Nosso Bloco tá
na rua- O carnaval de rua do rio, suas canções e seus blocos.
Introdução
O carnaval de rua do Rio de Janeiro,
antes com manifestações bastante parecida com o entrudo português, começa a
manifestar sua identidade quando imigrantes portugueses, conhecido como zé
pereira bateram seu bumbo e geraram os cordões e os blocos, que se
desenvolveram até chegarem ao que hoje conhecemos. Eles espalharam sua alegria
pela cidade maravilhosa e sua festa serviu de motivação para que Chiquinha Gonzaga
criasse os primeiros sons do ritmo que até hoje arrasta multidões nos quentes
fevereiros desse paraíso tropical. Ao som dessas canções amigos se reuniram e
somaram-se a outros amigos, e quando se viu inimigos já dançavam de mãos dadas
nos tão afamados blocos carnavalescos. Nascido da mesma vontade de festejar que
as escolas de samba, o carnaval de rua do rio de janeiro recebe nossa
homenagem, através de suas marchinhas e de seus blocos.
Sinopse
Quando zé pereira beteu seu bumbo,
não imaginavam a multidão que estavam arrastando. Suas batidas originaram três
manifestações carnavalescas, as grandes sociedades (que com seu luxo garantia a
folia das elites), o rancho (uma espécie de cortejo real da folia) e os blocos
e cordões, que garantia ao povo em geral, os 4 dias de folia. Foi para um
cordão que Chiquinha Gonzaga compôs “ô abre alas”, que seria considerada a
primeira marchinha, ritmo que embalaria os blocos, que surgiriam por toda a
cidade ao longo do século XX. Depois da canção de Chiquinha surgiram tantas
outras, e toda essa profusão de composições nos permitem traçar um panorama do
que era o carnaval nos tempos idos.
Podemos perceber que o carnaval
criava o cenário para o surgimento e celebração de muitas histórias de amor. No
oba oba da folia Colombina conheceu pierrô, mas logo o trocou por arlequim, o
poeta se apaixonou pela dama das camélias e ficou com o coração no ritmo do
balancê. E como esquecer as musas que inspiraram os malandros cariocas a se
declararem no melhor ritmo carnavalesco. E aqui somos democráticos, tem vez pra
aurora, Maria bonita, a chiquita bacana, e claro, a mulata. Mas musas mesmo são
as donas das vozes que embalaram-nos na folia, como Dalva de Oliveira
e Emilinha.
Mas se o amor decepciona, não se
entristeça, é carnaval. Venha rir das coisas do dia a dia. Ria da falta de
cabelo, da pipa do vovô, do calor infernal! Venha por em prosa o cotidiano, a
falta de dinheiro, a desconfiança com a cabeleira do zezé, mas calma, se alguém
se irritar é melhor levantar a bandeira branca! Afinal é carnaval.
E nessa euforia alguém já disse
“Quem não chora não mama”, e isso faz-nos lembrar o Bola Preta, que surgiu há
quase um século, e serviu de inspiração para tantos outros blocos lotarem as
ruas do rio. O que seria de nosso carnaval sem eles? Sem a boa rivalidade do
Cacique com a Onça? E quando pensaram que o carnaval de rua agonizava, o Rio de
Janeiro colocou o bloco na rua e novamente arrastou a multidão. Afinal, isso só
poderia mesmo acontecer na cidade que tem uma autêntica marchinha como seu
hino!
Desenvolvimento
Comissão de Frente: 1846-
Zé pereira bate o bumbo
Ala1: Arlequins
malandros- O carnaval carioca
Ala2: Grandes
Sociedades- O luxo a desfilar
Ala3: Ranchos- um
cortejo musical
Ala4: Cordões- Um
carnaval popular
Alegoria 1: Ô abre alas-
Consagração da Rosa de Ouro
Ala5: Chiquinha
Gonzaga- Folia no piano
Baianas: Jardineiras
Tripé com velha guarda: O
bonde da saudade
Ala7: Touradas em
Madri
Ala8: Taí, Carmem
Miranda
Alegoria 2: Carmem
miranda, Pra você gostar de mim
Ala9: Amor de
Carnaval
Ala10: Balancê-
Quando por mim você passa
Mestre sala e porta bandeira: Pierrô e Colombina
Ala11: A dama das
camélias
Alegoria 3: Mascara Negra-
Um amor de Carnaval
Ala12: Aurora
Ala13: Maria Bonita
(Levanta vai fazer café)
Ala 14: As pastorinhas
Tripé: Doces Vozes
(Dalva e Emilinha)
Ala 15: Chiquita
bacana
ala 16 (passistas): Mulata
bossa nova
Alegoria 4: O teu cabelo
não nega- A musa do lalá
Ala16: nós, os carecas
Ala17: Cachaça não é
água
Ala18: A pipa do vovô
Tripé: Se a canoa não
virar
Ala19: Mamãe eu quero
Alegoria 5: Ala la ô ô- O
Saara é aqui
Ala20: ME dá um
dinheiro aí
Ala21: Cabeleira do
zezé
Ala22: Maria sapatão
Ala23: bandeira
Branca
Ala24: Chuva, suor e
cerveja
Alegoria 6: Quem não chora
não mama- Cordão do Bola Preta
Ala25: Bloco de sujo
Ala26: Pelas Ruas do
Rio
Bateria: Cacique de
Ramos
Tripé: Ô cacique,
olha o bafo!
Ala27: Bafo da onça
Alegoria 7: Eu quero é
botar o bloco na rua
Ala28: Monobloco
Ala29: Simpatia é
quase amor
Ala30: Banda de
Ipanema
Ala31: Carmelitas
Ala32: Nosso bloco
tá na rua
Alegoria8: Cidade
Maravilhosa- A marcha que virou hino
Autor: Rodrigo B.
(Obs: peço não divulgar o e-mail sem a minha
autorização)
Fontes:
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