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domingo, 12 de março de 2017

Enredo 1119 - Ecoa a alucinógena voz do Samba sob a guia de Iboga – O místico poder de um espírito africano

Ecoa a alucinógena voz do Samba sob a guia de Iboga – O místico poder de um espírito africano



Nome
Grêmio Recreativo Escola de Samba de Enredo Borboleta Transgênero
Cores
Rosa e azul
Símbolo
Borboleta trans
Presidente
Cleiton Almeida
Carnavalesco
Cleiton Almeida
Elementos
5 setores, 5 alegorias, 21 alas.


Utilizando-se de uma estética psicodélica, o GRESE Borboleta Transgênero tem como ponto de partida de seu enredo os conhecimentos sobre a iboga, uma planta de origem africana que possui substâncias alucinógenas em suas raízes. A partir de pesquisas sobre o assunto, a escola reuniu informações e criou uma narrativa fictícia que possui elementos verídicos e criativos.
O desenvolvimento alia a história da iboga e da religião Bwiti, com a inserção do Samba como personagem que vivencia a experiência proposta. A intenção do enredo é popularizar essa cultura africana pouco difundida e mostrar ao público uma visão lisérgica do mundo. Além disso, o desfile ainda trás em seu conceito uma mensagem de união e esperança, que ressalta a importância do conhecimento e da valorização ancestral para a evolução do ser.
“O Samba é o pai do prazer,
o Samba é o filho da dor
O grande poder transformador.”
Desde que o Samba é Samba – Caetano Veloso



Noite ensolarada, dia estrelado, tempos sem conexões. Habita um povo bantu nas tropicais florestas do Gabão. Negra Mãe, inebriante África de mistérios, onde pigmeus se preparam para a caça passando por mágicos rituais. A cerimônia de purificação começa e a metáfora da vida ecoa pelas matas. É o som, o ritmo, vibrantes polifonias em incansáveis vozes. A manifestação dos Bakas para ir à selva.
Exímios caçadores envoltos da enigmática natureza, os pigmeus observam atentamente o comportamento de exóticos javalis que perambulam por ali. Os animais parecem levitar em calmas expressões de êxtase. Andam desnorteados, como se não mais tivessem controle sobre seus sentidos e instintos.
            Intrigados, os caçadores perceberam que o consumo das raízes de um arbusto provocava tal comportamento nos javalis. O primeiro pigmeu experimenta a planta e recomenda aos outros da tribo, entrando todos em um entorpecente transe. Uma viagem por sensações até então desconhecidas. No retorno para a aldeia, em uma comunicação com seres divinos, o curandeiro da tribo revela que um espírito habita o arbusto. Diante deles estava muito mais do que uma planta, mas sim uma divindade que pode fazer contato e levar aprendizagem.
            Em uma manifestação de respeito e euforia à descoberta, é feito um ritual de veneração ao arbusto. A planta de brancas e rosadas flores, junto com seus alaranjados frutos, é cultuada com delirantes atividades musicais que rasgam a noite e perpetuam as manhãs. O outro lado é descoberto em alucinógenas experiências. “Iboga, alucinante espírito africano!” Iboga, alucinante espírito africano!
            O conhecimento do ritual se difundiu entre outras tribos. Religiosamente, o Bwiti foi elaborado e fez a transmissão oral do processo de iniciação. O negro povo liberta um timbre que revela a alma, que rompeu barreiras e trouxe o Samba ao exuberante centro da África, para ser banzi em uma lisérgica experiência.  
No primeiro momento da iniciação, o Samba confessa todos os seus dionisíacos pecados. Após um sagrado banho, ele ingere, em jejum, uma enorme quantidade de iboga. Seu corpo é purificado e preparado para a cerimônia. Agora, já kombo, cai em um atemporal e induzido coma. Todos da tribo cantam, dançam e tocam durante todo o ritual. O espírito do Samba viaja para o plano da criação. Vai ao mundo da vida e dos mortos, um lugar desconhecido pela comum humanidade.
Do outro lado, suas visões são explosões de cores, formas e brilhos que permitem sentir a presença do supremo e divino ser. O espírito do Samba encontra seus sábios ancestrais e recebe revelações de sua missão na Terra. A alucinógena fé contida em sua essência opera suas doenças. Em um holístico elo entre mente, emoção e espírito, ele encontra a cura para os males de fora.
Ao fim do ritual de iniciação, a sagrada harpa conduz seu espírito de volta ao corpo e ao mundo material. Agora renascido, já não é mais o que era. Foi transformado pelo místico poder que na iboga vive. Viva a sobrenatural e africana mãe! Que na ancestralidade pariu o Samba e agora o regenera para que possa tocar clamores mais altos.
Em terras brasileiras, o Samba, agora como nganga, emana sua energia para realizar aquilo a que foi incumbido. Sua voz agora é ouvida em todo o mundo e suas vibrações tocam as mais afastadas consciências. As ondas emitidas no som dos seus incansáveis tambores possuem os mesmos efeitos da iboga. Seu ritmo leva a cura às dependências enraizadas no corpo. Leva a felicidade até mesmo ao coração mais imerso nas trevas.  E no ecoar mais alucinógeno do Carnaval, o Samba concretiza a profecia Bwiti e faz a união de todos os povos negros da Terra.
Glossário
Bakas = Tribo de pigmeus que vive na África Central, em especial no Gabão.
Banzi = Futuro iniciado na religião Bwiti.
Bwiti = Religião africana que tem como base a iniciação por meio do uso da iboga.
Kombo = Pessoa que está em passagem pelo processo de iniciação.
Nganga = Pessoa que já foi iniciada no Bwiti e pode repassar seu conhecimento da iboga.









            1º Setor – As misteriosas matas do Gabão
            Comissão de frente – Pigmeus, povo bantu em mágicos rituais      
A comissão de frente da escola representa os pigmeus que habitavam as florestas da África Central há muitos anos. Eles são assim denominados devido à sua baixa estatura, aproximadamente 1,50m. Antes de ir à caça, eles passavam por rituais de purificação. O grupo cênico, formado por 15 bailarinos, apresenta uma coreografia que transita entre momentos intensos e suaves, em uma dança inspirada nos movimentos próprios de tribos do Gabão. A indumentária é a típica dos pigmeus da região, mas com cores mais vibrantes e brilhantes. No ato teatral, um dos pigmeus é elevado numa pirâmide humana, ligando uma corrente de sinalizadores que cria uma aura de fumaça multicor. Quando ele desce, está com uma lança e sai para a caça, finalizando a apresentação.
Guardiões – A caça
A caça é a principal atividade das tribos de pigmeu. É uma tarefa exclusiva dos homens, que passam por uma cerimônia de purificação antes de sair para a selva. Os guardiões vêm vestidos com trajes típicos africanos, com grandes lanças com palha como adereço de mão e tecidos de pele animal no costeiro. A cromática varia entre cores vibrantes.
1º Casal de mestre-sala e porta-bandeira – Inebriante Mãe África
O continente africano é considerado o berço da humanidade. A negra mãe África, como é popularmente chamada, deu origem a diversas culturas, tradições e religiões. Os hábitos dos povos africanos diferem de maneira grandiosa dos outros lugares do mundo. A África é conhecida por seus mistérios e por sua forte ligação espiritual com a natureza. O primeiro casal da escola representa essa magia que envolve as terras africanas. A porta-bandeira veste um traje multicor, com pedras, dentes, capim e folhas secas. A saia é formada por tubos translúcidos coloridos, com líquido brilhante dentro, que balançam e provocam um efeito de movimento com o bailado. O mestre-sala veste um traje similar. Porém, ao invés dos tubos, com faixas de cor. Ele usa uma máscara africana, representando uma entidade que evoca o movimento da porta-bandeira.
Ala 1 – Música – metáfora da vida
A primeira ala da escola representa a música. Ela é sagrada para os pigmeus e é peça fundamental em todas as manifestações que são feitas. A fantasia é constituída por correntes de notas musicais que envolvem todo o corpo do componente de maneira expansiva. As cores são intensas e fluorescentes, reafirmando a vivacidade do som e sua importância como entidade rítmica.
Alegoria 1 – Javalis transcendentes nas matas alucinógenas
A primeira alegoria do desfile representa o encontro dos pigmeus com um grupo de javalis exóticos, que apresentavam um comportamento anormal. Os animais estavam sob efeitos alucinógenos, fato esse que influencia a estética do carro alegórico. As cores utilizadas diferem da realidade comum. À frente, duas grandes esculturas de javalis disformes, coloridos e com pintura psicodélica. Os animais derretem e se misturam à terra, formada por raízes fluorescentes. A floresta é multicolorida e conta com uma iluminação intensa. Componentes vestidos de javalis e de pigmeus estão dispostos por ela e fazem encenações transcendentes. Ao fundo do carro, a escultura de um pigmeu caçador, com os olhos pintados como se estivesse hipnotizado.




2º setor – Iboga – Morada de um místico espírito
Ala 2 – As raízes de um arbusto
Os pigmeus perceberam que os tais javalis exóticos consumiam as raízes de um arbusto. É nelas que está a substância capaz de provocar efeitos alucinógenos em quem as consome. A representação na fantasia é feita através de um arbusto médio como chapéu e as raízes se estendendo por todo o corpo do componente. As raízes são de tom dourado metálico, abrindo a cor base do setor.
Ala 3 – Inédita transe coletiva
Quando os pigmeus que estavam em caça experimentaram as raízes daquela planta, ficaram sob o mesmo efeito que os javalis estavam. Uma sensação até então inédita, uma viagem a outro plano. A ala é coreografada e os componentes estão interligados por tiras de led dourado. Na sequência dos movimentos, eles giram de maneira assimétrica, formando uma espiral ilusória. Figurino dourado formado por saia e ombreira, com o adereço de mão dos caçadores. Os componentes estão descalços.
Ala 4 (Bateria) – O curandeiro
O curandeiro é o responsável na tribo por tratar e curar doenças com procedimentos espirituais, através de magias, rituais e poderes naturais. A bateria da escola vem vestida com uma fantasia que facilita o movimento do componente, formada por adereços africanos e uma saia de pele de animais variados. Muitas contas e folhas douradas são distribuídas por toda a indumentária.
Ala 5 – O espírito que habita a planta
Através de uma comunicação espiritual, o curandeiro disse que um espírito habitava a planta, por isso que ela provocava aqueles efeitos em quem a consumia. Ele levava as pessoas a outro plano para fazer contato com o divino. Na fantasia, o componente é o próprio espírito, todo pintado em dourado metálico, saindo de dentro da iboga. A ruptura pelo caule acontece na cintura do componente.
Ala 6 – Manifestação tribal
Com a recente e incrível descoberta, toda a tribo se reúne para uma manifestação. Como era comum, muita música e cantos para celebrar aquele espírito que vive na planta. Ala coreografada, onde um componente fica ao centro, representando uma fogueira, e os outros dançam ao redor, vestidos com adereços africanos e com muita pintura corporal. Carregam tambores e chocalhos como adereço de mão.
Alegoria 2 – Divina Iboga – Veneração ao espírito africano
Por ser morada de uma divindade, a iboga passou a ser considerada sagrada. O arbusto era venerado por toda a tribo e sua utilização exigia um ritual de purificação para o encontro com o espírito. A base da alegoria é dourada e se mistura com tons de marrom. Raízes de variados tamanhos compõe a saia. O cenário é uma aldeia, com casa de palha e capim. Os componentes ocupam a parte frontal e central, vestidos apenas com contas e com o rosto pintado de branco. Na parte traseira, elevados em queijos, componentes como curandeiros dourados envolvem uma enorme escultura de um arbusto de iboga, de onde sai um espírito feito de seda.











3º Setor – A iniciação do Samba
Ala 7 – Bwiti
A religião Bwiti foi criada a partir da passagem da tradição oral do ritual de iniciação da iboga. Até hoje o ritual é a base principal da religião. Ela é considerada uma das três religiões oficiais do Gabão. A fantasia utiliza as três cores comuns nos trajes dos participantes dos ritos: o vermelho, o preto e o branco. São camadas de tecido nos membros superiores e nas costas até o chão. Uma saia de ráfia em duas camadas e contas complementam o figurino.
Ala 8 – Chegada do Samba
Com a propagação dos conhecimentos Bwiti, o Samba tomou conhecimento do ritual e foi guiado pelo timbre psicodélico até o Gabão. Ele chega do Brasil em trajes que misturam sua essência africana com a carga pecaminosa grega que adquiriu com o carnaval, manifestação pagã em homenagem ao deus Dionísio. A fantasia varia entre tons de vermelho, com um traje grego de estampas africanas, com uvas nas ombreiras e um tecido caído em tom de vinho.
Ala 9 – Banho sagrado
No começo do ritual de iniciação ao Bwiti com a iboga, o Samba toma um banho dado pelos ngangas para que todas as impurezas externas sejam removidas. A fantasia varia entre o branco e tons de prata. Camadas de babados e bolhas de acetato compõem a indumentária, lembrando a pureza da água.
Ala 10 – Purificação do corpo
Após a limpeza externa, o Samba passa por uma limpeza interna. Em jejum, ele ingere uma grande quantidade de iboga para que todas as impurezas que estejam no estômago sejam devolvidas para fora. A fantasia é um brilhante branco que cobre o corpo do componente, menos a cabeça. Essa parte representa o canal da garganta. Na ombreira e peitoral, uma boca aberta para cima, de onde sai a cabeça do componente em tons escuros, com tecidos presos a arames saltando, representando as impurezas.
Ala 11 – A iniciação – o coma do kombo
Após os momentos de purificação, o Samba, já iniciado, ingere uma enorme quantidade de iboga e cai em um coma induzido, perdendo a noção do tempo e do espaço. Nesse momento, ele começa a ter visões alucinógenas. O componente carrega como adereço de mão uma ampulheta vazia, que gira o tempo todo. O rosto é pintado de branco e a fantasia é composta por estampas psicodélicas.
Ala 12 – Viagem ao desconhecido
Durante o coma, o Samba viaja a um local desconhecido, que a tribo chama de plano da criação. É o outro lado, onde a vida é diferente e o contato com os mortos é possível. A indumentária busca representar os espíritos, utilizando formas fluidas e materiais como seda e algodão (Vale ressaltar aqui a liberdade artística em representar algo da maneira como se é imaginado). A ala é dividida em duas cores. Uma branca, que representa a vida; outra preta, que representa a morte. Ambas as fantasias são iguais em termos de forma.
Alegoria 3 – A celebração da iniciação
Durante todo o ritual de iniciação do Samba, a tribo se manifesta independente de questões de dia e noite. Cantam, dançam e tocam em uma celebração espiritual de fé. Além da música, o fogo também é muito presente no ritual, pois ele é a luz que guia o iniciado durante o coma. O interior da casa africana onde ocorre a iniciação é o cenário alegórico. Ao centro da alegoria, uma escultura simboliza o Samba em coma dentro de uma rede estampada. Nas laterais, componentes com trajes africanos e contas balançam sinalizadores. O carro varia entre gradações de vermelho, preto e branco.







4º Setor – Do outro lado da consciência
Ala 13 – Inconscientes visões do divino
Do outro lado, o Samba tem seu encontro com o divino. Os efeitos alucinógenos da iboga permitem ver cores e formas que normalmente não conseguimos. O Samba alcança outro estado da consciência e tem visões espirituais. O componente traz um grande olho de led multicor como adereço de mão. A fantasia varia entre tons de azul e verde, onde duas mãos de espuma envolvem o componente, representando o criador sublime.
Ala 14 – As revelações dos ancestrais
Através da iniciação, o Samba encontra seus ancestrais no outro plano. Acredita-se que o encontro serve para que mensagens e aprendizados sejam repassados com algum objetivo. Então, os antigos sábios revelam ao Samba quais são as suas missões na Terra. Os componentes estão vestidos como os ancestrais do Samba, que tem origem na própria África. Carregam um cajado com escrituras e estão vestidos com longos trajes africanos de pelo animal, em tons de verde escuro e marfim.
Ala 15 – Fé que opera
Além do contato com seres divinos, há também a crença que a iboga pode curar. Há diversos relatos de pessoas que tinham doenças e operaram no “hospital de lá”. Entretanto, a fé é essencial para que a cura possa acontecer. Na fantasia, o componente emerge de uma saia de fogo, símbolo da fé, vestido numa roupa hospitalar em tons de azul, com estampas africanas. Por cima, fios nas mesmas cores por todo o corpo representam as veias vivas do Samba.
2º Casal de mestre-sala e porta-bandeira – Conexão holística
Durante o processo da iniciação, o Samba passa por uma ligação entre sua mente, seu espírito e suas emoções. Essa ligação permite ver além daquilo que é usual. Ele descobre novos sentidos, novas capacidades. Essa conexão holística é permitida graças às substâncias da iboga. A parte superior da porta-bandeira representa a mente, com um cérebro psicodélico onde os neurônios são representados por luzes de led. A parte inferior representa as emoções. São plumas coloridas em níveis diferentes, representando os altos e baixos do sentimento. O mestre-sala é o espírito, vestido em leves tecidos, em claros tons de azul e verde. Usa uma saia longa de tecidos cortados, a fim de camuflar a perna, como se flutuasse. Na coreografia, eles se conectam por fios, num bailado lisérgico.
Destaque – O poder da cura
Ao Samba é concedido o poder da cura, para que ele ajude as pessoas quando voltar do coma. O destaque é envolvido por luzes de led transparente e carrega em mãos uma bola de luz que solta fumaça.
Ala 16 – Harpa Sagrada
Ao fim do ritual, o mediador toca a harpa sagrada para que o espírito seja guiado de volta ao corpo. O instrumento se tornou peça chave para o sucesso da iniciação, pois no retorno, o espírito pode não encontrar o caminho.  Na composição da fantasia, o componente está vestido como melodia, através de partituras, e carregam harpas, azul e prata, por onde passam e bailam através das cordas.
Alegoria 4 – O retorno ao material - A mística transformação
Conduzido pela harpa, o Samba retorna ao mundo material com suas novas convicções. O efeito alucinógeno passa, mas fica seu legado: as memórias. O Samba foi regenerado. Renasceu do mesmo berço, porém agora com um poder muito maior. Na representação alegórica, tambores de diversos tamanhos e cores formam toda a base do carro. De dentro dele, saem as composições vestidas como se fossem uma continuação do couro. Ao final do carro, uma grande escultura representando o Samba, inclinada e psicodélica, que se estende até a metade do mesmo, também saindo de um tambor.






5º Setor – A alucinógena voz do Samba e seu poder africano
Ala 17 – Nganga no Brasil
Após voltar ao corpo material e terminar sua iniciação, o Samba torna-se um nganga. Então, ele volta ao Brasil para cumprir sua missão. Fantasia de biquíni com estampa psicodélica, com uma saída de praia nas cores verde e amarelo, resgatando o calor brasileiro, a sensualidade e a magia do Rio de Janeiro, o berço brasileiro do Samba.
Ala 18 – A voz do Samba
Com a renovação espiritual, o Samba agora é capaz de ecoar por todo o mundo. Sua capacidade de alcance foi aumentada em níveis inimagináveis, podendo tocar consciências em todos os continentes do planeta. Metaforicamente, a voz do Samba é o povo da favela, das comunidades, que mantem viva a tradição. Com isso, os figurinos da ala são roupas comuns do cotidiano, em tons de verde e amarelo, retratando pessoas do samba. Cada uma carrega o mapa de um continente como adereço de mão.
Ala 19 (Passistas) – As ondas dos tambores
As ondas sonoras emitidas pelos tambores do Samba ganharam amplitude e frequência máxima. Romperam os limites conhecidos, desafiando todas as leis da física sobre a velocidade do som. Assim, seu ritmo alucinógeno é capaz de curar as doenças e os males de quem o ouve.  Na fantasia, um tambor dourado vazado fica na lateral direita do componente, de onde saem ondas acentuadas e vazadas, de cores diversas.
Ala 20 (Baianas) – Felicidade ao coração
Com esse grande poder transformador que adquiriu, o Samba agora potencializou a felicidade no coração das pessoas. Se antes ele já curava a alma de quem o ouvia, agora leva um êxtase perpétuo à vida de quem precisa. A ala de baianas é a responsável por carregar esse significado tão simbólico no enredo. A saia das componentes é volumosa, com corações de espuma distribuídos por ela, de onde saem serpentinas simulando uma explosão. A fantasia é colorida e psicodélica.
Ala 21 (Velha guarda) – Carnavalucinógeno
O Samba traz sua incrível magia para a festa carnavalesca, já que os dois transformaram-se em sinônimo nas terras brasileiras. Uma manifestação está interligada à outra. Dessa forma, o carnaval recebe os efeitos da iboga e o emite como expressão. A velha guarda é uma figura ideal para representar esse momento, pois é a raiz de uma escola de samba. Eles vestem trajes africanos, com estampas psicodélicas.
Destaque – Clamor mais alto
O Samba, em sintonia com o carnaval, dá seu clamor mais alto e definitivo. Aquele que concretiza toda essa história. Fantasia que simboliza uma explosão, através de adereços e símbolos.
Alegoria 5 – O Samba realiza a profecia Bwiti - A união dos povos negros
Como resultado do novo alcance, o Samba consegue realizar sua missão. Seu clamor africano toca o coração de todos os povos negros, que guiados pela essência da sua origem, se reúnem numa alucinógena folia de carnaval. Todos os povos negros se unem para celebrar a vida, o Samba e a Iboga, o místico espírito africano que proporcionou esse encontro. A alegoria representa o cenário carnavalesco onde esse encontro acontece. Ao fundo do carro, uma grande escultura do Samba de braços abertos, como se fosse o próprio Cristo Redentor, abençoando todos os negros. Componentes negros com trajes típicos de diversos países africanos e de tribos compõe a alegoria. A ALA DAS CRIANÇAS está presente no carro, vestida com trajes africanos coloridos, simbolizando uma esperança no futuro da nação. As cores e texturas psicodélicas complementam o cenário. Bandeiras de todos os países africanos e países de maioria negra estão na saia do carro.



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