Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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sexta-feira, 17 de março de 2017

SUPERCOPA - Jurado Marcos Maia

SUPERCOPA 
FRI- 69,2 (2)
MAN- 68,9 (4)
MAG – 69,1 (3)
CAS – 69,3 (1)
DOC – 67,6 (10)
IMP – 68,6 (7)
BON – 68,5 (8)
BAR – 68,9 (4)
UPM – 68,7 (6)
P&B – 68,5 (8)


FRIDA
Roteiro  (-0,5)
O autor ao descrever o abre-alas esqueceu de colocar as caveiras como importante elemento do culto aos mortos, e que poderia estar nesse altar para Frida; o autor reveza no Roteiro representações da vida de Frida, como a Casa Azul, com coisas mais gerais e brasileiras, o que dificulta um pouco o entendimento; não entendi o sentido do smartfone na ala 14; não há descrição de como a ala das Baianas representaria o amor; ala 18 e seu destaque estão descritos de modo semelhante, o que dificulta a ideia passada de diálogo entre artes diversas.
Tema (-0,1)
Ótimo tema,. Uma omissão que considero grande é a de não falar em seu romance com Trotsky. Senti falta de uma maior descrição da arte e das maiores obras de Frida. O último setor aparentemente faria isso, mas acabou sendo mais uma continuação do penúltimo, ou seja, representações da singularidade de Frida e de sua luta contra a “normalidade”.
Conj. Art (-0,2)
Um enredo muito interessante que poderia ser muito bonito realizado. Tiro 2 décimos justamente porque a arte, que é o supra-sumo da beleza no Carnaval, poderia ter sido melhor explorada.

MANCHETE
Argumento (-0,3)
Faltou citar as 2 apresentadoras mais famosas do Clube das Crianças: Xuxa e Angélica, já que citou outros apresentadores;  ao citar a cobertura , desde o início, das Diretas Já, o autor poderia ter feito um contraponto interessante à Globo, que só cobriu o movimento quando não era mais possível ignorar; o Documento Especial era basicamente um programa jornalístico mas de temas específicos, e não como um resumo de notícias.
Roteiro (-0,6)
Boa preocupação do autor em descrever as cores de fantasias e carros, apesar de em alguns casos ficar difícil imaginar tantas cores num só elemento, ou o contrário; não entendi os tatus como redatores, no abre-alas; na descrição das Baianas, o M na abertura-encerramento não “girava”, e sim “viajava” pelo Rio; começar um novo setor na ala 2, logo após as baianas, sem uma divisão clara, compromete um pouco o entendimento; representação dos Passistas com indumentária referente ao barroco de Xica da Silva é de difícil realização; carro 3 poderia ter um nome mais abrangente que remeter ao sucesso de Pantanal, já que também trazia lembranças de outros sucessos; descrições das fantasias das alas 25, 26 e 33 um pouco confusas, fugindo do padrão do Roteiro;
Tema (-0,1)
Um enredo em particular muito saudoso para os telespectadores daquela emissora e do Carnaval. Por isso mesmo, o décimo que retiro é por entender que o autor poderia passear mais pelos grandes desfiles cobertos pela emissora, e não focar somente no primeiro, com Mangueira e Portela.

MAGIA
Argumento (-0,2)
Aqui diz o autor que há dúvidas sobre se a matemática pode ser considerada um pilar. Mas principalmente no Roteiro, há explicações e alas ressaltando a importância fundamental de matemáticos. Sobre os “Asimov´s”, penso ser um pouco incongruente considera-los como apenas super-herois, sendo que a aplicação robótica para o mal é sempre considerada uma possibilidade constante em estórias de ficção.
Roteiro (-0,4)
Abre-alas: O que seria yatagarasu? Como o autor teve o cuidado de realçar explicações da sinopse para o Roteiro, poderia ter feito uma explicação disso também; na ala 19, estranhei dizer que “pode não ser possível recriar DNA de animais extintos”, sendo que pela estória do enredo, coisas muito mais difíceis são possíveis de serem feitas, tomando por base a ciência atual..ainda sobre a ala, a representação poderia ter algum elemento de animal, e não só DNA; na ala 20, não entendi o que coração e estrela têm a ver com o dilema do libre arbítrio.
Conj. Art (-0,3)
Um tema muito interessante e criativo, mas ao materializá-lo pra seguir no jargão científico-mágico) na avenida o autor lançou mão de cores e formas muito semelhantes ao longo do Roteiro, que diminuiu um pouco a vontade de vê-lo realizado.



CASTOR
Introdução (-0,1)
Soou meio forçado dizer que Castor “é um dos personagens mais controversos das últimas décadas no Brasil”, visto que ele já morreu há quase 20 anos, e falava-se muito mais nele naquela época, mesmo.
Argumento (-0,2)
“Transforma um esquadrão em campeão”, mas o Bangu em sua administração nunca chegou a um título.
Roteiro (-0,4)
Na descrição do Casal, faltou representar o malandro na roupa do MS, como representou a Justiça no caso da PB; algumas alas tiveram falta de unidade em relação à grande maioria, no sentido de que as representações dos figurinos não estavam tão bem esclarecidas e bem sacadas, p.ex: alas 16 , 18 e 22.


DOCES
Introdução (-0,3)
Repetições e erros de concordância. Ex: “coisas boas, algo bom; foi gerados doces..”
Argumento (-0,7)
Falta de iniciação maiúscula em obras (exmahabharata), grafia errada de lugar (Cicília), problemas de revisão “cobiço” em vez de cobiçado), o autor chega a escrever recuperação de “marimbondos”, em vez de moribundos; repetições desnecessárias(no nordeste brasileiro que a produção açucareira brasileira..); “estados” da Bahia e Pernambuco, não. Na época colonial eram províncias.
Roteiro (-1,0)
Batalha entre doce e amargo não costava da sinopse; na CF,  ele não diz o que representaria “ a sensação do amargo”, como fez com a de doce; mais incorreções gramaticais; haver uma ala com tripés do lado, e em vez de estar junto com o abre-alas, ter o casal de MSPB, promove uma quebra no que se imagina do visual do desfile; a cor do mel não é marrom, tá mais pra dourado, combinaria mais essa coloração no Casal; tripés da ala 4 com néctar? Não seria a ala 1?? No abre-alas “uma duas escadarias”? O que seria um semi-destaque? Falta de complementaridade nas descrições de algumas fantasias, como na ala 7; descrição confusa da ala 13; na ala 14, o autor diz que o pé-de-moleque foi criado no séc. XIV, então não poderia ser brasileiro..provavelmente quis dizer XVI. Mais uma confusão de falta de revisão e cuidado; na alegoria 4, a cozinheira mexendo com 3 talheres diferentes vários tachos de cobre fica difícil de representar; as crianças que haviam em alas no 4° setor combinariam mais com o 5°, que é infantil, além do que não necessariamente todos os doces desta parte são tipicamente só do gosto dessa faixa etária, exemplo do chiclete. Por outro lado, o próprio nome “pede moleque” já indica que este sim, era muito querido pelas crianças; ala do algodão doce com resplendor até a altura do joelho(??!); representação da ala da pipoca também muito confusa de realizar.
Tema (-0,2)
Um bom enredo, mas que ficaria melhor carnavalizado se representasse o doce subjetivamente falando também, como por exemplo “sensações doces”, como o amor, o beijo, o carinho, a fraternidade e coisas assim. De outro lado, o tom moralista dos perigos do doce ficou um pouco demais nesse tema, visto que é comum os mais alarmistas dizerem que o açúcar é um veneno tão grande como uma droga, e que nem se deve pensar em chegar perto de quaisquer das guloseimas descritas no enredo.
Conj. Art (-0,2)
Tema com grandes possibilidades artísticas, mas aqui em alguns casos as soluções de formas e cores ficaram repetitivas, ainda que o autor tenha tido a humildade de dizer que essa parte artística não seja sua especialidade, temos que julgar o que foi apresentado.

IMPERIO TUPINIQUIM
Introdução (-0,1)
Não é necessário dizer que o enredo tem pesquisa e detalhamento, numa justificativa.
Argumento (-0,8)
O autor ousadamente quis recriar um texto em primeira pessoa num documento do século XIX, mas pra isso o cuidado com o modo de escrita e a gramática precisam ser redobrados. “Deixamos para lá” teria ser serDEIXEMOS; “sob  a batuta”não necessitava ter entre parênteses “organização” logo depois; aspas em “maquinava” sem necessidade também; repetição de convite logo após convites; “sou uma mulher bem liberal para a época” faria mais sentido se ela escrevesse muito tempo depois, não na própria época; 5° parágrafo: “a Ilha foi construída”(??); “exibia..” o texto teria sido escrito na própria época, mas há esse esquecimento e o autor mais uma vez traz para o momento presente, escrevendo verbos no passado; falta de revisão de texto evidentes em falta de concordância , esquecimentos de letras, grafias erradas, etc; “provei de um tudo um pouco pra manter a silhueta”, aqui além de “um” estar repetido, que silhueta teria a Catarina, se comeu todos os doces? A primeira observação feita pelo autor tem informações interessantes e faria mais sentido vir  na própria sinopse, não numa nota à parte.


Roteiro (-0,3)
O autor exagera nos detalhes da comissão de frente, ainda que somente nela esteja presente a personagem fio-condutor do enredo; na 2ª ala de baianas, se dá o mesmo e na descrição dos demais elementos do Roteiro, em maior ou menor grau, na ala 39, o autor chega a esquecer a descrição da fantasia; após mais uma longa descrição do que seria a sua representação; na ala 22, a descrição nos faz imaginar muito mais detalhes ricos do que sua representação simples, de 2 filas de componentes carregando uma embarcação.
Tema (-0,1)
Um enredo rico em detalhes históricos, mas no desenvolvimento só se viu a personagem Catarina, central na sinopse, na  Comissão de Frente ( que por isso talvez teve tantos detalhes, pra englobar tantos fatos  ocorridos a ela no Argumento) e na última alegoria.

ESPELHOS
Título (-0,1)
Penso que ficou confuso, digamos “poético demais” para quem lê imaginar do que se trata o enredo.
Argumento (-0,3)
Apresentação da sinopse em poesia tem seu valor, mas o defeito de não deixar claro o que o enredo vai apresentar na maioria das vezes. Sendo que no final, ela muda de direção e explicita várias bonecas das quais vai tratar, ao contrário de todo o restante do texto.
Roteiro (-0,6)
No abre-alas, não entendi como tons de verde podem dar impressão de mágica; na ala 4 o significado mal tem a ver com a representação; o nome da fantasia da ala 15 deveria ter sido bonecos, não bonecas, já que representam os vodus; ala 19 vir com roupas formais passa pouco a ideia de pessoas famosas; na descrição da alegoria 5, entendi o significado da arte frutífera, mas nem todas as pessoas que lêem podem pegar o sentido, o autor poderia ter descrito seu significado no carro; a primeira fase da descrição da Ala das Crianças tá equivocada, primeiro por escrever histórias em vez de  estórias, mas principalmente porque diz que são personagens efêmeros, ou seja, passageiros, o contrário do que diz o restante do texto.
Tema (-0,2)
Belo tema , rico em possibilidades. Apenas senti falta de algo mais diretamente a ver com o título do enredo, ou seja, dos bonecos como representações das almas das pessoas. Isso ficou mesmo só na Comissão de Frente.
Conj. Artistico (-0,3)
O desconto aqui se dá porque o autor nas representações do desfile focou muito em cabeças e costeiros grandes, e aí perde um pouco pela riqueza de detalhes que o enredo possibilitaria ter feito mais, e em comparação com outros enredos neste concurso mais preocupados com esses detalhamentos.

BARÃO
Argumento (-0,2)
Em nível de curiosidade, a sinopse poderia informar a causa da morte do Barão; presença de algumas frases  com erros de coesão, repetições.
Roteiro (-0,6)
Caracterização dos guardiões do Casal como “ala” é duvidosa;; algumas fantasias e carros tem  caracterização insuficiente em  comparação com outras caracterizações; ala 10 “guerrilheiros” da tal guerra? O carro 4, como fênix, tá representando mais o setor seguinte, do 2° Carnaval, do que o 1°.
Conj. Artistico (-0,3)
A visualização do conjunto de desfile deste enredo ficou um pouco prejudicado porque determinadas soluções se mostraram repetitivas ou difíceis de imaginar suas representações. Ex: alas simbolizando “barracas”, repetições de estandartes, cores muito misturadas e sem o padrão de cuidado cromático que outros enredos tiveram.

UPM
Título (-0,1)
Um pouco grande, usando o batido recurso da rima.
Introdução (-0,2)
Informação desnecessária do que significa “curriculum vitae”; “és como um bom vinho” direciona o texto para a própria escola, pela pessoa empregada, e não pro leitor/julgador.
Argumento (-0,4)
Texto com imperfeições de pontuação, grafias; “uebe siti” ficou mal colocada a brincadeira, como se a escola não soubesse “falar” o básico de internetês. Excessivo o número de “risos”.
Roteiro (-0,3)
Na descrição da ala 6, um texto muito grande pra explicar o significado, com informações já passadas na sinopse, e apenas 3 linhas pra descrever a fantasia; mais presença de grafias equivocadas; o autor não descreve como o mestre de bateria representaria tantos outros mestres.
Tema (-0,3)
Os enredos campeões mereceriam melhor representação no desenvolvimento, em vez de ficarem todos aglutinados em somente uma ala , o que até dificulta sua realização;e um carro (nele simbolicamente, sem detalhes); o último setor, ao meu ver, ficou meio redundante , com elementos já vistos anteriormente e dedicando uma ala à internet, dizendo que a escola está bem conectada, sendo que ela não possui um site, como dito na sinopse.

PRETO E BRANCO
Introdução (-0,1)
O 2° parágrafo é um pouco confuso, sobre as impressões que o autor quer mostrar.
Argumento (-0,4)
Não ficou claro em que sentido a ciência considera o p&b importantes; num parágrafo seguinte, o autor faz contraposições entre o p&b, como o mal e o bem, mas no meio insere fantasmas como o branco, o que interfere na lógica do pensamento; o céu só fica preto se for de noite..quando vai chover, o céu fica cinza.
Roteiro (-0,5)
CF um pouco confusa e com termos científicos demais; na ala das baianas, não ficou claro de onde se veria o efeito de yin-yang, além da representação do desenho na saia; na ala 17, é difícil imaginar como uma ala coreografada apenas, poderia representar toda uma sala de estar; no carro 5 há uma mistura de elementos de outras partes do desfile e nenhuma clara do significado dos chocolates; ala 20 “preto no branco” tá desfocada do sentido geral do último setor, que é cultural, ficando melhor no setor anterior.
Tema (-0,3)
O autor descreveu a oposição e significados do p&b apenas do ponto de vista ocidental, e mesmo assim simplificado. Há países em que essas cores representam exatamente o oposto do sentido geral exposto no enredo.
Conj. Artístico (-0,2)
Entendendo a ousadia do autor em formular um desfile inteiro no p&b, mas artisticamente seria enfadonho imaginar um desfile totalmente monocromático dessa forma.



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