Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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segunda-feira, 17 de março de 2014

Modelo de enredo II

Mais uma vez destacamos que não está o conteúdo do enredo em análise (a qualidade das explicações, se o enredo é bom, se está bem explicado ou não). E sim estamos tentando mostrar é um modelo de “forma” para quem deseja fazer o seu enredo ter uma inspiração como ponto de partida. Tente fazer até melhor! Este modelo apresentado foi feito copiando alguns pedaços do Abre Alas da Imperatriz 2014, a escola no Abre Alas não fez a explicação inicial de setores, mais achei em um site. No Abre Alas a Imperatriz só deu título para os setores e explicou Ala a Ala. 

Recordo o que precisa ter no concurso:
1 Um título
2 Fazer uma Introdução (um texto para apresentar o enredo, aqui deixei sobre outro título: Justificativa do Enredo)
3 Texto que conta o enredo (Sinopse, texto resumido, ou um texto mais detalhado, o número de páginas não está em julgamento), pode ser duas, dez, vinte, cinquenta páginas... Procure apresentar um texto bom, de qualidade que explica bem o enredo.
4 Desenvolvimento (Resumo dos setores, nome (significado) para carros e alas, a explicação ala a ala é facultativa, espera-se que a Sinopse cumpra essa função).


“Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz”
Carnavalesco CAHÊ RODRIGUES

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

Ao tratar um astro do futebol como tema de seu carnaval, a Imperatriz Leopoldinense transforma a vida do homem que escolhe como enredo em um teatro que envolve sua paixão: O gosto por carnavalizar e a aptidão em tornar temas densos, em alegres passagens carnavalescas traduzidas em samba e plasticidade.

No enredo que apresentamos, a Imperatriz usa o futebol como pretexto para mergulhar em suas obsessões carnavalescas. Ela mais uma vez quer subverter a ordem historiográfica para criar um ponto de vista particular, a seu modo e maneira. Debruçada em expressões populares – como a que diz que aqui é “o país do futebol” – ela cria “mundos” próprios, onde o que ela fantasia, é fundamentado sobre uma ideia coletiva existente no senso comum, mas que não tem a condição de assumir a realidade, senão pelas “mãos” permissivas dos dias de folia.

Certa vez, com a sabedoria costumeira, o escritor e jornalista Nelson Rodrigues definiu o Brasil como “a pátria de chuteiras.” A intenção da expressão cunhada pelo cronista era definir a paixão coletiva do povo brasileiro por um esporte que nasceu inglês, mas foi naturalizado verde e amarelo, não apenas em função da categoria de nossos profissionais, mas, sobretudo, pela prática diária e coletiva de um esporte tão enraizado, ao ponto de alguns estudiosos o considerarem uma legítima manifestação cultural, que configura o principal fenômeno da psicologia coletiva do país, contribuindo para a formação da autoimagem nacional.

Assim, fundamentada em questões culturais aplicadas ao futebol e aos mitos que ele construiu, o G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense cria a ilusão carnavalesca que dá contorno estético e torna possível a materialização dos tais reis do futebol, do tal País do Futebol, da tal Pátria de Chuteiras expressa por Nelson Rodrigues.

Dessa maneira, ela apresenta e cria personagens. Trata a paixão nacional como teatro. Menciona times de futebol como quem menciona “dinastias” que arrastam multidões.
Transforma o jogador em “Rei.” Faz desse “Rei” o “herói.” Faz da vida pessoal e profissional de Arthur Antunes Coimbra, o Zico - eterno camisa 10 rubro-negro - o “Arthur X” que apresenta como enredo.

Assim, a Imperatriz Leopoldinense que desenvolve uma temática futebolística, tendo o astro rubro-negro como personagem central de seu enredo, é a Imperatriz Leopoldinense de sempre: A Escola que gosta e aposta no carnaval que é cultura popular. A Agremiação que não dissolve – seja qual for o enredo – a tríade de sucesso que une a história oficial, o gosto pela pesquisa e seu direito de carnavalizar a realidade. Ou seja, as bases fundamentais que consolidaram seu prestígio ao longo das mais de cinco décadas de existência.

HISTÓRICO DO ENREDO

Ao longo de sua história, o perfil cultural e artístico do G.R.E.S Imperatriz
Leopoldinense está configurado sobre uma identidade que lhe associa ao universo particular de imperadores, reis e rainhas. O dourado que está em seu pavilhão, a coroa que guarda como símbolo, os enredos históricos, e o próprio nome – homenagem a Imperatriz Leopoldina, a soberana brasileira de origem austríaca que foi esposa de D. Pedro I – reforçam sua vocação estilística - e seu gosto pessoal - para tratar de forma singular, temas que abordam questões relativas ao universo monárquico.


Ao tratar o esportista Zico - “rei” de uma nação de torcedores, famoso “camisa dez” rubro-negro - como o Arthur X; o personagem central de uma narrativa carnavalesca que transforma dados da vida pessoal e profissional de um dos maiores ídolos do futebol nacional em uma epopeia futebolística; a Imperatriz aposta em uma de suas mais consagradas vocações: carnavalizar o que é popular à luz de um prisma majestoso.

Abaixo, a sinopse que ilustra de forma poética o que propomos para esse carnaval.

“A única forma de chegar ao impossível é acreditando que é possível”
De Lewis Carroll em “Alice no País das Maravilhas”.

Autoriza o árbitro! Rola a bola na Avenida. Começa a decisão do carnaval carioca. Doze Escolas estão na briga! Vila quer buscar o feito do último campeonato. Império da Tijuca está na primeira divisão. Mocidade e São Clemente jogam na retranca. Ilha cadencia o jogo! Mangueira e Portela tentam a posse de bola pela intermediária. A sobra é da Grande Rio que chuta pro gol mas bate na zaga do Salgueiro. A torcida grita! Tijuca dispara pela ponta esquerda mas é desarmada pela Beija-Flor. Que jogada! Imperatriz domina com categoria, faz a finta e levanta a torcida. Quanta habilidade! Imperatriz cruza o meio de campo, deixa a marcação pra trás e parte em arrancada na direção do gol. O gol é o seu portal! Ela cruza o gol, abre os portões da poesia e mergulha, de braços abertos, na ilusão de um carnaval.

Diante da imaginação permissiva ela não se assusta. Sente-se confortável com o mundo novo que se descortina diante de seus olhos. O País do futebol, que até então muitos falavam, de fato existia e ela estava lá.

Nessa pátria de chuteiras, a nobre representante do carnaval toma conhecimento de histórias populares. Curiosidades em torno da existência de um rei de pernas tortas, fatos sobre a coroação de um rei negro. Porém, dentre as muitas histórias, uma lhe desperta interesse: Arthur X havia nascido plebeu em um subúrbio do país do futebol. A família Antunes Coimbra estava feliz e não conteve a ânsia de espalhar a notícia. Em tempo, damas, bufões, soldados e plebeus espalhavam o ocorrido pelas casas simples da Rua
Lucinda Barbosa.

O passar dos anos encarregou-se de transformar o plebeu em rei. Suas conquistas e lutas pessoais lhe conduzem ao trono. Travou e venceu batalhas. Foi condecorado com a farda verde e amarela – a mais alta patente dada a um combatente do país do futebol. Sagrou-se campeão trajando vermelho e negro nas disputas mundiais do octogésimo primeiro ano do século em que vivia. Foi coroado! Rei coroado no templo do futebol. E por ser soberano de uma nação popular, espalha-se a fama e a grandeza de suas glórias.
Diante da história que corre na boca de nobres e plebeus, aumenta o interesse da Imperatriz sobre o rei. No afã de encontrá-lo toma conhecimento da realização de competições que animavam as massas, tendo tal evento o título de “disputas dominicais.” Realizadas em um lugar, que ficou popular como “Templo do futebol” – espécie de arena erguida em torno de um vasto campo verde – onde o povo se encontrava e se dividia em torcidas.
Junto à multidão que se espremia pode observar a chegada de combatentes de bandeiras e cores distintas. Gente que vinha desafiar os cavaleiros do Rei. Avistou ao longe um brasão que como símbolo ostentava uma “estrela solitária”. Ouviu os gritos de euforia que precederam a passagem de uma nobreza fidalga vestida em verde, encarnado e branco. Pôde ouvir o toque que anunciava o atracar de uma caravela portuguesa junto ao porto e o delírio dos que aguardavam sua chegada.
Em meio ao povo que vibrava, não obteve sucesso na tentativa de aproximar-se do soberano. Porém pôde ouvir o anúncio de que o reinado de Arthur X entraria em festa: O aniversário do Rei seria comemorado no auge dos festejos de Momo que estavam por vir. Nobres de nações estrangeiras por onde seus feitos haviam ganhado fama já confirmavam presença e enviavam presentes. Do outro lado do mundo, onde se fazia noite quando aqui era dia e dia quando aqui era noite, a imagem do rei era esculpida em ouro.
No dia em que completava anos, os clarins faziam ecoar uma melodia ritmada que aludia a “vencer, vencer, vencer!” Seus súditos em festa vestiam o vermelho e o preto – as cores do manto sagrado que o Rei tinha predileção. Ela, a Imperatriz, ordenou que sua corte vestisse sua melhor roupa feita em verde, branco e ouro – talvez Arlindo, talvez Rosa – e viesse em cortejo, tecer honras ao monarca. Fez soar a bateria. Chocalhos, tamborins, surdos e cuícas embalaram o momento sublime. Ao Rei, como presente, a Imperatriz ofereceu-lhe valiosa joia: sua coroa, feita em ouro e pedras verdes. Diante do feito, o povo de Ramos saúda o rei. Ele, dispensando o tratamento destinado aos soberanos, sorri, quebra o protocolo, e responde:
- Sem formalidades! É carnaval. Podem me chamar de Zico!
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Texto: Leandro Vieira

DESENVOLVIMENTO:
Observação do Concurso: Observem que neste modelo, incluí a explicação ala a ala, isto é facultativo. Eu coloquei umas ilustrações, isto também é facultativo. 


PRIMEIRO SETOR – BEM-VINDOS AO PAÍS DO FUTEBOL
Às vésperas da Copa do Mundo, o Brasil, o maior vencedor de competições internacionais, se transforma no Reino da Bola.
Comissão de Frente - O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE
A comissão irá mostrar a formação do herói menino, seu treino cotidiano que mais parece brincadeira de criança em um campinho de uma cidade qualquer acompanhado de outros meninos (ele mesmo). Ali, dono de sua vida e de sua busca, ele pode ser o que quiser.
Está comissão irá falar da capacidade humana de desejar e conseguir.
Irá falar de fé e da tenacidade dos campeões.
Irá mostrar as brincadeiras que forjam um homem.
Irá, sobretudo, dizer que O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE.
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira - A IMPERATRIZ E O REI
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira apresenta o encontro entre um “Rei” de inspiração futebolística e uma “Imperatriz” de inspiração carnavalesca. O Rei em questão é aquele que apresentamos como enredo: Arthur Antunes Coimbra, ou, como é popularmente conhecido, Zico. Já a Imperatriz, é a personificação da Imperatriz Leopoldinense – a nobre figura monárquica que representa a instituição carnavalesca que desfila.
Ele veste o dourado característico dos soberanos. Sobre a cabeça repousa uma coroa que como adorno revela o objeto que lhe rendeu a fama: a bola de futebol. Ela veste o verde, o branco e ouro. As cores que marcam seu reinado no carnaval carioca. Sobre a cabeça e adornando a saia coberta de plumas, a coroa monárquica que guarda como símbolo.
Na evolução, ele a corteja como quem agradece a homenagem que a escola lhe presta. Ela gira e faz desfraldar aquilo que guarda de mais valioso: o pavilhão. Juntos, em harmonia, promovem o encontro festivo de dois reinos populares que são paixão nacional: Ele traz o futebol. Ela, o carnaval.
Elemento Alegórico - BEM-VINDOS AO PAÍS DO FUTEBOL
A Imperatriz convida os espectadores de seu desfile a atravessarem os portões do País do Futebol. Ao transpô-los, ela revela seus delírios carnavalescos: A materialização estética de uma Monarquia de inspiração futebolística, cenário para a apresentação de seu carnaval.
Ala 01 – Ala Show A GUARDA REAL DE BOTÃO
A primeira ala do desfile da agremiação abre caminho para o descortinar de um mundo fantasioso onde o “país do futebol” se revela através de visões poéticas que se utilizam da liberdade artística para a construção de uma visão surrealista. A ala em questão apresenta os guardiões desse “país” e revela que os motivos futebolísticos dão o contorno mais permanente da estética de nosso carnaval como um todo. Em conjunto, o figurino apresenta uma “guarda” formada por homens que ostentam um escudo – na realidade, peças atribuídas ao futebol de botão – que faz menção aos mais variados “times” do futebol brasileiro. Em um contexto mais amplo, inauguram a permissividade característica do carnaval e convidam o espectador a traspor-se para a realidade ilusória que a Imperatriz Leopoldinense propõe como viés para a idealização conceitual e estética de seu enredo.
Alegoria 01 – Abre-Alas - O REINO DA BOLA
O Abre-Alas apresenta a materialização do “Pais do Futebol” e dá contorno artístico ao “Reino da Bola.” É uma visão lúdica traduzida em formas e cores que busca instaurar o perfil ilusório do carnaval Leopoldinense.
No primeiro módulo, o “jardim” do” Reino da Bola” apresenta-se como um campo de totó contornado por um conjunto escultórico construído a partir do movimento dos corpos dos jogadores de futebol. No segundo módulo, as cores verde e amarela revelam que esse tal “País” traduzido em inspiração futebolística trata-se do Brasil. Bolas, chuteiras e personagens associados à modalidade esportiva compõem a cenografia geral da Alegoria que abre caminho para a apresentação da Escola de Ramos.

SEGUNDO SETOR – O REINO FUTEBOLÍSTICO E O SONHO DO MENINO
Nos devaneios de um garoto nascido no subúrbio, o desejo de ser um ídolo dos estádios. Fantasia e realidade se misturam.
Ala 02 – Força Verde BUFÕES FUTEBOLÍSTICOS
Dando continuidade à construção estética de uma realidade permissiva, a fantasia revela a figura de um bufão construído a partir de uma visão esportiva. Ao uso da peruca e ao tradicional figurino do personagem que dá nome a ala, soma-se a bola como elemento artístico, a estampa de inspiração futebolística e o uso de chuteiras, a fim de construir a elaboração de um personagem criado para habitar o mundo ilusório que a Agremiação se põe a apresentar.
Ala 03 – JARDINEIROS DO GRAMADO REAL
Continuando a construção conceitual e artística do carnaval que apresentamos, os “Jardineiros do gramado real” acrescentam ao conjunto estético do setor que revela o País do Futebol, o personagem da ala que desfila. Como o figurino sugere, um grupo de jardineiros “verdes” como um campo de futebol, que faz uso de materiais que cenograficamente sugerem a formação de um gramado, e carregam como adereço de mão a estilização de um regador.
Ala 04 – BOLA (PAIXÃO NACIONAL)
Fazendo uso do bom humor, o figurino da ala revela a estilização de uma bola de futebol. O grupo humano que desfila dá vida ao objeto que representa, apresentando-o como mais um personagem – essencial – do universo futebolístico criado.
Ala 05 – A CAVALARIA DO PAÍS DO FUTEBOL
A ala apresenta-se como uma cavalaria lúdica. O tom fantasioso e a inspiração futebolística ditam a construção do figurino apresentado. A presença de uma bandeira nas cores azul, verde e amarela, torna evidente que o tal “País do futebol” que apresentamos é o Brasil.
Ala 06 – Baianas RAINHA DE BOLAS
A tradicional ala das baianas do G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense apresenta-se incorporada ao visual futebolístico que direciona a estética de nosso carnaval.
Sem perder as características essenciais do figurino tradicional das baianas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, apresentam elementos visuais que aproximam sua imagem a figura de uma nobre dama construída a partir de componentes plásticos que fazem menção ao universo do futebol. Sobre a saia tradicional, os “gomos” característicos das bolas de futebol compõem a beleza plástica do figurino.
Alegoria 02 SONHO DE MENINO
A segunda alegoria apresenta o universo infanto-juvenil do menino Arthur Antunes Coimbra, o mítico personagem do “Pais do futebol” que apresentamos como enredo. Nascido no subúrbio carioca – no bairro de Quintino – o imaginário pessoal do “menino” foi povoado por elementos futebolísticos que marcaram os primeiros passos de sua carreira. A cenografia que compõe a alegoria sugere um universo juvenil construído com referências esportivas e afetivas do astro esportivo que na infância ganhou o apelido de “galinho”. Iniciou a carreira ao lado dos irmãos no Clube Juventude de Quintino, e tinha paixão pelo vermelho e branco do América Futebol Clube.

TERCEIRO SETOR – NOS PÉS O PODER: A TRAJETÓRIA DE UM REI
A carreira vitoriosa do craque começa cedo, ainda nas divisões de base. Veste a camisa canarinho e é amado pelo povo.
Ala 07 – Caprichosos UM PREDESTINADO DO JUVENTUDE
Encerrada a sucessão de alas que introduzem a interpretação artística do país do futebol, seguimos com o mesmo viés permissivo para apresentar a trajetória de sucesso profissional do astro esportivo que escolhemos como enredo. Fazendo uso das cores oficiais – o vermelho o branco e o amarelo – e da estilização da bandeira do clube Juventude de Quintino, o figurino da ala apresentada faz menção às cores e aos emblemas da primeira “camisa” que o futebolista defendeu, a fim de abordar dados iniciais da carreira do homenageado.
Ala 08 – CONDECORADO CANÁRIO REAL
No “país do futebol” a convocação para ingressar na Seleção Brasileira é a mais esperada honraria que um esportista futebolístico pode vislumbrar. A ala que aborda as diversas participações do homenageado na Seleção Brasileira - nas Copas da Argentina (1978) Espanha (1982) e México (1986) - trata a questão da escalação com o título fictício de “Condecorado Canário Real.” Dessa maneira, o figurino apresentado faz uso das cores e dos emblemas do uniforme da seleção “canarinho” para traduzir esteticamente essa página da carreira pessoal do ídolo esportivo.
Ala 09 – A GLÓRIA DE 81
Por ter sido notabilizado como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, o figurino da ala apresenta o homenageado como um soberano trajado nas cores do reinado rubro-negro.
A fim de abordar o período áureo em que o homem tema de nosso enredo atuou no Flamengo, tendo como ápice a conquista do Mundial de 81, a fantasia apresenta como adorno sobre a cabeça a reprodução artística de um urubu – símbolo popularmente associado ao Flamengo – e junto à mão, como adereço, a reprodução da taça que o esportista conquistou na referida disputa Mundial.
Ala 10 – O REI DO TEMPLO SAGRADO
O figurino da ala faz uso de elementos estéticos que sugerem realeza para abordar um importante marco na carreira do futebolista Zico. Consagrado no gramado mais popular e respeitado do país, maior artilheiro da história do estádio do Maracanã - com 333 gols em 435 partidas – o figurino da ala apresenta o homenageado como o “Rei do Templo Sagrado.”
Ala 11 – O GALINHO DE OURO
Carinhosamente chamado de “Galinho de Quintino,” o astro esportivo que homenageamos, por tudo que foi abordado ao longo do setor que revela sua trajetória profissional, faz com que sua carreira mereça destaque em meio ao universo futebolístico brasileiro. Suas conquistas pessoais consolidam o mito e a Imperatriz Leopoldinense ao fantasiar sua história e traduzi-la em carnaval, passa a chamar o “Galinho de Quintino” com o nobre título de “Galinho de Ouro.” Assim, de maneira carnavalizada, seu reino passa a ser conhecido como o “Reino do Galinho de Ouro” tal qual é mencionado no título que batiza o enredo. O figurino da Ala que trata essa questão apresenta a figura de um nobre adornado em amarelo, laranja e ouro. Sobre a cabeça e junto ao escudo que carrega como adereço de mão, a figura de um “galo dourado.”
Alegoria 03 TESOUROS DO REI
A terceira alegoria apresenta as conquistas profissionais do ídolo futebolístico apresentado como “rei” através de uma cenografia que revela um tesouro acumulado. Esse tesouro - medalhas, taças e troféus confeccionados em ouro - reproduz os mais significativos troféus conquistados pelo esportista ao longo de uma carreira vitoriosa seja por sua atuação na seleção brasileira, no flamengo, ou nos campos internacionais. Ao centro, uma grande taça traz o time rubro-negro que se notabilizou pela conquista do mundial de interclubes de 1981 tendo Zico como líder.

QUARTO SETOR – DUELOS NO TEMPLO DO FUTEBOL
Ídolo maior da maior torcida do mundo, construiu suas glórias no Maracanã, o templo sagrado.
Ala 12 – A NOBREZA DA ESTRELA SOLITÁRIA
Boa parte do prestígio alcançado pelo jogador tema de nosso enredo se dá em função de sua atuação no cenário esportivo carioca. Para recriarmos o panorama de rivalidade e efervescência esportiva no qual o nome do homenageado está inserido, o quarto setor apresenta um conjunto de figurinos que faz menção aos times rivais e a personagens esportivos que atuam durante as disputas futebolísticas. Sendo assim, a primeira ala do setor faz menção ao Botafogo, clube carioca que como símbolo apresenta a estrela solitária, e como cor oficial, o preto e o branco, tal qual é evidenciado pela fantasia da ala “A Nobreza da Estrela Solitária.”
Ala 13 – FIDALGUIA TRICOLOR
Um dos principais rivais do clube esportivo onde nosso homenageado fez história é tradicionalmente caracterizado por um personagem de cartola trajando as cores verde, branca e grená. O figurino da ala “Fidalguia Tricolor” se utiliza da estilização do referido personagem para compor o figurino que faz menção ao Fluminense.
Ala 14 – Bateria ÁRBRITOS DA FOLIA
Em toda disputa de futebol há um árbitro. É ele quem comanda o jogo e impõe a regra. Por entendermos que quem “comanda” o desfile é a bateria, nossos ritmistas apresentam-se como os “Árbitros da Folia.” O figurino segue a linha que caracteriza a estética de nossa apresentação: A estilização do figurino de época, no caso um juiz de corte, associada à inspiração futebolística característica dos árbitros esportivos. No jogo que propomos “a regra é clara:” A ordem da Imperatriz é sambar.
Ala 15 – Passistas BANDEIRINHAS NA MARCAÇÃO
Dando continuidade a apresentação do “time técnico escalado” pela Imperatriz Leopoldinense, após a apresentação dos “árbitros” representados por nossos ritmistas, a ala de passistas apresenta-se como os “Bandeirinhas” que atuam com ginga e alegria em nosso carnaval de inspiração futebolística.
Ala 16 – A NOBREZA CRUZMALTINA
Principal rival do clube esportivo onde o astro rubro-negro que homenageamos fez história, o Vasco da Gama é apresentado através do figurino que estiliza a figura de um nobre trajando a coloração oficial do time – o preto, o branco e vermelho - e ostenta no estandarte que carrega, a emblemática cruz de malta que caracteriza o referido clube futebolístico.
Ala 17 – COMBATENTES DO REI RUBRO-NEGRO
Pela excelência esportiva e pelos méritos conquistados nos campos de batalha, os jogadores rubro-negros são concebidos esteticamente como um grupo de combatentes que apresentam as cores associadas ao Flamengo – o vermelho e o preto – para compor o figurino da ala “Combatentes do Rei Rubro-Negro.” Coreograficamente se utilizam do escudo que carregam para comporem a imagem do “rei” rubro-negro, o homem que homenageamos no carnaval que desfila.
Alegoria 04 REI COROADO NO TEMPLO DO FUTEBOL
Poucos estádios do mundo podem se gabar de ser também um monumento histórico. O estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, abrigou momentos inesquecíveis da história do futebol carioca e brasileiro. Considerado o palco principal do futebol nacional, é lá, que a carreira do homem que homenageamos ganha notoriedade e prestígio. Tido como uma espécie de “templo” pelos torcedores cariocas, local onde a paixão nacional pelo futebol é expressa pelas “massas” populares do Rio de Janeiro, o estádio é apresentado no Desfile Leopoldinense como uma espécie de “Coliseu” onde a rivalidade e o duelo entre os principais clubes cariocas é a atração. Em função disso, os esportistas futebolísticos são apresentados como gladiadores e Zico é revelado como um rei coroado, esculpido em dourado, que emerge da estrutura cenográfica que estiliza o “maracanã” para enaltecer o fato do esportista homenageado ser o maior artilheiro da história do estádio, tendo a marca de 333 gols realizados. Na traseira do carro, uma partida de futebol vertical dá o tom esportivo da alegoria.


QUINTO SETOR – DA EUROPA AO ORIENTE (CAMINHANDO MUNDO A FORA)
Depois do Brasil, prosseguiu conquistando o carinho de outras legiões de apaixonados. Também foi consagrado na Itália, no Japão e na Turquia.

Ala 18 – Amar é Viver A ITÁLIA SAÚDA O REI
Um dado amplamente difundido sobre a trajetória profissional do personagem que apresentamos como enredo é sua bem sucedida carreira internacional. A primeira ala do setor que trata essa questão aborda a passagem do homenageado pela Itália, onde atuou como jogador no clube Udinese. A ala revela o uso das cores da bandeira italiana, bem como, a inspiração dos trajes típicos associados à cultura local, para compor o figurino do conjunto que desfila.
Ala 19 – Surgiu no Ato REVERÊNCIA GREGA AO REI
Para abordarmos a atuação do homenageado durante sua passagem profissional pela Grécia - onde liderou o clube Olympiakos – fazemos uso da estilização da indumentária atribuída aos soldados gregos, associada às cores e aos emblemas pertencentes ao clube onde o futebolista atuou como treinador.
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira CAMINHANDO MUNDO AFORA
Ala 20 – A TURQUIA DANÇA PARA O REI
Contratado para treinar a equipe turca do Fenerbahçe, Zico ganha em sua primeira temporada o campeonato local e, na seguinte, leva equipe as quartas-de-finais da Liga dos Campeões da UEFA. Em função do feito alcançado, é festejado na Turquia. Para abordarmos a adoração que o povo turco possui pelo homenageado, apresentamos - através da dança e da tradicional figura dos “dervixes” – a ala coreografada “A Turquia dança para o rei.”
Ala 21 – A RÚSSIA EM FESTA
Atuando como técnico esportivo, leva o time CSKA Moscou a conquistar a Copa e a super Copa da Rússia. O figurino da ala se utiliza de elementos estéticos característicos do imaginário cultural russo para abordar a atuação do futebolista homenageado no país em questão.
Ala 22 – Alas das Damas HONRARIA JAPONESA
As damas de Ramos apresentam-se com um figurino inspirado na tradicional figura de uma gueixa. A ala inclui em nosso desfile o mais significativo dado da carreira internacional do ídolo homenageado: a consagração de sua atuação como jogador e técnico no Japão. Considerado uma espécie de embaixador do futebol no país, Zico é historicamente apontado como o responsável pela popularização do esporte na terra do sol nascente
Alegoria 05 O DEUS DO SOL NASCENTE
O futebol já existia no Japão antes da chegada de Zico para atuar no Kashima Antlers. No entanto é inegável que o craque do Flamengo é a figura mais importante da história da modalidade na Ásia. O futebol tornou-se profissional um ano e meio após sua chegada ao país, sendo o astro esportivo considerado uma espécie de embaixador das atividades futebolísticas na “terra do sol nascente.” A partir do sucesso do camisa dez, a liga japonesa cresceu, evoluiu e conquistou fãs. "Jico" - como é chamado no Japão - virou estátua de bronze e tornou-se um símbolo emblemático da cultura futebolística japonesa. Sendo assim, encerrando o setor que trata de sua carreira internacional, a alegoria “O Deus do Sol Nascente” insere a figura do astro esportivo ao contexto cultural japonês através da reprodução de sua imagem esculpida em ouro, junto ao desenvolvimento artístico de objetos e formas que são tradicionalmente associados à cultura do Japão.
Convém destacar ainda a inspiração do trabalho da artista japonesa Yayoi Kusama para a construção da alegoria, bem como, o respeito a folclórica tradição japonesa de apresentar “Darumas” – objeto tido como amuleto de sorte - com a pintura de apenas um único olho, esperando que um “pedido” se concretize para que o “outro olho” se apresente completo. O pedido da Imperatriz Leopoldinense é o Campeonato!

SEXTO SETOR – A CORTE RUBRO-NEGRA
A festa de aniversário começa entre companheiros de campanhas memoráveis pelo Flamengo…
Ala 23 – Compositores HOMENAGEM A LAMARTINE
Aos compositores Leopoldinenses foi dada a tarefa de transformarem a história do homenageado em samba-enredo. Sendo assim, em nossa apresentação, eles abrem o setor que apresenta a corte rubro-negra. Incorporados à estrutura do desfile, os poetas de Ramos vestem as cores do reinado do homenageado cuja história pessoal apresentamos ao longo do desfile. Em paralelo, homenageiam o compositor Lamartine Babo - autor dos hinos dos times cariocas, incluindo os famosos versos do hino rubro-negro – ao levarem sua imagem estampada junto ao peito.
Ala 24 – Crianças O MASCOTE RUBRO-NEGRO
Por sua história de perseverança, o ídolo esportivo homenageado em nosso carnaval, é exemplo para jovens que enxergam na carreira futebolística uma possibilidade de crescimento profissional e pessoal. Em função disso, os jovens da ala das crianças de Ramos apresentam-se como o símbolo que marca a presença rubro-negra no universo infanto-juvenil: seu “mascote” oficial, criado a partir da visão infantil de um urubu.
Ala 25 – REALEZA RUBRO-NEGRA
O figurino da ala se utiliza de componentes estéticos que sugerem realeza para apresentar a figura de um nobre construído a partir de elementos que fazem menção ao clube esportivo onde o homenageado deixou sua história marcada de forma definitiva. A ala “realeza rubro-negra” abre caminho para que as cores associadas ao Flamengo se apresentem na Avenida.
Ala 26 – AMIGOS DO REI
Ainda no contexto rubro-negro, a ala apresenta os súditos pertencentes à “nação” comandada pelo jogador que apresentamos como “rei.” Como no dia de hoje é comemorado o aniversário do homenageado, seus súditos são os amigos que o rei convida para a festa que a Imperatriz Leopoldinense promove.
Alegoria 06 TEMPLO RUBRO-NEGRO
Homenageado no carnaval carioca pela Imperatriz Leopoldinense, Zico tem sua trajetória pessoal contada através de um enredo que associa sua imagem a figura de um soberano. Esse “reinado” está definitivamente associado ao período em que se consagrou no futebol carioca como o líder carismático da prestigiosa escalada de sucesso do clube onde sua atuação fez história. O astro esportivo defendeu o Flamengo durante a maior parte de sua carreira - entre 1967 e 1989. Liderou a conquista de quatro títulos nacionais, da Taça Libertadores da América e do Mundial Interclubes, consagrando o que ficou popular como a "Era Zico". Por conta disso, até hoje é o maior ídolo da torcida rubro-negra, sendo considerado pelos torcedores uma espécie de Rei. A sexta alegoria apresenta o templo rubro-negro e revela ícones tradicionalmente associados ao clube para abordar a relação de paixão entre o homenageado e o referido clube. À frente, a imagem de Dida – craque do time e ídolo de Zico - aparece cercada por ilustres torcedores. O grande urubu que sobrevoa a cenografia desenvolvida em tons rubro-negros revela o símbolo máximo associado ao clube esportivo.


SÉTIMO SETOR – IMPERATRIZ: A CORTE VERDE, BRANCA E DOURADA
O desfile culmina com a recepção calorosa na Corte onde estão guardadas emoções de tantos carnavais.
Ala 27 – Velha Guarda RELÍQUIAS DA CORTE
Abrindo o setor que traz a corte de Ramos para festejar o aniversário do rei e encerrar a homenagem que a Escola se propõe a realizar, nossa velha-guarda abre caminho para o desfile das cores e das formas que revelam a “corte Leopoldinense.” Nesse contexto, eles representam a memória mais viva daquilo que carregamos como essencial. São as mais tradicionais “joias verdes” da coroa que guardamos como símbolo.
Ala 28 – Baianinhas TESOURO DE RAMOS
Vestindo o verde, o branco, e o ouro que tinge nosso pavilhão, a ala das baianinhas de Ramos revela o espírito carnavalesco de nossos dias de glória. Traduzem através do capricho do seu figurino, confeccionado a partir da releitura clássica da tradição estética da Escola, o gosto pelo requinte e pela minúcia que marcam a plástica carnavalesca que consagrou a Imperatriz Leopoldinense.
Ala 29 – Ala de Casais / Comunidade A IMPERATRIZ E O REI
A síntese do enredo que apresentamos se dá através do figurino duplo concebido para ala de casais “A Imperatriz e o Rei.” De um lado, a visão estilizada de um jogador de futebol esteticamente e estilisticamente apresentado como um soberano. Do outro lado, a visão carnavalizada da Imperatriz Leopoldinense, personagem tradicionalmente citada ao longo dos desenvolvimentos conceituais da agremiação como a personificação individual da Escola. O encontro dos dois personagens apresentados sob uma coreografia que sugere reverência mutua, traduz a relação cortês entre o homenageado e a instituição que o homenageia.
Ala 30 – A CORTE DA IMPERATRIZ EM FESTA
Através de uma ala de figurino misto, a Imperatriz Leopoldinense convida sua corte a participar da homenagem que presta ao ídolo futebolístico que apresentamos ao longo do desfile sobre a condição de “rei.” Sua corte é a corte do carnaval. Personagens típicos e tradicionalmente associados aos festejos de Momo se apresentam com as cores e o requinte estético que marcam a plástica consagrada da Escola da Leopoldina. Pierrôs, Colombinas e Arlequins colorem a Avenida com o mesmo verde, branco e ouro, que tinge nosso pavilhão.
Alegoria 07 AO REI, A JÓIA DE RAMOS!
Encerrando a apresentação Leopoldinense, a tradicional “coroa” – símbolo máximo da Agremiação de Ramos – é oferecida como presente ao “Rei” que homenageamos ao longo do desfile. Como o samba sugere, “hoje, mais do que nunca é o seu dia.” O homem tema de nosso enredo completa mais um ano de vida no exato momento em que a Escola Leopoldinense se apresenta. A corte da Imperatriz está em festa, e a alegoria que encerra o cortejo, traz o esplendor de uma “joia” concebida com o que há de mais característico no estilo barroco, estética consagrada na identidade artística da Escola


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