Julg.enredos
LARANJA MECÂNICA
Apresentação: 9,8
Título (0,9) – não-criativo, simples transcrição da obra, e
frio, sem sequer o artigo “a” no início.
Introdução ( 1,0)
Impressão visual (0,9) – tiro 1 décimo pela extrema
simplicidade.
Explicação: 9,1
A sinopse não cumpre o seu papel primordial, que é o de
dissecar o enredo, esclarecer-nos o que veríamos no desfile. Ela é curta,
enigmática e setorizada, como se já fosse uma suposta divisão de setores, sem
nenhuma explicação. Começa já
misterioso com “século XXI ou caminho para a iluminação?”, ou seja, altamente
confuso. O 2° parágrafo é a única coisa instigante, esclarecedora sobre o
enredo, mas é só ele, e logo após , a enumeração pura e simples das supostas
partes do tema, e mais nada. No
desenvolvimento a seguir, é que veremos as representações do enredo, mas estas
deviam estar presentes também na Explicação.
A impressão que se tem é que o autor imagina que tal obra foi lida, ou
vista, por todos nós e que não carece de pormenores.
Desenvolvimento: 8,8
Baianas retratando a ultraviolência, com revólveres, denota
pouco conhecimento do significado de uma Ala de Baianas; Problemas nas representações e encadeamento
lógico dos primeiros setores – alas 2 e 4 deveriam vir vizinhas, pois falam de
bombas, e não separadas por outra sobre vírus de computador; No 3° setor, mesmo problema exposto acima –
uma ala entre 2 outras que seriam uma “continuação” uma da outra (5 e 8); A
seguir, o autor esquece de enumerar o que seriam o 4° e o 5° setores e seus
significados; A Bateria vindo de mágicos
não dá uma correlação de sentido do que pretende o setor do desfile ( sobre
“controle” das pessoas); No último
setor, o autor simplesmente abdica de explicar as fantasias e a última
alegoria, apenas dá seus títulos, chegando ao ápice do principal problema desse
Desenvolvimento: falta de detalhamento, de visualização do enredo. Tal como na Explicação, parece ter havido uma
certa preguiça por parte do autor.
Tema e Exploração Temática:
9,5
Uma boa ideia mal realizada. Esse é o resumo dessa
justificativa. A tentativa de trazer elementos da obra Laranja Mecânica para os
dias atuais é ousada e interessante. Infelizmente, porém, muito pouca exitosa
nas explanações da Explicação e do Desenvolvimento. Faltaram elementos, faltou clareza, faltou sobretudo a mesma
criatividade que o autor teve ao bolar esse Enredo.
Enredo: 9,5
Muitas falhas e lacunas na explanação do enredo, na
Explicação e no Desenvolvimento, impossibilitaram uma melhor apreciação do que
foi proposto pelo autor. Neste último, em si, vimos um “desfile” curto, com
muito poucas alas, mal explicadas, e alegorias com ideias interessantes ,
embora também pudessem ter mais detalhes.
A conclusão é a mesma já dita no quesito anterior: uma boa ideia mal
realizada.
VEM , PODE ACREDITAR... AQUI NÃO ÉS PROIBIDO SONHAR
Apresentação: 8,5
Título (0,9) – embora a correção gramatical não seja tão
exigida, o título soa esquisito, no sentido de que o mais correto seria “não és
proibido A sonhar”.
Introdução ( 0,0) – os autores não apresentaram Introdução.
Impressão Visual ( 0,6) – há simplesmente a apresentação do
título em caixa alta, sem nenhum outro realce..além disso, ele passa uma ideia
de curiosidade, e ausência de pontuação ( como uma exclamação) contrasta com
isso.
Explicação: 9,7
Os autores apresentaram um texto mal escrito, dividido em
dezenas de parágrafos desnecessários, com muitos erros de digitação, pontuação,
dentre outros...denotando um grande desleixo ao divulgar seu enredo, pois
mostra que sequer tentaram fazer um
revisão. Mas as regras desse julgamento
são claras quanto a punir com parcimônia essas coisas, então o desconto aqui
feito é pequeno, embasado sobretudo porque esta forma de escrita não favorece
um claro entendimento das partes do enredo. No entanto, isso é mais ou menos
sanado pela clareza deste, vê-se razoavelmente bem o caminho que os autores
desejam seguir.
Desenvolvimento: 9,5
O abre-alas tem uma sobreposição de elementos distintos (
sonho de ser super-herói, sonho de ser jogador de futebol, sonho de ser
astronauta), o que dificulta sua visualização essencialmente naquilo que
pensamos de um abre-alas, que é uma harmonia de diversos elementos, mas de
mesmo tema, por assim dizer..caso os autores tivessem lançado mão de um
acoplamento, esses vários “sonhos” diferentes poderiam se harmonizar melhor,
sem grande confusão; Alas dos sonhos de “divas” das meninas de difícil
representação, exceto no elemento alegórico, inteligentemente utilizado pra
separar dos sonhos dos meninos; No 4° setor, sobre os sonhos da humanidade em
geral, a Bateria vem de guerreiros representando os brasileiros, o que sai um
pouco da proposta generalizante que se vinha apresentando; No 5° setor,
alas 18 ( de flores) e 20 ( do verde) representam basicamente o mesmo: a
flora..mas entre as duas há uma ala sobre a fauna, uma pequena quebra,
portanto; No 6° setor, ala 24 “todos aos seus pés” , que seriam pessoas aos pés
dos ricos, há uma estranheza de imaginar como isso poderia ser traduzido..os
autores podiam ter explicado melhor; No último setor, justamente sobre os
Carnavais, os autores se limitaram a dizer que desfile cada ala representa, mas
faltou descrever como seria minimamente a fantasia destas. Curiosamente, os
autores optaram nesse “desfile”, em fazer os carros alegóricos como abrindo
cada setor, e não as alas, como geralmente ocorre e é mais indicado. Porém,
penso ser um recurso válido também, e que foge do lugar-comum.
Tema e Exploração Temática:
9,7
O sonho é um grande mote carnavalesco, pois há muito o que
ser explorado, e os autores conseguiram fazê-lo razoavelmente bem. No decorrer
de seu desenvolvimento, porém, houve uma certa impropriedade em colocar os
setores dos sonhos e as lutas dos brasileiros e da humanidade vindo antes dos
sonhos “egoístas”, por assim dizer, de riqueza material. Embora possa ser
considerado como livre criação dos autores ( até porque o enredo não é
cronológico), isso não é artisticamente harmonioso, pois no decorrer de um
desfile, procura-se haver um crescente
de emoção e importância, e portanto os desejos egoístas “deveriam” vir antes do
que seriam os desejos do bem comum, que os superariam. Além dessa questão mais ampla e subjetiva,
vimos algumas alas repetitivas, como da riqueza e do dinheiro e do verde e das
flores. No geral, os autores conseguiram
atingir seu intento de povoar bem um desfile com seu tema.
Enredo: 9,8
No conjunto, um bom enredo, com alguns percalços de
desenvolvimento e sequência, mas bem realizado, sem ser muito detalhado nem sem
ser genial. A facilidade de absorção e
identificação do tema ajuda no seu julgamento,
especialmente em determinados detalhes apresentados no “desfile” que não
foram tão bem colocados pelos autores.
Os Crimes Momescos
– Uma Viagem aos Personagens dos Detetives. Elementar, Meu Caro Folião
Apresentação: 10,0
Explicação: 9,5
A proposta do enredo está
clara, mas o fato de simplesmente enumerar e caracterizar cada agência
ou um sem-número de detetives, conhecidos, populares, ou não, torna a
Explicação , além de muito extensa e
cansativa, pouco criativa , comparando com outros enredos imaginários.
Além disso, não se sabe porque alguns desses detetives imaginários são apenas
citados, e não caracterizados, em contraste com os outros.
Desenvolvimento: 9,3
Como seria uma porta-bandeira de Pantera Cor-de-Rosa,
dançando com o próprio Inspetor Clouseau, e ainda representando o
Diamante? Não deu pra entender..; No 4°
setor, as alas representam vários detetives de obras diferentes, e aí se dá o
problema de visualizar todos muito parecidos, algo comum a esse
desenvolvimento, tamanha a quantidade de personagens envolvidos; Na descrição da alegoria 5, o autor
simplesmente descreve os personagens presentes, e nenhum comentário sobre sua
cenografia; o 6° setor volta ao mesmo tema do 4° setor...mais uma vez , nesse
julgamento de Enredos, se faz presente o intercalamento arbitrário de elementos
iguais ou parecidos, desta vez não num
setor, mas entre setores diferentes; 7°
setor bem mais curto que os outros, Velha Guarda sendo descrita como Alegria,
sem ligação com o enredo. No geral, um
desfile que seria um grande ajuntamento de personagens fictícios. Sua qualidade está em ter lembrado de
componentes de desfile pouco lembradas por outros desenvolvimentos, como rainha
de bateria, 2° Casal, Ala de Compositores, etc.
Tema e Exploração Temática:
9,1
Na verdade, o que vimos aqui foi um recorta-e-cola de vários
personagens de detetives, sem uma estória convincente. O tal roubo do diamante
é apenas um mote. Não se explica motivo, nem como tantos personagens diferentes
conseguiram esclarecer o caso. A criatividade do tema se perde. Na própria
escolha dos personagens, houve incongruências: escalar agências de espionagem,
detetives e xerifes do mal, uma novela inteira e até o guarda Juju parece ter
sido mais um elemento que nos faz pensar que o autor apenas quis encher seu
enredo de múltiplas alas, sem lógica.
Pontos positivos: pouca confusão
e complicação no entendimento do enredo. Pelo contrário, ele é simplista
demais.
Enredo: 9,3
O julgamento de um enredo leve, bem humorado, não é tarefa
fácil, pois nestes há uma liberdade criativa que tem o lúdico, o carnavalesco
como “álibis”, de que tudo pode ser permitido. No entanto, na função de jurado,
tem-se que punir os excessos. Aqui, ficamos diante de um grande exagero. Excesso de personagens, pouca
estória...comprometendo o próprio desenvolvimento, por diversas vezes. Faltou mais cuidado com o que se propõe ser
um enredo de escola de samba.
"São
Lourenço" da estrada real das Minas Gerais. Ao mundo inteiro levo água, a
cura, eu sou a vida!
Apresentação ( 9,0)
Título – 1,0
Introdução – 0,0 (
não foi apresentada)
Impressão visual –
1,0
Explicação ( 9,0)
contém alguns erros
e imprecisões. Faz um vai-e-volta
histórico ao pular do séc. XVII até Vargas, depois voltando a falar dos tempos
da colonização; chama cidades de “províncias mineiras”. Além disso, mistura
muito características da Estrada Real com a cidade que dá tema ao enredo,
aliás, não muito citada. Não contém vários dos elementos presentes no
Desenvolvimento que se segue.
Desenvolvimento (9,8)
Presença de
elementos não-contidos na Explicação, começando com a explosão do Universo;
início de desfile muito semelhante ao desfile da Beija-Flor de 2006, inclusive
nas roupas do casal de MSPB; no abre-alas , a citação “é o planeta, é o Big
Bang”, que são coisas distintas;Faltou realce na Estrada Real, tão citada na
Explicação. No mais, um desenvolvimento de bom nível, criativo por várias
vezes, e com algum detalhamento em alegorias e fantasias, favorecendo a
visualização. Faltou
Tema e Exploração
Temática (9,7)
Certos problemas de
entendimento e lógica, como p.ex: “ estrelas cadentes antecedendo a explosão”.
Como assim? Se essa explosão é o Big Bang, NADA poderia antecedê-la; No mais, o tema foi bem explorado, melhor que
na Explicação se podia supor. A Estrada Real, porém, ficou mais na Explicação
do que no Desenvolvimento. Além disso, há sempre aquele “porém’ de falar de uma
cidade num enredo, e lançar mão de diversos outros elementos fora ela, pra
completar o desfile.
Enredo ( conjunto).
( 9,7)
Altos e baixos. De
um lado, o tema foi realizado de forma por vezes bastante criativa e melhor
detalhadas que nos enredos anteriores. Por outro, parece ter havido um
“divórcio” entre a Explicação: o que constava em realce em um, não constava no
outro. No geral, foi um bom enredo.
O PAÍS DA CORRUPÇÃO
Apresentação (9,2)
Título (1,0)
Introdução ( 0,2) –
a “moral da história” , consistente nessa introdução, simplesmente não é vista
nem na Explicação, nem no Desenvolvimento do enredo.
Impressão visual (
1,0)
Explicação (9,4)
Resumiu-se num elencamento de casos famosos de corrupção no país, sem se
preocupar muito com contextualização, encadeamento do texto e datas. Embora
esteja em ordem cronológica, o leitor que não tiver uma noção histórica ou não
seja bem informado, não vai saber disso. Além disso, abre um enorme parênteses
ao falar da Revolução de 30, sem citar corrupção alguma.
Desenvolvimento (9,0)
Começa com a CF, citando os “larápios” históricos, e inclui Vargas. Ainda
que o autor seja lacerdista, este não está entre os corruptos, na sinopse. Erro
grave sob todos os aspectos. No setor 3, a ala “Cabo do Visconde” tá
equivocadamente inclusa, pois não se refere ao tema da compra de votos; Setor 4
inteiramente problemático, pela mesma questão da CF: coloca Getúlio como
corrupto, o que não consta na Explicação, e comete outra forçada de barra
histórica ao retratar Julio Prestes ( representante da República Velha
retratada na própria sinopse como corrupta) como “bobinho enganado” pela
eleição de 30; Setores 5 e 6 com poucas alas, comparados aos demais;
impropriedade de apresentar o mestre-sala com uma fantasia representando
pobreza.
Exploração Temática (9,2)
O enredo foi explorado como uma enumeração de casos de corrupção, sem uma
história, uma evolução propriamente dita, e ainda com alguns erros conceituais,
incluindo a Revolução de 1930 como um caso de corrupção e dizendo que a Capemi
era uma empresa estatal ( era uma seguradora privada). O tema em si, muito
interessante, foi mal desenvolvido.
Enredo (9,3)
Tema bom, desenvolvimento problemático. Incongruências históricas e
paradoxos com o que parecia pretender a própria Apresentação do tema e também a
Explicação.
MEU CHEIRO É MÁGICO...
Apresentação (9,8)
Título (0,9) – poderia ter caprichado mais na pontuação
Introdução ( 0,9) – mesmo caso acima: bem feita, mas com alguns erros até
frisados pelo corretor do Word
Impressão visual ( 1,0)
Explicação (9,4)
Bem feita, de forma fluida, em primeira pessoa.
Porém, no trecho “meu número é o 16, que através dos tempos meus aromas
revelei”, carece de certo sentido; incorreção quando diz que “no Velho
Testamento fui um dos presentes para Jesus, através dos Três Reis Magos”, pois
isso consta do Novo Testamento e fui apenas 1 dos reis magos que ofertou o
incenso; mais incorreções e grosseiras de escrita, o que embora não seja ponto
importante no julgamento, demonstra pressa e certo desleixo no envio para este
Júri.
Desenvolvimento
(9,4)
O autor
traz a Bateria logo no 1° setor do desfile...ainda que não seja um desfile
real, entendo que a intenção do concurso seja assemelhar-se ao máximo com a
realização do mesmo. Logo, é um posicionamento estranho; também se diferencia
por ter as alegorias abrindo os setores; No setor africano do enredo, presença
de alas de árabes e fenícios não combina;
Ala 17 de caravelas europeias, totalmente estranha ao setor ao qual
pertence; o 5° carro é uma miscelânea
entre Carnaval e religiões, o que fica esquisito..Aliás, a alegoria fecha o
desfile, e não apresenta outro setor, daí portanto a confusão..fica parecendo
que faltou alguma coisa, no caso, as alas sobre Carnaval. O destaque desse desenvolvimento é a
preocupação do autor em detalhar bem as alegorias, possibilitando-nos
facilmente uma visualização das mesmas.
Exploração
Temática (9,7)
Um bom
tema-enredo. Algumas inadequações na sua apresentação em desfile, e sobretudo
no final do mesmo. No mais, sem maiores problemas na explanação.
Enredo (9,8)
Bem
pensado e bem desenvolvido, em sua maior parte, o incenso renderia um bom
visual num desfile de escola de samba. Faltou aqui apenas maior cuidado do
autor com a apresentação do enredo e de cuidar pra não misturar coisas
impróprias em determinado setor do desenvolvimento.
VALESCA
POPOZUDA
Apresentação (9,8)
Título
(1,0)
Introdução
( 0,8) – redundâncias na escrita.
Impressão
visual – (1,0)
Explicação (9,8)
“Em
todo o mundo o show enchia” – frase que carece de melhor construção e sentido;
Apesar de objetiva, a sinopse vem em forma de versos, alguns rimados, outros
não, o que a torna meio que incoerente na formalidade. No final, parece que
faltou algo.
Desenvolvimento (9,0)
O tema
é facilmente exposto no desfile, até por sua simplicidade, mas o autor não se
deu ao mínimo trabalho de nos fazer visualizar quase nada do mesmo. Elementos
importantes como Comissão de Frente, MSPB e todas as alegorias tem apenas
citadas seus nomes, e mais nada. O quesito fica assim, bastante prejudicado no
que ele pretende ser neste julgamento.
Exploração
Temática (9,3)
Um tema
popular que poderia render um Desenvolvimento divertido e interessante, mas não
rendeu, pelo motivo descrito no julgamento do mesmo. Para a ousadia de
apresentar como “diva do Brasil”, uma artista da característica de uma Valesca
Popozuda, o autor deveria ter se dedicado mais a nos surpreender e entreter com
a exploração desse tema, senão ele fica restrito ao puro julgamento do tema, ou
seja, sua concepção, que, como já disse, é controversa.
Enredo (9,6)
A
apresentação deste enredo começa bem, com um título e uma impressão visual
interessantes, introdução razoável e uma sinopse instigante,, que nos deixava
curioso em saber como a vida da Valesca seria traduzida no desfile, que não
correspondeu ás expectativas. O autor parece ter-se empolgado bastante com o
tema, em tratar da vida da artista, mas a mesma paixão não demonstrou na
elaboração de seu desenvolvimento. Mas valeu pela ousadia em bolar esse tema.
RIO
AMAZONAS
Apresentação (9,4)
Título
( 0.4) – genérico, não criativo, nem gera interesse.
Introdução
( 1,0)
Impressão
visual (1,0)
Explicação (9,7)
Alguns
problemas de escrita e fluência do texto;
às vezes se perde entre idas e vindas do aspecto que quer apresentar.
Desenvolvimento
(9,9)
O autor
se dedica a escrever o significado de cada ala, por vezes repetindo o já dito
na Explicação..melhor que ter esse trabalho seria se ele tivesse nos
descrevendo as fantasias ou melhor descrevendo as alegorias; No 3° setor,
ocorre uma repetição: tanto a Bateria quanto uma ala representando o Festival
de Parintins; No geral, a mais completa apresentação de desfile no que se
refere ao significado de cada setor, o que é sem dúvida, um mérito. Além disso,
a divisão entre setores e números de alas é praticamente perfeita.
Exploração
temática. (9,9)
Falar
de Amazonas é essencialmente uma escolha complicada. Apesar do julgamento de um
tema geralmente não passar por sua originalidade, o “franzir de testa” é
inevitável, quando se vê a intenção de mais uma vez representar o rio numa
escola de samba. Aqui, porém, o autor teve uma grande dedicação em estudar
bastante o tema.
Enredo.
(9,8)
Tema
batido é a primeira impressão ao visualizar o título desse enredo. Uma sinopse
meio confusa e genérica, mas logo após um desenvolvimento digno de aplausos ,
com pouco a se ver de defeitos. O detalhamento é grande mas não chega a ser
cansativo, sequer tem-se a impressão de já termos visto essas coisas tantas
vezes na Sapucaí. De maneira geral, o autor saiu-se muito bem, da escolha
arriscada que fez.
MALANDRO...
Apresentação (9,3)
Título
( 1,0)
introdução (0,3) – apenas pela possibilidade do poema a seguir do título, ser a dita cuja
introdução (0,3) – apenas pela possibilidade do poema a seguir do título, ser a dita cuja
Impressão
visual ( 1,0)
Explicação (9,8)
Muito
boa. O único senão é falar os políticos de Brasília antes de começar a
descrição histórico-cronológica dos diversos tipos de malandragem da nossa
História. De resto, um texto bem escrito, interessante e que dá gosto de ver o
desfile. Lamentavelmente, ele não ocorreu.
Desenvolvimento
(7,0)
Não-existente
( ou não recebido).
Exploração
Temática. (8,0)
Não
houve exploração.. Na sinopse, enxergamos que ela seria bem proveitoso de ver
realizado. O tema é muito bom. Uma pena. Não sabemos o que aconteceu.
Enredo. (9,0)
Um
ótimo enredo em potencial, que prometia ,com uma boa apresentação e a melhor
Explicação do concurso até aqui. Por alguma razão, o Desenvolvimento não esteve
presente.
NOSSO
BLOCO TÁ NA RUA...
Apresentação ( 9,4)
Título
(0,7) – carece um pouco de poesia e parece querer ser um resumo do enredo. E
ainda repete a palavra “blocos”.
Introdução
( 0,7) – em vez de resumir o enredo, ela fala mais do início do enredo.
Impressão
visual (1,0)
Explicação (9,8)
Começa com erro de concordância que torna a frase confusa, mas depois o
texto se recupera, produz uma boa sinopse, e só volta a apresentar problema
quando cita “a pipa do vovô”, uma marchinha nova, antes de voltar a falar dos
cordões tradicionais. Um deslize pequeno, porém. Um pouco mais grave foi não
citar Carmem Miranda, e citar outras cantoras.
No geral, bem no quesito.
Desenvolvimento (9,5)
Mais um que comete o pecado de apenas nomear a CF, alas, alegorias,
etc...sem se preocupar ao menos em detalhar algumas coisas, facilitando a visualização.
Além disso: começa com 4 alas depois da comissão e antes do abre-alas, o que
pensamos ser um exagero; um outro complicador desse desenvolvimento é que ele
não detalha sobre o que cada setor fala, o que por vezes nos faz ter dúvidas
sobre a divisão da escola, até mesmo se os carros abrem ou fecham cada
setor..isso se dá porque o tema em questão não tem divisões claras.
Exploração Temática ( 9,7)
Um enredo muito rico. Poderia ter sido um pouco melhor explorado. O autor
escolheu algumas marchinhas, alguns artistas, e os colocou no enredo. Faltou
uma divisão temática mais elaborada, mais inspirada, como esse enredo merece.
No mais, sem maiores problemas.
Enredo. (9,7)
Um tema muito explorado, mas que sempre pode render um bom desfile, além
de riquíssimo culturalmente. Aqui, mais um caso de enredo melhor na Explicação
do que no Desenvolvimento. Enquanto a primeira é bem proveitosa de ler, faz
imaginar a riqueza poética do tema, a segunda é objetiva demais, carece de
fantasia, de detalhamento.
BRASIL, PAÍS DA MÚSICA..
Apresentação (8,9)
Título (0,9) – faltou uma vírgula importante na apresentação.
Introdução (0,0) – inexistente
Impressão visual (1,0)
Explicação (9,3)
O texto é uma mini-dissertação das impressões
particulares do autor sobre a variedade musical brasileira. Não parece uma
sinopse-explicação do enredo. Chega até mesmo a dizer “pra mim”. Parágrafos mal
concatenados e escritos, redundante por algumas vezes, citando mais de uma vez
os mesmos ritmos.
Desenvolvimento
(9,8)
Simples e relativamente bem feito. O autor dividiu e
definiu bem os setores, procurando nominar e nos fazer visualizar as alas e as
alegorias. Não tem a nota máxima pela pequena falta de criatividade no último
setor do desfile, e sobretudo por trazer o funk num setor em que exaltaria os
ritmos brasileiros livres da influência estrangeira.
Exploração Temática.
(9,4)
Mais um enredo desenvolvido recentemente pelas
escolas de samba, a música brasileira é mais um tema vasto e que rende bem um
desfile. O autor conseguiu fazê-la de modo razoável, com altos e baixos.
Esqueceu de citar ritmos tradicionais e importantes do país, como as
marchinhas, e essencialmente o frevo, inda mais porque havia um setor que
falava das festas, e apenas os carnavais do Rio e Salvador foram lembrados.
Também citou o funk, que não é música de origem brasileira, o que poderia ser
relevado, não fosse o caráter nacionalista escolhido, ao ponto de representar
numa alegoria, uma bandeira americana sendo pisoteada. Questão de se prestar mais atenção à proposta
e se manter fiel a ela.
Enredo. (9,6)
Tema bom, mas
sem introdução e com uma “explicação-opinião”.
Desenvolvimento de fácil visualização, mas infelizmente com incoerências
na escolha e no esquecimento de certos ritmos que deveriam estar presentes num
enredo com essa proposta.
RESPEITE A MAJESTADE DA MINHA COROA
Apresentação
(10,0)
Título (1,0)
Introdução (1,0)
Impressão visual (1,0)
Explicação
(9,9)
Uma sinopse muito boa, escrita de forma criativa e
inspirada. Seu único pequeno defeito está no início, onde parece repetir a
Introdução feita na Apresentação, colocando um resumo do que é o enredo.
Desenvolvimento
(9,8)
Um bela representação do desfile, com a preocupação
de detalhar todos os setores, alegorias, fantasias e suas cores. Interessante
também a escolha em colocar os personagens mais representativos de uma escola
logo no início ( Casal, ala de compositores, Velha Guarda, Baianas). Na questão
de coerência cronológica, há um problema, embaralhando épocas históricas, como
p.ex. a ala dos Gregos sendo a última, logo após a Coroa papal; No 5° setor, o
autor colocou alas sobre a Família Real e o carro de Nossa Senhora, mas nenhuma
ala sobre o coroamento desta a frente, carecendo um pouco de pertencimento; No
7° setor, colocar uma ala sobre a coroa de flores logo após representações
infantis, é estranho.
Exploração Temática
(9,7)
Um ótimo tema. Boas e inspiradas apresentação,
explicação e desenvolvimento. Problemas: nos 2 primeiros quesitos, tem-se a
impressão de que a Imperatriz Leopoldinense seria a grande norteadora do
enredo, sendo citada diversas vezes, o que não se viu no desfile, onde foi
retratada apenas no 1° Setor. Neste quesito, também, algumas pequenas questões
de coerência cronológica, mas nada muito grave.
Enredo (9,9)
No que consta à escolha do tema, cuidado de
apresentação ao júri e inspiração no trabalho, nota dez. Com um pouco mais de
atenção na escolha dos elementos mais importantes e impactantes desse belo tema
a serem colocados no desfile, o trabalho seria perfeito. Ainda assim, uma bela
apresentação de enredo.
EM NOITE DE LUA CHEIA...
Apresentação
(9,7)
Título (1,0)
Introdução (0,9) – personalista e descuidos na
escrita.
Impressão visual ( 0,8) – cor vermelha com fonte
azul, causando desconforto na leitura.
Explicação (9,5)
É apresentada setor por setor, e embora o autor deva ter
feito isso pra facilitar a compreensão, é um recurso estranho a uma sinopse,
que tende a ser um texto mais fluido. Texto personalista e confuso em algumas
partes, como num mesmo setor , ligar “energia positiva” a “bruxas irem atrás de
crianças pra transformá-las em sapos”
(?????); inclusive isto nem foi retratado no Desenvolvimento; Os próprios
setores retratados não são muito distintos entre si, em seus significados. De
ponto positivo, a tentativa do autor em fazer um texto bem-humorado.
Desenvolvimento (9,7)
É realizado
citando os nomes dos elementos do desfile, e após isso, em outro quadro é que
estão seus significados e alguns detalhamentos das alegorias. Uma escolha ruim,
pois o jurado fica “obrigado” a subir e descer o tempo todo pra relacionar o
nome com seu significado feito no quadro de baixo.
Exploração
Temática (9,6)
Um tema instigante. A quantidade de lendas , histórias e
estórias relacionadas á lua cheia é bastante grande, e faltou explorar mais
isso nesse enredo. O autor praticamente restringiu isso ao 1° setor, e
distribuiu uma ou outra coisa aos demais, ficando a maior parte da apresentação
destinada a monstros e assombrações generalizadas. O final do desenvolvimento
foi o ponto alto , com a sacada irreverente de “ameaçar” soltar os lobisomens
se as notas da escola não forem boas.
Enredo (9,7)
O autor coloca-se como parte integrante do enredo, na
sinopse, e esse tipo de abordagem necessita de maior inspiração na abordagem do
tema, tanto que isso não é tão visto no desenvolvimento, afinal, que personagem
ele seria? Apenas alguém que vira lobisomem? Poderia ter pontuado mais isso na
apresentação desse tema, que, como já foi dito, é riquíssimo, mas ficou meio
que perdido entre outras representações horripilantes. Sobretudo, faltou mais
brasilidade.
DE 2009-2014...
Apresentação (7,7)
Título (0,2) – parece tudo, menos título de enredo
Introdução (0,0) – inexistente
Impressão visual (0,5) – medíocre, sem formatação que o
distinga.
Explicação (9,0)
Texto estranho, quase nada remetendo a uma sinopse. Parece um
recorte cronológico de alguma reportagem sobre a história recente do bairro de
Ramos.
Desenvolvimento inexistente ( 7,0)
Exploração Temática
(8,0)
Quase inexistente...Seria pra contar o que aconteceu de
importante em Ramos e na Imperatriz de 2009 pra cá, mas a impressão ficou
somente no título e na Explicação. Poderia ter rendido um desfile interessante.
Foi apresentado somente o título e uma semi-sinopse. Só dá
pra julgar o pouco que foi mostrado, quase nada.
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