ÁGUA: O ÉTER DA HUMANIDADE
Gustavo Luna | skeptoclaptics@gmail.com
Ficha do Desfile:
N° de Alas: 35
N° de Alegorias: 7 Alegorias e 4 Tripés
N° de Componentes: 4200
INTRODUÇÃO
Éter. O ar respirado pelos deuses. O que os fortalece e o que os fornece vida. Assim como o éter é para os deuses na mitologia grega, a água é para nós. Da água surgiu a vida, da água se baseia a vida e da água depende a vida. Em toda história, histórias marcadas pela água. Hoje em dia, a vida movida pela água.
A água está em tudo, está em todos. Sagrada para alguns, desperdiçada por outros tantos. Estamos jogando fora um dos alicerces de nossa existência? Sim. Por isso preservar é a palavra. Preservar nosso éter, nossa água.
SINOPSE
O éter, segundo a mitologia grega, era o ar respirado pelos deuses. Era o que dava a eles energia e vida. E se os deuses tinham suas dependências, nós também temos nosso éter: a água. A água é fundamental em nossas vidas, sendo, inclusive, a vida nascida da água. Em diversos períodos da história, a água estava lá, sendo útil, sagrada, responsável. Sendo fundamental. E continua importante até hoje, tanto em nosso cotidiano, como também em atividades que o influenciam. E é isso que se pretende ressaltar: o valor que tem a água para nós.
Há bilhões de anos atrás, com o resfriamento do que viria se tornar o planeta Terra, as primeiras chuvas torrenciais que molharam a superfície do globo encheram os oceanos que conhecemos hoje. E foram nesses oceanos, naquele período pré-histórico, que a vida começou a se manifestar e tomar forma. Os primeiros habitantes do planeta Terra foram células procariontes de estrutura muito simples, que surgiram no fundo dos oceanos e que, milhões de anos depois, sofreram um processo chamado de endossimbiose e evoluíram para células um pouco mais complexas, chamadas de eucariontes. A vida surgia dentro da água. Ainda no fundo dos oceanos, na pré-história, seres pluricelulares surgiram em decorrência de mais evoluções. E até que chegamos num momento da história chamado de Explosão Cambriana.
A Explosão Cambriana ocorreu em meio as águas dos oceanos e foi quando os seres sofreram sucessivas evoluções que deram origem aos mais diferentes e variados filos.
Mas foi só quando a terra apresentou oxigênio e condições favoráveis para a vida que alguns animais saíram do mar e passaram a evoluir em terra firme.
Além de abrigar as primeiras formas de vida, que outros mistérios as águas dos oceanos nos reservam? Há muito tempo, diversas lendas e mitos circundam águas de diferentes partes do mundo. Criaturas horripilantes, embarcações fantasmagóricas e desaparecimento repentino de grandes aviões e embarcações fazem parte desse leque de histórias fantásticas. Uma delas é a lenda do Holandês Voador, o navio condenado a navegar até o fim dos tempos, o medo de muitos navegantes no mundo antigo. E quem não já ouviu falar do Monstro do Lago Ness, na Escócia? Muitos afirmam tê-lo visto, mas nenhum vestígio foi encontrado dentre centenas de buscas e pesquisas.
Aqui no Brasil também temos mistérios e lendas que cercam nossas águas. A lenda da Iara, já contada há diversas gerações, ainda amedronta vários pescadores. Outros ribeirinhos afirmam já terem visto a tal sedutora sereia que encanta os homens e os leva para o fundo do mar. E quem nunca ouviu a lenda do Boto? O golfinho cor de rosa que à noite transformava-se em homem, engravidava mulheres e voltava para o mar em sua forma de boto no dia seguinte é famoso em vários estados do Brasil.
Se é misteriosa para alguns, em determinadas épocas da história a água foi fundamental para outros. As grandes civilizações antigas desenvolveram-se à beira de rios. Uma das maiores, o Egito, cresceu às margens do rio Nilo. Os egípcios utilizavam avançados sistemas de barragens e irrigação para irrigar seus plantios com a água do Nilo. Graças a isso, puderam desenvolver sua agricultura.
Na Bíblia podemos encontrar passagens que envolvem a água como a abertura do Mar Vermelho para a passagem dos israelitas, o milagre em que Jesus caminhou sobre as águas para ir ao encontro de seus discípulos em um barco e o dilúvio que inundou a Terra deixando Noé e sua arca à deriva por 40 dias e noites.
Na Idade média, vemos outros episódios da história marcados pela água. A Igreja católica desenvolveu-se de forma rápida e um dos seus principais materiais sagrados era a água benta, usada em bênçãos, batizados e como forma de espantar o mal. Durante a Idade das Trevas, as cidades passaram a ter sistemas de esgoto, mas estes eram por muitas vezes mal limpos e as águas contaminadas foram responsáveis por doenças e epidemias, sendo a Peste Negra uma das mais famosas.
Durante a Era dos Descobrimentos, os oceanos foram importantes caminhos alternativos para os europeus até o Oriente. De lá eram levados de volta a Europa produtos e especiarias para a revenda. Pelos oceanos também foi possível a descoberta das Américas por Cristóvão Colombo e do Brasil pelo português Pedro Álvares Cabral. Durante o período do Brasil Colonial, escravos eram trazidos em navios através do oceano.
Enquanto muitas embarcações comerciais tinham autorização da coroa para importar e exportar mercadorias locais entre países em navios, outros viviam fora da lei e saqueavam embarcações autorizadas. Eles eram temidos e eram o terror dos sete mares: os piratas.
Desbravando águas desconhecidas, os capitães de navios piratas acumulavam muitas riquezas saqueando outros navios. Alguns até enterravam seus tesouros e colocavam maldições para quem os desenterrasse. Também existiram piratas mulheres. Ousadas, perigosas e destemidas. Uma das mais famosas, Anne Bonny era conhecida pelo seu perigo e bravura. Foi amante de Calico Jack, um dos mais famosos piratas de todos os tempos, a bordo do seu navio, o Vingança.
Durante o período da Segunda Guerra Mundial grande parte dos embates foram travados em alto mar. Submarinos e navios guerreavam entre si com mísseis e bombas.
Hoje a água continua sendo importante para o nosso mundo moderno e globalizado. Através dela há o transporte de grande parte de produtos entre países, utilizamos sua força para a geração de energia e exploramos jazidas de petróleo contidas no fundo dos oceanos.
E por que não procurar água fora do nosso planeta? A presença de água em outros planetas indica presença de vida. A busca pelo H2O é constante entre as agências espaciais, afinal, um planeta com água, é um planeta habitável para nós, seres humanos.
Mas não só em atividades complexas a água está presente. A água está no nosso cotidiano também, em praticamente tudo o que nós fazemos. Ao acordar, escovamos os dentes e tomamos banho, usamos a água no preparo de alimentos, ao longo do dia para nos hidratar, para eliminar nossos dejetos, lavar nossas roupas e veículos, entre outras infinidades de coisas.
E a água também está na nossa diversão, quando vamos à praia ou parques aquáticos usamos a água, sobretudo, para nos divertir ou apenas nos encantar com o colorido e vivacidade que nos oferecem as vegetações e biomas do mar, abrigados pelas águas.
E depois de usada, toda essa água vai para um lugar que muito pouco vemos ou procuramos saber. Redes de esgoto, estações de tratamento de água... Depois de algumas fases e processos, a água está pronta para ser reutilizada.
De fato, a água tem uma suma importância em nossas vidas, que vieram da água, se baseiam da água e dependem da água. Mas será que realmente valorizamos esse bem tão precioso para a humanidade?
De toda a água no mundo, apenas 3% é própria para o consumo humano, o que torna o desperdício um problema de graves proporções. Segundo o Ministério das Cidades, no Brasil cerca de 41% de toda a água tratada é desperdiçada, o que resulta em um número absurdo de litros.
O consumo irresponsável da água não só se limita a usos domésticos, como também abrange os sistemas de saneamento das cidades, o uso indevido na agricultura e o mal aproveitamento em indústrias.
Para reverter esse quadro, existem medidas que nós, cidadãos, podemos tomar a fim de evitar o desperdício. Não deixar a torneira aberta na hora de escovar dos dentes, evitar banhos demorados, utilizar menos água para lavar o carro são moderações domésticas que podemos adotar para nossas vidas e assim, construir um mundo mais sustentável e ecológico não desperdiçando nossa base de existência, nosso bem precioso, nosso éter: a nossa água.
ROTEIRO
Setor 1 (abertura) | Da água surge a vida
Há bilhões de anos atrás, quando o universo ainda estava se formando, os oceanos tiveram um papel crucial no futuro de um planeta em formação, posteriormente chamado de Terra: foram os responsáveis por abrigar os primeiros seres vivos da história. Eram procariontes de formação simples, mas que depois de milhões de anos sofreram um processo chamado de endossimbiose e evoluíram para seres eucariontes. Seres pluricelulares vieram depois e organismos mais complexos começavam a se formar, ainda dentro dos oceanos.
Comissão de frente: Da água surge a vida – O objetivo da Comissão de Frente é mostrar de uma maneira lúdica e teatral a origem da vida a partir da água. Para isso conta com dois momentos diferentes e um tripé (Surgimento da Vida). No primeiro momento, nadadores caracterizados com roupas brilhantes em tons de azul escuro executam uma coreografia dentro do water bowl gigante do tripé. O momento da origem da vida é encenado quando as luzes internas do water bowl piscam freneticamente em sincronia com uma coreografia impactante. No segundo momento, dançarinos caracterizados com roupas coladas, cheia de cílios que remontam os cílios das cápsulas das células procariontes, saem da base do tripé e executam a coreografia no chão. É a vida que acabava de surgir.
1° Tripé: Surgimento da Vida – É o tripé que acompanha a Comissão de Frente. Se baseia em um water bowl circense gigante e cheio d’água numa base que remonta o fundo de um oceano. Dentro dowater bowl existem luzes estrategicamente posicionadas para que iluminem melhor a coreografia subaquática e para caracterizar o momento do surgimento da vida através de efeitos cenográficos.
1° Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira: Explosão Cambriana – A Explosão Cambriana foi um importante momento na história evolutiva quando vários organismos evoluíram numa velocidade incrível. Essas transformações também aconteceram nas águas dos oceanos. As fantasias procuram retratar conchas, tentáculos e fósseis de uma maneira enérgica, reforçando o termo “explosão”. A saia da Porta-bandeira é revestida com bolsas d’água com peixes de silicone dentro.
Guardiões do 1° Casal: Esponjas e Corais – Representam o tipo de vegetação do fundo do mar onde os primeiros seres surgiram. Além de caracterizar o ambiente, quando as fantasias ficam juntas em torno do casal, formam arrecifes de corais numa viva e nítida escala de cores, como no fundo do mar.
Ala 1 (coreografada): Da água à terra – Representa o momento em que alguns animais saíram da água para viver em terra firme, que já apresentava oxigênio e condições de vida. As fantasias, de cor verde piscina e azul marinho, procuram reproduzir a textura escamosa desses animais que pareciam híbridos de jacarés e lagartos. Por sua vez, a coreografia retrata a estranheza e a percepção desses animais em meio ao novo mundo que acabaram de conhecer.
1° Carro (abre-alas): Mistérios das Profundezas do Oceano – Até hoje é um mistério o que se esconde nas partes mais profundas dos oceanos. O abre-alas remonta o cenário fantástico que só os biomas dos oceanos nos proporcionam com corais, esponjas, peixes, lulas e tartarugas articuladas e até uma réplica do Náutilus, submarino usado pelo Capitão Nemo na obra de Júlio Verne 20.000 Léguas Submarinas. Nesse carro temos uma enorme escultura articulada de um escafandrista que representa a exploração e balões gigantes em forma de águas-vivas que flutuam pelo ar sobre as arquibancadas. E para caracterizar ainda mais o ambiente, temos bolhas de sabão saindo de todos os lados do carro.
Destaque do 1° Carro: O Senhor das Águas – Em muitas mitologias ao redor do mundo pode-se encontrar diversas divindades que representam a água. Essa fantasia procura fazer uma síntese delas. Representa o rei das águas que vive em seu reino escondido no fundo dos oceanos que com seu tridente dourado pode tanto causar ondas gigantes e maremotos como pode também acalmar mares e oceanos agitados.
Setor 2 | Mistérios Aquáticos
A água também é cercada de lendas e mistérios. Criaturas gigantes e temidas que vivem no oceano, embarcações fantasmas e até desaparecimento de aviões e embarcações em alto mar. Embora existam diversos relatos de pessoas que afirmam terem visto tais assombrações, alguns não passam de lendas, já outros, permanecem sem explicação até os dias de hoje.
Ala 2: Botos e Iaras – No folclore brasileiro temos várias lendas relacionadas com a água. Duas delas estão representadas nessa ala: O Boto e a Iara. Suas fantasias trazem características da nossa vegetação além de flores vitória-régia em tons violeta, outra lenda brasileira envolvendo o mistério das águas.
Ala 3: Ganges - A água celeste – Segundo o hinduísmo, o Rio Ganges é a personificação de uma deusa chamada Ganga que desceu à Terra para lavar os pecados dos mortais. Os componentes dessa ala trajam roupas que remontam trajes típicos indianos em vermelho, laranja e amarelo decoradas com joias douradas e, nos componentes, pintura corporal procurando representar o costume hinduísta. O rio é formado quando um leve e dotado de movimento tecido azul é aberto pelos componentes do centro às extremidades da ala, dando da impressão de que a água está descendo do céu e se expandindo na terra.
Ala 4: O Terror do Lago Ness – Há muito tempo na Escócia acredita-se que viva um monstro gigante dentro do lago Loch Ness. Várias buscas e investigações já foram conduzidas e nada foi encontrado. O monstro é retratado nessa ala através de uma fantasia especial no estilo das fantasias da Dança do Dragão, usadas nos festivais chineses e é cercado pelos componentes da ala vestidos de Águas Escocesas – fantasia que retrata a água com influências de vestimentas tradicionais da Escócia.
Ala 5: O Triângulo das Bermudas – Situado no Oceano Atlântico, o Triângulo tornou-se um mistério quando passou a ser o cenário do desaparecimento de aviões, navios e barcos sem explicações. Muitos dos que tentaram cruzar o caminho do Triângulo das Bermudas permanecem desaparecidos até hoje.
1° Destaque de Chão: Assombrações Marinhas – O destaque de chão do 2° carro representa o medo e o pavor que as lendas contadas por marinheiro transpassam. Vem segurando uma grande lamparina antiga que compõe a fantasia.
2° Carro: O Holandês Voador – Segundo a lenda, O Holandês Voador é uma embarcação que está condenada a vagar pelos mares para sempre, sem possibilidade de apartar. A alegoria retrata o navio fantasma de uma maneira assombrosa. Textura de madeira velha, velas rasgadas, musgo e componentes caracterizados como piratas assustadores fazem parte, sem esquecer dos componentes caracterizados de almas condenadas que trajam vestes brancas e são iluminados de baixo para cima. No casco do navio podemos notar uma grande representação do Kraken, um dos mais temidos monstros marinhos, cujos tentáculos são articulados. Nas laterais do casco do navio existem aberturas que abrigam canhões. Estes atiram uma chuva de confetes e serpentinas vermelha e amarela em direção a arquibancada.
Destaque do 2° Carro: Capitão Fantasma – Representa o capitão do Holandês Voador. As cores da sua fantasia seguem o espectro verde tal qual as filmagens de câmeras de vídeo em modo noturno, ressaltando o aspecto fantasmagórico.
Setor 3 | A Água Que Move o Mundo
Durante toda a história da humanidade, a água teve diversos papéis importantes. As civilizações antigas, através de técnicas de irrigação, se utilizavam dos rios para desenvolver sua agricultura. Na Idade Média, a água benta era a água sagrada da Igreja Católica que ocupava o topo da pirâmide hierárquica da época. Ainda na Idade média, em consequência dos sistemas de saneamento básico das cidades mal limpos, surgiram grandes epidemias como a Peste Negra. Na época dos descobrimentos, oceanos serviram como vias para as Índias, para o Novo Mundo e Para o Tráfico de Escravos. Na Era de Ouro da Pirataria, os piratas eram os mais temidos dos sete mares. No período da Segunda Guerra Mundial os oceanos e mares foram palcos de batalhas entre navios e submarinos. Nos dias de hoje a água continua sendo muito importante na extração de petróleo e geração de energia através de usinas hidrelétricas.
Ala 6: À beira do Nilo – Esta ala representa a importância do rio Nilo no desenvolvimento da civilização egípcia. As fantasias, azuis e douradas, remontam trajes de faraós com detalhes de serpentes e joias coloridas. Coroas egípcias e cajados fazem parte das fantasias.
Ala 7: Sobre e Através das Águas – Representa dois momentos distintos da Bíblia. Num primeiro momento a ala se divide em duas partes, deixando um espaço no meio da passarela, representando assim o momento descrito no livro do Êxodo quando Deus abriu o mar para que os israelitas atravessassem. Num segundo momento, um componente, representando a figura de Jesus, caminha sobre os componentes da ala, que seguram os pés de Jesus com as mãos, representando o momento em que Jesus caminhou sobre as águas ao encontro de seus discípulos. As fantasias dessa ala representam as águas do dilúvio tendo forte presença de amarelo e azul marinho.
Ala 8: Peste Negra – Representa as epidemias da Idade Média causadas pela falta de manutenção dos sistemas de saneamento das cidades. As fantasias em violeta e preto representam a água poluída e a mais famosas das epidemias, a Peste Negra. Nesta ala, os componentes usam máscaras bico de corvo, usadas na época para evitar a transmissão da doença pelo ar.
Ala 9: Grandes Navegações - Rumo às Índias – Durante a época dos descobrimentos, o Oceano serviu de caminho alternativo até o oriente, conhecido pelos europeus como Índias. As fantasias retratam os temperos e mercadorias do Oriente tão cobiçada pelos povos europeus.
Madrinha de Bateria: Tesouro Pirata – Há uma lenda em torno dos piratas que diz que esses costumavam enterrar seus tesouros. A fantasia representa essa lenda em tons dourados e reluzentes decorada com pedrarias coloridas.
Rainha de Bateria: Anne Bonny – Representa uma das mais destemidas e valentes piratas da Era de Ouro da Pirataria. A irlandesa Anne Bonny foi a pirata mais famosa, conhecida pela sua valentia e por ser amante de Calico Jack, um dos mais famosos piratas de todos os tempos. A fantasia, preta com detalhes dourados, é complementada por uma pistola da época que dispara faíscas.
Ala 10 (Bateria): Perigosos dos Sete Mares – Os piratas foram famosos saqueadores do mar. Formavam a tripulação dos navios piratas que invadiam as embarcações comerciais e roubavam seus carregamentos. Nas fantasias, de cor azul escuro, podemos notar detalhes brancos e amarelos. No chapéu, uma pluma vermelha que contrasta com o azul da fantasia.
Ala 12: Batalhas Navais na Segunda Guerra – Durante a segunda guerra, um dos meios mais usados de ataque foi o mar. Sobre águas, foram travadas intensas disputas entre submarinos e navios. A fantasia, branca com detalhes pretos, dourados e azuis, retrata soldados marinheiros. Âncoras e laços são detalhes que ajudam na caracterização.
Ala 13: Solvente Universal – Representando a importância da água na indústria química e farmacêutica e a busca pela presença de água em outros planetas. A fantasia dessa ala possui hexágonos, pílulas, tubos e erlenmeyers, remontando um laboratório, além de planetas, tubos e tecidos prateados que reluzem, lembrando um traje espacial.
2° Tripé: Evidências Líquidas – Dentro da décima terceira ala, o tripé representa a exploração em busca de água em outros planetas. Consiste em um planeta de cor marrom cheio de crateras com um anel verde, feito de luzes, que gira, segurada por cabos. De dentro das crateras pode-se notar bolhas de sabão saindo aos montes. Ao topo do planeta, temos um componente fantasiado de água alienígena, e no anel podemos notar outro componente, fantasiado de astronauta, que gira com a estrutura, como se estivesse preso no anel do planeta.
Ala 14: Negras Jazidas Subaquáticas – No mundo de hoje, é grande a exploração de petróleo nos oceanos, que abrigam ricas jazidas do ouro negro. A fantasia, preta, dourada e azul com presença de vigas amarelas, que lembram plataformas de exploração, retrata isso.
Ala 15: Comércio Marítimo – Caracterizados como containers verdes e vermelhos, os componentes dessa ala representam a importância do transporte marítimo para o comércio nos dias de hoje.
3° Carro: Hidrelétrica - A água como fonte de energia – Essa alegoria representa uma usina hidrelétrica, lugar onde a força da água é usada para a geração de energia. A alegoria, predominantemente azul, apresenta vários detalhes e luzes amarelas. Podemos encontrar enormes fusíveis pelo carro onde descargas de energia acontecem dentro, contribuindo para a caracterização da alegoria e para o deslumbramento visual do espectador. No carro também estarão motores cenográficos expostos em funcionamento e destaques em cima de réplicas de bobinas de tesla iluminadas. Lâmpadas do tipo bastão em cores roxa e azul formam padrões nas laterais do carro. No centro do carro temos uma grande barragem inteiramente preenchida por componentes coreografados que, com leques de plumas brancas, causam um efeito da queda de água.
Destaque do 3° carro: Hidroenergia – O destaque representa a energia advinda da água. Sua fantasia em tons de azul e amarelo é complementada com um esplendor feito, não só com plumas, mas como também de lâmpadas do tipo bastão que piscam em vários padrões.
Setor 4 | A Água do Nosso Cotidiano
Este setor tem como objetivo expor as várias utilidades da água no nosso cotidiano. Desde a hora em que acordamos até a hora em que vamos dormir a água está presente em tudo o que nós fazemos, afinal, nós dependemos dela para viver.
Ala 16: Espantando o mau hálito – A água que sai da torneira das pias é extremamente importante para a nossa saúde bucal. Nessa ala podemos notar um degradê nas cores das fantasias da fila da frente até a de trás, indo do verde ao azul, que simboliza o mau hálito sendo dissipado. Nas fantasias, tecidos leves e com movimentos representam os hálitos conduzidos pela leveza do ar.
Ala 17 (coreografada): Hora do Banho! – Em uma coisa temos que concordar: na hora do banho a água é fundamental. Sem água, sem banho. Tomar banho é muito importante para a saúde do nosso corpo e para a saúde dos narizes das pessoas a nossa volta. Nessa ala, em um primeiro momento, encontramos fantasias que imitam espuma recobrindo todo o corpo dos componentes. Estes vem acompanhados de cabines de banho, que são empurradas por eles mesmos, que borrifam jatos de fumaça cenográfica em seu interior, dando o efeito de banho quente. Quando esses componentes saem das cabines de banho, depois da fumaça cenográfica, sua fantasia muda de espumas para trajes de banho, sendo a troca realizada dentro da cabine, escondida pela fumaça.
2° Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira: Higiene Geral – Em tons de turquesa e branco, representam a importância da água na nossa higiene. Plumas brancas imitam espuma na fantasia e a saia da Porta-bandeira dispara bolhas de sabão quando ela gira.
Guardiões do 2° Casal: Germes e Bactérias – Os causadores de doenças indesejáveis correm para longe do casal assim que a Porta-bandeira gira atirando bolhas para todos os lados. Os germes e as bactérias correm desesperados e concentram-se nas extremidades da passarela. É, realmente, uma limpeza.
Ala 18: Bota água no feijão que chegou mais um! – É um famoso ditado brasileiro usado para avisar que a família terá companhia no almoço e que, por isso, a quantidade de comida deve ser aumentada. A água é muito importante no preparo de alimentos do dia a dia, sobretudo no preparo do feijão, alimento presente do almoço dos brasileiros. Nessa ala temos panelas, vegetais e feijões de todos os tipos. É uma feijoada completa!
Ala 19: Do tanque à máquina – A água também é importante na hora da lavagem das nossas roupas, afinal, quem não gosta de roupas limpinhas e cheirosas? Nessa ala as fantasias possuem, presas a ela, meias, calções, sutiãs, calcinhas e outras roupas do cotidiano. Eles também vêm em companhia de máquinas de lavar cenográficas que comportam um componente dentro. Assim que o componente entra na máquina, da cintura para baixo, um dispositivo faz com que ele gire, como se a máquina estivesse centrifugando as roupas sujas.
Ala 20: Entrando pelo cano – Nessa ala, os componentes estão caracterizados de canos. Eles se juntam formando tubulações completas de várias formas. É um condutor para o quarto carro.
4° Carro: O Grande Esgoto – Depois de usada, para onde vai toda a água? O carro representa toda a podridão e sujeira de um esgoto. Podemos encontrar nele baratas, lixo e canos voltados para cima, de onde saem componentes vestidos de ratos. Na parte de trás do carro, ocupando 1/3 dele, temos uma representação de uma estação de tratamento de água. A brancura, organização e limpeza da parte da estação contrasta fortemente com a escuridão, caos e podridão da parte do esgoto, representando a transformação da água. Na parte da estação de tratamento, podemos encontrar líquidos coloridos viajando através de tubos, representando substâncias químicas, cientistas malucos, pessoas dentro de tubos de ensaio gigantes, fumaça cenográfica, grandes lâmpadas de lava e outros ratos, mas dessa vez, ratos de laboratório.
Destaque do 4° Carro: Rei dos Ratos – É o maior rato da alegoria. O chefe do bando. Fica na parte do esgoto da alegoria e traz consigo um esplendor de sucata.
Setor 5 | Diversões Aquáticas
A água, por muitas vezes, também é sinônimo de diversão. Em parques aquáticos, resorts e praias o maior atrativo é sempre a água. Este setor traz consigo todo o colorido e toda a energia das diversões aquáticas além do espetáculo proporcionado pelos biomas do oceano.
Ala 21 (ala das crianças): Banhistas – Representa os banhistas indo em direção à praia. Aqui temos fantasias compostas por cangas, boias, chapéus, óculos de sol e outros acessórios usados pelos praieiros. Bolas de piscina são jogadas de um lado para o outro da ala colorida e vibrante e que apresenta fantasias leves para que as crianças que a compõem possam se divertir na passarela.
Ala 22 (coreografada): Vamos à Praia? – Enfim, chegamos à praia! Aqui os componentes, vestidos em tons de bege e marrom com detalhes em rosa e azul executam uma coreografia em torno do 3° tripé com guarda-sóis coloridos que abrem e fecham em diferentes padrões e giram em determinados momentos, causando um efeito bonito e chamativo.
3° Tripé: Castelinho de Areia – O tripé retrata um grande castelo de areia, desses feitos por crianças com baldinhos quando vão à praia. No topo do castelo podemos encontrar dois componentes vestidos de Rei e Rainha do castelo e uma bandeira da escola fincada. Na base do castelo, podemos encontrar várias conchas que abrem e fecham.
Ala 23 (Baianas): Conchas e Ostras - As joias do mar – As baianas representam toda a beleza das conchas da praia. Suas fantasias contêm pérolas falsas, e possuem tons pastéis de violeta e roxo. Suas saias são totalmente preenchidas com conchas verdadeiras.
Ala 24: Tirando Onda – Essa é a ala que representa o surf, que além de ser um esporte é uma atividade relaxante e divertida para muitos. As fantasias possuem uma prancha na cintura e pernas falsas dispostas por cima da prancha. As pernas do componente ficam dentro de uma saia azul com detalhes de algas e animais marinhos, abaixo da prancha, que representa o mar. Tudo isso dando a impressão de que o componente está sentado na prancha em alto mar. Acima da cintura a fantasia apresenta aspectos tikis e flores coloridas, que lembram o Havaí.
Ala 25: Beleza Marinha – Representa toda a diversidade e beleza dos biomas marinhos. Nesta ala encontramos uma grande variedade de fantasias de animais e vegetações marinhas como peixes, lulas, tartarugas, polvos, tubarões, esponjas do mar, algas, estrelas do mar, ouriços e corais. Tudo isso num multicolorido vibrante e bonito de se ver.
2° Destaque de Chão: Água-marinha – Representa a água-marinha, a pedra preciosa que leva o nome de água em decorrência da sua cor azulada. Embora esteja presente em todo o mundo, o Brasil é o maior produtor. A fantasia tem a tonalidade do azul da pedra e possui várias joias azuis (falsas) cravejadas.
5° Carro: Splash! O Centro de Diversões Aquáticas – A quinta alegoria representa um parque aquático, onde a água é o centro das diversões. Aqui podemos encontrar vários tobogãs por onde os componentes escorregam e caem em um tanque de água central. Nas laterais do carro podemos encontrar também componentes dentro de water balls transparentes. Componentes trajando boias coloridas estão presentes em todo carro.
Destaque: Salva-vidas – O destaque, com sua fantasia vermelha e branca, vem como o salva-vidas do parque. Detalhe para seus óculos escuros e seu esplendor em forma de boia salva-vidas.
Setor 6 | Desperdício em Descontrole
Este setor tem como objetivo mostrar o desperdício de água que algumas pessoas cometem, mas que, por vezes, acabam nem percebendo. Além disso, procura conscientizar a respeito do consumo responsável e dos males que o desperdício pode causar.
Ala 26: Meia Hora no Banho – Essa ala fala do desperdício de água durante o banho, quando, muitas vezes, deixamos o chuveiro aberto sem estar usando o mesmo. Na fantasia dos componentes da ala, temos mangueiras de duchas enroscadas nos componentes como se estivessem os amarrando.
Ala 27: Torneiras Abertas – Torneiras abertas na hora de escovar os dentes, lavar roupas ou lavar os pratos são responsáveis pelo gasto de enormes quantias de água. Esta ala chama atenção para isso com várias torneiras e canos fazendo parte da fantasia.
Ala 28: Lavagem de Automóveis – O gasto de água na hora de lavar carros é alarmante. E é isso que a ala retrata. As fantasias, azuis e amarelas, vem acompanhadas por pistolas de lavadoras de carro, onde, de seus canos saem plumas azuis, simbolizando a água.
4° Tripé: Mais-que-lavado – O quarto tripé vem junto da 28° ala. Consiste em um carro azul derretendo. A proposta é mostrar de uma forma carnavalizada o exagero na hora de lavar o carro. O vidro do carro é um telão de led que mostra olhos em expressões desesperadoras, como se fossem os olhos do carro.
Ala 29: Estouro de Hidrantes e Bueiros – Nem sempre o desperdício de água é por causa da população. Por vezes, a má manutenção dos sistemas de saneamento das cidades resulta em um grande desperdício de água. Aqui, mais uma vez penachos azuis representam a água saindo de hidrantes vermelhos. Acima da cabeça de alguns componentes, molas dão movimento a tampas de esgoto feitas de isopor, como se as mesmas tivessem sido atiradas devido a pressão da água.
Ala 30: Reservas Vazias – Aqui mostramos uma das consequências do desperdício: o esvaziamento de reservas. Sem água encanada não podemos fazer várias coisas do nosso cotidiano e isso é retratado na fantasia através de torneiras, baldes e chuveiros vazios e placas que reivindicam água.
Ala 31: Vidas Secas – Essa ala tem como objetivo mostrar os povos sertanejos assolados pela falta d’água. Nas fantasias temos cactos, textura de terra rachada e crânios de bois.
6° Carro: Águas Corrompidas – Esse carro traz a representação de um rio poluído que visa a denúncia e a conscientização do impacto ambiental que a poluição das águas pode causar em nossas vidas. No carro todo podemos encontrar esqueletos de peixes, sacos de lixo pretos, barris com símbolo de tóxico, pneus e outros restos que costumam poluir rios do Brasil. Esculturas articuladas de animais que sofrem com a poluição serão detalhes chamativos e impactantes, entre eles gaivotas, peixes e tartarugas feridos por latas de refrigerante e garrafas pet.
Destaque do 6° carro: Extinção – O destaque do carro vem representando uma consequência da poluição: a extinção de espécies de criaturas marinhas.
Setor 7 | Ainda há esperanças!
A preservação e o consumo consciente da nossa água podem contribuir para a construção de um mundo mais sustentável e pode ajudar na não degradação do meio ambiente. Este setor mostra que ainda há esperanças e que podemos mudar esse rumo de exagerado desperdício, levando a mensagem de consumo responsável.
Ala 32 (Velha Guarda): Nosso mais Precioso Bem – A ala da velha guarda representa o reconhecimento da água como sendo nosso bem mais preciosos e fundamental para a nossa existência.
Ala 33: A Vida depende da Água – Aqui tomamos a água como fator fundamental para a manutenção das nossas vidas. Em fantasias azuis e brancas, a vida é retratada em detalhes como grandes fitas de DNA.
Ala 34: Uso Consciente – Essa ala passa a mensagem de uso consciente e responsável da água. Chapéus de cérebro e placas com mensagens fazem parte da fantasia.
Ala 35: Chove, chuva! – Muitas vezes a chuva representa um novo começo. É tida por muitos como sinal de renovação e de esperança. Aqui os componentes simbolizam a chuva. Nuvem são representadas por plumas brancas nas cinturas dos componentes.
3° Destaque de Chão: Aquífero Guarani – O Aquífero Guarani é o maior do mundo e sua maior parte está no Brasil, possuindo partes menores na Argentina, Paraguai e Uruguai. A fantasia representa toda a grandiosidade e abundância de água do aquífero.
7° Carro: Planeta Água – Esse carro representa toda a sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, trazendo vários símbolos otimistas e de esperança. Ao longo de todo o carro temos animais aquáticos felizes e sambando, componentes em cima de esculturas de gêiseres, como se estivessem sido erguidos pela força da água que é disparada do chão. No meio do carro temos uma enorme esfera de led que representa o planeta terra. Inicialmente, a esfera mostra o planeta sem água, apenas os continentes em cima de uma textura de terra rachada. Num segundo momento, a esfera de led mostra a água surgindo no planeta de baixo para cima, como se fosse um tanque esférico sendo cheio. Detalhe também para um grande arco-íris inflável que vai de uma lateral a outra do carro e para as flores que circundam toda a base.
Destaque do 7° carro: Vida Verde – O destaque representa a importância da ecologia para o planeta. Sua fantasia, azul e verde, é acompanhada por um esplendor em forma de triângulo de pontas arredondadas representando o símbolo de reciclagem.
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