Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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sábado, 27 de agosto de 2016

Enredo 1020: O bailado da mãe com o filho – Maria Helena e Chiquinho

Título:
O bailado da mãe com o filho – Maria Helena e Chiquinho


Introdução:
Iremos contar a história do grande casal de Porta-bandeira e Mestre-sala, Maria Helena e Chiquinho. Relembraremos um pouco da história do casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, desde os ranchos carnavalescos até o sucesso nas escolas de samba e chegando nesta história em família, de uma mãe com seu filho, que bailaram juntos na Imperatriz Leopoldinense e viraram grandes personalidades do carnaval carioca.

Fábio Granville

Sinopse:
A tradição entre o casal de mestres salas e portas bandeiras nasceu na tentativa dos escravos de copiar a dança apreciada pelos seus senhores, o minueto. Um casal de escravos com roupas mais pomposas, imitavam os passos dessa dança enquanto que os outros se divertiam com a brincadeira do entrudo. Essa personificação foi também copiada pelos ranchos carnavalescos. Porém, este casal ia além de uma personificação, eles tinham o dever de defender os estandartes que representavam os ranchos. Por conta disso, no início, os porta-estandartes eram homens e os defendiam com o uso do canivete e com golpes de capoeira. Os ranchos carnavalescos foram as maiores inspirações para os mestres-salas e porta-bandeiras reinarem em uma agremiação de escola de samba.
O quesito de Mestre-sala e Porta-bandeira nasceu no carnaval do ano de 1938, porém só eram julgadas as fantasias. O casal portava ainda um estandarte e com classe e elegância de nobres da corte, defendiam e guardavam o pavilhão da escola com o afinco de um guerreiro. Cada agremiação, com suas cores e seus pavilhões, dava e ainda dá, muito valor a este casal que representa uma comunidade toda. No ano de 1958 a dança do casal de Mestre-sala e Porta-bandeira começou a ser julgada e durante todo esse tempo, tivemos grandes representantes da classe, cada uma delas defendendo divinamente sua bandeira.
Uma dessas grandes porta-bandeiras do carnaval foi Maria Helena. Ela nasceu no estado de Minas Gerais e veio para o Rio de Janeiro trabalhar em uma casa de família. Foi no Rio que nasceu seu parceiro de dança, seu mestre-sala. Nasceu do seu próprio ventre. O menino Chiquinho. E enquanto o menino crescia, sua história como porta-bandeira apenas começava. Inspirada pelo bailado de Delegado e Mocinha da Mangueira, Maria Helena viu que o sonho de ser porta-bandeira poderia ser concretizado quando conheceu  um grande parceiro e professor que dançava pela Pavuna e frequentava a quadra da Portela, o Bagdá. Já sendo uma porta-bandeira oficialmente e de ter passado por algumas escolas, ela descobriu o seu lugar. O lugar que a faria uma grande dama do samba, no grêmio recreativo escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Escola que lhe corou com o símbolo de sua bandeira. Bandeira essa que ela carregou com muito prazer e fez história.
Com a inauguração do sambódromo, em 1984, começou a parceria entre mãe e filho. Maria Helena e Chiquinho, porta-bandeira e mestre-sala da Imperatriz Leopoldinense. Neste ano o enredo era “Alô mamãe”, uma grande coincidência. Em 1989 veio o primeiro campeonato da dupla, no enredo “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós”. Nos anos 90 a Imperatriz foi campeã nos anos de 1994 e 1995, onde, além do bailado do casal, as comissões de frente, com leques e sombrinhas, também faziam história. E na virada do milênio, com a parceria já consagrada e famosa, a Imperatriz foi a primeira tricampeã do carnaval da Sapucaí, em 1999, 2000 e 2001. A fama do casal formado por mãe e filho rendeu-lhes uma homenagem do músico Jorge Bem Jor, com a música “A paz dançando na avenida”. Além disso, Maria Helena recebeu muitos prêmios por seu bailado de porta-bandeira, como o famoso prêmio do Estandarte de ouro. Mas, em 2005, num enredo de contos de fadas sobre o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, a parceria encerrou. O casal foi dispensado pela escola, mas, na história do carnaval o conto de fadas vivido por esta mãe com seu filho nunca será esquecida.
E é por conta de tudo isso que temos a honra de homenagear Maria Helena e Chiquinho! Mãe e filho que fizeram história no mundo do samba.

Fábio Granville

Roteiro:

Setor 1: A origem da Porta-Bandeira e do Mestre-sala
Contaremos neste setor sobre como nasceu esta tradição do tradicional casal do carnaval carioca.


Comissão de frente: Escravos bailam minueto
Comissão formada por integrantes negros, com roupas em tons pastéis e um casal com roupas luxuosas e elegantes dançando o minueto e festejando o entrudo.


Ala 1: Coisa de homem
Fantasias remetendo às tentativas de afanarem o estandarte. Ala coreografada com golpes de capoeira.

Carro 1: O rancho carnavalesco
Carro representando a manifestação carnavalesca dos ranchos.

Setor 2: O acesso às escolas de samba
Contaremos como o quesito mestre-sala e porta-bandeira foi introduzido nas disputas das escolas de samba.

Ala 2: 1938 – primeiro desfile
Estandartes com o ano de 1938 na parte de cima e abaixo deste ano os dizeres: nota 10

Ala 3: A nobreza do casal
Ala formada por casais e com fantasias remetendo aos figurinos da época de Maria Antonieta.


Ala 4 (BATERIA):  Protetores da bandeira
Roupas coloridas como de Arlequim e por cima uma armadura e o chapéu um elmo de cavaleiro.


Ala 5: Os pavilhões
Ala coreografada, formando as bandeiras das escolas de samba por mosaicos.

Carro 2: O bailado que vale nota
Uma grande escultura de um Mestre-sala e uma Porta-bandeira girando e uma tela de led nas bandeiras mudando as escolas de samba a cada momento. Em volta dessa escultura, casais bailando e representando 12 agremiações.

Setor 3: Maria Helena – a trajetória da porta bandeira
Contaremos neste setor como Maria Helena se tornou porta-bandeira e que seu grande parceiro, na escola de samba Imperatriz Leopoldinense, nasceu de seu próprio ventre.





Ala 6: De Minas ao Rio
Bandeiras do estado de Minas Gerais e do Rio de Janeiro sobre um estandarte.

Ala 7 (BAIANAS): Mãe Maria
Baianas com barrigas de grávida de fantasia verde e branco.

Ala 8 (ALA DAS CRIANÇAS): Filho Chiquinho
Fantasias com suspensórios, verde e branco.

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA:
Delegado e Mocinha (Mangueira)
Casal representando o casal que inspirou a Maria Helena a ser porta-bandeira. Fantasias luxuosas nas cores verde, rosa e branco.


Ala 9: Bagdá, o primeiro par
Fantasias nas cores azul e branco com uma águia no estandarte.

Carro 3: A Porta Bandeira Imperatriz
Um carro com a coroa da Imperatriz.


Setor 4: Vem dançar comigo
Contaremos nessa ala o início e o fim da parceria entre mãe e filho e todos os momentos consagrados de suas carreiras.

Ala 10 – 1984 – Alô mamãe – a primeira vez
Ala em verde amarelo, representando um grande telefone e os dizeres: Alô mamãe.


Ala 11 – 1989 – Liberdade! Liberdade!
Fantasia de Duque de Caxias


Ala 12 – O bi campeonato – apogeu das comissões
Metade da ala representando os leques de 1994 e a outra metade com as sombrinhas de 1995.


Ala 13 – O tri campeonato – A homenagem musical
Um estandarte escrito “TRI” e notas musicais em volta. Tons branco e preto.

Ala 14 – Prêmios
Ala dourada representando os prêmios recebidos pelo casal


Carro 4: A despedida em 2005 – 25 anos de parceria no sambódromo
Representação de um conto de fadas mas com personagens do carnaval, arlequim, colombina, pierrot, zé pereira, e tantos outros. Além dos homenageados Chiquinho e Maria Helena em lugar de destaque. 


Autor:
Fábio Granville
35 anos
Professor
Santista
Gresilense

Pesquisas:









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