Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Julgador Marcos Maia

Julg.enredos



LARANJA MECÂNICA

Apresentação: 9,8
Título (0,9) – não-criativo, simples transcrição da obra, e frio, sem sequer o artigo “a” no início.
Introdução ( 1,0)
Impressão visual (0,9) – tiro 1 décimo pela extrema simplicidade.

Explicação:  9,1
A sinopse não cumpre o seu papel primordial, que é o de dissecar o enredo, esclarecer-nos o que veríamos no desfile. Ela é curta, enigmática e setorizada, como se já fosse uma suposta divisão de setores, sem nenhuma explicação.   Começa já misterioso com “século XXI ou caminho para a iluminação?”, ou seja, altamente confuso. O 2° parágrafo é a única coisa instigante, esclarecedora sobre o enredo, mas é só ele, e logo após , a enumeração pura e simples das supostas partes do tema, e mais nada.   No desenvolvimento a seguir, é que veremos as representações do enredo, mas estas deviam estar presentes também na Explicação.  A impressão que se tem é que o autor imagina que tal obra foi lida, ou vista, por todos nós e que não carece de pormenores.

Desenvolvimento:  8,8
Baianas retratando a ultraviolência, com revólveres, denota pouco conhecimento do significado de uma Ala de Baianas;   Problemas nas representações e encadeamento lógico dos primeiros setores – alas 2 e 4 deveriam vir vizinhas, pois falam de bombas, e não separadas por outra sobre vírus de computador;  No 3° setor, mesmo problema exposto acima – uma ala entre 2 outras que seriam uma “continuação” uma da outra (5 e 8); A seguir, o autor esquece de enumerar o que seriam o 4° e o 5° setores e seus significados;  A Bateria vindo de mágicos não dá uma correlação de sentido do que pretende o setor do desfile ( sobre “controle” das pessoas);  No último setor, o autor simplesmente abdica de explicar as fantasias e a última alegoria, apenas dá seus títulos, chegando ao ápice do principal problema desse Desenvolvimento: falta de detalhamento, de visualização do enredo.  Tal como na Explicação, parece ter havido uma certa preguiça por parte do autor.


Tema e Exploração Temática:  9,5
Uma boa ideia mal realizada. Esse é o resumo dessa justificativa. A tentativa de trazer elementos da obra Laranja Mecânica para os dias atuais é ousada e interessante. Infelizmente, porém, muito pouca exitosa nas explanações da Explicação e do Desenvolvimento. Faltaram elementos,  faltou clareza, faltou sobretudo a mesma criatividade que o autor teve ao bolar esse Enredo.

Enredo:  9,5
Muitas falhas e lacunas na explanação do enredo, na Explicação e no Desenvolvimento, impossibilitaram uma melhor apreciação do que foi proposto pelo autor. Neste último, em si, vimos um “desfile” curto, com muito poucas alas, mal explicadas, e alegorias com ideias interessantes , embora também pudessem ter mais detalhes.  A conclusão é a mesma já dita no quesito anterior: uma boa ideia mal realizada.




VEM , PODE ACREDITAR... AQUI NÃO ÉS PROIBIDO SONHAR

Apresentação:  8,5
Título (0,9) – embora a correção gramatical não seja tão exigida, o título soa esquisito, no sentido de que o mais correto seria “não és proibido A sonhar”.
Introdução ( 0,0) – os autores não apresentaram Introdução.
Impressão Visual ( 0,6) – há simplesmente a apresentação do título em caixa alta, sem nenhum outro realce..além disso, ele passa uma ideia de curiosidade, e ausência de pontuação ( como uma exclamação) contrasta com isso.





Explicação:  9,7
Os autores apresentaram um texto mal escrito, dividido em dezenas de parágrafos desnecessários, com muitos erros de digitação, pontuação, dentre outros...denotando um grande desleixo ao divulgar seu enredo, pois mostra que sequer  tentaram fazer um revisão.  Mas as regras desse julgamento são claras quanto a punir com parcimônia essas coisas, então o desconto aqui feito é pequeno, embasado sobretudo porque esta forma de escrita não favorece um claro entendimento das partes do enredo. No entanto, isso é mais ou menos sanado pela clareza deste, vê-se razoavelmente bem o caminho que os autores desejam seguir.

Desenvolvimento:  9,5
O abre-alas tem uma sobreposição de elementos distintos ( sonho de ser super-herói, sonho de ser jogador de futebol, sonho de ser astronauta), o que dificulta sua visualização essencialmente naquilo que pensamos de um abre-alas, que é uma harmonia de diversos elementos, mas de mesmo tema, por assim dizer..caso os autores tivessem lançado mão de um acoplamento, esses vários “sonhos” diferentes poderiam se harmonizar melhor, sem grande confusão; Alas dos sonhos de “divas” das meninas de difícil representação, exceto no elemento alegórico, inteligentemente utilizado pra separar dos sonhos dos meninos; No 4° setor, sobre os sonhos da humanidade em geral, a Bateria vem de guerreiros representando os brasileiros, o que sai um pouco da proposta generalizante que se vinha apresentando;  No 5° setor,  alas 18 ( de flores) e 20 ( do verde) representam basicamente o mesmo: a flora..mas entre as duas há uma ala sobre a fauna, uma pequena quebra, portanto; No 6° setor, ala 24 “todos aos seus pés” , que seriam pessoas aos pés dos ricos, há uma estranheza de imaginar como isso poderia ser traduzido..os autores podiam ter explicado melhor; No último setor, justamente sobre os Carnavais, os autores se limitaram a dizer que desfile cada ala representa, mas faltou descrever como seria minimamente a fantasia destas. Curiosamente, os autores optaram nesse “desfile”, em fazer os carros alegóricos como abrindo cada setor, e não as alas, como geralmente ocorre e é mais indicado. Porém, penso ser um recurso válido também, e que foge do lugar-comum.

Tema e Exploração Temática:  9,7
O sonho é um grande mote carnavalesco, pois há muito o que ser explorado, e os autores conseguiram fazê-lo razoavelmente bem. No decorrer de seu desenvolvimento, porém, houve uma certa impropriedade em colocar os setores dos sonhos e as lutas dos brasileiros e da humanidade vindo antes dos sonhos “egoístas”, por assim dizer, de riqueza material. Embora possa ser considerado como livre criação dos autores ( até porque o enredo não é cronológico), isso não é artisticamente harmonioso, pois no decorrer de um desfile,  procura-se haver um crescente de emoção e importância, e portanto os desejos egoístas “deveriam” vir antes do que seriam os desejos do bem comum, que os superariam.  Além dessa questão mais ampla e subjetiva, vimos algumas alas repetitivas, como da riqueza e do dinheiro e do verde e das flores.  No geral, os autores conseguiram atingir seu intento de povoar bem um desfile com seu tema.

Enredo:  9,8
No conjunto, um bom enredo, com alguns percalços de desenvolvimento e sequência, mas bem realizado, sem ser muito detalhado nem sem ser genial.   A facilidade de absorção e identificação do tema ajuda no seu julgamento,  especialmente em determinados detalhes apresentados no “desfile” que não foram tão bem colocados pelos autores.




Os Crimes Momescos – Uma Viagem aos Personagens dos Detetives. Elementar, Meu Caro Folião


Apresentação:  10,0

Explicação:  9,5
A proposta do enredo está  clara, mas o fato de simplesmente enumerar e caracterizar cada agência ou um sem-número de detetives, conhecidos, populares, ou não, torna a Explicação , além de muito extensa e  cansativa, pouco criativa , comparando com outros enredos imaginários. Além disso, não se sabe porque alguns desses detetives imaginários são apenas citados, e não caracterizados, em contraste com os outros. 

Desenvolvimento:  9,3
Como seria uma porta-bandeira de Pantera Cor-de-Rosa, dançando com o próprio Inspetor Clouseau, e ainda representando o Diamante?  Não deu pra entender..; No 4° setor, as alas representam vários detetives de obras diferentes, e aí se dá o problema de visualizar todos muito parecidos, algo comum a esse desenvolvimento, tamanha a quantidade de personagens envolvidos;  Na descrição da alegoria 5, o autor simplesmente descreve os personagens presentes, e nenhum comentário sobre sua cenografia; o 6° setor volta ao mesmo tema do 4° setor...mais uma vez , nesse julgamento de Enredos, se faz presente o intercalamento arbitrário de elementos iguais ou parecidos,  desta vez não num setor, mas entre setores diferentes;  7° setor bem mais curto que os outros, Velha Guarda sendo descrita como Alegria, sem ligação com o enredo.   No geral, um desfile que seria um grande ajuntamento de personagens fictícios.  Sua qualidade está em ter lembrado de componentes de desfile pouco lembradas por outros desenvolvimentos, como rainha de bateria, 2° Casal, Ala de Compositores, etc.

Tema e Exploração Temática:  9,1
Na verdade, o que vimos aqui foi um recorta-e-cola de vários personagens de detetives, sem uma estória convincente. O tal roubo do diamante é apenas um mote. Não se explica motivo, nem como tantos personagens diferentes conseguiram esclarecer o caso. A criatividade do tema se perde. Na própria escolha dos personagens, houve incongruências: escalar agências de espionagem, detetives e xerifes do mal, uma novela inteira e até o guarda Juju parece ter sido mais um elemento que nos faz pensar que o autor apenas quis encher seu enredo de múltiplas alas, sem lógica.  Pontos positivos:  pouca confusão e complicação no entendimento do enredo. Pelo contrário, ele é simplista demais.

Enredo:  9,3
O julgamento de um enredo leve, bem humorado, não é tarefa fácil, pois nestes há uma liberdade criativa que tem o lúdico, o carnavalesco como “álibis”, de que tudo pode ser permitido. No entanto, na função de jurado, tem-se que punir os excessos. Aqui, ficamos diante de um grande exagero.  Excesso de personagens, pouca estória...comprometendo o próprio desenvolvimento, por diversas vezes.   Faltou mais cuidado com o que se propõe ser um enredo de escola de samba.










"São Lourenço" da estrada real das Minas Gerais. Ao mundo inteiro levo água, a cura, eu sou a vida!


Apresentação ( 9,0)
Título – 1,0
Introdução – 0,0 ( não foi apresentada)
Impressão visual – 1,0


Explicação ( 9,0)
contém alguns erros e imprecisões.  Faz um vai-e-volta histórico ao pular do séc. XVII até Vargas, depois voltando a falar dos tempos da colonização; chama cidades de “províncias mineiras”. Além disso, mistura muito características da Estrada Real com a cidade que dá tema ao enredo, aliás, não muito citada. Não contém vários dos elementos presentes no Desenvolvimento que se segue. 

Desenvolvimento (9,8)
Presença de elementos não-contidos na Explicação, começando com a explosão do Universo; início de desfile muito semelhante ao desfile da Beija-Flor de 2006, inclusive nas roupas do casal de MSPB; no abre-alas , a citação “é o planeta, é o Big Bang”, que são coisas distintas;Faltou realce na Estrada Real, tão citada na Explicação. No mais, um desenvolvimento de bom nível, criativo por várias vezes, e com algum detalhamento em alegorias e fantasias, favorecendo a visualização. Faltou






Tema e Exploração Temática (9,7)
Certos problemas de entendimento e lógica, como p.ex: “ estrelas cadentes antecedendo a explosão”. Como assim? Se essa explosão é o Big Bang, NADA poderia antecedê-la;  No mais, o tema foi bem explorado, melhor que na Explicação se podia supor. A Estrada Real, porém, ficou mais na Explicação do que no Desenvolvimento. Além disso, há sempre aquele “porém’ de falar de uma cidade num enredo, e lançar mão de diversos outros elementos fora ela, pra completar o desfile.

Enredo ( conjunto). ( 9,7)
Altos e baixos. De um lado, o tema foi realizado de forma por vezes bastante criativa e melhor detalhadas que nos enredos anteriores. Por outro, parece ter havido um “divórcio” entre a Explicação: o que constava em realce em um, não constava no outro. No geral, foi um bom enredo.




O PAÍS DA CORRUPÇÃO


Apresentação  (9,2)
Título (1,0)
Introdução ( 0,2) – a “moral da história” , consistente nessa introdução, simplesmente não é vista nem na Explicação, nem no Desenvolvimento do enredo.
Impressão visual ( 1,0)


Explicação  (9,4)
Resumiu-se num elencamento de casos famosos de corrupção no país, sem se preocupar muito com contextualização, encadeamento do texto e datas. Embora esteja em ordem cronológica, o leitor que não tiver uma noção histórica ou não seja bem informado, não vai saber disso. Além disso, abre um enorme parênteses ao falar da Revolução de 30, sem citar corrupção alguma.

Desenvolvimento  (9,0)
Começa com a CF, citando os “larápios” históricos, e inclui Vargas. Ainda que o autor seja lacerdista, este não está entre os corruptos, na sinopse. Erro grave sob todos os aspectos. No setor 3, a ala “Cabo do Visconde” tá equivocadamente inclusa, pois não se refere ao tema da compra de votos; Setor 4 inteiramente problemático, pela mesma questão da CF: coloca Getúlio como corrupto, o que não consta na Explicação, e comete outra forçada de barra histórica ao retratar Julio Prestes ( representante da República Velha retratada na própria sinopse como corrupta) como “bobinho enganado” pela eleição de 30; Setores 5 e 6 com poucas alas, comparados aos demais; impropriedade de apresentar o mestre-sala com uma fantasia representando pobreza.

Exploração Temática  (9,2)
O enredo foi explorado como uma enumeração de casos de corrupção, sem uma história, uma evolução propriamente dita, e ainda com alguns erros conceituais, incluindo a Revolução de 1930 como um caso de corrupção e dizendo que a Capemi era uma empresa estatal ( era uma seguradora privada). O tema em si, muito interessante, foi mal desenvolvido.

Enredo  (9,3)
Tema bom, desenvolvimento problemático. Incongruências históricas e paradoxos com o que parecia pretender a própria Apresentação do tema e também a Explicação.


MEU CHEIRO É MÁGICO...

Apresentação (9,8)
Título (0,9) – poderia ter caprichado mais na pontuação
Introdução ( 0,9) – mesmo caso acima: bem feita, mas com alguns erros até frisados pelo corretor do Word
Impressão visual ( 1,0)

Explicação (9,4)
Bem feita, de forma fluida, em primeira pessoa. Porém, no trecho “meu número é o 16, que através dos tempos meus aromas revelei”, carece de certo sentido; incorreção quando diz que “no Velho Testamento fui um dos presentes para Jesus, através dos Três Reis Magos”, pois isso consta do Novo Testamento e fui apenas 1 dos reis magos que ofertou o incenso; mais incorreções e grosseiras de escrita, o que embora não seja ponto importante no julgamento, demonstra pressa e certo desleixo no envio para este Júri.

Desenvolvimento (9,4)
O autor traz a Bateria logo no 1° setor do desfile...ainda que não seja um desfile real, entendo que a intenção do concurso seja assemelhar-se ao máximo com a realização do mesmo. Logo, é um posicionamento estranho; também se diferencia por ter as alegorias abrindo os setores; No setor africano do enredo, presença de alas de árabes e fenícios não combina;  Ala 17 de caravelas europeias, totalmente estranha ao setor ao qual pertence;  o 5° carro é uma miscelânea entre Carnaval e religiões, o que fica esquisito..Aliás, a alegoria fecha o desfile, e não apresenta outro setor, daí portanto a confusão..fica parecendo que faltou alguma coisa, no caso, as alas sobre Carnaval.  O destaque desse desenvolvimento é a preocupação do autor em detalhar bem as alegorias, possibilitando-nos facilmente uma visualização das mesmas.


Exploração Temática  (9,7)
Um bom tema-enredo. Algumas inadequações na sua apresentação em desfile, e sobretudo no final do mesmo. No mais, sem maiores problemas na explanação.

Enredo  (9,8)
Bem pensado e bem desenvolvido, em sua maior parte, o incenso renderia um bom visual num desfile de escola de samba. Faltou aqui apenas maior cuidado do autor com a apresentação do enredo e de cuidar pra não misturar coisas impróprias em determinado setor do desenvolvimento.


VALESCA POPOZUDA

Apresentação  (9,8)
Título (1,0)
Introdução ( 0,8) – redundâncias na escrita.
Impressão visual – (1,0)

Explicação  (9,8)
“Em todo o mundo o show enchia” – frase que carece de melhor construção e sentido; Apesar de objetiva, a sinopse vem em forma de versos, alguns rimados, outros não, o que a torna meio que incoerente na formalidade. No final, parece que faltou algo.

Desenvolvimento  (9,0)
O tema é facilmente exposto no desfile, até por sua simplicidade, mas o autor não se deu ao mínimo trabalho de nos fazer visualizar quase nada do mesmo. Elementos importantes como Comissão de Frente, MSPB e todas as alegorias tem apenas citadas seus nomes, e mais nada. O quesito fica assim, bastante prejudicado no que ele pretende ser neste julgamento.

Exploração Temática  (9,3)
Um tema popular que poderia render um Desenvolvimento divertido e interessante, mas não rendeu, pelo motivo descrito no julgamento do mesmo. Para a ousadia de apresentar como “diva do Brasil”, uma artista da característica de uma Valesca Popozuda, o autor deveria ter se dedicado mais a nos surpreender e entreter com a exploração desse tema, senão ele fica restrito ao puro julgamento do tema, ou seja, sua concepção, que, como já disse, é controversa.

Enredo  (9,6)
A apresentação deste enredo começa bem, com um título e uma impressão visual interessantes, introdução razoável e uma sinopse instigante,, que nos deixava curioso em saber como a vida da Valesca seria traduzida no desfile, que não correspondeu ás expectativas. O autor parece ter-se empolgado bastante com o tema, em tratar da vida da artista, mas a mesma paixão não demonstrou na elaboração de seu desenvolvimento. Mas valeu pela ousadia em bolar esse tema.


RIO AMAZONAS

Apresentação  (9,4)
Título ( 0.4) – genérico, não criativo, nem gera interesse.
Introdução ( 1,0)
Impressão visual (1,0)

Explicação  (9,7)
Alguns problemas de escrita e fluência do texto;  às vezes se perde entre idas e vindas do aspecto que quer apresentar.



Desenvolvimento  (9,9)
O autor se dedica a escrever o significado de cada ala, por vezes repetindo o já dito na Explicação..melhor que ter esse trabalho seria se ele tivesse nos descrevendo as fantasias ou melhor descrevendo as alegorias; No 3° setor, ocorre uma repetição: tanto a Bateria quanto uma ala representando o Festival de Parintins; No geral, a mais completa apresentação de desfile no que se refere ao significado de cada setor, o que é sem dúvida, um mérito. Além disso, a divisão entre setores e números de alas é praticamente perfeita.

Exploração temática.  (9,9)
Falar de Amazonas é essencialmente uma escolha complicada. Apesar do julgamento de um tema geralmente não passar por sua originalidade, o “franzir de testa” é inevitável, quando se vê a intenção de mais uma vez representar o rio numa escola de samba. Aqui, porém, o autor teve uma grande dedicação em estudar bastante o tema.

Enredo. (9,8)
Tema batido é a primeira impressão ao visualizar o título desse enredo. Uma sinopse meio confusa e genérica, mas logo após um desenvolvimento digno de aplausos , com pouco a se ver de defeitos. O detalhamento é grande mas não chega a ser cansativo, sequer tem-se a impressão de já termos visto essas coisas tantas vezes na Sapucaí. De maneira geral, o autor saiu-se muito bem, da escolha arriscada que fez.


MALANDRO...

Apresentação  (9,3)
Título ( 1,0)
introdução  (0,3) – apenas pela possibilidade do poema a seguir do título, ser a dita cuja
Impressão visual ( 1,0)


Explicação  (9,8)
Muito boa. O único senão é falar os políticos de Brasília antes de começar a descrição histórico-cronológica dos diversos tipos de malandragem da nossa História. De resto, um texto bem escrito, interessante e que dá gosto de ver o desfile. Lamentavelmente, ele não ocorreu.

Desenvolvimento (7,0)
Não-existente ( ou não recebido).

Exploração Temática. (8,0)
Não houve exploração.. Na sinopse, enxergamos que ela seria bem proveitoso de ver realizado. O tema é muito bom. Uma pena. Não sabemos o que aconteceu.

Enredo.  (9,0)
Um ótimo enredo em potencial, que prometia ,com uma boa apresentação e a melhor Explicação do concurso até aqui. Por alguma razão, o Desenvolvimento não esteve presente.


NOSSO BLOCO TÁ NA RUA...

Apresentação  ( 9,4)
Título (0,7) – carece um pouco de poesia e parece querer ser um resumo do enredo. E ainda repete a palavra “blocos”.
Introdução ( 0,7) – em vez de resumir o enredo, ela fala mais do início do enredo.
Impressão visual (1,0)


Explicação  (9,8)
Começa com erro de concordância que torna a frase confusa, mas depois o texto se recupera, produz uma boa sinopse, e só volta a apresentar problema quando cita “a pipa do vovô”, uma marchinha nova, antes de voltar a falar dos cordões tradicionais. Um deslize pequeno, porém. Um pouco mais grave foi não citar Carmem Miranda, e citar outras cantoras.  No geral, bem no quesito.

Desenvolvimento  (9,5)
Mais um que comete o pecado de apenas nomear a CF, alas, alegorias, etc...sem se preocupar ao menos em detalhar algumas coisas, facilitando a visualização. Além disso: começa com 4 alas depois da comissão e antes do abre-alas, o que pensamos ser um exagero; um outro complicador desse desenvolvimento é que ele não detalha sobre o que cada setor fala, o que por vezes nos faz ter dúvidas sobre a divisão da escola, até mesmo se os carros abrem ou fecham cada setor..isso se dá porque o tema em questão não tem divisões claras.

Exploração Temática  ( 9,7)
Um enredo muito rico. Poderia ter sido um pouco melhor explorado. O autor escolheu algumas marchinhas, alguns artistas, e os colocou no enredo. Faltou uma divisão temática mais elaborada, mais inspirada, como esse enredo merece. No mais, sem maiores problemas.

Enredo.   (9,7)
Um tema muito explorado, mas que sempre pode render um bom desfile, além de riquíssimo culturalmente. Aqui, mais um caso de enredo melhor na Explicação do que no Desenvolvimento. Enquanto a primeira é bem proveitosa de ler, faz imaginar a riqueza poética do tema, a segunda é objetiva demais, carece de fantasia, de detalhamento.


BRASIL, PAÍS DA MÚSICA..

Apresentação  (8,9)
Título (0,9) – faltou uma vírgula importante na apresentação.
Introdução (0,0) – inexistente
Impressão visual (1,0)

Explicação (9,3)
O texto é uma mini-dissertação das impressões particulares do autor sobre a variedade musical brasileira. Não parece uma sinopse-explicação do enredo. Chega até mesmo a dizer “pra mim”. Parágrafos mal concatenados e escritos, redundante por algumas vezes, citando mais de uma vez os mesmos ritmos.

Desenvolvimento  (9,8)
Simples e relativamente bem feito. O autor dividiu e definiu bem os setores, procurando nominar e nos fazer visualizar as alas e as alegorias. Não tem a nota máxima pela pequena falta de criatividade no último setor do desfile, e sobretudo por trazer o funk num setor em que exaltaria os ritmos brasileiros livres da influência estrangeira.

Exploração Temática.  (9,4)
Mais um enredo desenvolvido recentemente pelas escolas de samba, a música brasileira é mais um tema vasto e que rende bem um desfile. O autor conseguiu fazê-la de modo razoável, com altos e baixos. Esqueceu de citar ritmos tradicionais e importantes do país, como as marchinhas, e essencialmente o frevo, inda mais porque havia um setor que falava das festas, e apenas os carnavais do Rio e Salvador foram lembrados. Também citou o funk, que não é música de origem brasileira, o que poderia ser relevado, não fosse o caráter nacionalista escolhido, ao ponto de representar numa alegoria, uma bandeira americana sendo pisoteada.  Questão de se prestar mais atenção à proposta e se manter fiel a ela.

Enredo. (9,6)
Tema bom,  mas sem introdução e com uma “explicação-opinião”.  Desenvolvimento de fácil visualização, mas infelizmente com incoerências na escolha e no esquecimento de certos ritmos que deveriam estar presentes num enredo com essa proposta.


RESPEITE A MAJESTADE DA MINHA COROA

Apresentação  (10,0)
Título (1,0)
Introdução (1,0)
Impressão visual (1,0)

Explicação  (9,9)
Uma sinopse muito boa, escrita de forma criativa e inspirada. Seu único pequeno defeito está no início, onde parece repetir a Introdução feita na Apresentação, colocando um resumo do que é o enredo.

Desenvolvimento  (9,8)
Um bela representação do desfile, com a preocupação de detalhar todos os setores, alegorias, fantasias e suas cores. Interessante também a escolha em colocar os personagens mais representativos de uma escola logo no início ( Casal, ala de compositores, Velha Guarda, Baianas). Na questão de coerência cronológica, há um problema, embaralhando épocas históricas, como p.ex. a ala dos Gregos sendo a última, logo após a Coroa papal; No 5° setor, o autor colocou alas sobre a Família Real e o carro de Nossa Senhora, mas nenhuma ala sobre o coroamento desta a frente, carecendo um pouco de pertencimento; No 7° setor, colocar uma ala sobre a coroa de flores logo após representações infantis, é estranho.

Exploração Temática  (9,7)
Um ótimo tema. Boas e inspiradas apresentação, explicação e desenvolvimento. Problemas: nos 2 primeiros quesitos, tem-se a impressão de que a Imperatriz Leopoldinense seria a grande norteadora do enredo, sendo citada diversas vezes, o que não se viu no desfile, onde foi retratada apenas no 1° Setor. Neste quesito, também, algumas pequenas questões de coerência cronológica, mas nada muito grave.

Enredo  (9,9)
No que consta à escolha do tema, cuidado de apresentação ao júri e inspiração no trabalho, nota dez. Com um pouco mais de atenção na escolha dos elementos mais importantes e impactantes desse belo tema a serem colocados no desfile, o trabalho seria perfeito. Ainda assim, uma bela apresentação de enredo.


EM NOITE DE LUA CHEIA...

Apresentação  (9,7)
Título (1,0)
Introdução (0,9) – personalista e descuidos na escrita.
Impressão visual ( 0,8) – cor vermelha com fonte azul, causando desconforto na leitura.


Explicação  (9,5)
É apresentada setor por setor, e embora o autor deva ter feito isso pra facilitar a compreensão, é um recurso estranho a uma sinopse, que tende a ser um texto mais fluido. Texto personalista e confuso em algumas partes, como num mesmo setor , ligar “energia positiva” a “bruxas irem atrás de crianças pra transformá-las  em sapos” (?????); inclusive isto nem foi retratado no Desenvolvimento; Os próprios setores retratados não são muito distintos entre si, em seus significados. De ponto positivo, a tentativa do autor em fazer um texto bem-humorado.

Desenvolvimento  (9,7)
É realizado citando os nomes dos elementos do desfile, e após isso, em outro quadro é que estão seus significados e alguns detalhamentos das alegorias. Uma escolha ruim, pois o jurado fica “obrigado” a subir e descer o tempo todo pra relacionar o nome com seu significado feito no quadro de baixo.

Exploração Temática  (9,6)
Um tema instigante. A quantidade de lendas , histórias e estórias relacionadas á lua cheia é bastante grande, e faltou explorar mais isso nesse enredo. O autor praticamente restringiu isso ao 1° setor, e distribuiu uma ou outra coisa aos demais, ficando a maior parte da apresentação destinada a monstros e assombrações generalizadas. O final do desenvolvimento foi o ponto alto , com a sacada irreverente de “ameaçar” soltar os lobisomens se as notas da escola não forem boas.

Enredo  (9,7)
O autor coloca-se como parte integrante do enredo, na sinopse, e esse tipo de abordagem necessita de maior inspiração na abordagem do tema, tanto que isso não é tão visto no desenvolvimento, afinal, que personagem ele seria? Apenas alguém que vira lobisomem? Poderia ter pontuado mais isso na apresentação desse tema, que, como já foi dito, é riquíssimo, mas ficou meio que perdido entre outras representações horripilantes. Sobretudo, faltou mais brasilidade.


DE 2009-2014...

Apresentação  (7,7)
Título (0,2) – parece tudo, menos título de enredo
Introdução (0,0) – inexistente
Impressão visual (0,5) – medíocre, sem formatação que o distinga.

Explicação  (9,0)
Texto estranho, quase nada remetendo a uma sinopse. Parece um recorte cronológico de alguma reportagem sobre a história recente do bairro de Ramos.

Desenvolvimento inexistente ( 7,0)

Exploração Temática  (8,0)
Quase inexistente...Seria pra contar o que aconteceu de importante em Ramos e na Imperatriz de 2009 pra cá, mas a impressão ficou somente no título e na Explicação. Poderia ter rendido um desfile interessante.
Enredo   (7,5)
Foi apresentado somente o título e uma semi-sinopse. Só dá pra julgar o pouco que foi mostrado, quase nada.







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores