É BAFÃO, É BAFÔNICO, É DO BALACOBACO! É O MILTON CUNHA! SARAVÁ!
Enredistas: Equipe Quatro Elementos (Robert, Danilo Guerra Couto, Fabio Granville e Neni Cabral)
Número de setores: 6
Alegorias: 6
Tripés: 3 (incluso o da comissão de frente)
Alas do desfile: 28
Introdução ou justificativa:
A Equipe Quatro Elementos desenvolverá, para o XI Concurso de Enredos, o enredo “É bafão, é bafônico, é do balacobaco! É o Milton Cunha! Saravá!” Homenagearemos esse grande carnavalesco narrando sua história de vida desde o Pará, seu estado natal, até sua chegada ao Rio de Janeiro, cidade em que alcançou o almejado sucesso. Trataremos de sua infância como menino de beira de igarapé, sua adolescência, formação profissional, seus sonhos, a mudança empreendida para a região Sudeste em um pau-de-arara, a vida na Cidade Maravilhosa, seus enredos e, claro, sua versatilidade como artista. Tudo isso com alegria e muito bom humor. Afinal, Milton Cunha é babado fortíssimo!
Sinopse
Amados e amadas, saravá!
Eu sou o Milton Cunha e tenho certeza que vocês já me conhecem (gargalhadas). Será mesmo?
Eu nasci lá pelas bandas de Belém do Pará, nos confins da Amazônia. Diz a lenda que um “deslumbrante” cegonho negro com um bico enooooooorme me trouxe enrolado em um cueiro. “Como filho de Dercy Gonçalves com Chacrinha e irmão de Elke Maravilha”, “já nasci entidade”. "Eu tenho esse DNA de Carmem Miranda. Corre nos meus cromossomos essa coisa de perua" desde que cheguei nesse mundo. Na Ilha de Marajó, “fui menino de beira de igarapé e sempre fui veadinho, desenhava vestidos e flores na areia da beira do rio e apanhava muito”. Abafa o caso! “Caboclo papa chibé”, brinquei nas ruas da minha cidade natal. Doces lembranças do rio, da peixe boi e do “cheiro de pupunha e café de avó”. Lembro também “que meu avô português me obrigava a torcer, em Belém do Pará, pela Tuna Luso Brasileira. Tinha a Cruz de Malta e aí a gente era Vasco também, obrigado pelo meu avô. Mas quer saber? Eu já era viado. Eu já queria usar brilhos na minha camisa do Vasco e meu avô ficava louco. Eu preferia ir para o balé" (gargalhadas). Por essas e outras, sabia que “não havia lugar pra mim naquela estrutura, naquela família. Eu tinha a ideia nítida que só me restava ir embora”.
Aos 12 anos assisti pela primeira vez, em uma tevê preta e branca, um desfile de escola de samba. Perguntei a meu pai o que era aquilo e ele me respondeu que era o Salgueiro de Joãozinho Trinta. O “necessário” Joãozinho Trinta. O enredo era “O segredo das Minas do Rei Salomão”. A imagem de uma ala com “sombrinhas de fitas metaloides” nunca mais saiu da minha cabeça. Ainda na adolescência, aos 16 anos, eu já era da turma da Psicologia. Um bando de descabelados que falava de Freud e Marx sem parar. “Ficávamos pelas escadarias dos teatros de Belém, vivíamos pela madrugada, sem rumo, bichos-soltos, meio que nos sentindo a continuação dos hippies”. Só aos 19 anos, já diplomado, o bicho (ou a bicha) soltou de vez. Fui! Parti dessa terra que me pariu. Bye bye “Ver-o-Peso” e estado do Pará! Tornei-me “retirante”, chacoalhando milhares de quilômetros estrada afora em cima de um pau de arara, rumo à cidade Maravilhosa. Tão maravilhosa quanto eu. Um escândalo! Eu “vim para abafar”!
No Rio, aluguei um quartinho em Copacabana. E eu moro lá até hoje, só que agora me chamam de Elton John de Copacabana. Adoro! (Gargalhadas). Mas, naquela época, a grana era curta fazendo teatro e uma das primeiras oportunidades de brilhar foi produzir para o Rei da Noite, o chiquérrimo Chico Recarey. “Foi um início deslumbrante porque vi a noite da Lapa, no Asa Branca, onde eu podia assistir aos shows de graça. Neste tempo, me sentia no olho do furacão, duríssimo, mas com acesso à informação, a mais valiosa das coisas”. Até que um dia, entrei para a turma do carnaval. “Isto nunca foi um projeto de vida”, mas “no começo dos anos 90, em 1993, fiz o concurso da Beija-Flor e Anísio e Fabíola me colocaram para empreender Margaret Mee, a dama das bromélias”. Na deusa da passarela, também fiz o lirismo de Bidu Sayão, "pintei pedra em bacanal" e, em 1997, na Sapucaí, mostrei as festas do Brasil.
Como carnavalesco “você é a entidade do grande cortejo”. É nele que a magia e o onírico se transformam em realidade. E eu tive a honra de apresentar nesses tantos anos como profissional do carnaval as minhas loucuras imaginárias, tal qual aqueles "loucos da praia chamada Saudade". No carnaval “nada é pequeno. A escala de escola de samba é gigantesca... e essa grandeza me seduz muito”. E foi "arquitetando folias" que assombrei o povo paulistano com uma alegoria de uma cobra enoooooorme nos segredos de Ariaú. Em homenagem à terra de Mandela, fiz parceria até com os compositores do samba que me deram uma ideia maravilhosa: um céu azul de liberdade. Mostrei também no sambódromo como é cafonérrimo desrespeitar os mais velhos. Imagina, desrespeitar os divos e divas da velha guarda? Mostrei que “a minha língua é minha pátria, é minha fé”. Deus salve a língua portuguesa! E, em uma homenagem à “epopeia Agudá”, ao glorioso fotógrafo "Fatumbi", além das maravilhosas entidades do candomblé no enredo Vira-Bahia, fui até a esplendorosa e exuberante África. Com alguns desses trabalhos ganhei prêmios importantes concedidos pela mídia carnavalesca. “Eu sou uma pessoa sem referências, rebelde, que mistura estilos. Meu carnaval é multicolorido, alternativo”. Foi um escândalo e um prazer ser carnavalesco de Beija-Flor, Ilha, Tijuca, São Clemente, Viradouro, Porto da Pedra, Cubango e Leandro de Itaquera. Mas, como carnavalesco “já paguei meu carma, acabou!”.
Eu amo carnaval e o carnaval estará na minha vida para sempre. Mas agora eu sou um Milton versátil. Um acadêmico que fez Mestrado e Doutorado em Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro pesquisando as obras de Joãozinho Trinta e ainda faço pós-doutorado inspirado nos signos de brasilidade da professora Rosa Magalhães na Escola de Belas Artes da UFRJ. Um escritor, como colunista de jornal e autor de um livro sobre o mundo dos desfiles da escola de samba – “Carnaval é cultura: poética e técnica no fazer escola de samba”. Um sambista, desfilando como espelho, apesar de sempre desejar ser rainha má (gargalhadas). Um tipo de “embaixador do samba”, pois, como eu falo três línguas, eu posso levar o carnaval para diversas cidades de outros países – “Toronto, Johanesburgo, Los Angeles, Estocolmo, Argentina...”. Sou também diretor artístico da Cidade do Samba. Vejam quanta coisa! Mas tem me agradado muito ser comentarista dos desfiles da escola de samba, transportando toda minha cultura, alegria e pouca modéstia para a telinha.
Felizmente, o povo me adora! E eu adoro povo, gente! Imaginem que, por não ter papas na língua como comentarista, muitos de meus comentários viraram memes. Hashtag #Adoro! Lembram também quando fui jurado do “Got Talent”? Foi do “balacobaco”. Tanto quanto carregar a tocha Olímpica. Agora, “bafônico” mesmo é estar nas comunidades do samba onde sempre fui muito bem recebido por essa magnífica gente. Isso é carnaval! O “povo fica reclamando: ai muito índio, muita caravela...Gente! É a festa da identidade brasileira”. “É a maior miscigenação do mundo feita com o tambor africano do negro mais a plumagem colorida dos indígenas e um toque de renda, veludo, perucaria e joia dos brancos”. Além da exuberância e do glamour da comunidade LGBT e do amor que os gays têm por essa festa popular. “Arrasou viado!”. Ainda tem hétero no carnaval? Aliás, “a história dos gays nunca foi pra avenida – o amor que não ousa dizer o seu nome – Safo de Lesbos, a Grécia, Oscar Wilde, Rogéria, Roberta Close, isto nunca foi e é a cara do carnaval. Então é preciso prestar tributo aos gays no carnaval”. Quem sabe esses meninos que se intitulam “os quatro elementos” não pagam pra ver este enredo na avenida? Imaginem ver o Arlequim e o Pierrot de mãos dadas e a Colombina chupando o dedo? “Bafão!” E eu comandando o espetáculo, com as chaves da cidade no reinado de Momo. Ou melhor, reinado de Milton (gargalhadas). Porque eu sou assim, “um escândalo”. “Sinto-lhes informar, mas eu sou uma alucinação”.
Saravá!
Observação: os trechos da sinopse entre aspas correspondem a falas do próprio Milton Cunha em comentários e/ou entrevistas concedidas a diversos meios de comunicação.
Roteiro (Boneca do desfile)
1º Setor: O menino papa-chibé
Neste setor iremos retratar o nascimento e parte da infância de Milton Cunha no estado do Pará.
Comissão de Frente: O menino que já nasceu entidade
Integrantes: 12
O nascimento não poderia ser mais festivo! Segundo o próprio homenageado, ele é filho de Dercy Gonçalves com o “Velho Guerreiro” Chacrinha. Irmão de Elke Maravilha, ainda teria DNA de, nada mais, nada menos, que a “Pequena Notável” Carmen Miranda. E dessa mistura não poderia ter saído uma pessoa “comum”, “normal”. Segundo o próprio Milton: "eu nasci Pollyanna, eu sempre acho que o amanhã é esperançoso, será melhor, então, acordo e digo bom dia borboletinha, eu vejo abelhas, eu vejo arco-íris em tudo".
Figurinos: sete componentes formarão o arco-íris – cada um utilizará uma fantasia que representará as cores que o compõe. Um integrante estará caracterizado como o “Velho Guerreiro”; três componentes (mulheres) estarão caracterizadas como Dercy Gonçalves, Elke Maravilha e Carmem Miranda. Ainda teremos um componente (anão) que representará o nosso homenageado Milton Cunha no ato de seu nascimento (com óculos, topete colorido, bico e uma fralda com as cores do arco-íris).
Tripé 1 - Comissão de Frente: “Cegonho do ébano”. O Tripé cenográfico representará um grande cegonho negro voando entre nuvens e que foi o responsável por trazer Milton Cunha ao mundo para “abafar”!
A coreografia será iniciada com os bailarinos que representarão o arco-íris. Após a apresentação, entrará em cena a “família” de Milton Cunha: os pais (Chacrinha e Dercy Gonçalves), a irmã (Elke Maravilha) e ainda Carmem Miranda – que se não é mãe, é doadora de DNA. Logo depois, no terceiro ato, entrará em cena o tripé “Cegonho do ébano” que trará em seu longo bico o menino Milton. Posteriormente, no decorrer da coreografia, descendo por um escorregador confeccionado nas cores do arco-íris, surgirá o anão que representará Milton Cunha. Então, seus familiares ficarão “admirados” com o “presente”. Na coreografia do componente que representará Milton Cunha bebê, a tônica será a célebre frase do homenageado: “Liberei a franga desde que nasci”!
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta e preto.
Guardiões-Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Abelhas e borboletas
Para proteger a apresentação de nosso primeiro casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, escolhemos os insetos que Milton Cunha aprecia em sua prática diária de procurar extrair algo positivo em tudo. Serão duas fantasias, ambas confeccionadas com muitas flores coloridas: borboletas – cujo chapéu será a cabeça da borboleta e o costeiro representará as asas coloridas do inseto; o corpo do animal será formado por longas ombreiras cujo comprimento irá até a altura do joelho dos componentes. Abelhas: o chapéu será a cabeça da abelha e o costeiro representará as asas do inseto; o corpo do animal será formado por longas ombreiras cujo comprimento irá até a altura do joelho dos componentes – a cor básica será preto e amarelo.
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta e preto.
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: O pavãozinho do Pará
O primeiro casal representará a ave símbolo do estado natal de nosso homenageado e que possui uma rica combinação de cores expressa em uma belíssima plumagem. O nome científicoEurypyga helias – significa “ave do Sol com a cauda avantajada”. A clássica fantasia dos defensores do pavilhão da escola possuirá uma arte plumária composta por faisões tingidos em tons de preto, branco, amarelo, vermelho e alaranjado. O chapéu dele e dela consistirá na representação estilizada da cabeça do pavãozinho-do Pará.
Quadro na residência de Milton Cunha que retrata ele (em primeiro plano) e seus irmãos.
Ala 1 - Crianças: Menino de beira de igarapé
Nossas crianças representam as brincadeiras da infância de Milton Cunha, como as remadas em barcos nas águas dos rios paraenses e os desenhos de vestidos e flores feitos na areia das praias. Os meninos representarão as brincadeiras nos barcos. A fantasia deles será composta por chapéu de palha, camisa e calça inspirados nos trajes utilizados pelos ribeirinhos; cada um deles conduzirá um barco de espuma que terá a representação das águas no fundo do casco da embarcação. As meninas usarão chapéus de palha com flores coloridas e vestidos na cor “areia”, cujas estampas representarão os croquis de roupas e as flores desenhadas por Milton nas areias das praias paraenses.
Cores predominantes: Marrom, verde e azul
Alegoria 1 – Abre-Alas: o Pará em seu coração
O abre-alas representará Belém do Pará e a Ilha de Marajó, locais em que o menino Milton passou sua infância. Serão quatro tripés (dispostos dois de cada lado, por isso no desenho constam apenas dois tripés) com os tatus “gays” (símbolo da escola) usando máscaras emplumadas, cuja carapaça será confeccionada com pompons nas cores do arco íris. O módulo A da alegoria 1 será a Ilha de Marajó e a Floresta Amazônica, com destaques para uma revoada de uirapurus, a cerâmica marajoara e os búfalos “gays”, nas sete cores do arco-íris, devidamente enfeitados com brincos, laços, topetes nas cores do arco-íris, muito brilho, purpurina e lantejoulas. O módulo B da alegoria representará Belém do Pará e o Mercado Ver-o-Peso e terá pés de pupunha, peixes e a representação de peixes-boi (outra lembrança da infância de Milton Cunha).
Composições dos tripés: “Tá-tudo” dominado! É o Milton Cunha! Saravá!
Composições do Módulo A: 1) Búfalos Gays – 2) Cerâmica Marajoara
Composições do Módulo B: 1) Pupunha – 2) Comerciantes do Ver-o-Peso
Destaque do Módulo B: O brasão de Belém do Pará.
Cores predominantes: Verde folha e verde oliva.
2º setor: Do Pará ao Rio de Janeiro: as asas da liberdade
Até 1982 Milton viveu no Pará. Mesmo com parcos recursos no bolso, ele partiu em um pau-de-arara rumo à Cidade Maravilhosa em busca de seus sonhos: queria ser ator ou diretor de teatro. Ele estava pronto para enfrentar o mundo e alçar voos.
Ala 2 – Baianas: Saudade do café de avó
Uma das lembranças que Milton Cunha possui de sua infância no Pará é o café que era preparado por sua avó. As matriarcas do samba, utilizando turbante, colares, bata, brincos e pano da Costa, trarão em suas saias uma representação da louça portuguesa e, na parte superior da fantasia, grãos e ramos de café. No turbante, terão a representação de um bule feito de louça portuguesa.
Cores predominantes: Branco, prata, azul, Verde, vermelho e preto.
Ala 3 – Coreografada: Futebol ou balé?
Essa ala representará uma passagem da infância de Milton Cunha no Pará: seu avô, português de Trás-os-Montes, o obrigava a torcer pelo Tuna Luso, time da capital paraense. A família também era vascaína. Mas o menino Milton não gostava muito daquele ambiente. Ele queria colocar brilhos na camisa do Vasco – o que deixava seu avô “louco” – e ir para o balé! A fantasia consistirá em uma tiara de bailarina na cabeça, uma camisa inspirada no uniforme do Clube de Regatas Vasco da Gama bordada com bastante brilho, tutu de bailarina, meião e chuteira. Cada componente levará consigo uma bola. A coreografia alternará passos de balé e toques de futebol com a bola: os componentes jogarão bolas para a arquibancada incrédulos, expressando: “Bola? Não quero isso”. Após lançarem as bolas para o espectadores, farão passos de balé.
Cores predominantes: rosa shocking, preto e branco.
Destaque de chão: O Rei Salomão
Fantasia inspirada no personagem bíblico, contará com uma grande capa e fará uma interação com ala seguinte sobre o desfile do Salgueiro de 1975.
Cores predominantes: branco, vermelho e dourado.
Ala 4 – O Salgueiro do necessário Joãozinho Trinta
A primeira lembrança que Milton Cunha tem do carnaval carioca é o desfile do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro em 1975 – “O segredo das minas do Rei Salomão”. Em uma televisão preta e branca ele viu uma imagem que ficou guardada em sua memória: o efeito do balançar, pelos brincantes, de sombrinhas enfeitadas por fitas metalizadas. Os foliões vestirão uma grande televisão em preto e branco confeccionada em espuma exibindo os símbolos da agremiação salgueirense. Na cabeça, as antenas do televisor terão palha de aço para melhor sintonizar a imagem. Na parte traseira da fantasia, a representação de Joãozinho Trinta. Como adereço de mão, cada componente carregará uma sombrinha com fitas metalizadas.
Cores predominantes: Preto, Branco e Prata.
Ala 5 – Riponga das escadarias dos teatros de Belém
Na adolescência, Milton Cunha foi hippie e, junto com sua turma, viviam nas escadarias dos teatros em Belém, ou em andanças sem rumo pelas madrugadas. A fantasia da ala será inspirada nas roupas típicas do movimento hippie: batas, calças boca-de-sino, acessórios como colares, pulseiras, óculos coloridos e vastas cabeleiras. O costeiro será a representação do símbolo hippie. Os foliões das laterais da ala carregarão balaios com flores que são jogadas para a plateia.
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta.
Tripé 2: Kombi psicodélica: No meio da ala dos hippies, haverá um tripé que representará uma Kombi utilizada pelos hippies. Cor predominante: verde, branco e rosa.
Ala 6 – Pink Freud
Esta ala representará a graduação de nosso homenageado em Psicologia, aos 19 anos de idade, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). A fantasia será inspirada na figura de Sigmund Freud: os desfilantes usarão peruca e barba postiça, paletó, calça e sapatos cor-de-rosa, além de um adereço em forma de charuto com a fumaça. No costeiro, o símbolo da Psicologia na cor prata.
Cores predominantes: Rosa e prata.
Ala 7 – Coreografada - Gaiola das loucas
Milton teve constantes embates com a família. Após terminar o curso de Psicologia, sentiu que era o momento de ser ele mesmo, de alçar voo, ter asas para voar e, finalmente, ser livre. Deixou o Pará e seguiu para o Rio de Janeiro. Era mais um retirante na Cidade Maravilhosa.
Nesta ala coreografada, o desfilante estará dentro de uma imensa gaiola revestida de espuma com uma sunga branca e um costeiro com asas de anjos dourada. Em momentos do desfile eles saem das gaiolas e fazem uma coreografia.
Cores predominantes: Branco, rosa e dourado.
Carro 2: No pau-de-arara chegay, chegando!!!
O carro alegórico representa a chegada do Milton Cunha ao Rio de Janeiro. Do alto do pau-de-arara, saindo de uma mala “estilosa” e com asas de borboleta, nosso homenageado, na forma de uma grande escultura, representará a tão sonhada liberdade que ele tanto almejava.
Composições: 1) Retirantes; 2) A estrela de Milton Cunha.
Destaques 1): Bye, bye, Pará!; 2): Eu vim pra abafar!
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta
3º Setor: Labutando no Rio
O setor marca a chegada do Milton Cunha ao Rio de Janeiro - no famoso Bairro de Copacabana – e seus primeiros trabalhos no teatro e com o Rei da Noite, o Chico Recarey, até o convite de Anísio Abrahão David para ser carnavalesco da Beija-Flor de Nilópolis.
Ala 8 – Baianinhas - A princesinha do mar
Ao chegar à Cidade Maravilhosa, Milton Cunha alugou um quartinho em Copacabana, a princesinha do mar. Desde então, nunca mais saiu do famoso bairro carioca. Turbante, bata, colares e pano da Costa compõem basicamente a fantasia. Na saia, haverá a representação do calçadão de Copacabana. Cada baianinha levará em sua mão uma sombrinha com a representação do Sol.
Cores predominantes: Preto, branco, rosa, amarelo e dourado.
Ala 9 – Ser ou não ser?
Milton Cunha já fazia teatro em seu estado natal. Quando mudou para o Rio de Janeiro ocorreu a profissionalização como ator e diretor de “Diversões Públicas” associado ao “Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro” (SATED/RJ). Foi também diretor e professor de teatro. A fantasia contará com a representação das máscaras do drama e da comédia no chapéu e na ombreira. O costeiro será a representação de um palco do teatro com as cortinas abertas. Na mão, inspirado na peça “Hamlet” de William Shakespeare, cada componente levará uma caveira iluminada com led – Milton Cunha coleciona caveiras e, segundo ele, elas passam a noção de temporalidade.
Cores predominantes: dourado, rosa e verde.
Ala 10 – Bateria: Elton John de Copa
É assim que Milton Cunha é conhecido pelo bairro carioca por sua semelhança física e estilo parecido com o do cantor inglês. A fantasia dos ritmistas será inspirada em uma das marcas deste irreverente artista: o seu visual. Serão 300 componentes vestindo 100 figurinos diferentes representando os mais marcantes ternos e blazers do carnavalesco. Todos os componentes estarão portando óculos, topetes coloridos e adereços como colares e chapéus. Nos pés, calçarão tênis de “led” inspirados no modelo utilizado pela delegação olímpica da Grã-Bretanha na cerimônia de abertura do Rio 2016. O Mestre de Bateria e seus Diretores comandarão seus ritmistas também devidamente paramentados conforme os ternos utilizados por Milton Cunha, utilizando leques e apitos.
Cores predominantes: dourado, prata, vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta e preto.
Ala 11 – Passistas: Reis e rainhas da noite
Nos anos 1980, no Rio de Janeiro, nosso homenageado trabalhou como produtor de moda para o Rei da Noite, Chico Recarey, dono de casas de show como Asa Branca e Scala. Eles e elas usarão coroas, cujos costeiros serão inspirados na fachada da “Casa de Show Asa Branca” e contará com estrelas para representar a noite.
Cores predominantes: preto, azul escuro e prata.
Ala 12 – “Mee” abafou! A lady das bromélias na Sapucaí!
Após o carnaval de 1993, a Beija-Flor de Nilópolis realizou um concurso para a escolha do carnavalesco que substituiria Maria Augusta Rodrigues. Milton Cunha foi o escolhido pela direção da escola, sendo o responsável pelo desfile de 1994 que narrou a trajetória da pintora botânica inglesa Margaret Mee. Esta ala contará com duas fantasias: uma consistirá em uma bromélia gigante de espuma que será “vestida” pelo folião. A outra será um beija-flor: o chapéu será a cabeça do animal e o costeiro contará com asas.
Cores predominantes: verde-folha, rosa shocking, azul e branco.
Carro 3: A deusa da passarela
O carro representará a primeira escola que Milton Cunha trabalhou como carnavalesco: a Beija-Flor de Nilópolis. Foram quatro enredos desenvolvidas nessa agremiação: “Margaret Mee, a dama das bromélias” (1994), Bidu Sayão e o canto de cristal” (1995), “A aurora do povo brasileiro” (1996) e “A Beija-Flor é festa na Sapucaí” (1997). Como já retratamos o primeiro enredo desenvolvido na escola na ala que antecede o terceiro carro, na alegoria abordaremos os outros três. O carro será confeccionado em três planos: o primeiro será a base do carro - composta por fósseis e pelas pinturas rupestres do homem da Serra da Capivara. No segundo plano, fotos de Bidu Sayão em grandes molduras antigas em preto e branco juntamente com notas musicais. O terceiro plano será quatro esculturas de beija-flores em um carrossel giratório que simbolizarão o enredo de 1997. Em cada canto da alegoria, gruas gigantescas que se movimentarão tendo como destaques mulheres-beija-flores.
Composições: Homens e mulheres da pré-história brasileira; 2) O canto de Bidu; 3) É festa na Sapucaí!; 4) Mulheres beija-flores seminuas.
Destaque: O sucesso como carnavalesco
Cores predominantes: azul, branco e prata.
4º Setor: Pagando o carma
Este setor tratará de alguns dos outros trabalhos de Milton Cunha como carnavalesco no Rio de Janeiro e em São Paulo, não necessariamente em sua ordem cronológica. Questionado se sente vontade em voltar a assinar um carnaval, Milton Cunha respondeu: “já paguei meu carma, acabou!”. Será?
Ala 13 – Um hospício desvairado... na Cubango!
A ala representa o carnaval de 2010 da Acadêmicos de Cubango no Grupo de Acesso A, “Os Loucos da Praia Chamada Saudade”.
A ala será composta por duas fantasias: uma de loucos - que usarão camisas de força, perucas com cabelos desgrenhados verdes e óculos cuja órbita ocular saltam os olhos (através de molas); a outra fantasia será de médico utilizando jalecos e toucas verdes.
Cores predominantes: branco e verde.
Ala 14 – Vira-Milton!
A Ala representa o enredo “Arquitentando folias” – sobre a história da arquitetura no Brasil - desenvolvido na Unidos do Viradouro em 2006 por Milton Cunha, Mário Monteiro e Kaká Monteiro. O chapéu da fantasia consistirá na representação do “Museu de Arte Contemporânea de Niterói” (MAC) – a ombreira, capa e saiote da fantasia contará com a representação de desenhos feitos pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Cores predominantes: vermelho e branco.
Tripé 3 – A cobra grande
No ano de 2001, na escola de samba Leandro de Itaquera, do Grupo Especial de São Paulo, Milton desenvolveu o enredo “Os seis segredos de Ariaú”, que contou com uma cobra gigantesca como elemento cenográfico que era articulada pelos brincantes.
Cores predominantes: alaranjado, vermelho e amarelo.
2° Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – A língua mais gostosa (a portuguesa)
O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira representará o enredo “O Sol brilha eternamente sobre o mundo de língua portuguesa” desenvolvido na Unidos da Tijuca em 2002, ganhador do estandarte de melhor “Enredo” pelo Jornal O Globo. Ele representará um navegante português, enquanto ela, a Terra e os continentes cuja expansão ultramarina portuguesa estabeleceu colônias.
Cores predominantes: azul e amarelo.
Ala 15 – Compositores - É cafona ser racista!
A ala representa o enredo desenvolvido na Unidos do Porto da Pedra em 2007, “Preto e Branco a Cores”, sobre o apartheid na África do Sul. Segundo Milton Cunha, a inspiração dos compositores do samba o fez modificar uma alegoria – acrescentando um céu azul - a partir do verso “Liberdade pelo amor de Deus / Liberdade a esse céu azul / É minha terra, orgulho meu / Porto da Pedra canta a África do Sul”. Será um terno branco - cuja parte da frente do paletó será dividida: metade será confeccionada com tecido estampada com o céu azul enquanto a outra metade do paletó representará a bandeira da África do Sul. Compõe ainda o traje, um chapéu africano.
Cores básicas: azul, branco, vermelho, amarelo, preto e verde.
Ala 16 – Velha Guarda: Velha é a vovozinha e velho é o vovozinho!
Nossa querida Velha Guarda, cujos membros são os guardiões da sabedoria, representará o enredo da escola de samba São Clemente para o desfile no Grupo de Acesso - A do carnaval carioca: “Velha é a Vovozinha: a São Clemente enrugadinha e gostosinha”. Homens elegantemente vestidos com um smoking e cartola e as mulheres com vestidos longos.
Cores predominantes: verde e rosa shocking.
Ala 17 – O olhar de Fatumbi na Ilha de todos os Santos
Essa ala representará o enredo sobre o fotógrafo francês Pierre Fatumbi Verger e sua ligação com o candomblé, desenvolvido na União da Ilha do Governador em 1998. A fantasia consistirá em um chapéu que representará uma máquina fotográfica; ombreira e saiotes terão a representação de fotos de Verger. No costeiro, máscaras africanas da etnia Fang.
Cores predominantes: branco, azul e vermelho.
Carro 4: África e africanidades
A África, a cultura ou as religiões de matriz africana estiveram presentes em alguns trabalhos de Milton Cunha: Ilha 98; Tijuca 02 e 03; Porto da Pedra 07 e Viradouro 09. Este carro representará a África e o Brasil africano enaltecidos pelo carnavalesco. O carro trará muita palha em sua base e nos queijos. Na parte dianteira, esculturas de rinocerontes, elefantes, leões, leopardos, girafas, hipopótamos e antílopes. No centro, uma escultura articulada de um negro desatando as correntes e circundado por um mapa do continente africano em neon. Na saia do carro e na parte traseira da alegoria haverá a representação dos orixás.
Composições: Agudás; A África do Sul de Mandela;
Destaque baixo: 1): Orum; 2) Ayê – Destaque alto: Olorum
Cores predominantes: vermelho, branco e palha.
5º Setor: Milton versátil
Neste setor será mostrada toda a versatilidade do artista Milton Cunha. Segundo definição dele próprio: “o Milton não é, ele és. Sou acadêmico, da fuzarca, da fantasia, da loucura e da tranquilidade. Te diria que sou multifacetado e levo as facetas às últimas consequências. Sou muito de muito. Comigo menos não é mais. Pelo amor de Deus! Mais é mais. Então eu arranjo tempo para viajar, para estudar. Sou extremamente organizado para que as várias facetas convivam e que sejam todas elas felizes.”
Ala 18 – O acadêmico: ratos, urubus e anjos
Esta ala representará o Mestrado e o Doutorado em Letras cursado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cujo tema de ambos foi a obra do carnavalesco Joãozinho Trinta; e também o pós-doutorado (ainda em curso) na Escola de Belas Artes da UFRJ sobre os signos de brasilidade da carnavalesca Rosa Magalhães. A fantasia representará uma beca maltrapilha, como um mendigo. As ombreiras terão a representação de um rato e de um urubu. No costeiro, entre arabescos dourados, anjo barroco sobre uma nuvem.
Cores predominantes: Preto, azul, rosa e dourado.
Ala 19 – Vivendo e escrevendo
Milton Cunha possui uma coluna no jornal “O dia” e também é escritor do livro “Carnaval é cultura: poética e técnica no fazer escola de samba”, obra em que ele busca detalhar de forma bastante didática e a partir de sua longa experiência como carnavalesco, as diferentes narrativas de um desfile de escola de samba, além das técnicas empregadas na montagem de um desfile para uma agremiação carnavalesca. A fantasia será confeccionada com a representação de páginas de jornal. O chapéu representará um livro aberto com serpentinas saindo desta obra. Cores predominantes: Preto e branco (roupa), vermelho (livro) e serpentina de variadas cores.
Ala 20 – Espelho, espelho meu!
Demonstrando sua grande versatilidade, Milton Cunha emprestou sua beleza e irreverência como “espelho” na comissão de frente da União da Ilha do Governador em 2015, no enredo “Beleza pura?” desenvolvido pelo carnavalesco Alex de Souza. Ele (Milton) que sempre sonhou em ser a bruxa má, acabou como espelho do conto da Branca de Neve e os sete anões.
A fantasia consistirá em vestido característico de bruxa má da Branca de Neve, com um espelho que estará “refletindo” o rosto de Milton Cunha. Esse espelho também servirá como máscara da bruxa má.
Cores predominantes: preto, roxo e dourado.
Ala 21 – O mundo sambou! Embaixador do samba
Depois de se afastar do cargo de carnavalesco, Milton Cunha corre o mundo para levar sua experiência e mostrar toda a cultura do carnaval brasileiro: Canadá, Suíça, Suécia, Inglaterra, África do Sul, Angola e Argentina. A fantasia consistirá em uma calça, camiseta e paletó coloridos com postais dos diversos países por onde nosso homenageado passou. Cada componente usará um óculos com o “M” símbolo da Marquês de Sapucaí. Como adereço de mão, uma mala de veludo escrito “samba”.
Cores predominantes: Cáqui (calça), branco (blusa), prateado (óculos), paletó colorido das diversas cores dos postais, pink (mala de veludo).
Ala 22 – Na minha casa todo mundo é bamba – Casais de mestre-sala e porta-bandeira mirins.
Esta ala representa o cargo de Diretor Artístico da Cidade do Samba, ocupado pelo nosso homenageado desde 2007. Uma pessoa estará caracterizada como Milton Cunha, com calça, camiseta e seu terno característico, uma faixa do tipo presidencial com o dizer “Diretor Artístico” que estará cercado por 12 casais de mestre sala e porta bandeiras mirins, representando as 12 escolas que utilizam os barracões da Cidade do Samba.
Cores predominantes: tons de rosa (calça, camiseta e paletó), arco íris (faixa presidencial), branco, pérola e marfim (12 casais de mestre sala e porta bandeira)
Carro 5: “Na tela da TV no meio desse povo”
O quinto carro representa o estrelato de Milton Cunha no veículo televisivo, com programas variados, comentários sobre o carnaval e, principalmente, as entrevistas feitas na quadra e na comunidade carnavalesca.
A alegoria consistirá em uma grande escultura articulada do Milton Cunha no centro do carro, com um microfone na mão. Atrás desta escultura, uma grande tela de led, transmitindo todas as comunidades do carnaval visitadas por Milton, incluindo também o público que está assistindo o desfile ao vivo. Nas laterais do carro, diversas televisões empilhadas, em diferentes tamanhos e modelos, transmitindo programas antigos que tiveram a participação do nosso homenageado. Na parte dianteira do carro, nas duas extremidades, gruas com filmadoras em direção à escultura de Milton Cunha. O carro terá o som com a voz de Milton Cunha, soltando diversos comentários pela avenida.
Cores predominantes: Verde, rosa, azul, preto e branco.
Composições: 1) Ondas eletromagnéticas; 2) Operadores de câmeras
Destaque: Luz, câmera, Milton Cunha!
6º setor: É bafão, é bafônico, é do balacobaco!
Neste setor iremos seguir os passos da fama de Milton Cunha, porque por onde ele passa, ele deixa admiradores e impõe sua marca e estilo, fazendo com que seja lembrado com carinho por todos. Desde a internet até as comunidades do mundo do samba, terminando com o sonho de ver na avenida o carnaval sobre os gays, público esse que está sempre celebrando com nosso homenageado.
Ala 23 – Memes de Milton no reinado de Momo
O bom-humor e as frases de efeito marcam os comentários do artista durante a transmissão dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. A fantasia consistirá em uma língua de espuma que circundará o corpo do desfilante e terminará em um dos ombros em formato de uma cobra. Um adereço de mãos em forma de balão de quadrinhos, com as mais famosas frases dos memes do Milton Cunha.
Cores predominantes: Vermelho e verde (língua) e branco e preto (quadrinhos).
Ala 24 - Got Talent
Milton Cunha foi um dos jurados do programa “Got Talent Brasil”, provando que alguém tão talentoso também pode julgar outras pessoas mais talentosas. A fantasia consistirá em uma grande estrela de espuma cobrindo todo o corpo do desfilante, deixando a mostra apenas o rosto, pintado de prata.
Cores predominantes: Prata.
Ala 25 – Milton atochado
Milton Cunha foi um dos condutores da tocha olímpica durante o revezamento no Rio de Janeiro em 2016. Ele carregou o símbolo das Olimpíadas pela Marquês de Sapucaí. Inspiramo-nos em um desenho feita pelo carnavalesco Jorge Silveira: um terno, plumas no costeiro e, como adereço de mão, uma tocha acesa.
Cores predominantes: dourado, verde, amarelo, azul e branco.
Ala 26 – A Corte egipciana
Corte egipciana é o nome que o Milton Cunha concede às comunidades, por achar que eles são a parte mais importante do desfile das escolas de samba. A fantasia será inspirada em dois deuses (Osíris e Ptah) e duas deusas do Egito (Hathor e Maat), que utilizarão como adereços de mão a representação de tamborins, agogôs, cuícas e caixa. No cortejo ainda teremos o Rei Momo como o faraó egípcio e a rainha como Cleópatra.
Cores predominantes: dourado, alaranjado e azul turquesa.
Ala 27 – Coreografada - A festa da identidade brasileira
Carnaval é a maior miscigenação do mundo feita com o tambor africano do negro mais a plumagem colorida dos indígenas e um toque de renda, veludo, perucaria e joia dos brancos. Esta ala contará com três fantasias: índios, brancos e negros. 1) Índios: malha com grafismos, peruca, cocares e saiote com muitas penas coloridas; 2) brancos: fantasia inspirada nos trajes europeus do século XVIII com perucas e joias; 3) negros: tecidos estampados e coloridos reproduzindo a arte africana, com turbantes e palha. A coreografia consistirá em dois momentos: a separação de cada “grupo étnico” e posterior “mistura”, quando formarão famoso “M”, símbolo característico da Marquês de Sapucaí a partir de um mosaico.
Ala 28 – Arrasou, viado!
Esta ala traz a alegria e a importância de se falar do movimento LGBT e da alegria do povo que respeita a diversidade. A ala será formada por travestis com diferentes caracterizações que levarão bandeiras do arco íris que serão tremuladas pelos brincantes.
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta
Carro 6: Carnagay – Pierrot com Arlequim, até que enfim!
Neste último carro, fechamos o desfile com um desejo nada oculto do nosso homenageado: um enredo em homenagem aos gays. O carro consistirá em um salão cuja decoração remeterá à Grécia antiga e o local de um grandioso baile gay com diversas celebridades assumidamente homossexuais. Na saia do carro, haverá a representação do arco-íris. Na parte inferior da alegoria, esculturas de diversos tamanhos de “Rogéria” literalmente enlouquecida. Na parte traseira da alegoria, o famoso triângulo amoroso: arlequim, pierrô e colombina – esta chorando e chupando dedo ao ver o arlequim beijar o pierrô. No alto da alegoria, nosso homenageado, Milton Cunha, comandando o espetáculo.
Composições: 1) O mundo é gay!; 2) Um salve à diversidade!
Destaque: O necessário Milton Cunha (será o próprio homenageado).
Cores predominantes: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil, violeta.
Referência bibliográfica:
CUNHA, Milton. Carnaval é cultura: poética e técnica no fazer escola de samba. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2015.
Referência Musical:
Globeleza – Jorge Aragão
Referências - Mídia eletrônica
http://lulacerda.ig.com.br/invertida-com-milton-cunha/
Referências das imagens utilizadas (em ordem):
Assina o enredo: “Equipe Quatro Elementos” (Robert, Danilo Guerra Couto, Fabio Granville e Neni Cabral).
Ela não enrolou a bandeira! Ela continua viva! Mais viva do que nunca!
Muito bom
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