Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Enredo 3 - A LENDA DE ZABELÊ ( Romeu e Julieta do sertão) - Folclore Piauiense

A LENDA DE ZABELÊ Romeu e Julieta do sertão) - Folclore Piauiense

                  Conta a lenda que há muitos anos atrás, no tempo do Brasil Colonial, mais precisamente no sudeste da Capitania de São José do Piauí, em pleno semi-árido nordestino, na confluência dos rios Itaim e Canindé. Por lá vivia duas tribos indígenas, desfrutando e preservando as belezas naturais dessa floresta no meio do sertão, porém, arqui-inimigas, trata-se dos Amanajós e Pimenteiras, separadas por suas terras devidamente demarcadas. A rivalidade entre as duas tribos era grande , a ponto de viverem se extremando, digladiando até a morte, como foi o caso desta estória de amor que terminou em tragédia, lembrando o clássico e famoso romance europeu  de Romeu e Julieta.

                A maior das guerras entre os Amanajós e Pimenteiras durou seis luas e sete sóis , e se deu por conta de uma paixão proibida entre Zabelê, uma jovem e formosa índia amanajó e Metara, Guerreiro da tribo Pimenteira. Apesar da rivalidade, por causa da proximidade dos territórios, Metara avistou Zabelê, colhendo mel pra sua tribo, próximo ao rio Itaim, a beleza da índia encantou os olhos e o coração de Metara, ao aproximarem-se,esqueceram da rivalidade existente entre os dois povos e deram  espaço em seus corações ao mais nobre dos sentimentos, o amor.  Zabelê e Metara se encontravam regularmente, sempre que Ela ia colher mel, distante de sua aldeia em mata-fechada, longe dos olhos e do conhecimento dos seus familiares, assim como Metara.  Existia entre os Amanajós um jovem índio chamado Mandahú, que há muito tempo gostava de Zabelê, mas esta, o repudiava, ele tinha por hábito seguir Zabelê quando a mesma ia cumprir sua tarefa de colher mel, para sua tribo, e, para seu completo descontentamento, flagra Metara e sua amada trocando declarações de amor e carícias. Cresceu no coração partido de Mandahú um ódio descomunal, a ponto de o fazer por um fim no romance daquela que um dia sonhou em desposar, pensou e concluiu que deveria desmascarar  Zabelê, assim  imaginou Ele por fim ao romance, levando o seu povo a ver o envolvimento dos dois amantes, e assim procedeu, sem que Zabelê e Metara soubessem. Com a notícia “publicada” gerou um grande tumulto, e o conselho tribal amanajoensecondenou a atitude de Zabelê e a sentencia à morte por traição ao seu povo, por conta do seu envolvimento às escondidas. Mandahú não satisfeito, resolveu matar Metara, pois tinha esperança de pedir  clemência ao Conselho Tribal dos Amajós para retroceder da sentença de morte promulgada a Zabelê e viver com ela para sempre. A jovem índia soube dos planos de Mandahú e após a morte do seu amado, resolveu dar fim a sua vida, bebendo Manipueira, um veneno letal da seiva da maniva, paralelamente a isso a guerra entre as duas tribos dizimaram muitos índios das tribos. Tupã o Deus maior teve piedade dos dois amantes e resolve transformá-los em duas belas aves, que andam sempre juntas e a todo entardecer ouve-se o triste canto delas, um lamento pelo trágico fim do amor de Metara e Zabelê; para uns as aves são os acauãs, para outros, os zabelês, mais algo é certo: esta estória repassada de geração em geração, é verdadeira, tanto que os ancestrais afirmavam que Mandahú foi transformado em um gato maracajá, eternamente perseguido pelos caçadores pelo valor de sua pele.
E assim esta lenda foi batizada como a estória de Romeu e Julieta do sertão!




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores