TÍTULO:
Com a morte do Barão tivemos dois carnavá!
Ai que bom! Ai que gostoso! Se todo ano fosse iguá!
INTRODUÇÃO
No ano de 1912 faleceu o grande diplomata brasileiro Barão do Rio Branco, a uma semana do carnaval. Por conta de sua morte, tão perto da data festiva, houve uma discussão muito grande acerca do assunto carnaval e o clamor da maioria era que se respeitasse o luto e se adiasse o reinado de Momo para o mês de abril. Porém, o povo foi para as ruas no mês de fevereiro, e comemorou esta data festiva. Como os clubes, os corsos e as grandes sociedades tinham adiado suas licenças, em abril, um novo carnaval aconteceu, agora o “oficial”, junto com o feriado da Páscoa. E foi assim que dois carnavais aconteceram naquele ano.
Neste mesmo ano de 1912, a Avenida Central, um sonho francês do prefeito carioca, mudou de nome em homenagem póstuma ao Barão, e passou a se chamar Avenida Rio Branco. Por ela, passaram esses dois carnavais e muitos outros mais.
Nossa escola, com muita honra, vem contar a história desses dois carnavais de 1912, os feitos do Barão em vida para tal discussão ser fomentada e de outros carnavais que ficaram na história da Avenida Rio Branco, este legado póstumo do Barão. Um personagem que ficou pra história do Brasil e do nosso carnaval.
Fábio Granville
SINOPSE
Essa é a história sobre dois carnavais.
Dois carnavais no mesmo ano.
Ano esse de 1912.
E nossa história começa com a morte do Barão do Rio Branco, há apenas uma semana para o início do carnaval daquele ano. Sua morte fez com que aproximadamente 9.000 pessoas se dirigissem ao Palácio do Itamaraty para seu velório.
O Brasil estava de luto.
O seu cortejo fúnebre até o cemitério do Caju, reuniu militares da Marinha, alguns governantes e políticos, além do próprio presidente (afinal, o Barão era Ministro do governo) e muitas pessoas (o povo) que admiravam e muito o tal Barão. Diversas coroas de flores foram deixadas no Palácio do Itamaraty, vinda de todos os Estados brasileiros, além de países do exterior, principalmente da América do Sul. O cortejo do Barão do Rio Branco foi algo marcante, cercado de diversas homenagens para este grande herói brasileiro, mas também foi o prelúdio para que houvesse dois carnavais naquele ano.
Até porque, o carnaval estava próximo...
E por conta disso, mesmo com o luto por todo Rio de Janeiro e também no país inteiro, uma pergunta se fez importantíssima:
O carnaval seria realizado normalmente?
Sim ou não?
A maioria da população era de acordo com que o carnaval fosse adiado, do mês de fevereiro para o mês de abril. Afinal, um grande herói brasileiro havia morrido há poucos dias. Então os clubes, os teatros, muitos blocos e sociedades carnavalescas também cooperaram com o adiamento do carnaval e suas licenças para as festas foram para o mês de abril. Os próprios governantes eram a favor deste adiamento, porém, nunca o fizeram de forma oficial. Mas, o carnaval, esta festa popular, é sagrado para alguns. A data do carnaval é algo decidido não pelos governantes, mas sim, por conta de um cálculo diferente no calendário, que foi instituído pela reforma do papa Gregório XIII, contando-se a partir da primeira lua nova depois do dia 22 de março de cada ano, determinando assim a Páscoa e por consequência, o carnaval (sim, é um cálculo um tanto quanto complicado).
Os periódicos acompanharam essa “disputa” carnavalesca, dando-a muito destaque em suas páginas. Listas de abaixo-assinados eram entregues nos jornais para reivindicar a mudança da festa. As dúvidas sobre o acontecimento do carnaval eram tantas que, misturadas às exéquias e homenagens póstumas ao Barão, os jornalistas usavam com afinco uma grande novidade que chegava às redações naquele ano de 1912: as máquinas de escrever.
Mas, um momento...
Façamos uma pausa nessa discussão para apresentar, afinal, quem era esse tal Barão que gerou tanta discussão em torno do carnaval com sua morte.
Filho de Visconde do Rio Branco, ele nasceu com o nome de José Maria da Silva Paranhos Júnior, em 20 de abril do ano de 1845 no Rio de Janeiro. Formou-se bacharel em Direito e logo depois de formado, acompanhou seu pai nas negociações de paz entre os membros da Tríplice Aliança e o Paraguai, começando aí sua carreira política. E apesar de ter dirigido um jornal (“A Nação”) e de ter sido membro da Academia Brasileira de Letras (ocupando a cadeira 34), foi através da diplomacia (não por acaso hoje ele leva a alcunha de patrono da diplomacia brasileira) que o Barão do Rio Branco resolveu diversos problemas das fronteiras do nosso território brasileiro sem derrubar uma gota de sangue, sempre através de tratados memoráveis para o nosso país, sendo o mais importante, o Tratado de Petrópolis, conquistando as terras do Acre para com a Bolívia. Por conta do Barão, o Brasil garantiu um território equivalente a 900 mil quilômetros quadrados (900.000km²), desenhando o mapa do Brasil de uma forma diferente. Por essas e outras, o Barão era dado como um grande herói nacional, um político adorado por toda a população.
Contudo...
Parafraseando o próprio Barão:
“Existem no Brasil apenas duas coisas realmente organizadas: a desordem e o carnaval”.
E ele estava certo. O dia de Momo chegou e o povo carioca, carnavalesco por excelência, foi festejar. O presidente da República, o general Hermes da Fonseca, apesar de ter preferência pelo adiamento, já tinha dito:
“Festa do povo é ao povo que cabe adiar ou não o carnaval”.
E não foi para menos. Apesar de não ter os clubes nem os teatros, o povo foi para as ruas e neste cenário é que a festa aconteceu. Os vendedores de lança perfume ignoraram o pedido de adiamento e saíram vendendo suas mercadorias (o que deu mais vontade ainda do povo comemorar). O chefe da polícia precisou colocar normalmente seus homens nas ruas (afinal, o carnaval estava acontecendo). Havia muitos mascarados pelas ruas, para evitar que eles fossem reconhecidos pelos demais, havia também muitas batalhas de confete e serpentina acontecendo naquele que seria o primeiro carnaval do ano. E assim foi, até o último dia de folia daquele mês de fevereiro, que não deixou de ser animado, pois se sabia que mais um carnaval viria.
Foi a mais animada das quartas-feiras de cinza (Até porque não houve cinzas).
Enfim...
Fevereiro passou.
Março passou.
E o carnaval “oficial” chegou.
O segundo carnaval do ano.
Em abril.
Misturando-se com o feriado católico da Semana Santa, os preparativos para o carnaval aconteciam. A própria igreja não se manifestou contrária. “Ouvia-se, pela manhã o bimbilhar festivo dos sinos católicos e logo depois o chocalhar irritante dos guizos dos foliões”¹. Foi assim que a festa daquele mês acontecia. Ainda contagiados pelo primeiro carnaval de fevereiro, este segundo carnaval chegaria para alimentar ainda mais o gosto do carioca pela festa, como se as festanças nunca tivessem acabado, desde fevereiro. Porém agora, neste carnaval de abril, a parte mais rica da sociedade também iria à farra nos clubes em seus tradicionais bailes a fantasia, com os sucessos das marchinhas de Chiquinha Gonzaga e tantos outros. Nas praças o povo chegava de bonde com seus tradicionais trajes de Arlequim, Pierrot e Colombina. A iluminação a gás dava lugar as lâmpadas elétricas - “A avenida esteve esplendorosa, como sempre, e não era para menos. Só os automóveis que por ela passavam, cheios, repletos, formavam centenas e mais centenas”². - fazia brilhar ainda mais, nas ruas, os corsos.
Uma marchinha ecoava pelas ruas por conta do fato de se ter dois carnavais naquele ano:
“Com a morte do Barão
tivemos dois carnavá!
Ai que bom! Ai que gostoso!
Se morresse o Marechá!”³
O povo estava em êxtase com o fato raro daquele ano. A sociedade carnavalesca “Tenentes do Diabo” com seu grupos de Pierrot, também trouxe mais de 15 carros alegóricos para enfeitar a festa. Muitos desses, aliás, com belas homenagens ao Barão do Rio Branco. E o rancho Ameno Resedá, campeão daquele ano, brindou-nos com um desfile intitulado “Corte Celestial”, inspirado na passagem do cometa Halley no ano de 1910 e com os figurinos representando nosso Universo. Terminando de forma esplendorosa o segundo carnaval do ano. Algo mais raro que a passagem deste tal cometa.
E foi assim que naquele ano de 1912 tivemos dois carnavais.
Mas, calma lá.
Tivemos ainda um pouco mais...
A ligação do Barão do Rio Branco com essa festa popular continuou.
Tudo porque uma avenida, com 1.800 metros de comprimento e 33 metros de largura, construída pelo então prefeito carioca Pereira Passos, inspirada nas principais avenidas de Paris com uma elogiada estrutura arquitetônica, ligando o porto na Praça Mauá com a avenida beira mar, batizada com o nome de Avenida Central, foi, logo após a morte do Barão, rebatizada, em homenagem póstuma, aos 21 de fevereiro de 1912, de Avenida Rio Branco.
Foi por esta avenida, já com o nome em homenagem ao Barão do Rio Branco, que esses dois carnavais de 1912 aconteceram.
Foi por esta avenida, que o povo se encantou com muitos outros carnavais: as grandes disputas de fantasias no teatro Municipal, o desfile oficial das escolas de samba. Foi uma avenida que acolheu muito bem também os blocos carnavalescos como os rivais “Cacique de Ramos” e “Bafo da Onça”. Sem esquecer também o cordão do Bola Preta, que na avenida acolhe o maior número de foliões e abre, todos os anos, as festanças do carnaval carioca.
O desejo por mais e mais carnavais ficou no imaginário popular do povo sambista que já viu passar por esta larga avenida tantos carnavais especiais.
Quem dera se pudéssemos ter, sem mortes, ainda dois carnavais para festejar por ano. Mas isto é apenas mais um legado do Barão do Rio Branco.
O Barão folião.
Que em 1912, mesmo morto, entrou pra história do carnaval carioca proporcionando ao seu povo, esses dois carnavais.
Fábio Granville
1 – O Paiz – 06/04/1912 – p. 04
2 – Correio da Manhã, 09/04/1912, p. 03
3 – Marchinha com autor desconhecido
ROTEIRO
SETOR 01
A morte do Barão
Barão do Rio Branco, grande diplomata brasileiro, morreu no palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro. Sua morte foi uma grande comoção nacional e também internacional. Neste primeiro setor iremos retratar tudo que aconteceu em circunstâncias da sua morte, inclusive a polêmica sobre o carnaval.
*Comissão de frente*
O Barão e o carnaval
Elementos alegóricos: dois carros pretos “buick 1912”, um caixão e dois estandartes.
15 pessoas sendo, oito personagens fantasiados tal qual a comédia dell arte do carnaval, seis personagens de luto (terno preto) e 1 personagem representando o Barão do Rio Branco.
Os personagens da comedia dell arte vem no carro (4 em cada um) e os personagens de luto levando o caixão com o Barão deitado nele.
No primeiro momento, os homens de terno preto levam, sobre os ombros, o caixão com o Barão. Os personagens da comédia dell arte levantam estandartes com a frase “Viva o Barão”.
Num segundo momento, o estandarte muda para os dizeres “Carnaval”. Há uma interpretação teatral, como se fosse uma discussão, entre os personagens de luto e os de comedia dell arte (já fora do carro) e o caixão do Barão é deixado no chão.
Num terceiro momento o Barão levita no caixão e os outros componentes reagem espantados. O Barão sai do caixão e mais uma vez muda os dizeres nos estandartes, um escrito “fevereiro” e no outro “abril”. Todos os personagens então fazem uma batalha de confete, serpentina e lança perfumes. Por fim, os personagens da comedia dell arte carregam o Barão nos ombros enquanto os homens de luto, agora com ternos coloridos e máscaras, sobem nos carros com os estandartes novamente dizendo: “viva o Barão”
*1º CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA*
O luto
Casal todo de preto, com uma fantasia luxuosa com penas na cor preta.
Ala 01
(coreografada)
*Guardiões do casal*
Oficiais da Marinha
Fantasias da marinha daquela época, em tons de azul e branco, escoltando o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, com uma coreografia com espadas durante a apresentação do casal e marchando o desfile todo.
Ala 2
O cortejo do povo
A primeira fila com homens de cartola e bengala, representando a classe política. Abrindo essa fila alguém com a faixa presidencial em verde e amarelo, representando o presidente Hermes da Fonseca. Atrás dessa ala, fantasias representando um terno preto e algumas pessoas com guarda-chuvas pretos no meio da ala.
Ala 3
Coroas de flores
Fantasias na cor preta e grandes coroas de flores sendo levadas pelos desfilantes.
CARRO 01
O Palácio do Itamaraty e o adeus ao Barão
O Palácio do Itamaraty ao fundo. No meio do carro, o lugar onde estava acontecendo o velório do Barão, já sem o caixão, e com diversas coroas de flores espalhadas pelo carro, todas elas com faixas de bandeiras dos países estrangeiros e dos estados brasileiros. Em torno do carro alegórico, representação de carros e carruagens que estacionavam na frente do palácio para acompanhar o velório.
SETOR 02
A polêmica sobre o carnaval
Enquanto ainda o povo rendia homenagens ao Barão do Rio Branco, pairava uma dúvida no ar. Afinal, o carnaval aconteceria ou não? Neste setor contaremos um pouco sobre essa polêmica digna de manchete de jornal.
Ala 04
Sim ou não?
Fantasias intercaladas, nas cores azul e vermelha. A azul representando o SIM (em menor quantidade) e a vermelha representando o NÃO (em maior quantidade).
Ala 05
Licença adiada
Um grande carimbo escrito “ADIADO PARA ABRIL” e no estandarte um grande papel representando a licença. Fantasias em tons pastéis.
Ala 06
O calendário do papa
Fantasias em tons vermelhos, representando o papa Gregório XIII. No estandarte a lua.
Ala 07
Lavando as mãos
Fantasias em tons de azul, mostrando o diário oficial sem nada escrito.
Ala 08
*Ala das crianças*
Vendedores de jornal
Fantasias em tons de azul e pastel, com um suspensório e jornais enrolados em suas costas.
CARRO 02
A máquina de escrever
Uma grande máquina de escrever no centro do carro, todo ele revestido de jornais e notícias da época, misturando a morte do Barão com as discussões sobre o carnaval.
SETOR 03
Barão, um grande herói nacional
Quem foi Barão do Rio Branco? Quais foram os grandes feitos deste político? Neste setor contaremos sua história e também porque o Barão se tornou um herói nacional.
Ala 09
Bacharel em Direito
Fantasias em tom azul escuro, representando uma beca e um canudo nas mãos.
Ala 10
A Guerra do Paraguai – início político
Fantasias em tons de verde, como guerrilheiros da tal guerra e no estandarte, diversas bandeiras paraguaias misturadas à bandeira branca da paz.
Ala 11
Jornalista
Uma barraca como se fosse uma banca de jornal, com o jornal “A Nação” caindo sobre a bancada. Tons verdes e azuis.
Ala 12
Academia Brasileira de Letras
Estandarte com as cores pratas, com representação de livros. Um chapéu com o número 34 (sua cadeira na academia) e fantasia em tom verde e amarelo.
*MADRINHA DE BATERIA*
Defensor da pátria
Fantasias nas cores verde e amarela
Ala 13
*Bateria*
Grande diplomata
Fantasia inspirada na própria foto do barão, com as cores: verde e dourado. Espada e seu bigode tradicional. Chapéu tal qual a figura em tons verde e dourado.
Ala 14
*Passistas*
Em terras estrangeiras
Fantasias representando as cores de países em que o Barão conseguiu assinar tratados diplomáticos para conquistar terras para o Brasil (Equador, Guiana Holandesa, Colômbia, Peru e Argentina).
Ala 15
O tratado de Petrópolis – o Acre é nosso
Fantasia em tons ocre, verde e vermelho, representando os seringueiros brasileiros que tinham muito interesse nas terras do Acre. No estandarte o Tratado de Petrópolis e a bandeira da Bolívia junto.
CARRO 03
Redesenhando o mapa do Brasil
Uma grande representação do Barão, de corpo inteiro, com terno, colete, gravata e uma grande capa com a bandeira do Brasil. Em volta do Barão, o mapa do Brasil em neon, redefinindo as fronteiras do Brasil. Em volta do carro alegórico os diversos tratados garantindo essas novas fronteiras.
SETOR 04
O primeiro carnaval de 1912
Enfim, mesmo com muito debate e opiniões contrárias, o carnaval de fevereiro aconteceu. De uma forma espontânea, o povo foi para as ruas e comemorou esta grande festa popular. Neste setor mostraremos as principais manifestações carnavalescas do primeiro carnaval do ano de 1912.
Ala 16
(coreografada)
Festa na rua
Barracas representando casas em cores diversas (amarela, azul, vermelha e verde), na parte de cima das casas os dizeres: “O primeiro carnaval de 1912”. Os desfilantes fazem uma coreografia representando a saída de casa, desconfiados para brincar o carnaval na rua.
Ala 17
Lança perfume
Placas tipo de sanduíche com anúncio do lança perfume. Fantasias em tom verde e branco e tons pastéis.
Ala 18
Máscaras
Fantasias com plumas brancas e uma máscara prateada no centro da fantasia.
Ala 19
A polícia nas ruas
Fantasias em tons marrom e preto, com chapéu e farda policial remetendo à época.
Ala 20
Batalha de confete e serpentina
Ala com diversos tipos de fantasias: piratas, pierrot, colombina, arlequim, marinheiro, bailarina, dominó, fazendo um grande baile carnavalesco com confetes e serpentinas sendo atiradas durante todo o desfile.
CARRO 04
A melhor das quartas-feiras de cinza
Um bonde com destino à “Abril” e os desfilantes ao mesmo estilo de fantasias da Ala 20, como se ela fosse uma extensão do carro 4, jogando confete, serpentinas e jatos de água representando os lança-perfumes. Em volta do bonde, algumas esculturas de fênix com máscara de carnaval e uma coroa na cabeça representando que o carnaval renasceu desta quarta-feira de cinzas.
SETOR 05
O segundo carnaval de 1912
Chegamos ao segundo carnaval do ano, tido como “oficial” por conta das licenças adiadas e do desejo político e comemorado, ao mesmo tempo, com o feriado da Páscoa. Neste setor mostraremos as manifestações carnavalescas que, diferente do carnaval de fevereiro, deu-se mais organizado e mais luxuoso.
Ala 21
(coreografada)
Carnaval pascal
Fantasia de pierrot em detalhes branco e preto. Ao toque do sino, os desfilantes vestem um sobretudo preto com detalhes roxos e uma grande cruz dourada, escondendo a fantasia de pierrot.
Elemento Alegórico
O sino
Elemento utilizado no meio da ala 21. Um sino onde vem escrito 2º carnaval de 1912. De tempo em tempo soa o barulho dos sinos.
Ala 22
O bailado nos clubes
Ala formada por casais e fantasias bem luxuosas nas cores prata, dourado e azul.
Ala 23
*Baianas*
A iluminação elétrica
Saia das baianas todas luminosas com fitas de led amarelas. Fantasias em tons dourados, e traços relembrando os postes da época.
1º TRIPÉ
Corsos
Esculturas de carros e de pessoas dentro do carro, representando os corsos da época.
Ala 24
Se morresse o Marechá
Fantasia de cor preta representando um corvo e no bico do corvo um cartaz escrito “Marechá”
Ala 25
Tenentes do Diabo
Um grupo de Pierrots nas cores branca e vermelha. Entre as alas, estandartes em homenagem ao Barão do Rio Branco.
CARRO 05
A corte celestial – rancho Ameno Resedá
Carro representando o rancho Ameno Resedá e sua corte celestial, uma homenagem à passagem do cometa Halley. Carro representa o espaço, com figuras de planetas e cometas, inspirado nos próprios croquis do carnaval daquele ano. À frente do carro, casais de mestre sala e porta bandeira representando os balizas e porta estandartes, famosos nos ranchos.
SETOR 06
Os demais carnavais do Barão
No ano de 1912, o Barão do Rio Branco recebeu uma homenagem póstuma quando mudou-se o nome da Avenida Central para Avenida Rio Branco. O sonho francês do prefeito carioca tornou-se referência para o carnaval. Neste setor relembraremos de carnavais na Avenida Rio Branco e assumiremos essa relação da avenida com este personagem importante no nosso enredo.
Ala 26
O sonho francês
Fantasia nas cores vermelha, azul e branca, com um chapéu no formato da torre Eiffel.
Ala 27
De mar a mar
Fantasias nas cores azul claro, verde e branco, representando as ondas do mar.
Ala 28
A mudança de nome
Fantasias nas cores preto e branco, representando as famosas calçadas do Rio de Janeiro e na parte de trás da fantasia uma placa dessas que se encontra nas esquinas das ruas, representando a mudança de nome. De um lado Avenida Central e do outro Avenida Rio Branco.
2º TRIPÉ:
Clóvis Bornay e os bailes do Municipal
Representação do palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no centro um destaque com luxuosa fantasia inspirada em Clovis Bornay.
Ala 29
*Velha Guarda*
Escolas de samba
Fantasias de terno e gravata e as mulheres de vestido, de cores diferentes e bordado nas costas do terno dos cavalheiros os símbolos das escolas de samba que desfilaram na Avenida Rio Branco.
Ala 30
Onça x Cacique
Metade da ala com fantasias nas cores amarelo e preto, com um chapéu de onça, representando o bloco Bafo da Onça. Na outra metade fantasias nas cores preto e vermelho, com cocares e vestimentas de índios representando o bloco do Cacique de Ramos. Na frente de cada uma delas um estandarte com o símbolo das agremiações.
CARRO 06
O cordão do Bola Preta
Carro representando o bloco Cordão do Bola Preta, com o símbolo do tradicional cordão, e fantasias nas cores preto e branco e uma escultura do Rei Momo com as feições do barão do Rio Branco, estendendo, um tapete como se tivesse o formato de uma rua.
FIM
AUTOR
Fabio Granville
35 anos
Professor
Santista
- Campeão do V Concurso de enredos
Enredo: “Respeite a majestade da nossa coroa”
- Vice-campeão do VI concurso de enredos
Enredo: “O Grito saiu da tela...e invadiu a passarela”
- Vice-campeão do VII concurso de enredos
Enredo: “De restos e sobras também se faz carnaval”
- Sexto colocado do VIII concurso de enredos
Enredo: “Indícios, vestígios, memórias – resquícios da nossa história”.
- Vice-campeão do IX concurso de enredos
Enredo: Um carnaval de peso – tem gordo na folia – do glutão ao obeso nossa fome é de alegria.
PESQUISAS
SANTOS, Luis Claudio V. G. O dia em que adiaram o carnaval: política externa e a construção do Brasil. Editora; Unesp.
Monteiro, Débora Paiva. O sonho de todo folião. Um ano com dois carnavais.
Sensacional....precisava de um enredo assim no especial..apaixonante.
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