Enredo
O País da Corrupção
Justificativa
Nossa breve história
da corrupção pode induzir à compreensão que as práticas ilícitas reaparecem
como em um ciclo, dando-nos a impressão que o problema é cultural quando na
verdade é a falta de controle, de prestação de contas, de punição e de
cumprimento das leis.
Sinopse
Práticas de
ilegalidade no Brasil, que temos registro, datam do século XVI no período da
colonização portuguesa. O caso mais frequente era de funcionários públicos,
encarregados de fiscalizar o contrabando e outras transgressões contra a coroa
portuguesa e ao invés de cumprirem suas funções, acabavam praticando o comércio
ilegal de produtos brasileiros como pau-brasil, especiarias, tabaco, ouro e
diamante.
A mão-de-obra
escrava, na agricultura brasileira, na produção do açúcar. De 1580 até 1850 a
escravidão foi considerada necessária e, mesmo com a proibição do tráfico, o
governo brasileiro mantinha-se tolerante e conivente com os traficantes que
burlavam a lei. Políticos, como o Marquês de Olinda e o então Ministro da
Justiça Paulino José de Souza, estimulavam o tráfico ao comprarem escravos
recém-chegados da África, usando-os em suas propriedades.
Instauração
do Brasil República, outras formas de corrupção, como a eleitoral e a de
concessão de obras públicas. O Visconde de Mauá, por exemplo, recebeu licença
para a exploração de cabo submarino e a transferiu a uma companhia inglesa da
qual se tornou diretor em troca de 120 mil libras.
República, proclamada
em 1889, o voto de “cabresto” foi a marca registrada no período. O proprietário
de latifúndio apelidado de “coronel” impunha coercitivamente o voto desejado
aos seus empregados, agregados e dependentes. Outra forma constante de eleger o
candidato era o voto comprado, ou seja, uma transação comercial onde o eleitor
“vendia” o voto ao empregador. A forma mais pitoresca relatada no período foi o
voto pelo par de sapatos. No dia da eleição o votante ganhava um pé do sapato e
somente após a apuração das urnas o coronel entregava o outro pé. Caso o candidato
não ganhasse o eleitor ficaria sem o produto completo.
Uma prática eleitoral
inusitada ocorreu em 1929, durante as disputas eleitorais à presidência entre
os candidatos Júlio Prestes (representante das oligarquias cafeicultoras
paulista) e Getúlio Vargas (agregava os grupos insatisfeitos com o domínio das
oligarquias tradicionais). O interesse do grupo que apoiava Getúlio Vargas,
acrescido da crise da Bolsa de Nova York, que levou à falência vários
fazendeiros, resultou numa reviravolta do pleito eleitoral. Sob acusações de
fraude eleitoral, por parte da aliança liberal que apoiava o candidato
derrotado, e da mobilização popular (Revolução de 30), Getúlio Vargas tomou
posse como presidente do país em 1930.
Durante as campanhas
eleitorais de 1950, um caso tornou-se famoso e até hoje faz parte do anedotário
da política nacional: a “caixinha do Adhemar”. Adhemar de Barros, político
paulista, era conhecido como “um fazedor de obras”, seu lema era “Rouba, mas
faz!”. A caixinha era uma forma de arrecadação de dinheiro e de troca de
favores. A transação era feita entre os bicheiros, fornecedores, empresários e
empreiteiros que desejavam algum benefício do político.
O período militar,
iniciado com o golpe em 1964, teve no caso Capemi e Coroa- Brastel uma amostra
do que ocultamente ocorria nas empresas estatais. o caso revelou: a estreita parceria
entre os grupos privados interessados em desfrutar da administração pública, o
tráfico de influência, e a ausência de ordenamento jurídico.
Durante as eleições
para presidente em 1989 foi elaborado um esquema para captação de recursos à
eleição de Fernando Collor. um
grande esquema de captação de dinheiro com base em chantagens e compromissos
que lotearam previamente a administração federal Esse esquema ficou conhecido
como “Esquema PC”, sigla baseada no nome do tesoureiro da campanha, Paulo César
Farias, e resultou no impeachment do presidente.
Sete deputados (os tais “anões”) da Comissão de
Orçamento do Congresso faziam emendas de lei remetendo dinheiro a entidades
filantrópicas ligadas a parentes e cobravam propinas de empreiteiras para a
inclusão de verbas em grandes obras. Ficou famoso o método de lavagem do
dinheiro ilegal: as sucessivas apostas na loteria do deputado João Alves.
Comerciantes e ambulantes (mesmos aqueles com
licença para trabalhar) eram colocados contra a parede: se não pagassem
propinas, sofriam ameaças, como ter as mercadorias apreendidas e projetos de
obras embargados. O primeiro escândalo estourou em 1998, no governo de Celso
Pitta. Dez anos mais tarde, uma nova denuncia deu origem à Operação Rapa.
Empresários, funcionários e lobistas do Ministério
da Saúde desviaram dinheiro publico fraudando licitações para a compra de
derivados do sangue usados no tratamento de hemofílicos.
Investigações apontaram que os donos da empresa
Planam pagavam propina a parlamentares em troca de emendas destinadas à compra
de ambulâncias,
Segundo delatou o ex-deputado federal Roberto
Jefferson, acusado de envolvimento em fraudes dos Correios, políticos aliados
ao PT recebiam R$ 30 mil mensais para votar de acordo com os interesses do
governo Lula.
Desenvolvimento
Setor (1)
Comissão
de frente: “Os larápios” – Grandes “ladrões” da historia,
exemplos: Marques de Olinda, Visconde de Mauá, Getúlio Vargas, PC Farias e Roberto
Jeferson e alguns.
Alegoria
(01) Abre- Alas: (Carro Síntese) “Por água abaixo” – Carro
que lembra uma rede de canos e esgotos, coberto de dinheiro e ouro.
Setor (2)
Ala: 0 1
– “O
pau do Brasil” – Representa a venda ilegal de pau Brasil.
Ala: 0 2
– “Os
Tabacos” – Representa a venda ilegal de Tabaco no Brasil.
Ala: 0 3
– “Diamantes
são baratos” – Representa o tráfico de diamantes no país.
Ala: 0 4
– “Senhor
da Propina” – Representa o senhor das terras na produção de açúcar que pagavam
propinas para tráfico de escravos.
Ala: 0 5
– “Negro
livre, Negro preso” – Ala coreografada, representando os escravos tentando
fugir e impedidos pelos “senhores”.
Alegoria
(2): “Fazenda
de negócios” – O carro representa uma grande fazenda de açúcar onde também
vemos vendas de produtos ilegais, como ouro, diamante, prata.
Setor (3)
Ala: 0 6
– “O
Cabo do Visconde” – Representa a licença para exploração do cabo submarino.
Ala: 0 7
– “O
Cabresto do Coronel” – Representa a imposição dos coronéis nos votos de seu
desejo para seus empregados.
Ala: 0 8
– “Por
um Par de Sapatos” – Representa o par de sapatos dados ou não, pelos coronéis
para quem vota-se em quem eles queriam.
Ala: 0 9
– “Manda
quem pode, obedece quem tem juízo” – Ala coreografada. Representa os empregados
dos grandes latifúndios sendo obrigados a votar conforme foram obrigados.
Alegoria
(3): “O
Voto Certo” – O carro representa um “latifúndio eleitoral” placas, santinhos,
palanque. Tudo lembrando uma eleição.
Setor (4)
Ala: 10
– “As
Damas Eleitoreiras” – Ala das Baianas: Representa as esposas dos corruptos.
Ala: 11 – “Julinho
o Bobinho” – Representa Júlio Prestes que foi enganado nas eleições de 1929
Ala: 12
– “Gegê
o Esperto” – Representa Getúlio Vargas, com suas armações, junto com seus
aliados venceu a eleições.
Ala: 13
– “De
Bolsa Vazia” – Representa a bolsa de valores de Nova York, sua queda em 1929 fez muitos ricos da época,
perder dinheiro. Tendo um papel importante no resultado final das eleições.
Ala: 14
– “Pobres
Ricos” – Ala dos Compositores – Representa os empresários que perderam dinheiro
e as eleições de 1929.
Alegoria
(4): “A
Urna de Gegê” – Carro faz alusão a uma grande bolsa de valores onde o dinheiro
é trocado por votos, e o “Poderoso Chefão” é Getúlio Vargas.
Setor (5)
Ala: 15
– “A
Caixinha do Adhemar” – Representa o politico Adhemar de Barros, conhecido como
“Fazedor de obras” ficou famoso com seus esquemas para beneficiar quem quisesse
favores políticos.
Ala: 16
– “Rouba
Mais Faz” – Lema de Adhemar de Barros que ficou famoso no anedotário
brasileiro.
Ala: 17
– “Militantes
Estatais” – Representa no caso
Capemi e Coroa- Brastel uma amostra do que ocultamente ocorria nas empresas
estatais
1°Casal
de Mestre Sala e Porta Bandeira: “Força e Coragem” O Casal representa os poucos que tiveram a
coragem de lutar contra o sistema corrupto da época.
Ala: 18
– Bateria: “Soldados da Fortuna”
– Representam os militares da época que com seu poder, influenciavam a politica
e a administração publica.
Ala: 19
– Alas das Passistas: “Gatinhas
Espertas” – Representam as mulheres de vida “fácil” que recebiam vantagem em
troca de favores sexuais com os corruptos.
Alegoria
(5): “A Empresa Militar” – Representa um o governo
militar, como um quartel industrial. Mostra soldados, políticos, sendo
fabricado em indústrias para infiltra-los no setor publico do país. Tudo dentro
de uma decoração do carro que remete a época.
Setor
(6)
Ala: 20
– “Com Aquilo Roxo”- Ala que remete ao ex-presidente Fernando
Collor e seu escândalo de captação de dinheiro.
Ala: 21
– “No Bigode do PC” – Representam o famoso
ESQUEMA PC, e seu principal personagem Paulo César Farias.
Ala: 22
– Ala das Crianças: “Os Anõezinhos” – Representa
o famoso esquema de João Alves com a loteria do país.
2°Casal
de Mestre Sala e Porta Bandeira: “Sorte e Azar” O Casal: Ela representa a sorte, dos
corruptos, linda e luxuosa. Ele representa o azar do povo, sem cor, sem brilho
e pobre.
Ala: 23
– Velha Guarda: “Os vitoriosos” Representam todos
os que se deram bem e saíram impunes dos esquemas.
Alegoria
(6): “Pizza No Planalto” – O Carro mostra o palácio
do planalto como uma enorme pizza, junto com elementos que lembram jogos de
loteria e bingo.
Setor (7)
Ala: 24
– “Olha o Rapa” – Representa o esquema de propina
que os ambulantes de São Paulo sofriam para trabalhar.
Ala: 25
– “Sangue Bom” – Representa a fraude no
Ministério da Saúde, desviaram dinheiro publico fraudando licitações para a
compra de derivados do sangue usados no tratamento de hemofílicos.
Ala: 26
– “Sanguessugas”
– Representa o esquema de propina em troca de emendas para compra de
ambulâncias.
Ala: 27 – “Jeffinhos” – Ala
representa Roberto Jefferson principal delator do esquema “mensalão”
Ala: 28 –
“Olha
a Mesada” – Representam os políticos de bolso cheio.
Alegoria
(7): “Os
Inocentes” – O Carro representa uma prisão que lembra o senado federal feita de
caixas de remédios roubados, carcaças de ambulâncias. Vemos prisioneiros cuja
roupa é feita de dinheiro e outros de terno representando os mensaleiros.
Contato:
kgbrs@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário