Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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sábado, 27 de agosto de 2016

Enredo 2019: Castor de Andrade – O Doutor da Malandragem

             Décimo Concurso de Enredos – Categoria Temático

Ficha Técnica
Carnavalesco > Neni Cabral
Presidente > Chico Virilha
Presidente de Honra > Tião Medonho
Baluartes > João Gravata / Alemão Vanusa
Diretor de Carnaval > Serginho Piroca
Diretor de Harmonia > Chulipa
1° Casal de Mestre- Sala e Porta- Bandeira > Morena Rosa e Dengoso
Coreógrafo Comissão de Frente > Deco Ama’rola
Bateria > Marcha Lenta
 250 Ritmistas e meio (Um é anão)  
Mestre de Bateria > Miltinho Toca Aqui
Interprete > Bico Doce
PAPAI > Castor Farid Drummond
Patrocinadores > Família Andrade
                  

                                                   Enredo: Neni Cabral
       Castor de Andrade – O Doutor da Malandragem

Introdução

Castor de Andrade sem dúvidas foi um dos personagens mais controversos das últimas décadas no Brasil.  Para alguns, Bicheiro, rei da propina, bandido intelectual, para outros, homem de palavra, protetor dos pobres, enfim, um homem bom.
Em razão da fama que adquiriu através dos anos, muitas histórias são contadas a seu respeito. Entre a cúpula do jogo do bicho, a presidência do Bangu Atlético Clube e seu destaque como patrono da escola de samba, Mocidade Independente de Padre Miguel, Castor circulou com grande prestígio acumulando historias inacreditáveis e engraçadas.
Não vamos contar uma história em ordem cronológica, do Castor menino de família privilegiada que se formou em direito, e se tornou banqueiro de jogo do bicho. Queremos mostrar passagens significativas da vida do homem Castor de Andrade, momentos marcantes de toda sua trajetória. Venham com a gente, vai ser o bicho.

Sinopse

Doutor
Do jogo do bicho, mestre da contravenção
Homem do palpite certo, nunca perde, sempre ganha na cabeça
Chefe das apostas, o rei do baralho, sempre uma carta na manga e duas no bolso
Perde um “ponto” rouba dois “pontos” o banqueiro dos banqueiros

Malandro
 Parceiro de presidentes, bajulador de primeiras damas
Com um aperto de mão conquista milicos, com um abraço acolhe presos políticos
Dá emprego, e a ferro e fogo controla tudo do seu jeito
Bate panela, faz panela, para general de dez estrelas ver

Doutor
Do 171, irmãozinho de gente importante
Mesmo em cana a vida é uma festa
Champanhe, caviar, tudo ao vivo no telão
Bandido intelectual, amigo das autoridades
“Constrói” seu hotel-prisão e ali tira umas férias
Malandro
De Bangu, beija criança, dá de comer aos pobres
Reforma a casa do senhor, quase um homem santo
O dono do campo, “protetor” de juiz, comprador de juiz
Faz uma moça, ainda mais bonita
Transforma um esquadrão em campeão

Doutor
Do passo na avenida, na ginga da malandragem
Faz sua paixão descobrir seu primeiro titulo
Mostra um ziriguidum de ousadia para o povo ver
Em mais um Vira-Virou, dá um chuá na passarela
Paga caro para sonhar, e se faz criador de seu mundo em verde e branco

Desenvolvimento

1° Setor: Mestre da Contravenção – Para abrir nosso desfile vamos mostrar todos os jogos ilegais que fizeram Castor de Andrade acumular uma fortuna e construir seu império.


Comissão de Frente: Uma Fezinha – Serão 15 componentes na comissão de frente, 1 dançarino representara o apontador de jogo do bicho, caneta na orelha, camisa aberta com algumas guias e um chapeuzinho velho, com ele carrega uma pequena mesinha onde tem algumas imagens de bichos relacionados ao jogo, carrega também um banquinho. Os demais dançarinos estarão vestidos de diferentes roupas, como mecânico, padeiro, engenheiro, padre, policial, empresário, entre outras roupas, tudo para mostrar que todos um dia já fizeram sua fezinha. Na coreografia os componentes fazem sua apostos e por fim caem no samba junto com o apontador.
1° Carro: Abre-Alas (O Palpite Certo)
Nosso abre-alas será uma compilação dos jogos ilegais onde Castor ganhou seu dinheiro, como jogo do bicho, caça níqueis e até cassinos clandestinos.
O carro será um super cassino, com destaque é claro para os caça níqueis, nas laterais dois grandes globos com bolinhas com vários números, teremos dois grandes outdoors em neon, escrito CONFIE NA SUA SORTE, COMPROVE APOSTANDO, por todo carro vários bichinhos relacionados ao jogo do bicho discretamente ao mesmo tempo estrategicamente colocados para serem notados.



2° Setor: Entre Milicos e Panelas – Usando toda sua malandragem, Castor sobreviveu ao regime militar, fez dos poderosos seus amigos garantindo sua liberdade e seu dinheiro.

1° Ala (Presidente, Amigo do Peito) Nossa primeira ala representara um dos vários presidentes que foram amigos de Castor. Um terno em verde e amarelo seria a fantasia, com a estampa da bandeira do Brasil, com uma pequena capa e uma cartola.
2° Ala - Baianas (Primeira Dama, Meu Amor) As Baianas serão as esposas dos presidentes, Doutor Castor fazia questão de bajula-las com presentes caríssimos. Vestido na cor azul Royal, com um grande brasão da republica estampado.
3° Ala (Milicos) O exército e Castor com o passar do tempo mantiveram uma boa relação, a Metalúrgica Castor começou a fornecer tudo que eles precisavam para o funcionamento dos quarteis. Tradicional roupa camuflada do exército, mas nas cores verde e amarelo.
4° Ala (Subversivos) Castor era chegado dos chefões da ditadura, mas também dos subversivos que lutavam contra ela, muitos deles ficaram escondidos e trabalhando na Metalúrgica Castor. Um macacão azul celeste, escrito ABAIXO A DITADURA, um pequeno capacete, a costeira seria a bandeira do Brasil.
5° Ala (Trabalhando para o Doutor) A quarta ala representara os funcionários da Metalúrgica Castor, pessoas pobres para quem nosso homenageado deu trabalho. Em amarelo, o chapéu seria uma panela e a costeira garfos, facas, colheres.
6° Ala (A Ferro e Fogo) Em uma época turbulenta no pais, por incrível que pareça e contrariando outros donos de empresas, Castor apoiou o direito de greve de seus funcionários, mas deu um bônus extra para quem não entra-se na greve, assim manteve a democracia e fez sua fabrica continuar funcionando. Em vermelho e amarelo, nos pés, uma grande botina, chapéu seria metalizado, e a costeira parecendo fogo, algo em chamas.
2° Carro (Metalúrgica Castor)
A metalúrgica Castor fornecia diversões tipos de materiais para o exército brasileiro, principalmente panelas, mas também enviava, fogões, marmitas, armários, camas entres outros.
Obviamente o carro é uma grande metalúrgica, nas cores prata com detalhes em bronze, vemos diversos maquinários, pessoas soldando, vemos faíscas das soldas.
Dos lados do carro, grandes esculturas de garfos, facas, colheres e panelas.
A frente do carro, teremos um maquinário com mesas rolantes fabricando MILICOS.


3° Setor: Em Cana (Pequenas Férias) – Os dias de Castor de Andrade preso na Polinter e a revolução que ele fez por lá, deixou histórias para contar.

7° Ala (Champanhe) Não era água nem suco que Castor tomava na prisão, e sim champanhe, diariamente era sua bebida preferida. Em branco com detalhes em dourado, o chapéu seria uma taça de champanhe.
8° Ala (Você sabe o que é Caviar?) A marmita que os presos comiam todo dia não chegou nem perto da cela do Doutor, sua comida era simplesmente caviar. A fantasia seria nas cores roxa escuro e preto, com inúmera bolinhas brilhantes.
9° Ala (Ao Vivo no Telão) Em sua cela, Castor de Andrade tinha de tudo, uma das coisas que mais impressionava era sua televisão, um telão tão grande que qualquer pessoa poderia ver um filme a muitos metros de distância, sua programação preferida, jornais e os jogos do Bangu. As cores da fantasia seria iguais quando os canais de TV ficam fora do ar, nos ombros e na cabeça seriam pequenas televisões com a imagem de Castor sorridente.
Mestre-Sala e Porta-bandeira (Malandragem e Justiça) Durante toda sua vida Castor de Andrade usou de toda sua malandragem, influencia e dinheiro para se safar da justiça ou para usar ela a seu favor. Mestre-Sala com uma fantasia preta com detalhes em vermelho, claro muito brilho, e nossa Porta Bandeira com um fantasia em vermelho com detalhes em preto, no vestido vemos o símbolo da justiça, a balança.
10° Ala - Bateria (Os Guardas) Os guardas da cadeia tornaram-se muito amigos de Castor, claro, devidamente comprados, e faziam todas as suas vontades. Nossa bateria estará vestida de azul marinho e calças pretas, na cabeça um quepe.
11° Ala - Compositores (Em Obras) Acreditem ou não, nosso homenageado simplesmente pagou a reforma da Polinter e até de algumas viaturas danificadas, essa reforma é claro incluía sua cela de luxo. Nossos compositores irão representar os operários que trabalharam nas obras da Polinter, nas cores azul oceano, grandes coturnos, na cintura um sinto de utilidades com martelo, chave de fenda, alicate entre outros, e na cabeça um boné meio surrado.
3° Carro (Polinter – Um Hotel de Luxo)
Nosso terceiro carro será uma prisão-hotel. No fundo do carro e dos lados teremos homens construindo, levantando paredes e colocando grades. No centro do carro seria a cela de Castor, nela vemos, sofá, cama, um super telão passando jogo do Bangu, mesa posta cheia de comidas e bebidas, bandeiras da Mocidade e do Bangu atlético clube.
A frente do carro vemos três viaturas da polícia, lindas e perfeitas, bem pintadas, prontas pra uso, mas nas portas vemos o rosto de Castor de Andrade.



4° Setor: Bangu (“O senhor é meu Castor e nada me faltara”) – Nesse momento do desfile, vamos mostrar a importância de Castor de Andrade para comunidade de Bangu e também para o Bangu Atlético Clube.

12° Ala – Crianças (Benção Meu Filho) Pessoas da comunidade de Bangu e até de fora do Rio de Janeiro levavam seus filhos ainda pequenos para tomar a benção de Castor. Nossas crianças estarão vestidas de anjinhos nas cores branco e vermelho, e no peito diversas imagens de bichos relacionado ao jogo.
13° Ala (De Barriga Cheia) O Doutor sempre ajudou os mais necessitados da comunidades, as pessoas que passavam fome eram as primeiras a serem ajudadas por ele. O chapéu seria um grande bandeja cheia de frutas, fantasia nas cores prata e branco.
14° Ala (A Fé em Bangu) Desconhecido por muitos, Castor era sim um homem religioso, por várias vezes doou dinheiro para reforma de igrejas e em Bangu não foi diferente. A fantasia seria uma bata de padre nas cores ouro e branco, acompanha uma faixa no pescoço, o chapéu seria um capelo religioso.
15° Ala (Máquina na Mão – Protetor de Juiz) Certa vez em um jogo do Bangu o Juiz deu um pênalti contra o time, todos foram pra cima dele, contrariado Castor sai da arquibancada com sua máquina na mão (revolver como ele chamava) para falar com o juiz, a turma do deixa disso acalmou tudo, perguntado depois porque entrou armado em campo, ele na maior cara de pau disse: “Entrei para proteger o juiz dos torcedores revoltados”. Cheia de brilho esta fantasia será um calção, meião, um apito enorme pendurado, e o chapéu um grande revolver.
16° Ala (Comprador de Juiz – Esse tá no Bolso) Castor várias vezes foi acusado de subornar juízes para favorecer seu time. Ala de passo marcado em branco com detalhes vermelhos, juízes de linha fazendo vários passos com suas bandeiras. 
17° Ala - Passistas (Moça Bonita) Nossas lindas passista irão representar o estádio de moça bonita, será uma singela homenagem a este local que Castor transformou em um ponto de encontro e orgulho da comunidade de Bangu. Na cabeça uma tiara com um letreiro pequeno piscando, moça bonita, fantasia toda com pequenas flores brancas e vermelhas.
4° Carro (Esquadrão da Malandragem)
Esquadrão da malandragem, assim ficou conhecido o time do Bangu vice campeão brasileiro de 1985. Castor dava toda a mordomia para eles, e deixava fazerem festa sem preocupações. Obviamente carro nas cores vermelho e branco, cheio de bandeiras do Bangu, uma grande arquibancada com vários torcedores, um campo de futebol ao centro, e teremos alguns jogadores da época de glorias do clube, e a frente dois simpáticos Castorzinhos.




5° Setor: (Uma Estrela, Uma Paixão) – Para fechar nosso desfile vamos mostrar a grande paixão de Castor de Andrade, a Mocidade Independente de Padre Miguel, e os inesquecíveis carnavais que ele patrocinou. 

18° Ala (O Descobrimento do Título) O primeiro título de sua querida Mocidade sem dúvida marcou Castor de Andrade, tudo aquilo que ele queria para escola estava começando a se tornar realidade. A fantasia seria um grande jaleco verde com detalhes em vermelho, calças marrom escuras, uma grande bota preta, e um chapéu verde.
19° Ala (Ziriguidum de Ousadia) Em 1985 a verde e branco, fez um carnaval inesquecível, a ousadia e criatividade de Fernando Pinto encantou a todos, à frente da escola Castor apresentava sua paixão muito emocionado. Tradicional roupa de astronauta, como todos conhecemos, mas nas cores verde e branco.
20° Ala (Vira-Virou e foi Campeão) Depois de momentos difíceis como a morte de Fernando Pinto e resultados abaixo do esperado, a Mocidade deu sua virada, Castor trouxe o grande carnavalesco Renato Lage, e a partir dali começou uma história muito bonita, com carnavais memoráveis. Fantasia seria um uniforme parecido com dos time de futebol (como dizia o samba, “comecei no futebol”) com muito brilho nas cores branco com detalhes em verde, os componentes carregando bolas, e nas costeiras bandeirinhas.
21° Ala (Um Chuá na Passarela) Quem nunca se pegou cantando o refrão daquele carnaval inesquecível de 91? A Mocidade deu literalmente um banho na avenida, um dos maiores desfiles da história do carnaval. Mergulhadores, essa seria a fantasia da ala, fazendo referência a fantasia da bateria daquele desfile. Em laranja com detalhes em verde, máscara de mergulho e nas costas um cilindro de ar.
22° Ala (Pagando Caro por Sonhar) Em 1992 a Mocidade tinha tudo para ser tri campeã, mas cantou vitória antes do tempo e foi surpreendida com um desfile arrebatador da Estácio de Sá, mesmo não vencendo foi mais um desfile emocionante da escola. Nesta ala faremos uma referência as alas e carro que falavam dos jogos em 92, toda em dourado, e com pequenas notas do nosso dinheiro REAL, espalhadas pela fantasia.
23° Ala (Criador) Nossa última ala será uma homenagem ao título de 96 da Mocidade, e nela mostraremos um Castor de Andrade, obvio não o criador de enredos, e sim o criador de toda a estrutura que fez a escola tornar-se grande e respeitada.  No desfile de 1996 a comissão de frente eram vários Frankensteins, mas nossa fantasia será o criador da criatura, o Doutor Frankenstein, capa e cartola, na face uma máscara realista e expressiva do rosto de Castor, muito brilho nas cores ouro e prata.  


5° Carro (Um Mundo Verde e Branco)
O Mundo que Castor de Andrade criou a seu redor, se encontrou com a história da Mocidade Independente de Padre Miguel, tanto que hoje em dia não se fala de um sem relacionar ao outro.
Carro com muito Neon, ocupando todo o fundo do carro, o símbolo da Mocidade, a estrela. Várias placas piscando escrito APOSTE NA MOCIDADE, PONTO DO CASTOR entre outras, no centro uma grande escultura de Castor sorridente, com movimentos em uma mesinha fazendo apontamento de jogos do bicho.
A frente do carro em destaque nossa VELHA GUARDA.


                                                    Fontes de Pesquisas
Ø  Jornal – O Globo
Ø  Site – Bangu Atlético Clube
Ø  Site – Trivela
Ø  Revista – Placar
Ø  Revista – O Viés  



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