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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Enredo 1202: O amor é uma equação: a jovem Delta e o galã Báskara


Título
O amor é uma equação: a jovem Delta e o galã Báskara




Introdução
Paulo Coelho diz que todas as histórias de amor são iguais.  E pode-se discordar de um detalhe ou outro, mas se Romeu e Julieta fosse ambientado em um navio, teríamos o filme Titanic, se fosse ambientado no Leblon, teríamos uma novela de Manoel Carlos. 
Este enredo pretende ser igual a outros enredos, filmes ou novelas e contar uma história de amor. Os detalhes, brincadeiras com o universo matemático, são diferentes, mas a jovem Delta e o galã Báskara são os clichês de mais uma história de amor, retratados como uma equação, com um conjunto solução.


Sinopse
Era uma vez, em um reino muito distante... Assim começam muitos contos de fada e assim começará nossa história.
No Reino dos Irracionais, o Imperador Pi governava,  tal e qual políticos brasileiros, sem saber direito o que fazia. Entre as diversas medidas de seu governo, a menos popular e a que consumia mais recursos era a da realização de bailes semanais no Castelo da Diagonal,  para toda a corte, e apenas para a corte. Os bailes tinham comida farta, bebidas de todos os tipos e eram embalados pelo eulerieto, um ritmo mágico, inspirado em tribos distantes, com passos lascivos, dançados em dupla, grupo e individualmente.
Se nas noites de baile tudo era festa, para o Imperador Pi,  no resto do tempo, tudo era festa também. Como todos os homens ricos e velhos, as reservas morais do Imperador Pi eram bastante questionáveis. Se por um lado ele ficava horas nos cultos dos sacerdotes, por outro lado não seguia absolutamente nenhuma norma que pregava a religião do reino, que era guiada por dez mandamentos transcritos em tábuas.
Um dos princípios básicos da religião que não era seguida no reino era o princípio da igualdade. Pobres e trabalhadores precisavam utilizar espaços diferentes, não podiam comprar nos mercados os mesmos produtos dos nobres e deveriam sempre se curvar, quando avistavam alguém da nobreza.
O Imperador Pi também não era muito afeito aos princípios de honestidade e desviava recursos para manter um palacete afastado, que utilizava para encontros secretos. Como o gasto era pouco para tanto dinheiro desviado, o imperador utilizava o excedente na confecção de castiçais de ouro que ornamentavam o lugar, que possuía mais de uma centena de castiçais espalhados.
Os encontros neste palacete eram, em geral, com belas jovens servas do Castelo Diagonal, que eram levadas à força para servir ao imperador, que também não era afeito a preservar as liberdades individuais e não se importava em ouvir não, pois fazia o que queria ainda assim.
Em um dos bailes o Imperador Pi avistou uma nova jovem trabalhando na cozinha, uma jovem que ele não havia visto ali ainda. Ela era filha de trabalhadores das minas, e seu nome era Twosquare. Encantado com a beleza da jovem, ordenou que ela fosse levada ao palacete. Mas Twosquare não foi espontaneamente, foi preciso mais de uma dezena de guardas para sequestrar a jovem rumo ao palacete.
Para a jovem Twosquare foi uma noite de terror cujos detalhes iremos omitir, mas por tempos foi possível ver as marcas das cordas que precisaram ser utilizadas para controlar a moça e satisfazer os desejos do imperador.
Mas o terror da jovem Twosquare não havia acabado. Ela que imaginou que não haveria infortúnio maior, recebeu a visita da cegonha. Assustada, ela decide recorrer ao Imperador Pi, que ordena aos guardas que escoltassem a jovem para fora do palácio, abandonando-a na mata.
No longo caminho até a mata a sorte da jovem mudou, pois um dos guardas do imperador se apaixonou por ela. E foi,  por todo o percurso ouvindo juras de amor e um plano para que eles pudessem ficar juntos. De todos os planos e ideias, a única que se mostrou viável foi construir uma casa escondida na mata e viver apenas do que a mata poderia oferecer.
E assim fez o apaixonado casal. Construíram uma casa com pedaços de madeira e folhagens. Porém a sobrevivência, já nos primeiros meses, se mostrou difícil. Quanto mais a barriga de Twosquare crescia, mais difícil parecia sustentar uma filha com o estilo de vida que o casal levava. E assim decidiram, que tão logo a criança nascesse, ela seria colocada em um cesto e lançada ao rio, na esperança de que outras pessoas de outro reino encontrassem e pudessem fazer a criança crescer, eles haviam ouvido histórias semelhantes dos sacerdotes do reino.
Não demorou muito e a criança nasceu. Twosaque ficou muito emocionada, mas se recusou a dar um nome para a criança, já que ela seria criada bem longe dali. O casal preparou o cesto e enrolou a criança em tecidos das roupas da guarda do reino, para que quem a encontrasse soubesse de onde ela veio.
O cesto correu rio abaixo por muito, muito tempo. Até que enroscou em um galho de uma árvore e por ali ficou parado. Como estava muito tempo sem comer a criança começou a chorar e, por sorte, foi ouvida por uma mulher que estava lavando roupas nas águas do rio, não muito distante de onde estava o cesto.
A lavadeira muito emocionada correu com a criança para o vilarejo, onde logo se formou um reboliço em torno do cesto. Não foi preciso muito tempo nem muita discussão para ficar definido que a criança seria criada por toda a aldeia. A única discussão que se deu foi sobre qual seria o nome da criança. Ao verem os símbolos das vestes todos entenderam que a criança vinha do reino diagonal, mas não queriam dar a ela nenhum nome comum nesse reino, pois entenderam que se ela havia sido abandonada por alguém e lá, isso não traria boa sorte.
Percebendo os triângulos formados pelas diagonais, lembraram de uma letra de um alfabeto de um reino muito antigo e resolveram batizar a criança de Delta, já que combinaria com o fato de que ela era uma menina.
Assim a menina cresceu feliz, sendo cuidada por todo o vilarejo, fazendo traquinagens típicas de crianças em qualquer lugar do mundo. Algumas vezes roubava bolinhos das janelas, aqueles bolinhos que estavam ainda quentes e que as senhoras esperam esfriar para servir.
Mas foi só depois de crescer e começar a entender o mundo que a jovem também começou a entender o lugar no qual foi criada. Afinal, a jovem havia sido criada por pessoas diferentes, porém não tendo contato com o mundo externo, nada daquilo era, para ela, diferente. Com o tempo porém, os mais velhos, utilizando de toda sua sabedoria e compreensão de mundo, foram ensinando para a menina detalhes sobre o Vilarejo dos Primos, e assim ela entendeu que estava crescendo em um lugar muito especial.
O Vilarejo dos Primos era formado por pessoas de diversos reinos, que para lá eram enviadas se não pudessem procriar, seja por impossibilidades biológicas, seja por incompatibilidades afetivas/sexuais com o sexo oposto. Tudo no vilarejo era muito colorido e todos eram muito felizes. A jovem Delta entendeu que todos os outros reinos não eram assim e ficava imaginando que tipos de pessoas más existiam neles, que se recusavam a conviver com pessoas tão boas e alegres. Ela também entendeu a decisão deles, de que ela seria criada por toda a aldeia, já que as crianças que chegavam ali já eram praticamente adolescentes.
Tudo corria normal no vilarejo e Delta já era uma adulta. Mas um dia outro fato surpreendente aconteceu. E foi no mesma margem do rio no qual haviam encontrando a criança. Eis que uma das senhoras, que havia ido até o rio para lavar roupa encontra um bote, quase destruído e dentro dele um jovem desmaiado.
 Todos que moravam no vilarejo socorreram o jovem, e eles decidiram que Delta seria a responsável por cuidar dele até sua pronta recuperação. Delta havia aprendido todas as técnicas para cuidados da saúde, e cuidava de todas as feridas do jovem e fazia compressas. Foram muitos dias de cuidados até o jovem começar a acordar.
Como o jovem estava demorando demais para ter sua saúde reestabelecida, todos entenderam que era difícil para a jovem cuidar dele sozinha. Assim, designaram outra pessoa para cuidar do jovem, dividindo os cuidados em dois turnos.
Passaram-se mais algumas semanas até que em uma madrugada de lua cheia o jovem finalmente abriu os olhos. Ele olhou fixamente para Delta e segurou bem forte na sua mão, como quem busca algum contato humano para saber se ainda está vivo. Os olhos dos dois rapidamente se fixaram um no outro, e a jovem gentilmente deslizou sua mão entre os cabelos do rapaz, para tranquilizá-lo.
 Foram ainda algumas semanas para que o jovem pudesse se recuperar um pouco, e demorou um tempo para que ele finalmente começasse a falar alguma coisa. A primeira coisa que ele falou foi o próprio nome, mas não de um modo qualquer, falou entoando uma cantiga, para se apresentar para a jovem que estava passando as madrugadas com ele: “eu vim de longe, eu singro os mares, meu nome é Báskara”.  O rosto da jovem se iluminou ao ouvir a pela primeira vez a voz de seu paciente, e ela balbuciou seu nome gaguejando.
Báskara estava melhorando a cada dia, e então as madrugadas passaram a ser de narrativas de suas aventuras pelos mares do planeta. O jovem contou para Delta a tempestade que ele enfrentou  quando estava rumo a um país distante em busca de especiarias. A tempestade desviou a rota da sua frota, e eles passaram então a navegar por regiões nunca antes exploradas. E justamente em uma dessas regiões ele enfrentou a tempestade mais forte de sua vida.
Fosse só a tempestade, estaria tudo bem, mas sua frota foi atacada por um monstro gigante, que tinha corpo roliço de cobra e asas e cabeças de dragão, no reino de Báskara, havia lendas sobre esse monstro, conhecido como Infinito, pois todos sabiam da sua existência, mas ninguém conseguia chegar até ele. Báskara narrou para Delta a batalha que travaram contra Infinito, e contou que perdeu todos os seus companheiros, sobrevivendo apenas porque caiu sobre um bote e acho mais prudente fugir do que ficar enfrentando sozinho o monstro. Naquele momento o jovem entendeu que o ideal de dar a vida pelo reino ou por alguém era bonito apenas na prática.
A sinceridade do jovem cativou Delta quase instantaneamente. E ela já não escondia mais sua vontade de que chegassem logo as madrugadas para ouvir as histórias de seu novo amigo. Como há de se presumir, Báskara percebeu a admiração da jovem, e contava cada dia mais e mais histórias de aventuras, muitas delas nunca aconteceram.
Quanto mais histórias ouvia, mais histórias Delta queria ouvir. E foi tanto encantamento que ela resolveu retribuir da maneira que havia aprendido no Vilarejo dos Primos, fazendo bolinhos para o jovem. Todas as noites ela levava alguns bolinhos para Báskara, que os devorava entre uma história e outra.
Não se sabe se foi por efeito dos bolinhos, da presença da jovem ou apenas  do tempo, mas Báskara se recuperou bem e Delta já não precisava mais cuidar dele durante as madrugadas. Entretanto as madrugadas transformaram-se em passeios pelas margens do rio durante o dia. E já não era apenas sobre histórias que os dois conversavam,  já conseguiam falar coisas sobre os outros habitantes do vilarejo, e algumas coisas sobre suas visões de mundo, que a cada passeio iam ficando cada vez mais semelhantes.
A proximidade foi aumentando, e percebendo esse movimento, os mais velhos da aldeia contaram uma lenda de uma tal lagoa azul, para que os jovens soubessem que, mesmo desconhecendo muitas coisas, a natureza humana se encarregaria de mostrar a eles o caminho, que por muitos é tido como o próximo passo para além do afeto. Os jovens no começo não entenderam muito bem, mas logo a lenda da lagoa azul deixou os passeios nas margens do rio muito mais demorados.
E de tão demorados, logo era possível ver o resultado de tanta proximidade na barriga de Delta, que a cada dia ficava maior. Assim, os mais velhos explicaram aos dois o significado do amor, para muito além daquele que eles já sentiam por outras pessoas que eles gostavam. Báskara neste aspecto já possuía mais conhecimentos, embora sua vida de navegador nunca o permitiu experimentar tal sentimento.
No Vilarejo dos Primos, o amor era considerado como uma equação matemática, uma relação de igualdade, apesar de que muitas vezes cada um dos lados possuía uma representação diferente. Até então no vilarejo, todas as histórias de amor não possuíam um conjunto solução real. Delta e Báskara trariam esse conjunto solução pela primeira vez para o vilarejo, que preparou uma grande festa para essa chegada.
E assim foi realizada a maior comemoração que o Vilarejo dos Primos já viu, tudo era decorado com temas numéricos, pois eles, ao desconhecerem outras tradições, inventaram que isso traria sorte ao bebê. Delta e Báskara ficaram muito felizes com a chegada da criança, e resolveram chamá-la de Formulae (latim de fórmula), já que são justamente as fórmulas que ajudam a resolver as equações.
Assim, a pequena Formulae, do papai Báskara cresceu feliz, tendo na mamãe Delta um excelente suporte para tornar a vida mais feliz. E sim, eles foram felizes para sempre. O vilarejo era um lugar muito tranquilo, sem excesso de informações, sem excesso de exemplos e sem as preocupações da atualidade. Ser feliz era muito mais fácil naquele lugar.


Desenvolvimento
Setor 1 – Festas no Reino dos Irracionais




O primeiro setor da escola apresenta as festas do Reino dos Irracionais, detalhando  os bailes promovidos pelo Imperador Pi.



Comissão de Frente
A corte no ritmo do eulerieto

A comissão de frente da escola apresenta o ritmo fantasioso eulerieto, apresentando a animação dos bailes do Reino dos Irracionais. São 14 integrantes, que executam passos em duplas, grupos e individualmente, reproduzindo passos que misturam ritmos de valsa, samba e tango.

Ala 1 – Baianas
Delícias do Castelo Diagonal

A ala das baianas representa as delícias servidas nos bailes do Imperador Pi. A fantasia tende ao tradicional traje de baianas, com utilização de estampas para representar os pratos. Ainda, todas trazem os tradicionais tabuleiros em suas cabeças, porém eles são diferenciados, alguns com frangos assados, outros com bolos confeitados, retratando assim a variedade de comidas servidas pelo Imperador Pi.

Ala 2
Nobres bebidas
Representa as bebidas consumidas pela corte nos bailes do Imperador Pi. A ala é performática e simula nobres embriagados. Garrafas de diversos estilos complementam as fantasias.

Alegoria 1
O Castelo Diagonal e o Imperador Pi


A alegoria é acoplada, a primeira parte é a ampliação do salão de bailes e a segunda um enorme castelo, todos os elementos de decoração são em formato de quadrados com a diagonal destacada.
A primeira parte apresenta lustres, candelabros e mesas de guloseimas, no alto da segunda parte   o destaque principal representa o Imperador Pi.

Setor 2 – O lado podre do reino



O segundo setor da escola explicita a podridão que imperava no Reino dos Irracionais e os métodos criminosos do Imperador Pi.




Ala 3
Normas religiosas
Os sacerdotes realizavam cultos e pregavam normas de conduta, que deveriam obedecer a mandamentos gravados em tábuas. A fantasia é de sacerdote com adorno das tábuas dos mandamentos como costeiros.


Ala4
Pobres e trabalhadores
Tradicional ala de farrapos, representando os pobres e trabalhadores. Os trajes são rasgados e sujos, sem elementos de brilho.


Ala 5
Castiçais de ouro
Os cem componentes da ala representam os castiçais de ouro utilizados no palacete onde o Imperador Pi promovia festas particulares. A fantasia contrasta com a ala anterior, e possui muito brilho. Efeitos de led imitam as chamas das velas que estão nos castiças que compõe o traje.

Ala 6
A bela cozinheira
A ala representa Twosquare, a bela cozinheira que encantou o imperador. As roupas da base da fantasia são simples, de servos de palácio, mas são complementadas por adereços de utensílios de cozinha.

Alegoria 2
Noite de terror no palacete 

A alegoria apresenta um palacete todo construído com cabeças de monstros. Na frente da alegoria, diversos guardas e uma destaque amarrada, com cordas, representando a jovem Twosquare. Na parte mais alta da alegoria uma estátua do imperador, deitado e  palitando os dentes.


Setor 3 – Um novo amor, uma nova chance para a vida



O terceiro setor da escola representa o amor encontrado pela serviçal e também como esse amor possibilitou a salvação da vida da criança que ela esperava.





Ala 7
Visita da cegonha
Os componentes utilizam uma fantasia de uma cegonha estilizada, que traz no bico um bebê, simbolizando a gravidez da jovem Twosquare.

Mestre-sala e Porta-bandeira
O amor do guarda pela bela serviçal

O mestre-sala representa o guarda do imperador que se apaixonou pela jovem Twosquare, e a porta-bandeira representa a própria jovem. No traje dele, há diversas referências às diagonais do reino, já o traje dela é trabalhado em tons pastéis, com detalhes de uma cegonha no costeiro.
Ala 8 – Bateria
O amor floresceu na mata

A bateria representa o amor que floresce na mata. As fantasias lembram troncos, são cheias de detalhes de folhas, que fazem um degrade de verde na parte de baixo, para vermelho no adereço de cabeça, representando o florescer do amor na floresta.

Ala 9 – Passistas
Juras de amor
Os passistas vêm representando as juras de amor ouvidas na mata. Os tecidos que compõe a fantasia tem em seu padrão trechos de poemas de amor de grandes escritores brasileiros.

Ala 10
Uma casa, um estilo de vida

A ala representa a casa construída pelo casal e os escassos meios de sobrevivência que eles dispunham. A fantasia remete de certa forma a uma oca indígena, e traz alguns poucos elementos de frutas como adereços, para mostrar a dificuldade enfrentada pelo casal.

Destaque de chão
O nascimento
A destaque representa o nascimento da criança e traz uma fantasia em tons brancos, com detalhes em cinza, para simbolizar a paz e a esperança de uma vida nova, mas também a tristeza da mãe de não poder criá-la.

Alegoria 3
Um cesto rio abaixo


A alegoria traz efeitos modernos de led para simbolizar a água do rio. Os destaques do carro simbolizam a mata ciliar, e uma esteira/engrenagem  oculta pelo led movimenta um enorme cesto com um bebe dentro pelas águas luminosas.












Setor 4 – Encontrando o amor para começar a vida




O quarto setor da escola traz detalhes sobre a vida da criança em um novo povoado.





Ala 11 - Baianinhas
A lavadeira
A ala representa a lavadeira que encontrou o cesto com a criança. A ala tem uma fantasia simples, e elas simulam carregar uma trouxa de roupas na cabeça.

Ala 12 – Ala das crianças
Teu nome será Delta

As crianças da escola trazem uma fantasia com tecidos bordados com a letra grega Δ, nome recebido pela menina.

Ala 13
Bolinhos deliciosos
A ala simboliza no roubo dos bolinhos todas as traquinagens de crianças, típicas de qualquer lugar do mundo.
A fantasia tem uma estrutura imitando uma janela e sobre ela alguns bolinhos e algumas formas vazias, representando a ausência daqueles surrupiados pela menina.

Ala 14 – Velha Guarda
A sabedoria anciã
A velha guarda da escola representa a sabedoria anciã, que decidiu contar para a jovem Delta os detalhes do lugar onde a menina foi criada. O traje da velha guarde é clássico e elegante, com um broche de coruja para destacar a sabedoria.

Alegoria 4
O Vilarejo dos Primos 


A alegoria é a reprodução de um vilarejo, com casas com cores do arco-íris. Há um grupo cênico na alegoria, representando os moradores do vilarejo, e uma criança representa a menina Delta, correndo entre as casas durante o desfile.

Setor 5 – Um novo habitante, novas histórias




O setor apresenta a chegada do jovem Báskara ao Vilarejo dos Primos, detalhando também como ele chegou até ali.



Ala 15
Um bote na margem do rio
A ala representa o bote encontrado na beira do rio. O bote vem não só figurativamente, mas preso por alça nos ombros dos componentes, que vestem farrapos combinado com o estado de destruição dos botes, para representar o jovem encontrado nele.

Ala 16
Cuidando da saúde de um estranho

A ala atualiza uma visão de enfermeira para o enredo, para simbolizar os cuidados que Delta dedicou ao jovem encontrado na margem do rio.
Alguns detalhes como panos brancos compõe a fantasia.

Ala 17
Durante a lua cheia o primeiro olhar
A ala simboliza a primeira vez que o rapaz avistou a jovem Delta. A fantasia tem um efeito luminoso formando uma espécie de holograma da lua cheia no costeiro dos brincantes, que estão com fantasias semelhantes das duas alas anteriores, homens para representar o jovem encontrado no rio, e mulheres para representar a jovem Delta.

Ala 18 – Ala dos compositores
Muito prazer, Báskara

A ala dos compositores representa a cantiga entoada por Báskara se apresentando para Delta. O traje é tradicional, nas cores do setor. Eles trazem nas mãos instrumentos musicais.







Alegoria 5
A batalha contra Infinito


A alegoria representa a batalha travada pela frota de navios comandados por Báskara contra o monstro Infinito.
A alegoria tem o formato do monstro, uma grande serpente azul enrola, com cabeça e asas de dragão que solta fumaça pela boca. Enroladas na serpente diversas embarcações destruídas, pendurado por uma corda na vela de uma delas há um destaque que representa o jovem Báskara.

Setor 6 – O amor é uma equação


O último setor da escola celebra o amor, mostrando que todas as história de amor são iguais.
Ala 19
Aventuras inventadas para cativar
A ala simboliza as diversas aventuras inventadas por Báskara na tentativa de cativar a jovem Delta. O simbolismo da fantasia vem através de sua representação de moinhos de vento, relembrando aventuras de Dom Quixote.

Ala 20
Bolinhos de agradecimento
A ala representa os bolinhos que Delta oferecia para Báskara como retribuição pela alegria que ela sentia ao ouvir as histórias que ele contava. As fantasias da ala, embora literais na representação de bolinhos,  não são iguais,  representando não só variedade de bolinhos e suas cores, mas também a diversidade do vilarejo.

Ala 21 (coreografada)
Passeios na margem do rio
A ala é formada por casais, relembrando a ala de minueto de antigos carnavais. Os trajes seguem em consonância com a ala anterior e com o vilarejo, sendo clássicos, mas formados por diversas cores.


Ala 22
A lenda da lagoa azul

A ala simboliza metaforicamente  o amor carnal, com uma fantasia azul que remete a uma lagoa azul, mas inspirada em Kali, deusa da sexualidade hindu.

Alegoria 6
O amor é uma equação


A alegoria simboliza a festa realizada no Vilarejo dos Primos para a comemorar o amor de Báskara e Delta, bem como o seu fruto.
A alegoria é formada por diversos motivos alfanuméricos e como fala de amor, necessariamente traria alguns bregas corações.




Comentários
O enredo foi desenvolvido fazendo trocadilhos com elementos do universo matemáticos, que não são totalmente necessários para a compreensão da história. A título de curiosidade e complemento de informações, abaixo elencamos algumas referências:
- Números irracionais são números que não podem ser expressos através de frações, em termos simples, são números com infinitas casas decimais que não formam dízimas periódicas. O número irracional mais famoso é o π (pi). Um dos primeiros registros sobre números irracionais data da escola pitagórica, para determinação da medida da diagonal de um quadrado, que nada mais é do que a medida do lado vezes raiz quadrada de dois, inspirando o nome Twosquare utilizado no enredo. Outro número irracional bastante famoso é o número e (número de Euler), que inspirou a expressão eulerieto.
- Os números primos tem uma propriedade muito especial, são números ditos “indivisíveis” (são divisíveis por 1 e por eles mesmos), por isso foi escolhido esse nome para o Vilarejo onde ficavam confinadas as pessoas que não poderiam ter filhos ou que não queriam ter filhos, como metáfora para o conceito: “um filho é um pedaço da gente”.





Bibliografia






Assinatura
Beto Limberger

Atua na coordenação e execução de projetos culturais. Acompanha o carnaval desde 1993, e esteve pela primeira vez na Sapucaí em 2001. betolimberger@gmail.com

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