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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Enredo 29: De minha vida fiz minhas canções, muito Prazer, me chamo Lupi!



DEFESA DO ENREDO (JUSTIFICATIVA)
Em 2014, Lupicínio Rodrigues completaria 100 anos de vida, com isso, nosso enredo busca neste ilustre nome do samba brasileiro, mostrar a sua vida e a sua obra encarnando o próprio Lupi, em um relato utópico- póstumo onde o homenageado resgatará sua infância, suas experiências na noite e com as mulheres, e como transformou sua vida em canção. Através deste enredo, esperamos que Lupicínio Rodrigues não seja apenas lembrado como um simples compositor e sim como um verdadeiro poeta, que transformou a dor de cotovelo em belas canções.
REFERÊNCIAS:



De minha vida fiz minhas canções, muito Prazer, me chamo Lupi!
“A NOITE SE FOI MAIS CEDO, O MEU VIOLÃO SILENCIOU, AQUELE
CABARÉ QUE EU FREQUENTAVA SE FECHOU”.
Falando um pouco de mim
Em uma noite enluarada, meu pai batizou-me com um pouco de vinho do Porto, e ofereceu-me a lua. Será que ele sabia que eu viraria seu amante? Amante do luar? Das madrugadas? Pode ser...
Ainda guri, vagava a cantarolar e assoviar pelos corredores da escola, até ser expulso e meu pai enviar-me voluntariamente ao exército, pensando que eu então me divorciaria de meu amor maior: a música.
Falando em amor, apaixonei-me pela primeira vez. Iná, minha eterna musa inspiradora, lá pelas bandas de Santa Maria, meu coração ficou e até hoje chora essa paixão.
Boemia: Meu templo sagrado
Encontrei na noite a solução da minha dor, na boemia encontrei o remédio de meus dissabores e desilusões. Nela encontrei grandes amigos, garçons a socorrer-me da bebedeira, taxistas a deixar-meem casa, e o mosquito. Esse sim é o rei da noite, companheiro de boemia, dorme durante o dia e sai para alimentar-se na calada da noite. Mas pelas madrugadas também me deparei com muitos inimigos. O chinelo de minha dama a bater-me quando chegava mais tarde em casa e o relógio, esse que teima em andar mais rápido quando a noite esta agradável. Assim como a igreja é dos fiéis, a noite é o meu templo, nela prevalece à malandragem, a boa musica e meu principal companheiro de noitadas: o violão.

O amante
Sou amante da noite, mas principalmente das mulheres, são a minha metade da laranja. Devo a elas o meu sucesso, principalmente as que mal me fizeram, pois são minhas melhores inspirações, foram elas que me fizeram ganhar dinheiro. Existem três tipos de mulheres. A esposa, dona de casa, dela não posso reclamar. Lava, cozinha, me serve, é muito amorosa. Já a
mulher piranha me seduz com sua cara de santa e com atitude me deixam de quatro por ela, e por última e para mim em especial, a mulher onírica, mulher da boemia, esta é a mulher dos meus sonhos. Sou um apaixonado pelas mulheres? Sou. Mas homem de um único amor: o samba.
Minhas canções
Vivi minhas músicas, ou melhor, elas são a minha vida, o meu
“eu”. Cada verso, cada estrofe, cada refrão é uma experiência. Experiências estas que me fizeram ser o que sou, cada “conselho”, cada “vingança” armada em virtude de uma “traição”, cada mulher, cada detalhe das “brigas”, da “separação”, da “reconciliação”, fizeram de minha vida as melhores canções. Com “Nervos de aço” embalei a dor de cotovelo dos desiludidos, o amor “imortal” por um time, e o orgulho de meu chão. Por isso ao se calar o surdo na avenida, minha imortalidade será consagrada e o meu samba, minha primeira canção, o “carnaval”, eternizará a minha arte e entãoapresentar-me-ei a todos: muito prazer! Sou Lupicínio Rodrigues, mas podem me chamar de Lupi.
Lupicínio Rodrigues
Por Rodrigo Lopes


ORGANOGRAMA DE DESFILE
1º SETOR: FALANDO DE MIM:
Comissão de Frente: O Cabaré – noitada, mulheres e muita música;
1° Casal de Mestre Sala e Porta - Bandeira: Batismo com vinho do Porto;
Ala 01: O luar;
Ala 02(Crianças): Meus tempos de escola;
Ala 03: Iná – Eterna musa inspiradora;
Carro Abre – Alas: Base militar de Santa Maria (RS);
2° SETOR: BOEMIA – MEU TEMPLO SAGRADO:
Ala 04: A noite;
Ala 05: Garçons;
Ala 06: Taxistas;
Ala 07 (Baianas): Chinelo de minha dama;
Ala 08: Relógio;
Ala 09 (Bateria): Malandros;
Ala 10 (Passistas): Fiéis da boemia;
Carro 2: Mosquito – O rei da boemia

3°º SETOR: O AMANTE:
Ala 11: Mulheres – metade da laranja;
Ala 12: Casamento;
Ala 13: Donas de casa;
Ala 14: Mulher piranha;
Ala 15: Mulher onírica;
Carro 3: Universo feminino: O mundo dos sonhos de Lupi;
4º SETOR: MINHAS CANÇÕES
2° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeiras: Notas musicais;
Ala 16: Esses Moços (conselho)
Ala 17: Vingança
Ala 18: Em briga de marido e mulher não se mete a colher;
Ala 19: Nervos de Aço
3° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Até a pé nós iremos: imortal tricolor
Ala 20(Compositores): Orgulho de ser gaúcho.
Ala 21 (Velha Guarda): Imortalidade de Lupi;
Ala 22: Foliões
Carro 4: Carnaval – Minha primeira composição hoje me eterniza;
Ala 23: Foliões
EXPLANAÇÃO DO ORGANOGRAMA:
A Comissão de frente virá com 15 integrantes, onde 7 homens representarão malandros da boemia e 7 mulheres dançarinas do cabaré evoluindo sobre um tripé simbolizando uma casa de shows e um outro componente representando Lupi com seu violão;
O 1º casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira usarão roupas na cor bordô, ornamentadas com cachos de uvas e folhas de parreiras representando os vinhedos onde é produzido o vinho do Porto. OMestre-Sala estará com uma cruz na mão e a Porta-Bandeira com uma pomba sobre seu ombro simbolizando o batismo de Lupi.
Ala 01, fantasias na cor prata, representando o luar do dia em que Lupi foi oferecido a ela.
Ala 02, Crianças uniformizadas de escolares, com mochilas e cadernos representando os tempos de guri na escola
Ala 03, Mulheres com vestidos vermelhos, rendados, leques e grandes chapéus, representando os anos 20, verdadeiras damas representando Iná, o grande amor de Lupi.
Carro Abre-Alas, camuflado, e com alguns elementos do exército como Urutus, lançando homens bombas, e pétalas de flores. Na parte central, um trem jocoso, simbolizando a cidade de Santa Maria.
Ala 04, Fantasias na cor preta e lilás, estilizada com estrelas douradas, representando a noite.
Ala 05, roupas típicas de garçons, com bandejas e gravata borboleta, com suspensório e sem camisa.
Ala 06, Carros vermelhos (filme Carros), acoplados ao corpo do desfilante.
Ala 07, As Baianas virão com vestido padrão branco, revestido totalmente de chinelos de diversas cores.
Ala 08, fantasia de relógio cuco, onde a cabeça do integrante será o pássaro.
Ala 09, Os ritmistas da bateria virão com vestimenta típica da malandragem, homenagem ao quimbandeiro Zé Pilintra.
Ala 10, Os passistas masculinos estarão de malandros e as passistas como garotas de programa.
Carro 02, Um enorme mosquito de vime, vazado e em movimento. Na saia do carro, donas de casa com mata mosquitos e aristas de
circo, fazendo acrobacias no mosquito com máscaras de oxigênio disparando sprays contra o mostrengo.
Ala 11, Integrantes com vestuário na cor laranja (literalmente uma laranja), e com facas na mão.
Ala 12, ala tipicamente trajada de casamento, apenas a noiva com um vestido um pouco mais a vontade, curto.
Ala 13, Desfilantes com lenço na cabeça, rolo de massa, representando uma dona de casa.
Ala 14, mulheres com espartilhos e acessórios como chicotes e mordaças representando a sedução.
Ala 15, Indumentária particular das piriguetes, minissaias, mini blusas, pau de selfie.
Carro 03, Todo carro na cor vermelho púrpura, com tons de rosa, e
“mulheres operárias” representando um mundo dominado por elas.
2° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, vestido branco com notas musicais na barra do vestido, regido pelo maestro, com batuta na mão.
Ala 16, Fantasias representando os jovens da década de 20.
Ala 17, fantasia do pânico, representando a morte, devido aos inúmeros suicídios constatados referente a música Vingança.
Ala 18, fantasias na cor aço, com costeiras de colheres.
Ala 19, fantasias em preto, prata, com lampadinhas de led, representando os nervos do corpo.
3° Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, O guardião estará fardado com uniforme oficial estilizado do time do Grêmio, e a Porta Bandeira, representando uma bola em azul, preto e branco, cores do tricolor gaúcho.
Ala 20, Os compositores virão com indumentária gaúcha, de chapéus, bombachas, obviamente estilizado com muita pluma.
Ala 21, Os componentes da velha guarda virão representando a imortalidade, nada mais justo para os patriarcas e matriarcas, símbolos maiores de nossa escola.
Ala 22, foliões que subirão e descerão do 4° carro.
Carro 04, carro vazado, representando um desfile de rua, com decoração de antigos carnavais, onde componentes sobem e descem, representando um desfile de bloco carnavalesco.
Ala 23, foliões, que subirão e descerão do 4° carro.

Rodrigo Lopes , Fevereiro de 2015.

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