua vida e de todos em sua volta. Em uma tarde comum, bem daquelas que aparentam não ter nada de especial para acontecer... A pequena Zizina esperava ansiosa a chegada do seu pai em frente a uma pequena escada de apenas três degraus. No momento em que seu pai chega, com tamanha ansiedade, a criança não medirá os riscos, virá correndo e tentará pular em seus braços para beijá-lo. Mas antes que ele consiga reagir, ela cairá na escada sofrendo uma pequena queda e irá se machucar. Apesar de uma preocupação inicial, seus pais chamaram o médico que nada constatou, além de uma pequena febre, e rapidamente a criança parecia restabelecida. Mas os dias passaram, e o resultado da queda foi formando uma enfermidade, sua coluna começou a dobrar-se e a sua cabeça a tender ligeiramente para o lado. A família gastou muito dinheiro, tentou de tudo, mas a cura para a deformação não veio... Que tristeza!
Seus pais, comovidos com tão triste destino, se empenharam a proporcionar todos os recursos possíveis para amenizar o sofrimento desta menina, fornecendo distrações, brinquedos, e a melhor educação possível. Zizina estudou piano e outros idiomas como o inglês, o francês e até o alemão.
A chegada na adolescência foi muito triste, a menina cresceu e ia pouco a pouco se transformando em uma mulher feia, pálida, solitária, de aspecto bizarro e deformado, em uma corcunda.
Os corcundas são pessoas de aspecto bizarro, sofrem muito preconceito por sua aparência, são hostilizados! Assustam, causam reações como repugnância em muitas pessoas. A menina se viu acorrentada a um triste destino, limitada fisicamente, com aparência fora dos padrões considerados “normais”, viverá uma prisão dentro do seu próprio corpo.
Mas a deficiência, que pode causar dor e sofrimento, também pode revelar-se como sendo um foco de crendices e superstições. Conforme as crenças, a deferência pode ser considerada um martírio, um karma, um desafio nesta encarnação para fortalecimento e evolução espiritual.
Muitos acreditam também que uma pessoa corcunda pode possuir poderes mágicos. Que ironia do destino! A própria deficiência, que era fator de tristeza e infelicidade, também a partir dela começa a brilhar um caminho de luz e esperança...
Setor 3 – Encontrando a luz no obscuro ocultismo
Foi com 14 anos que, um dia, visitando o Rio de Janeiro com seu pai, ela encontra uma cartomante conhecida na região, era Madame Joséphine. A partir deste contato Zizina se apaixonou pela cartomancia. Como presente de aniversário, pediu um baralho de cartas. E notando o seu interesse, seu pai rapidamente tratou de encomendar livros sobre o assunto, a maioria vindos da Europa.
Zizina começa a adentar o mundo do ocultismo (ciências ocultas, paranomais), da cartomancia oriunda do encontro com a cartomante, também irá mergulhar na quiromancia (a leitura das linhas da mão nas quais estaria esrito o destino), na grafologia (a análise da grafia adivinhando e revelando detalhes sobre a vida das pessoas), da ciência astral (hoje astrologia, os astros influenciando na personalidade e destino) e do poder dos minerais (as energias que essas rochas podem emanar).
Explorado o mundo do Ocultismo, não tardou muito para Zizina começar a dar consultas para os seus parentes, deixando todos pasmos com os seus acertos. Os parentes e conhecidos notavam que aquela menina tinha algo especial. Principalmente quando ela se intrometia em assuntos particulares, dava conselhos e acertava nas suas previsões. E sua fama começou a correr, ultrapassando muito as fronteiras da fazenda da Barra, no atual distrito de Cismeiro do Município de Palma, que fica no Estado de Minas Gerais, na fronteira com o Rio de Janeiro.
No começo, a jovem Hermínia não cobrava por suas consultas, mas quando observou que era grande a procura, passou a cobrar pelos serviços. E a maioria achou melhor que antes, pois agora não dependiam de favores e poderiam consultar a moça cartomante ainda mais vezes e sem nenhum constrangimento.
E do próprio mal a cura!
Na procura por um caminho, a jovem “corcundinha” começa a encontrar na sua deficiência um ponto de energização, um centro de poder mediúnico e extra-sensorial. Como naquela frase de auto-ajuda: “se a vida lhe deu um limão, faça dele uma limonada”. Herminia encontra nos mistérios do ocultismo, nas crendices populares um caminho de conforto para os seus problemas, ela passa a consolar os aflitos e se consolar ao mesmo tempo.
Setor 4 – A chegada em Riopolis
Em cerca de 1895-1897, Zizina se instalou na cidade do Rio de Janeiro, é o momento que a jovem Zizina larga o interior e chega na grande “polis” carioca. A cidade vivia o esplendor da Belle Époque e Zizina chega para compor este cenário.
A Belle Époque (Bela Época) é um momento de grande efervescência no Brasil e no mundo, marcada por um momento de grandes transformações culturais, invenções, surgimento de novas formas de entretenimento e arte. As grandes cidades viveram com intensidade a época.
A Belle Époque (Bela Época) é um momento de grande efervescência no Brasil e no mundo, marcada por um momento de grandes transformações culturais, invenções, surgimento de novas formas de entretenimento e arte. As grandes cidades viveram com intensidade a época.
E Madame Zizina começa a fazer a sua clientela, que cada dia aumentava mais. Pobres e ricos, homens e mulheres, jovens, mulheres solteiras, casadas e viúvas, homens do mais humilde até políticos importantes (governadores, deputados e até presidenciáveis).
A Corcundinha, discípula de uma Josefina, tem uma fama tão grande que chega a deitar cartas por dia, às vezes para mais de cinqüenta pessoas. Cada consulta custa cinco mil réis e ela só anuncia coisas lúgubres. (João do Rio)
Madame Zizina, ao longo do tempo, atendeu em 4 endereços Rua General Câmara 175 e 200 e posteriormente na Rua da Quitanda 128 e 157.
A Rua General Câmara foi demolida para dar lugar para a Presidente Vargas. Em diferentes dimensões no mesmo lugar, a Madame Zizina dá suas consultas, escolas de samba desfilam e outras se concentram!
Zizina ficou famosa, lendo o passado, o presente e o futuro da sociedade carioca e não demora muito para ser descoberta pelos jornalistas.
O PAIZ, Domingo, 5 de Dezembro de 1915, pg.1.
Os jornais a consultavam, e como a consultavam! Foram inúmeras matérias, querendo saber os rumos da política. Será que a monarquia voltará? Quem será o novo presidente do Brasil?
Suas entrevistas eram publicadas nos mais diversos jornais e revistas do país, sempre com muito destaque e sucesso.
Zizina publicou um famoso almanaque sobre as previsões de 1915, com prefácio de nada menos que João do Rio, um luxo! Uns fãs mais exagerados chegaram a cotá-la para a Academia Brasileira de Letras.
Também teve peça de teatro feita para ela, apresentando dramaticamente as suas profecias como parte de um grande evento para receber o ano novo que se aproximava. A própria Zizina estava presente no teatro distribuindo amuletos e patuás. Ela não perdia uma chance de dar o show!
Ela fez previsões das mais variadas: acidentes de navio, desabamentos, revoltas, guerras, causando as mais variadas reações, de pânico e também muitos risos. Ninguém ficava indiferente a Madame Zizina, existiam os que se impressionavam e acreditavam nas suas previsões, como existiam aqueles que lhe consideravam uma personagem divertida.
Independente das mais diferentes reações que a pequena corcundinha podia provocar, o fato é que Zizina colocou o Rio de Janeiro e o país inteiro em polvorosa! No ápice da sua fama, até teria provocado crises políticas, reuniões de emergência do Palácio Presidencial motivadas por suas profecias.
Setor 5 – Encontrando a Madame Zizina assustadora!
O casarão de Dona Zizina ganhou fama de assombrado, circulavam lendas de que seus móveis criavam vida e quem a visitava se impressionava com todo o clima macabro de seu consultório.
O povo fazia ideia de que ela era uma feiticeira que vivia falando blasfêmias com livros tenebrosos de São Cipriano e Corujas no ombro!
E contavam mais! Diziam que seus objetos criavam vida, como um figura de bronze que se animava em danças macabras, também contavam que um gato preto com olhos brilhantes soltaria raios que assustavam e queimavam, que as suas cortinas se desdobravam em figuras infernais e que as lâmpadas lançavam chamas infernais como devem ser as fogueiras de Satanás!
Depois de atravessar todo o casarão e sua decoração assustadora, os consulentes adentravam uma sala misteriosa, decorada com uma luz sombria, e, em algum momentos, ela, a Madame Zizina, surgia cercada de luzes coloridas dando um “show” de muito impacto!
Vinha gente de longe visitar a sua casa, que foi praticamente um ponto turístico da cidade, quem chegava no Rio de Janeiro tinha que dar uma passadinha no consultório da famosa cartomante.
Setor 6 – A carnavalesca
Madame Zizina adorava carnaval, desfilava pelas ruas da cidade em um automóvel, uma simpática baratinha amarela toda iluminada! Rodeada de luzes coloridas, ela desfilava na Avenida Rio Branco atirando confete e serpentina nos transeuntes, não perdoando nem seus clientes. Tinha uma bela pontaria e atraía a atenção e simpatia de todos!
Zizina chegou a ser uma das campeãs de um concurso promovido pelo jornal A Gazeta de Noticias, na Avenida Rio Branco, batalha do Confetti e lança perfume, ela realmente sabia chamar a atenção!
Mas a grande consagração de Madame Zizina veio mesmo foi no carnaval 1914, quando ela foi homenageada pelas três grandes sociedades: Tenentes do Diabo, Democráticos e Fenianos. Em apresentações com um misto de homenagem, irreverência e deboche, Madame Zizina foi uma das grandes atrações daquele carnaval.
Setor 7 – A nossa homenagem à artista e a todos os demais artistas esotéricos
Este enredo é uma grande homenagem para Zizina e todos os “artistas esotéricos, paranormais ou profetas”, não uma simples homenagem para astrólogos, profetas, cartomantes, videntes, mas para aqueles que exibiam um algo mais, por isso “artistas esotéricos”. Selecionamos outros 5 nomes conhecidos e famosos no Brasil para homenagear, como a mãe Dináh e sua presença cênica, que teve seu último momento marcante em uma série de comerciais da MTV; Walter Mercado, do ligue “djá”; Inri Cristo, um misto de profeta e personagem, que nos últimos tempos se aprimorou lançando clipes paródicos; a simpática e confortante astrológa Zora Yonara e o profeta Gentileza, um misto de louco e profeta.
Madame Zizina tinha um pouco de cada um, ou como preferir, cada um tem (ou tinha) um pouco de Madame Zizina. E por fim, fechando o arco, nossa homenagem final para Zizina, a deficiente guerreira, que tinha tudo para desanimar, mas procurou o seu lugar no mundo.
Madame Zizina morreu em 1915, teria alguns dias antes feito a previsão de que morreria, até o seu último momento de vida fazendo o que mais gostava: dando consultas, consolando e se consolando! E assim foi, logo depois da última consulta, sentiu-se mal e partiu! Foi cercada de muito carinhos, rodeada por seus entes queridos.
Acertando ou errando, pouco importa, ela tornou-se a Pitonisa de Riopolis, a Madame da Thebes Brasileira ou Tupiniquim. E, mais do que uma simples cartomante, ela seduziu o Rio Antigo, como uma celebridade, como um personagem. Não só oferecia previsões, mas entretenimento, era um personagem que se infiltrou no imaginário e na boca do povo. E hoje, mais uma vez estará entre nós. Madame Zizina voltou!
ROTEIRO
A PROPOSTA DE ROTEIRO:
Após o setor de Abertura em todas as alas e alegorias estarão estampados símbolos de cartas do baralho. A ideia é fazer um paralelo entre uma cartomante, que faz a leitura de suas cartas, com quem assiste aos desfiles, que faz a leitura de fantasias e alegorias. Ambos utilizam uma linguagem visual, com cores, símbolos e formas.
Cada ala e alegoria possui a ilustração de uma carta estilizada que influenciará com cores e formas que estarão presentes nessas fantasias e alegorias.
Embora esta seja baseada em uma história que acontece entre 1860 e 1915, este será um enredo com muitos efeitos especiais, pois a homenageada e as temáticas com que ela se relaciona ultrapassam completamente os limites do seu tempo. Não teria como falar de paranormalidade e ser apresentado um desfile normal.
Muitas alas terão iluminação, não por causa de modismo atual, e sim porque muito antes até mesmo das Escolas de Samba existirem, a nossa homenageada já desfilava no carnaval coberta de luzes.
Esse roteiro foi idealizado sem limites orçamentários e eventuais problemas de execução poderão ocorrer devido à complexidade de algumas ideias, por isso eventualmente algumas coisas poderão substituídas por outras mais simples ou menos complexas.
Setor 1 – Setor de Abertura - O nosso tarot em 3D
A função do setor será introduzir a história, apresentar o fascínio do tempo, comentar sobre o que seriam as Pitonisas, apresentar todos os alicerces para a compreensão do que virá depois, é um setor puramente idealizado para introduzir e apresentar o enredo.
Comissão de Frente – A quarta dimensão
A Comissão de Frente representará todo o fascínio da considerada quarta-dimensão. A fantasia dos componentes será com material brilhante prateado e colada no corpo, parecidas como na ilustração.
O componentes terão objetos que utilizarão na coreografia em que apresentarão as 4 dimensões, como uma fita para estender e representar o 1D, quadrados para representar o 2D, um cubo para representar o 3D e ampulhetas para representar o tempo.
A apresentação terá também luzes e fogos como retrata a imagem.
Tripé 1 – A Pitonisa
Representará a homenageada que agora aparece apenas implicitamente representando de fato as antigas Pitonisas gregas. Será uma imensa Madame Zizina que quando abrir os braços esconderá a escola, e quando fechar permitirá que o que vem aí seja visto.
1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira e Guardiões (Velha Guarda) – Apresentação dos Arcanos Menores do Tarot
Os arcanos menores são compostos por 56 cartas, divididas em 4 naipes (coração ou copas, espadas, paus e ouros) e numeradas de 1 a 10 (Ás, 2, 3, 4 ,5 ,6 ,7 ,8 9, 10) e mais 4 cartas especiais (Valete, Dama, Rei e Cavaleiro, simbolizadas também por J, Q, K e Kn). Cada naipe pode simbolizar os mais variados simbolismos como estações do ano, classes sociais, os 4 elementos e até estágios da vida.
Nesta apresentação serão unidos Velha Guarda e o Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, os guardiões do pavilhão serão exatamente a velha guarda que rodeará o casal.
A Porta Bandeira irá representar as 4 Rainhas e o Mestre Sala representará os 4 Reis, os Guardiões representarão as demais cartas do baralho. Todas as fantasias estarão presentes os 4 naipes do baralho, em virtude do grande número de componentes algumas cartas poderão se repetir.
O traje da Velha-Guarda será tradicional, mas com bordados especiais das cartas do baralho.
Tripé 2 – O Tarô
Terá a presença das 22 cartas do tarô representadas como uma grande roda contendo os estágios da existência humana. O tripé ficará girando, simbolizando que os estágios não fixos.
Carro Abre Alas - O Embaralhador
A geringonça que será apresentada como figura central do Abre-Alas será uma composição baseada nas diversas teorias físicas, lendas, crenças que se misturam e estão no imaginário, na consciência coletiva sobre Universo, Vida e seus mistérios.
O “Embalhador” simboliza o embaralhamento das cartas que serão mostradas no decorrer do desfile.
O carro terá muitos efeitos, será composto parcialmente por complexas engrenagens e complementado por efeitos de luz. Na frente e atrás do embaralhador outras formas abstratas referentes ao Universo, como a da imagem ilustrativa:já mostrada na sinopse:
O carro também terá componentes e formas humanas interagindo com esse Universo:
A proposta da alegoria não é embaralhar a cabeça de ninguém, mas sim provocar reflexões sobre os mistérios da existência humana. Também é o ponto de partida para a história que será contada nos setores seguintes, onde o nosso baralho será embaralhado neste momento e as cartas que virão a seguir serão apresentadas:
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Setor 2 – O Destino
Neste setor começará a ser contada a vida da homenageada, do nascimento de Madame Zizina, chegando ao seu acidente e às consequencias do evento, que será uma menina triste, solitária, se sentindo excluída do mundo.
Este setor convidará para refletir sobre o destino e acontecimentos irônicos que podem marcar eternamente uma vida.
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Ala 1 – A♦-Araucária luminosa
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Essa ala estará em forma de Araucária, árvore símbolo do Paraná, terá iluminação, exatamente simbolizando o nascimento de Madame Zizina que era paranaense.
A ala será predominantemente na cor branca e as luzes estarão na copa da árvore.
Se tratando de uma pessoa esotérica, nada mais coerente do começar com uma referência de luz. |
Ala 2 – K♥ – O amor pelo pai
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Aparece nesta carta, a figura do Rei de Coração, o homem mais importante na vida da homenageada, fundamental para ela ter se transformado no que um dia será.
Ala em traje masculino representando a figura de um gentil e amado pai, além de coroa para simbolizar o rei da vida da criança, neste caso o Rei de Coração!
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Ala 3 - Q♥ O amor pela mãe – Ala das baianas
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A terceira carta que surge na jogada, irá acompanhar Zizina durante toda a sua vida, a mulher mais importante na vida da homenageada, a Rainha de Coração.
A ala representa a figura da Rainha de Coração, também terá coroa na cabeça das baianas.
Quanto todos virarem as costas para a menina deficiente, ela terá apenas a sua família, seu pai e sua mãe para contar.
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Ala 4 - 3♣ - A escada destino
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Essa ala representará o acontecimento inesperado que transformará a vida de Zizina.
Em detalhes da fantasias em tons escuros, a pequena escada em que Zizina tería caído estará no corpo da fantasia, além de linhas que representarão os caminhos e destino Por ironia, em muitas representações sobre o destino encontramos também figuras relacionadas com caminhos e escadarias misteriosas. |
Ala 5 - 5♠ - Menina perdida no seu mundo solitário de livros e brinquedos – Ala infantil e com a presença de crianças deficientes
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Representará a infância de Madame Zizina, cheia de brinquedos antigos e livros, o principal recurso dessa ala será para sensibilizar. Utilizando exatamente uma ala infantil para retratar um momento tão delicado da infância da homenageada.
Essa ala também terá intenção de fazer pensar e chamar atenção para todas aquelas jovens crianças que possuem algum tipo de deficiência e o quanto pode ser triste essa fase da vida. Tão jovem, mas com tantos desafios já para enfrentar.
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Carro 2 - ARCANO MAIOR XII – O Martírio
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O destaque central do carro será a jovem corcunda, mas este carro também terá várias esculturas simbolizando corcundas e vários tipos de deficientes físicos, algumas esculturas das laterais do carro estarão amarradas como na carta representará todos aqueles que possuem algum tipo de limitação física. O paralelo desse carro será com o Arcano XII do tarot, um figura que surge em muitas representações amarrada, presa em uma situação de que não consegue se libertar. Muitos tipos de deficiência física podem ser considerados como uma prisão eterna, uma limitação que impedirá muitos de fazer simples coisas como andar, enxergar, falar, ouvir, ter uma vida normal.
O carro também representará dois momentos, o primeiro momento a deficiência como caráter de exclusão e preconceito e o segundo momento o misticismo e superstição popular que pode transformar o corcunda como mágico e com poderes sobrenaturais ou um missão terrena que irá no futuro fortalecer o espírito dessas pessoas. Este segundo momento terá efeitos especiais de luz, como corcundas receberão iluminação especial para representar a deficiência como centro mediúnico e de poder mágico, cegos que serão iluminados, cadeirantes que flutuarão... Entre outros efeitos recheados de delírio e esperança.
A alegoria não tem intenção de ser chocante e sim inclusiva, apenas será um tributo em defesa dos deficientes que muitas vezes são excluídos da sociedade. Além de retratar a eterna busca de um deficiente para encontrar o seu caminho, seja nesta vida ou na esperança de ter uma outra vida melhor em algum outro plano.
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Setor 3 – Encontrando a luz no ocultismo
Neste setor Zizina ingressará no mundo do ocultismo, as alas representaram o mundo do ocultismo e os principais oráculos com que a homenageada teve contato, por isso a ausência, por exemplo, de oráculos como Runas, Búzios e até o baralho cigano.
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Ala 6- Q♦ – A Cartomante - A porta para o mundo o ocultismo
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Ala coreografada com efeitos especiais.
Madame Zizina teve contato com uma cartomante que mudará a sua vida. Será uma linda fantasia representado tudo que se imagina de uma bela cartomante, um lindo vestido, joias, pedraria e efeitos especiais (luzes e fumaça). Será deste encontro marcante que a nossa homenageada ingressará no mundo do ocultismo.
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Ala 7 - 5♣ - O contato com a Quiromancia
 | Madame Zizina descobre a Quiromancia, a arte de ler as mãos
Fantasia em estilo original retratando imensas mãos e suas linhas que estarão marcadas nas esculturas com materiais brilhantes.
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Ala 8 - 3♠ – O contato com a Grafologia
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Outra ala que representa os estudos realizados por Madame Zizina, a análise da letra, o desenho da carta ilustra tendências de análise da personalidade conforme a direção das letras.
Será uma ala da comunidade, reproduzindo a árvore das direções grafológicas representadas na carta, ainda cada fantasia será única e representará bonecos com letras impressas com cópias das letras de cada um dos componentes da ala.
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Ala 9 - 10♦ – O contato com a Ciência Astral
 | Outra importante área em que Madame Zizina realizou estudos é o que conhecemos por astrologia nos dias atuais.
Ala recheada de símbolos astrológicos dos planetas e elementos da natureza. O nome da ala conserva como era chamada a Astrologia no início do século XX.
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Ala 10 - 10♠ - O Poder dos Minerais
 | Esta ala será bastante colorida com fantasias diferentes nas cores amarelo, azul, vermelho, verde, roxo representado variados minerais e seus poderes mágicos.
Será uma ala com bastante brilho, com materiais sintéticos representando cristais brilhantes.
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ALA CANCELADA
Ala 10b - 7♠ - Ala o poder das superstições
 | Uma ala representando todas aquelas superstições, animais pretos, lua cheia, amuletos e vários elementos que retratam a sorte ou o azar.
A ALA FOI CANCELADA, APARECE AGORA PQ esse enredo não concorre ao título. Então não achei problema em mostrar.
O significado da ala foi incluído no carro.
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Carro 3 - Arcano Maior I – O Mundo Oculto
O carro tem influência do Arcano I – O Mago que neste caso será mostrado como figura feminina, o Mago será a própria Zizina.
Representará a homenageada jovem que adquiriu o conhecimento com as leituras que fez sobre a cartomancia, quiromancia, ciência astral e outras ciências que fazem parte do imenso mundo do ocultismo.
No carro terá a representação dessa jovem Zizina começando a ler a mão dos primeiros clientes, botando cartas, vários simbolismos de variadas ciências ocultas, animais pretos, símbolos de sorte e azar, uma grande lua cheia, cristais, livros misteriosos.
Planetas flutuarão e se movimentarão ao redor do carro, através de balões que estarão presos na alegoria.
A paranormalidade, o dom especial que essa menina tinha, também estará representada com movimentação e representação de fenômenos misteriosos que serão mostrados por muitos efeitos especiais.
Também algumas árvores de Palma ajudarão na representação do distrito de Cysmeiros localidade onde Zizina se encontra no momento da história.
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Setor 4 – A chegada em Riopolis
Este setor representa a chegada da homenageada na Capital do país (até 1960). Será na bela cidade do Rio de Janeiro, que ela irá viver em todo o esplendor de uma das mais belas épocas em uma saudosa cidade fervilhante e que conquistará o sucesso, se consagrando em todo o Brasil.
Ala 11 – 7♣ - Encontro com a Belle époque
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Fantasia representando esse período mágico na história mundial em que a homenageada chega ao Rio de Janeiro e se encontra com esse mágico mundo.
Fantasia luxuosa inspirada nos lindos vestidos da época. No vestido, bordados lembrando grandes invenções que marcam o período como o telefone, a lâmpada elétrica, o automóvel, o avião e objetos da cena cultural que passou a ter cinemas, parque de diversões e teatros.
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Ala 12 – 9♣- A vasta clientela
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Zizina conquistou uma vasta clientela, contam que não tinha uma só família em toda a cidade do Rio de Janeiro que pelo menos uma pessoa não tenha ido fazer uma consulta. E contam que até candidatos e presidentes teriam consultado Madame Zizina. E muita gente vinha de longe tirar a sorte com ela.
Fantasias diversas de noiva, viúva, moças, políticos, advogados, jornalistas, trajes luxuosos da época e outros bem simples representando todos aqueles que consultavam com a Madame Zizina.
É toda a cidade do Rio de Janeiro seduzida pela corcundinha!
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Ala 13 – 8♥ - Quitanda e General Câmara
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Homenagem às ruas antigas do Rio de Janeiro. A extinta General Câmara foi o primeiro endereço de madame Zizina. Essa antes foi conhecida como Rua do Sabão, foi demolida na década de 40 do século passado junto com outras ruas para dar origem a Avenida Presidente Vargas. A Rua da Quitanda é outra rua histórica do Rio de Janeiro, está se mantém até hoje e conserva alguns dos raros trechos estreitos sobreviventes daquele tempo.
A ala será coreografada, terá alguns adereços/tripés simulando prédios e casas, a intenção será exatamente representar as ruas antigas do Rio e seus traçados estreitos (vielas) e com seus becos pequenos e misteriosos.
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Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira – Kn♥ Kn♠ - Dimensão temporal
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O tempo seria a quarta dimensão e pode ser fantástico constatar que em algum lugar da nossa querida Avenida Presidente Vargas a nossa cartomante dá as suas consultas e no mesmo lugar concentram-se escolas de sambas de diferentes carnavais. E tudo é separado por uma dimensão, o tempo, fantástico tempo!
O Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, dois componentes de grande movimento e que dividem o mesmo espaço, representarão duas cartas, exatamente para representar esse choque de dimensões temporais.
A Porta Bandeira carregará o simbolismo do Cavaleiro de Espadas, representando o passado da nossa cartomante fazendo suas consultas em algum lugar deste espaço.
E o Mestre Sala carregará o simbolismo do Cavaleiro de Coração, representando os carnavais e desfiles de escolas de samba que ocorrem neste mesmo espaço.
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Ala 14 – A ♣ -É capa do jornal – Bateria
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Zizina como principal destaque em uma grande reportagem de capa que fala do fenômeno das cartomantes. Esta é apenas uma de tantas capas de jornal que tiveram Madame Zizina.
Ala que representa o sucesso de Madame Zizina na imprensa, sendo consultada seguidamente pelos mais variados jornais. Essa ala também fará um tributo a todos aqueles antigos veículos que um dia foram o principal meio de comunicação do Rio e do Brasil.
Fantasia com materiais imitando com papel jornal trazendo os principais jornais da época, além de trechos de reportagens com Madame Zizina.
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Ala 15 – J♦ - João do Rio e o almanaque de Zizina – Ala de passistas
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Representa o encontro do célebre João do Rio com a cartomante, juntos em uma mesma obra.
Essa ala terá duas fantasias diferentes homens de João do Rio e as mulheres de cartomante. Será um tributo ao grande João do Rio que fez o prefácio do livro de Madame Zizina, o que na época foi considerado o choque entre o erudito e popular.
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Ala 16 – 9♠ - Zizina chega no teatro
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Essa ala representa mais um degrau de conquista da cartomante, que virou mais do que nunca entretenimento. Madame Zizina vira tema de peça de teatro.
Fantasia estiliza a arquitetura do Teatro e componentes distribuirão patuás para a arquibancada.
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Carro 4 – A profetisa do apocalipse – Arcano Maior XVI
Esse carro representará as principais previsões feitas pelas cartomante, será um carro apocalíptico utilizando muitos efeitos procurando representar desde um naufrágio, desabamento de um prédio, referências as revoltas populares e até a explosão da Primeira Guerra Mundial.
O principal destaque do carro será um grande olho, que enxerga todos estes acontecimentos.
Carta A Torre influência esta alegoria.
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Setor 5 – Encontrando a Madame Zizina assustadora!
Neste setor será mostrado mais um lado dessa versátil mulher. A Zizina “sinistra”, ao se envolver com o mundo das ciências ocultas, ganhou fama de feiticeira e seu consultório com aspecto bizarro ganhou fama e passou a ser considerado uma casa assombrada. Neste setor bem humorado e com muitos efeitos especiais os objetos ganharão vida e a casa assombrada irá impressionar!
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Ala 18 – 4 ♠- Assustadora Feiticeira
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A ala retratará a fama de feiticeira de Madame Zizina e os boatos de que andaria com livros macabros de São Cipriano e com uma aparência assustadora de bruxa. No ombro da fantasia terá grudada uma assustadora coruja com bateria que em alguns momentos abrirá as asas. Uma solução alternativa para a fantasia seria a coruja no cajado e o componente com a mão através de um mecanismo pudesse movimentar a coruja como se fosse uma marionete.
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Ala 19 – 6♠- Estátuas dançantes
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Contam que as estátuas de Zizina criavam vida. A ala coreografada irá tentar representar estátuas que por momentos poderão ficar paradas e em outros momentos irão se mexer e sair dançando, sambando bastante no caso! As descrições encontradas sugerem que as supostas estátuas exibiam o seu dorso nu, assim será uma ala da comunidade com componentes exibindo o peito, mulheres também estarão de seios de fora.
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Ala 20 – 7♦- O Gato diabólico
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O assustador Gato ganhava vida! Olhos do gato da fantasia irão piscar, mais uma ala com muitos efeitos.
Os componentes estarão fantasiados de gato preto, a cabeça do gato estará em cima da cabeça do componente e ela terá uma lâmpada com bateria que ira ficar piscando.
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Ala 21 – 2♣- Cortinas encantadas
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Não é uma ala simplesmente de cortinas, é a retratação de mais um dos mitos da casa de Madame Zizina, as cortinas se mexiam e surgiam criaturas infernais, a ala apresenta componentes cobertos, mas em que dado momento tiraram a sua capa e se transformarão em demônios.
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Ala 22 – 8 ♣ - Lâmpadas infernais
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Fantasia predominantemente com materiais brilhantes em tons quentes, com bastante brilho para simbolizar as labaredas do inferno.
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Carro 5 – O casarão assombrado de Madame Zizina – Arcano Maior XV
Alguns elementos estarão representados por hologramas. Mas a intenção não será a reprodução de imagens reais, mas sim fantasmagóricas (espectrais).
A alegoria terá influência da carta do tarot – O DIABO
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Setor 6 – A carnavalesca
Nesse setor abordaremos uma outra faceta da nossa personagem, mostrando a Zizina foliona. É importante comentar que muitas vezes os carnavais antigos foram descritos de maneira quase sempre igual, a proposta do setor é trazer a alma destes carnavais antigos, não apenas a alegria, mas trazer também a ironia e o deboche.
O final do setor também convidará a refletir que tudo passa, os carnavais vem e vão e todos vão passar... Nós iremos passar... |
Ala 22 – Borboleta Luminosa
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Madame Zizina chegou a ser apelidada de borboleta luminosa, essa fantasia retratará esse momento em que a cartomante aparecia toda coberta por lâmpadas coloridas. Ala totalmente iluminada! É mais uma amostra da incrível versatilidade da homenageada. Quem pensa que desfilar no carnaval com luz é invenção de Paulo Barros, Madame Zizina já desfilava há mais de 100 anos atrás!
Destaque na ala também para a famosa baratinha de Madame Zizina, a fantasia será como se os componentes estivessem dentro do carro de Madame Zizina de 1910.
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Ala 23 – Guerreira na batalha do confete e serpentina
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Fantasia que fará referência as guerras de confete e serpentina que nossa homenageada também participada. Ala bem colorida com componentes jogando infinitos números de confete e serpentina. Ala terá junto alguns pequenos adereços, decorados e recheados desse material que ficará constantemente abastecendo os componentes.
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Ala 24 – A Zizina “Travesti”
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A nossa querida Zizina também aparecia nos bailes de carnaval, vestida de homem e chamando bastante atenção. Nesta fantasia o retrato de um famoso e polêmico político e jornalista da época, Gil Vidal, uma espécie de Diogo Manardi da época com a diferença que esse era realmente muito rico.
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Ala 25 – Tributo aos Tenentes do Diabo, aos Democráticos e aos Fenianos
Charge crítica de 1917
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Esta ala prestará homenagem as 3 grandes sociedades que homenagearam Madame Zizina no carnaval 1914. A ideia da ala será a mesma bastante utilizada pelas Grandes Sociedades, será feita uma troça dos 3 poderes com os símbolos das 3 Grandes Sociedades. Tenentes do Diabo será o Legislativo, Democratas será o executivo e Fenianos será o Judiciário.
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Carro 6 – O carnaval de 102 anos atrás, uma fotografia perdida no tempo – Arcano Maior X
Essa alegoria retratará o carnaval de 1914 em que a Dona Zizina foi referenciada pelas 3 grandes sociedades carnavalescas. A alegoria representará a Cartomante, com vários homens com perucas exibindo o seu célebre cabelo, um coque ao estilo de 1910 que foi uma das sensações daquele carnaval.
A alegoria estará também recheada com vários elementos daquele carnaval como os egípcios, assírios e babilônios, os mesmos que rodeavam uma das alegorias de Madame Zizina em seu desfile.
A carta a Roda da Fortuna influencia a alegoria. É o tempo que gira infinitamente! Mais de 100 carnavais passaram e mais de 100 carnavais em breve passarão... Uma pena para nós! Mas nós também vamos passar... Nosso tempo um dia será igualmente distante como é o tempo de Zizina e das Grandes Sociedades...
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Setor 7 – A nossa homenagem à artista e a todos os demais artistas esotéricos
Será o momento da despedida, fechamento do enredo. Vamos homenagear famosas figuras muito conhecidas, de grande presença cênica, esotéricos, mas também artistas, umas figuraças!
É um setor com muito humor, alas de caricatura de todos os homenageados, no final o carro para fechamento, com a nossa homenageada com tudo que tem direito!
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Ala 26 – Mãe Dinah
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Ala de homenagem a Mãe Dinah, vidente bastante famosa nos últimos tempos. A ala será inspirada da roupa de Mãe Dinah com o componente com o rosto e parte do corpo dentro de uma caixa de televisão. Também terá uma bola de cristal brilhante na frente.
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Ala 27 – Walter Mercado
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Será uma fantasia muito luxuosa, digna de uma Rainha, também estará na ala a inscrição com que ele é bastante conhecido o ligue “Djá” que nada mais é que o “já” com a pronuncia em espanhol, que para nós acabou soando como engraçado. Walter Mercado não é brasileiro, é porto-riquenho (algumas referências dão para ele nacionalidade estadunidense, por Porto Rico ser território dos Estados Unidos e não um país independente), mas fez muito sucesso no Brasil na época das previsões por telefone.
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Ala 28 – Inri Cristo
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Esta é outra ala de caricatura, ele diz que é Jesus Cristo reencarnado, faz grande sucesso. Seria um líder de uma seita religiosa, mas também é bastante encarado como um personagem de humor. Uma farsa ou um sátira de Jesus Cristo? Aqui não é nossa intenção julgar e sim tirar o melhor de cada um e se divertir.
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Ala 29 – Zora Ionara
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É astróloga e também radialista, também esteve na Rede Globo, no extinto programa TV Mulher. É famosa por sua voz em tom meigo e confortante, é praticamente uma psicóloga e representa nesse enredo exatamente todos os “ocultistas” que mais do que videntes, podem ser verdadeiros psicólogos. Conversam com o seu público, consolam, confortam, trazem boas mensagens de amor.
Será mais uma ala de caricatura.
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Ala 30 – Profeta Gentileza
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Será uma ala um pouco mais séria que as anteriores, aqui trazemos o profeta Gentileza com estandartes com mensagem pintadas a mão, uns dizem que era Gentileza e outros dizem que era um louco. Mas é mais um que se encaixa como grande artista, de frases marcantes além de obras de arte como em seus estandartes com importantes mensagens pintadas a mão.
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Carro 7 – Zizina – A Volta da pitonisa de Riopolis – Arcano Maior O ou XXII
Carro acoplado, com duas partes: Primeira parte:
Para fechar e arrematar todas as ideias abordadas no enredo será prestada uma grande homenagem para uma personalidade do século passado. A deficiente, a guerreira, a personagem, a pessoa especial que existiu para confortar e se confortar, divertir. Debochando ou se assustando ninguém ficava indiferente a Madame Zizina.
O carro também remeterá à fase final da vida de Madame Zizina, que até o seu último dia de vida deu consultas. Também terá referência à sua partida, feliz, rodeada de seus familiares.
A carta final é O Louco, entre tantas cartas para retratar a nossa homenageada ficamos como o Coringa, pois nem somente de aparências, rótulos, e entre tantas cartas vistas, você pode ser o louco. E ser de tudo um pouco... Se reinventar, se transformar, dentro do que tem e do que pode, até se conformar com o seu destino, se ele não tem solução.
A carta do Louco é a que melhor representa toda essa versatilidade, Zizina tentando se encontrar! Tentando ser feliz ao longo da sua existência! Foi e teve tantas múltiplas faces, e passou por muitas fases, foi a criança doente, a adolescente sofredora, a menina que estuda e penetra no mundo oculto, a cartomante, a celebridade, a atriz, a feiticeira, a assustadora, a foliona, a travesti e a consagrada pitonisa de Riopolis! No carro para representar estas diversas facetas, variadas esculturas que mudarão de faces para retratar toda esta versatilidade e uma imensa Zizina, como a carta de o Louco partindo para um outro plano, um outro estágio da existência e 100 anos depois.rompendo espaço e tempo....
A segunda parte da alegoria o portal!
O portal será rodeado por imagens abstratas remetendo todo esse imaginário relativo aos portais, dimensões e outros planos presentes no imaginário humano. E para fechar, a volta de Madame Zizina! Que saíra do portal, vindo, sabe lá de onde, de que plano ou dimensão... Voltará toda iluminada, com uma roupa coberta de luzes! Para curtir mais um carnaval!
A VOLTA DA PITONISA DE RIOPOLIS
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Referências:
Jornais antigos 1890-1920:
Correio da Manhã
Gazeta de Notícias
O Imparcial
O Paiz
Jornal do Brasil
A Epoca
A Noite
Pequeno Jornal – Jornal Pequeno
Pacotilha
A Província
A Imprensa
Careta
Jornal de Recife
Jornal do Comércio
O Fluminense
Diário de Pernambuco
Diário do Maranhão
Pharol
Fon Fon
Estado do Pará
Correio da Noite
Pirralho
A Federação
Jornal das Moças
O Século
O Gato: Álbum de Caricaturas
Para Todos
Leitura Para Todos
A Gazeta
Referências enciclopédicas
complementares:
InfoEscola
Superinteressante
Livros:
João do Rio – A Alma Encantadora das Ruas
João do Rio – As Religiões no Rio
Observações:
Algumas referências informam que o nome da referida cartomante com quem
Zizina teria se encontrado seria Madame Joséphine e Zizina teria se
tornado discípula dela. Mas pelo fato das referências serem escassas,
existe a possibilidade da existência até de alguns boatos. Eu tenho uma
possível teoria que esta Joséphine pode ser nada mais nada menos que a mulher de Napoleão e
não o nome da cartomante. Madame Zizina colocava cartas utilizando o
método de Madame Joséphine e daí o boato que ela seria sua discípula. O
método Madame Joséphine existe, assim com a mulher de Napoleão dava uma
de cartomante nas horas vagas.
Por
ser uma celebridade antiga, entre 1890 e 1915, praticamente não existem
fontes de pesquisa sobre Madame Zizina, praticamente tudo contando
sobre ela neste enredo vem de de jornais antigos. Eu adoraria ter tido a
oportunidade de consultar o seu Almanaque de 1915, além de um livro que
saiu contando a sua história de vida, alguns anos depois da sua morte.
Mas como se tratam de livros muito antigos e raros seria muito difícil
eu conseguir um exemplar para completar muitas lacunas que não consegui
preencher na longa pesquisa que fiz.
Riopolis ou Riópolis - Optei por Riopolis (eu não queria o "Rió" no título e sim manter "Rio"), embora as duas formas sejam encontradas atualmente. Nos jornais antigos a referência encontrada foi sempre "Riopolis". Já Pitonisa eu adaptei, já que o original é Pythonisa.
O PORTAL FINAL - A retratação da alegoria seria inicialmente Mãe Dináh representando
Madame Zizina e saindo do portal. Mas desde que esta ideia foi pensada
até a sua execução, tivemos o falecimento de Mãe Dináh que faleceu em 2
de Maio de 2014. Por isso, quem saíra do Portal e irá aparecer no
desfile será uma atriz, representando a volta de Madame Zizina, ou
melhor...
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