A filha da esperança
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Autor(es) do Enredo
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Rafael de Lima
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Enredo
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APRESENTAÇÃO:
Do verde aliança
Busco o amarelo da vitória
Da Estrela, vermelha,
O brilho do teu povo.
Nascida num berço de palha
Eternizada em valores de ouro...
A tua luta é minha cara,
Nossa raça, nossa herança.
Por ti, apresento meu carnaval
Em ti, despejo minha esperança!
Anauê, Caapuã! Anauê, Aiyara!
SINOPSE:
Bailam os ventos altaneiros do norte sobre as copas das gigantescas matas amazônicas. No solo áspero em que vivem as tribos Kaxinawás ressoam os tambores em rituais e cantam a luz de uma existência perfeita de vida. De uma verdadeira estrela, vermelha, de sangue forte, justo e determinado, como aquela fixada na bandeira do estado, a qual, ainda carrega o amarelo da paz e o verde da esperança. Sentimentos nobres, que guiam a saga da guerreira que vem a ser um hino para um novo tempo.
Em meio à mata nativa, tribos indígenas, florescem os seringais, que, fonte da maior riqueza da época, atraíam, em batelões, as almas desgarradas em busca de trabalho, de oportunidade de vida.
À bordo da Canoa São Jorge, desembarca nas terras aluviais do Seringal Bagaço os astros que irão transcender os raios da esperança... Num casebre de paxiúba coberto de palha, pelas mãos da avó paterna, reluz a estrela de Maria Osmarina, o fruto fecundado e a semente. Em uma floresta sem perspectivas, sem condições humanas de sobrevivência, em meio ao trabalho semi-escravo, a doenças e mazelas, a força da vontade de aprender e viver são a chama intensa que eleva o espírito da menina na sua iluminada jornada por uma vida digna naquele ambiente de rústica e singela poesia.
Viver correndo com os pés descalços e os cabelos soltos, aprender desde cedo a ler os recados que chegam às asas do vento, brincar livremente pela roça de milho e chamar macacos e graúnas de amigos era pertencer a uma natureza densa e ameaçadora como se tudo aquilo fosse trivial. Aos olhos daquela menina, o universo era simples e vigoroso.
Acordava e ia dormir aos sons dos causos contados pelos tios, pai e avó. Da “contação” de histórias sobre as lendas e mitos locais, surge o alicerce da respeitada recitante do romanceiro popular nordestino, a literatura de cordel. As raízes de sua fé também foram edificadas através da evangelização contada por sua avó, a quem tanto amava. No agradecer a Deus, recorria aos entes da floresta. Tal ação despertara em seu peito a vontade de seguir um dogma de sua fé, surgira o desejo de ser freira. Mas, para isso, precisava ser alfabetizada, precisava saber mais que as deploráveis contas de serviços prestados nos seringais.
Dessa infância cheia de trabalho e doenças, acostumada, desde criança, a pegar no pesado, a ajudar no roçado, nos afazeres domésticos, no corte e na colheita, buscar água no igarapé, varrer terreiro, plantar arroz, milho e feijão, com o pai cavando as covas e ela colocando as sementinhas, surge em meio ao verde, o verde-esperança que a leva a pegar a estrada de terra e se mudar para a cidade grande para morar com a avó... Cuidou da saúde, trabalhou como doméstica e iniciou seus estudos. Lá, naquele excêntrico universo, em que a claridade da luz urbana feria aqueles olhos habituados ao breu da floresta e a dança sinuosa da chama de lampiões, foi onde descobriu o tal significado do preconceito contra mulheres e negros. Até então, em sua matriarca educação familiar, o bonito era ser negro. E ser mulher era ser forte.
No “Acre, a nova Canaã. Um nordeste sem seca, um Sul sem geada”, na base do esforço, da cara e da coragem, enquanto mergulhava nos estudos, no Convento das Servas de Maria Reparadora, trabalhava duro, em afazeres domésticos ou na rega de hortas e dos vastos jardins. À medida que Marina adaptava-se à nova disciplina religiosa, as árvores que ela tanto amava tombavam, sem misericórdia. Assim tomava forma a consciência ambiental e política da jovem idealista. Em meio a um desmatamento sem freio e à morte em massa dos seringueiros, erguiam as primeiras vozes de resistência no campo. Nos trabalhos comunitários, líderesencontravam-se com líderes. Eis que em um desses magnos encontros, acabou por conhecer Chico Mendes, sindicalista Rural, que pregava a importância dos Sindicatos na conscientização e organização de movimentos dos seringueiros. Esse encontro mudaria o destino da aspirante noviça.
Assim, Chico Mendes passou a enviar-lhe textos bíblicos interpretados à luz do trabalho social, os quais foram essenciais na formação política da jovem Marina, passando a militar contra as injustiças sociais e pela redemocratização do país, que vivia a ditadura militar. Partindo dos oprimidos, contra a opressão, na organização dos seringueiros, na alfabetização dos ribeirinhos e na defesa dos indígenas, nasce a perspectiva libertadora, a favor da vida e da liberdade. Um vento libertador soprava por todas as partes, sindicatos, partidos e até a igreja católica, dentro da qual Marina se inseria como uma de suas lideranças mais atuantes e convincentes.
O teatro serviu de ponte entre o universo religioso e o político-partidário, uma vez que interpretava papeis ligados à defesa da ecologia. Sexo, drogas e muito Chico Buarque e Milton Nascimento embalavam esses microcosmo contra cultural, mas, para Marina, que não tinha namorado e nem usava drogas, restava cantarolar “Maria, Maria” e representar.
Os frutos por seus esforços, aos poucos, eram colhidos. É aprovada para o Curso de História na Universidade Federal do Acre, e, utilizando as teorias marxistas, parte para atuações marcantes no interior do Estado, participando de vários “empates” (encontro com seringueiros mostrando que poderiam explorar as matas sem desmatá-las), levando alimentos pelo rio ou solidarizando-se com os que resistiam contra a expulsão de suas terras pelos colonizadores, patrões, assassinos e exploradores da floresta, a jovem idealista consolidava sua luta.
O maior desses empates foi o assassinato de Chico Mendes, cujo legado adotado por Marina, é o de se fazer ver que a Amazônia deixasse de ser vista apenas como fonte de biodiversidade para geração de lucros, ganhando valor do ponto de vista simbólico, estético e de prestação de serviços ambientais para o planeta.
Canta-se, então sobre a luz da vencedora: Marina segue sua trajetória política, sendo eleita vereadora, deputada estadual, senadora. Ocupou cargos de secretariado e ministério. Realiza seu trabalho político, de acordo com o a real significação deste. De efetivar a democracia, sendo porta-voz dos anseios e dos desejos daqueles que depositam em sua figura as esperanças de um novo porvir.
Em defesa da vida, superando dificuldades, enxergando horizontes, Marina Silva desponta como estrela cujo brilho é infinito. Brava guerreira pelo progresso, onde seus ideais, seu carisma e sua luta, revelam-se como um ícone de um novo tempo. “Por isso te tomamos por bandeira; estandarte de esperança renovada [...] Permita que a nossa voz, dos veteranos e da mocidade, se ajunte à tua, para a liberdade abrir as suas asas sobre nós...”. A emoção que encanta o meu coração, hoje canta Marina, menina... A filha da esperança!
Rafael de Lima
Carnavalesco
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Número de elementos de desfile
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17 alas; 5 carros alegóricos; 2 quadripés; 2 casais de mestre-sala e porta-bandeira.
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Organização dos elementos de desfile
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Comissão de Frente: Kaxinawás em ritual pedem passagem...
1º Carro Alegórico: Seringal Bagaço – Riqueza da Terra
Ala 01: Graúnas: Formação cultural da bela flor
Ala 02 (Baianas I): Riqueza da flora amazônica
Ala 03: Mitos e lendas da Amazônia (Índio Erê)
1º Quadripé: Raizes da crença, raizes da fé
Ala 04: O agradecer aos Deuses da flores
Ala 05: Tempos de colheita: Lembranças da partida
2º Carro Alegórico: O “excêntrico universo” da capital – Casarões: Reduto da esquerda acreana
Ala 06: Construção de um ideal – ABC na capital
Ala 07: Construção de um ideal – As servas de Maria Reparadora
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Senhores de fazenda, “donos das matas”.
Ala 08 (Bateria): A saga dos seringueiros
Ala 09 (Passistas): Flora seringueira – O verde que sente a devastação
3º Carro Alegórico: O despertar de uma nova consciência – preservar é preciso
Ala 10: Liderança social pela justiça e igualdade
Ala 11: Militância em favor da liberdade
2º Quadripé: Teatro Aorta: O microcosmo contracultural
Ala 12: A jovem universitária
Ala 13: Descendo os Igarapés-açus
4º Carro Alegórico: Inspiração: O legado de Chico Mendes
Ala 14: Reluz ao âmbito nacional
Ala 15: História viva no centro político do Brasil
2º Casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira: Pregadora da paz, porta voz da esperança
Ala 16: O reconhecimento da vencedora
Ala 17 (Baianas II): Estrela de um novo tempo
5º Carro Alegórico: No cantar da verde-e-branco, as asas da liberdade sobre a filha da esperança
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Descrição dos Elementos de Desfile
01: Comissão de Frente - Kaxinawás em ritual de pedem passagem...
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O Acre, que conta com diversas etnias, aldeias e uma população estimada em 14 mil indígenas, é, proporcionalmente, o estado brasileiro com maior número de tribos vivendo isoladamente pelo interior das florestas. Uma das tribos mais conhecidas é a Kaxinawás, que, representada pela comissão de frente, hoje dança em ritual mostrando a raiz da cultura acreana e pedindo passagem para o brilho de uma das guerreiras mais conhecidas de sua terra, Marina Silva. A fantasia é trabalhada nas cores vermelha, verde e amarelo pastel, representativas da bandeira acreana, ponto de partida da nossa saga.
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02: 1º Carro Alegórico: Seringal Bagaço – Riqueza da Terra
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A infância de Marina Silva, criada no Seringal Bagaço, desperta toda a sua luz para a consciência ambiental, a preservação dos sistemas naturais e a valorização do trabalho de quem lida nesses ambientes. De um cenário desolador, eis a chama que guiará a luta para uma nova época de muita luta pela igualdade e reconhecimento do amor aos ideais.
A alegoria sintetiza aquela terra de ninguém, onde aportaram os ancestrais de Marina Silva, a qual marcou sua história para sempre: o Seringal Bagaço. A primeira parte da alegoria trás o brasão do estado do acre, que possui a escrita “Nec Luceo Pluribus Impar”, o qual seu significado é: “Não brilho diferente dos outros”. Ao lado do brasão, duas pequenas canoas de madeira, as quais, por meio delas, desembarcaram nas terras aluviais do Seringal Bagaço os pais e avós de Marina, em busca de oportunidade de vida. Atrás vem a coroa imponente da Bohêmios Samba Club, tendo em sua porção superior o destaque principal “A Luz de Marina Silva”, que reluz no meio do Seringal. A parte final da alegoria reproduz o casebre de paxiúba coberta de palha, onde, pelas mãos da avó paterna, “Júlia da Silva”, representada pelo destaque superior, Marina veio ao mundo, em uma floresta onde não tinha escola, nem igreja, nem professores formais.
Diante da vegetação nativa do habitat em que Marina fora criada, troncos e folhas de Seringueiras decoram a alegoria. As fantasias de composição representam “A diversidade tribal da raiz acreana”.
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03: Ala 01: Graúnas: Formação cultural da bela flor
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“Viver correndo com os pés descalços e os cabelos soltos, aprender desde cedo a “ler os recados que chegam às asas do vento”, chamar macacos e graúnas de amigos...” Essa Formação Cultural da Infância de Marina vem representada por uma Graúna, um pássaro acolhedor, de plumagem negra, muito comum na região.
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04: Ala 02 (Baianas I): Riqueza da flora amazônica
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Marina pertencia e foi criada em meio a uma natureza densa e ameaçadora, como se tudo aquilo fosse trivial. Aos olhos daquela menina, o universo era simples e vigoroso. Vivia em um ambiente de rústica poesia. As baianas representam a riqueza e beleza da flora amazônica - o ambiente mítico da infância de Marina, em toda sua grandiosidade.
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05: Ala 03: Mitos e lendas da Amazônia (Índio Erê)
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Marina acordava e ia dormir aos sons dos “causos” contatos pelos tios, pai e avó. Uma lenda conhecida está relacionada à mata da caça variada e farta, que é também o jardim de infância das crianças, que se divertem com armadilhas e o berço do universo de lendas dos seringueiros. Todo seringueiro e filho de seringueiro já foram assombrados pelo caboclinho da mata virgem (representação da ala), uma entidade mitológica que castigava todo aquele que caçasse um animal sem antes comer o outro. As pessoas temiam apanhar do caboclinho e não transgrediam aquele código de sustentabilidade da mata.
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06: 1º Quadripé: Raizes da crença, raizes da fé
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Embora não houvesse escola nem padre, haviam mestres de oratórias e até um livro sagrado com ilustrações das narrativas cristãs. Por meio desse livro sem palavras, Maria foi evangelizada, aprendendo as principais histórias das escrituras, pelas figuras e pela boca da avó que tanto amava.
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07: Ala 04: O agradecer aos Deuses da flores
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De educação católica, sua avó sempre lhe ensinou a agradecer, sempre ir à floresta e louvar aos céus, acreditando que os Entes (Deuses) e mistérios da mata eram obra divina, um sincretismo religioso com a cultura indígena. A fantasia mescla a caracterização indígena aos ensinamentos religiosos e o poder dos Entes da floresta, no adereço de mão.
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08: Ala 05: Tempos de colheita: Lembranças da partida
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A comida que vinha da roça e da caça, o verde da mata e a água da chuva. “Dessa infância cheia de trabalho e doenças, acostumada, desde criança, a pegar no pesado, a ajudar no roçado, nos afazeres domésticos, no corte e na colheita, plantar arroz, milho e feijão, com o pai cavando as covas e ela colocando as sementinhas, surge em meio ao verde, o verde-esperança que a leva a pegar a estrada de terra e se mudar para a cidade grande para morar com a sua outra avó...”. Na fantasia, folhas, flores, frutas e cesta de colheita representam o tempo e a realidade da qual Marina teve de deixar para partir à capital acreana.
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09: 2º Carro Alegórico: O “excêntrico universo” da capital – Casarões: Reduto da esquerda acreana
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A alegoria mescla a chegada de Marina à capital, com o reboliço da região, no ponto centro, em que marina desembarcou (O primeiro destaque, em vermelho, representa “A mais nova dama da sociedade” – Fantasia trabalhada no couro vegetal vermelho e pedras de jarina tingidas, comum da região). Os típicos Casarões eram redutos etílico/cultural da esquerda acreana nos anos 70 e 80. Neste paradoxo, aquela menina acostumada na cultura verde do seringal, desembarca na evolução da capital acreana, mais especificamente no ponto centro, local movimentado, representado pelas damas da capital (fantasias de composição), devido ao mercado popular de tecido, representado pelo destaque central – “O Vendedor de Tecidos”. De lá, Marina seguiu para onde morava a tia, “Maria Bita” (Destaque principal superior, em verde). A alegoria é trabalhada com fibras típicas da região e linha de tucum, onde os queijos e os leques de cipó são rodeados por ouriço de castanha, folhas verdes e palhas douradas.
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10: Ala 06: Construção de um ideal – ABC na capital
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Marina partiu para a capital acreana com o objetivo de se alfabetizar para se tornar freira e lá mergulhava nos estudos. A fantasia traz em sua representação o “ABC”. Decorada com lápis verde e amarelo-ouro e, em sua ombreira, um livro em forma de caixa, aberto, com letras em sua decoração e os lápis em seu interior.
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11: Ala 07: Construção de um ideal – As servas de Maria Reparadora
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A segunda parte da construção do ideal de Marina na capital acreana estava em tornar-se freira. Então, Marina entrou no convento das Servas de Maria Reparadora. A fantasia, em tom bege e ouro-velho, traz a imagem de Maria Reparadora, com sua tradicional coroa, vestimenta e com rosários fixos às mãos.
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12: 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Senhores de fazenda, “donos das matas”.
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À medida que Marina adaptava-se à nova disciplina religiosa, as árvores que ela tanto amava tombavam. Esta devastação devia-se aos senhores de fazenda, que se consideravam donos da floresta, os quais vêm representados pelo primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira. As fantasias de ambos, no tom verde-escuro da floresta, de forma bastante luxuosa, decoradas em palhas e moedas de ouro, representando a sua ambiciosa riqueza dos barões da borracha. Na Porta Bandeira, em destaque, um pentagrama, que tem como um de seus diversos significados, trazer em cada ponta a simbologia dos cinco elementos.
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13: Ala 08 (Bateria): A saga dos seringueiros
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Em meio a um desmatamento sem freio e à morte em massa dos seringueiros por parte dos senhores de fazenda, a bateria representa o seringueiro arraigado a suas raízes culturais. Como em sua maioria originários da região Nordeste, os seringueiros são apaixonados por festas, por danças de forró. Elementos como chapéu de couro, violão, galochas escuras fazem esta representação. O lenço, vermelho, representa o sangue derramado nesta guerra desleal.
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14: Ala 09 (Passistas): Flora seringueira – O verde que sente a devastação
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As passistas vêm representando a flora seringueira: parte responsável pelo futuro das seringas e proliferação das novas seringueiras, que sentem a devastação e o desflorestamento. A fantasia, tipicamente amazônica, traz, em toda sua decoração, flores e sementes de seringueiras.
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15: 3º Carro Alegórico: O despertar de uma nova consciência – Preservar é preciso
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A alegoria traz a representação, diante dos acontecimentos, do despertar da consciência de Marina Silva para a preservação ambiental. A alegoria, em sua totalidade, com decoração de selva amazônica, em que as fantasias de composição, vestidas de onça e com uma jiboia entornada, representam a “fauna amazonense”. A escultura central e as laterais representam a mística do despertar da consciência ambiental. O destaque principal, sobre o globo do planeta terra, representa, em ouro, “A riqueza amazônica escondida pelo ‘teto’ de copas latifoliadas da mata amazônica”, a qual é a maior reserva florestal do mundo.
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16: Ala 10: Liderança social pela justiça e igualdade
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Com o despertar da consciência ambiental, Marina, em projetos e debates, insere-se agora no contexto das lideranças sociais. Na fantasia, a balança, símbolo da justiça e igualdade e os bonecos, alinhados em formas circulares, de mãos estendidas, representam o símbolo da união da classe de esquerda.
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17: Ala 11: Militância em favor da liberdade
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Marina inicia sua militância em favor da liberdade, defendendo a preservação mundial. A fantasia traz em seu costeiro as asas da liberdade e, em sua composição, o planeta da preservação e o pombo, símbolo universal da paz, edificado pela fé, a qual Marina cultivava e pregava em suas militâncias.
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18: 2º Quadripé: Teatro Aorta: O microcosmo contracultural
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O teatro serviu de ponte entre o universo religioso e o político-partidário, uma vez que interpretava papeis ligados à defesa da ecologia. Foi em 1979 que Marina inscreveu-se num grupo de teatro amador. Engajados politicamente na luta contra a ditadura, os participantes se encontravam no antológico teatro Horta, representado fidedignamente pelo quadripé. A rotina de Marina era intensa: trabalhava nas comunidades durante o dia, estudava à noite e, nos fins de semana, dedicava-se ao teatro.
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19: Ala 12: A jovem universitária
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Marina fora aprovada no vestibular da Universidade Federal do Acre, para o curso de História. Mais tarde, tornou-se professora e propagou seus ensinamentos pelas comunidades. A ala das Crianças traz esta representação de sua formação com o bastão de diploma na mão direita, vestida com a bata e capelo de colação de grau, carnavalizado na cor Azul, que é a utilizada pelo curso da UFAC. A bata também traz uma faixa, em tom verde, com a escrita “História”, em amarelo.
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20: Ala 13: Descendo os Igarapés-açus
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Ao lado de grandes mentores, como Chico Mendes, e ensinamentos de cunho Marxista, a Jovem Marina partiu para atuações marcantes pelo interior do Acre. Quando não estava liderando, Marina podia ser encontrada em alguma canoa, descendo rios, levando alimentos ou simplesmente ofertando apoio moral aos povos da terra que tentavam se articular e resistir contra a expulsão de suas colônias pelos patrões (colonizadores, assassinos e exploradores da floresta). Eram lá que haviamos vários “empates” (conversas diretas com os seringueiros mostrando que poderiam explorar a mata sem desmatá-la). A fantasia está caracterizada sobre uma canoa, nas águas límpidas dos igarapés e um remo de acessório de mão.
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21: 4º Carro Alegórico: Inspiração: O legado de Chico Mendes
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Chico Mendes foi o grande marco na trajetória dos sindicados dos seringueiros e principal aliado e mentor de Marina nesta luta. De sua morte, ficou o legado para que a Amazônia deixasse de ser vista apenas como fonte de biodiversidade para geração de lucros, ganhando valor do ponto de vista simbólico, estético e de prestação de serviços ambientais para o planeta. Essa grande e importante luta segue nas mãos de Marina, seu eterno “braço direito”.
Para representação, a escultura central de Chico Mendes dentro de um Globo do planeta terra, vazado, onde, este globo, emite arcos côncavos, que surgem com outros globos vazados, menores, em que dentro há uma muda de uma seringueira, representando o brotar de uma nova consciência ambiental universal. O destaque médio, sobre o globo central, traz a representação de uma Borboleta, símbolo de transformação e de um novo começo. O destaque principal superior representa Chico Mendes hoje, como um “Anjo de Luz – O coração verde da Inspiração”, o grande pai desta luta.
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22: Ala 14: Reluz ao âmbito nacional
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Com um discurso mais ideológico e genérico, que instruía a população sobre a necessidade de combater as desigualdades sociais e a injustiça, com base nos princípios socialistas, a figura de Marina Silva reluz no âmbito nacional, sendo uma voz de força e renovação aos olhos da sociedade. Na fantasia, o brasão que representa a República Federativa do Brasil e em seu acessório de mão, a estrela, simbolizando sua luz.
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23: Ala 15: História viva no centro político do Brasil
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Seguindo a trajetória política, foi eleita vereadora, deputada estadual, senadora e ocupou cargos de secretariado e ministério no centro político do país. A catedral metropolitana, um dos monumentos mais famosos da capital política brasileira, representa Brasília. A fantasia vem bastante luxuosa, representando a exuberância e o luxo do centro político e, mascarada, em forma de crítica aos outros políticos corruptos e imorais, que Marina tem que combater para defender a cultura popular e a cidadania.
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24: 2º Casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira: Pregadora da paz, porta voz da esperança
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Pelo fato de Marina realizar seu trabalho político e social de acordo com o real significado, pregando a paz, tornou-se a Porta-voz da Esperança daqueles que depositam nela a expectativa de um novo porvir. A fantasia do casal de MS e PB vem trabalhada em plumas e pedrarias, unindo a pomba branca, o símbolo de paz ao verde, cor da esperança.
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25: Ala 16: O reconhecimento da vencedora
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Sendo hoje a Brasileira de voz mais influente em defesa da vida no âmbito internacional, Marina já recebeu diversos prêmios pela sua postura, sendo considerada hoje como uma das dez mulheres que podem salvar o mundo, tornando-se um exemplo vivo da raça e da mulher brasileira. A fantasia vem toda trabalhada no verde-e-branco, simbolizando a sua luz e tipificando também a inocência e a pureza de seus ideais, mesclado com suas alegrias e glórias, representadas pelos títulos e medalhas de honra que decoram a fantasia.
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26: Ala 17 (Baianas II): Estrela de um novo tempo
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Em defesa da vida, superando dificuldades, enxergando horizontes, Marina Silva desponta como estrela cujo brilho é infinito. Brava guerreira pelo progresso, seus ideais, seu carisma e sua luta, revelam-se como um ícone de um novo tempo. No verde e branco, a segunda ala de baianas traz em destaque o brilhantismo da estrela, representando Marina, que hoje brilha na JJ30.
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27: 5º Carro Alegórico: No cantar da verde-e-branco, as asas da liberdade sobre a filha da esperança
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Nesta noite, tomamos Marina Silva como bandeira, exaltando-a como um estandarte de esperança renovada. Os cavalos alados são das formas simbólicas mais puras da natureza instintiva. É como a energia que apoia o ego consciente sem que esse perceba; que gera o fluxo da vida e que dirige a nossa atenção para as coisas, influenciando as nossas ações através de uma motivação. Estes, em seis tripés, conduzem o último carro da escola, que traz uma enorme escultura central de Marina Silva, de braços abertos, resguardada pelas asas da esperança e abraçando a velha guarda, representação maior da escola, nas composições, que hoje canta Marina. E, por fim, o retorno da coroa da escola, rendada, sob um destaque, que representa a “Estrela da paz, síntese de um novo tempo”.
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