Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!
Gostou de uma ideia, Clique na lâmpada e leia a nossa recomendação!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

H.C.4 - “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.





G. R. E. S. V. 18 KLTs

Informações Gerais:
Nome Oficial: Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual 18 KLTs
Presidente: Danilo Guerra
Fundação: Março de 2003
Símbolo: Diamante
Cores: Azul, Verde e Branco
Carnavalesco: Danilo Guerra
Classificação: 8º lugar no 1º Concurso de Enredos Abacate, Sou Sombrio, Anfitrião das Tragédias, Sou do Desgosto, Quem Sou Eu?... O Mês de Agosto!?”, Comissão de Carnaval, abriu o Desfile das Campeãs.
Enredo: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.
N.º. Alas: 35 Alas.
N.º de Carros Alegóricos: 5.

Enredo: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.


Justificativa:

Mais um show vai começar. A Escola de Samba 18 KLTs preparou uma verdadeira “Apresentação de Gala” para você. Na maior festa popular da terra, o Carnaval, um grande palco foi montado para homenagear, em vida o que é muito importante, uma Grande Dama da Nossa Cultura Nacional que tanto nos emociona e nos orgulha. Com vocês: Arlette Pinheiro Esteves da Silva, ou melhor, Fernanda Montenegro. Quando as cortinas do samba se abrirem, começaremos a contar em 5 Atos um pouco de sua vida e carreira, como se fosse mais uma peça teatral estrelada por ela. Da infância pobre no subúrbio carioca, passando pelo rádio, teatro, novela e cinema, nossa estrela Tupiniquin alça vôos nunca antes imagináveis a nós simples mortais “brasileiros”, ao figurar entre as indicadas ao prêmio Oscar de melhor atriz da Academia Norte-americana de críticos de arte. Sim, uma brasileira, como eu, como você ... Não que duvidássemos de seu potencial e seu talento, não, mas barreiras como estas são poucos aqueles que conseguem transpô-las, ainda mais falando português, apenas “criaturas divinas” como Ela as conseguem. Para nós, pelo conjunto da obra o Oscar é seu, assim como o Urso de Prata, ... “A Hora da Estrela” chegou, e na Ribalta do carnaval irás abrilhantar nossa festa que sua energia nos ilumine e nos inspire a sermos, assim como ti, os verdadeiros campeões. No maior espetáculo da terra os aplausos são todos para você: Dama do Teatro, Estrela da TV, Diva do Cinema, e, hoje, Personagem e Enredo do Nosso Carnaval. Boa Festa a Todos!

Danilo Guerra, Carnavalesco


Enredo: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.

Setores:
1º Setor: “É Noite de Gala na Ribalta do Carnaval”;
2º Setor: 1º Ato: “Da Infância Pobre às Ondas do Rádio, Sua Universidade da Vida”;
3º Setor: 2º Ato: “Suas Grandes Paixões, a Família & o Teatro I”;
4º Setor: 3º Ato: “Suas Grandes Paixões, a Família & o Teatro II”;
5º Setor: 4º Ato: “Na TV Virou Atração do Horário Nobre”;
6º Setor: 5º Ato: “A Hora da Estrela, a Diva da 7ª Arte”;
7º Setor: Ato Final: “Hoje Você É Personagem e Enredo do Nosso Carnaval”.


Enredo: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.

Sinopse:

1º Setor: É Noite de Gala na Ribalta do Carnaval”.
Hoje é dia de festa no maior espetáculo da terra, uma verdadeira “Noite de Gala”. Um grande show foi montado para homenagearmos uma das maiores atrizes do mundo, a brasileira, assim como eu, como você... mas com muito orgulho, Fernanda Montenegro. O grande palco do samba reverencia esta Grande Dama da nossa Cultura Nacional. Um pouco de sua vida e carreira serão contados a seguir quando as cortinas da Ribalta do Carnaval se abrirem. Hoje é dia do folião vestir sua melhor fantasia para curtir de camarote ou da arquibancada mesmo, você não pode perder. Nossa “Peça Teatral” já vai começar. Os anfitriões desta festa grandiosa serão os componentes da Velha Guarda, os verdadeiros baluartes do Samba. Com vocês: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval. Divirtam-se!

2º Setor: 1º Ato: “Da Infância Pobre às Ondas do Rádio, Sua Universidade da Vida”.
A história que vou contar é de uma das atrizes brasileiras mais consagradas de todos os tempos: Fernanda Montenegro. Nunca uma atriz tupiniquin chegou tão longe na sua carreira. Nasceu ArlettePinheiro Esteves da Silva, no dia 16 de outubro de 1929, em Campinhos, perto de Cascadura, ("numa época em que não havia favelas nem traficantes"), no subúrbio do Rio de Janeiro. Descendente de portugueses e italianos. Sua mãe era dona de casa e o pai era um excelente operário mecânico, funcionário da Light. Homem sensível e carinhoso que exerceu grande influência sobre Fernanda e suas duas irmãs. A menina pobre gostava de se acomodar no colo da mãe para assistir a filmes do Carlitos num mafuá do Engenho de Dentro.
Quando criança gostava de ler Gonçalves Dias, entre outros escritores e de ouvir música clássica. Cursou o primário em Jacarepaguá. Sempre foi uma criança desenvolvida e foi uma adolescente que parecia querer sempre mais. Com treze anos entrou na Berlitz, uma escola de língua. Quando terminou o primário, foi fazer secretariado (correspondência em Inglês, Francês, Estenografia e Datilografia).
Com quinze para dezesseis anos de idade, ainda ginasiana, se inscreve para o concurso de locutora da Rádio Ministério da Educação e Cultura (MEC) do Rio. Por ter voz e dicção perfeitas foi aprovada no teste. Começou a trabalhar como locutora e radioatriz (atriz de rádio-teatro). Logo, porém, começou a escrever, levava jeito, tornando-se ainda redatora. Trabalhou durante dez anos na rádio MEC, sua Universidade da Vida. Os pais consentiram, pois não era uma emissora comercial. Claro que as irmãs ou a mãe a acompanhavam. Tudo à moda antiga. O primeiro rádio-teatro que participou foi “Sinhá Moça Chorou” (peça escrita pelo gaúcho Ernani Fornari, o romance era ambientado na Revolução Farroupilha) – seu papel foi de Manuela, uma moça apaixonada.
O seu pseudônimo Fernanda Montenegro foi escolhido ainda na adolescência quando trabalhava na Rádio carioca. Queria ser escritora com nome grandioso, coisa assim “à la século dezenove”. E o nome pegou. Fernanda por ter, segundo ela, uma sonoridade que evocava aos personagens dos romances de Balzac e Proust. Montenegro veio de um médico homeopata que não chegou a conhecer, mas que era amigo da família e tido como operador de verdadeiros "milagres". Este "nome mágico" apareceu pela primeira vez quando ela trabalhava ainda no rádio, fazendo traduções e adaptações de peças literárias para o formato de radionovelas. Não tinha 20 anos e, para completar o orçamento, ainda dava aulas de português para estrangeiros na Berlitz, mesma escola de idiomas em que aprendeu inglês e francês.
No trato pessoal, Fernanda nada tem de diva ou de grande dama. Afetação, empáfia, arrogância, presunção — todos esses atributos tão caros aos artistas brasileiros não costumam infectá-la. Talvez por isso, e pela qualidade de seu trabalho, Fernanda se tenha transformado numa unanimidade nacional. Os críticos invariavelmente elogiam suas atuações. Entre os colegas, é impossível achar alguém que torça o nariz para ela ou se queixe de seu comportamento. É um caso raro de pessoa sem inimigos.

3º e 4º Setores: 2º e 3º Atos: “Suas Grandes Paixões, a Família & o Teatro, I e II”.
Sua meta sempre foi o teatro brasileiro, fazer peças com produção brasileira. Foi locutora de rádio, trabalhou na televisão e no cinema, mas onde sempre se sentiu a vontade foi nos palcos teatrais. Teve de batalhar bastante até engrenar na carreira de atriz. Uma atriz completa que encanta tanto na comédia quanto na tragédia, em todos os gêneros de interpretação.
Ao lado da Rádio Ministério localizava-se a Faculdade de Direito, onde havia um grupo de teatro amador, o “91”. Fernanda se ligou a eles. O professor Adauto, ensaiador à moda antiga, gostou da garota e a chamou para uma participação no Teatro Ginástico. Arlete se esforçava muito. Estudava Secretariado, fazia rádio, onde era contratada e à noite fazia o “91”. No grupo teatral foi conhecendo pessoas e já estava com 19 anos quando conheceu Maria Jacinta, que ia montar uma peça. Lá já estavam Nicete Bruno, Fernando Torres, Margarida Rey e Beatriz Segall. A diretora era uma portuguesa, Ester Leon. Fernanda Montenegro sentia-se em seu ambiente, pois todos eram jovens. A estréia foi no Teatro Copacabana. Nessa altura Assis Chateaubriand havia inaugurado a TV Tupi em São Paulo. E falava-se que logo o mesmo aconteceria no Rio de Janeiro. No grupo estava Jacy Campos, do “Teatro do Estudante”, Pascoal Carlos Magno, grande homem de teatro.
Foi ainda no começo da década de 50, também, que teve seu primeiro contato com a televisão, trabalhando em teledramas policiais. Fernanda utilizou esse tempo para aprimorar seus conhecimentos sobre o teatro e, a partir de 1952, definiu-se pelos palcos, sem pertencer, entretanto, a uma escola dramática definida. Em pouco tempo, tornou-se figura respeitada nacionalmente. Fez várias peças ao lado do marido e de atores como Sérgio Britto (era também um grande diretor de teleteatro), Cacilda Becker, Nathalia Timberg, Cláudio Correa e Castro e Ítalo Rossi.
A estréia no teatro como atriz profissional se deu, em 1950, na peça "Alegres Canções nas Montanhas". A peça, amadora, foi um fracasso, mas rendeu-lhe o namoro com Fernando Torres, seu futuro marido, que fazia parte do elenco. Também faziam parte do elenco também as atrizes Nicete Bruno e Beatriz Segall.
Nunca foi à Europa estudar teatro, como Bibi Ferreira, nem despertou cálidas paixões, como a outrora bela Tônia Carrero. Ao falar de sua trajetória, deixa transparecer que seu maior orgulho é ter saído do nada para vencer à custa de muita luta. É uma pessoa humilde de salto alto. Considera-se uma operária, como o pai, e não uma artista agraciada pela natureza. Costuma dizer que, se sua vida fosse contada em horas de trabalho, teria 150 anos. Ao exteriorizar suas opiniões sobre teatro, é capaz de elaborar teorias complicadas, mas em segundos as desmonta com um faiscar de olhos e uma risada. Nesses momentos, volta a ser a menina pobre e ambiciosa que suspirava nas sessões de cinema e sonhava virar artista.
Trabalhou em vários grupos teatrais, passou necessidades, em algumas vezes pensou em desistir, mas uma força maior que vinha de dentro não deixava que isso ocorresse. Em 1953 casou-se com o também ator Fernando Torres e que ela se orgulha de ser o único homem que teve na vida. Após o casamento passou a assinar Arlette Pinheiro Monteiro Torres. Trabalhando juntos, resolveram em 1956 ir para o T.B.C. Iam bastante a São Paulo e ali participavam também do “Grande Teatro Tupi”, às segundas feiras. Vida dura, corrida, sem dinheiro, intercalavam São Paulo e Rio. Fernanda acha que fez, entre São Paulo e Rio umas 500 peças. Uma verdadeira maratona artística. Foi quando fundou sua própria companhia teatral, que se chamava “Companhia dos 7” Mas logo perceberam que a bilheteria mal dava para pagar seus salários. Pagavam o diretor, Gianni Ratto, mas a eles, nada. Os elencos eram grandes e as despesas muitas.
O relacionamento com o ator culminou num casamento que dura até hoje e está completando neste 2003 as Bodas de Ouro. Diz sempre ter sido muito feliz. Da união, nasceram, dez anos depois, a também atriz Fernanda Torres e o cenógrafo, programador visual e agora diretor de cinema Cláudio Torres. No final dos anos 80, o ator foi acometido de uma depressão profunda que abalou a vida de Fernanda em todos os aspectos.
No apartamento de Ipanema do casal além de residência funciona também o QG executivo. Eles produzem quase todas as peças em que atuam e ainda outras, para os colegas. É uma forma de não depender de produtores e, caso a bilheteria ajude, de ganhar um dinheiro extra. Fernanda tem fama de durona nos negócios. Ou, como circula no meio teatral, de cultivar certa avidez pelo vil metal. Comenta-se também que não é de esbanjar dinheiro e gosta de pechinchar. No terreno da vaidade, Fernanda, aos 69 anos, tem uma característica que a diferencia das demais atrizes famosas do país. Ela fez apenas uma cirurgia plástica, e assim mesmo para diminuir as bolsas sob os olhos, sua característica facial mais marcante desde os tempos de juventude. "Não sou contra plásticas, mas dar puxadinha na cara, para quem já dobrou o cabo da Boa Esperança, é arriscado", ela diz. E emenda, numa autocrítica impiedosa: "Admito que meu pescoço está completamente tombado, talvez o opere".
Sua estréia no teatro foi um sucesso, com a peça "A Dama das Camélias”, em quatro atos. Fernanda Montenegro começava sua carreira de sucesso. Nunca fez um curso mais específico de teatro, seu dom era natural. Considerava que sua profissão vivesse de crise, "se não houver uma crise, um conflito, não existe nada no palco". Sempre foi ajudada pelas pessoas que a rodeavam, pois todos sabiam de seu grande talento.
Fernanda atuou em inúmeras peças teatrais, entre elas: “A Moratória”; “Nossa Vida com Papai”; “O Mambembe”; “Dias Felizes”; “Mary & Mary”; “Volta ao Lar”; “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kunt” (1982), nesta peça Fernanda Montenegro fez uma personagem amargurada, ganhou os prêmios Molière Especial e o de melhor atriz do ano; “A Mulher de Todos Nós”; “Dona Doida” monólogo com texto de Adelia Prado, em que Fernanda eternamente lota salas de espetáculos; “Flash” (mais recente), etc.
Seu ritual antes de entrar em cena: Tomar um cafezinho com uma pequena colher de margarina. "Lubrifica a garganta, que fica seca por causa do ar condicionado", explica nossa estrela. Em “The Flash and Crash Days” (1992), Fernanda contracenou com a filha, Fernanda Torres, então casada com Gerald Thomas, autor e diretor da peça. A encenação não tinha diálogos e o público não entendeu nada, mas a atriz considera o ex-genro genial.
São inúmeros os prêmios conquistados por Fernanda Montenegro ao longo de sua carreira teatral. Apontada por colegas de palco como uma atriz capaz de aliar como ninguém técnica e instinto, Fernanda dá razão à teoria de Vittorio Gassman, segundo a qual os atores vivem uma espécie de esquizofrenia canalizada, uma forma de demência criativa da qual muitos não voltam, como foi o caso de Antonin Artaud. Por sua enorme expressividade, foi qualificada por um crítico como atriz dotada de "rosto de borracha", tamanha sua capacidade de mudar a expressão e de se adaptar às características do personagem, sempre de forma convincente. Há quem diga que esse atributo foi herdado por sua filha, a atriz Fernanda Torres. Apesar de extremamente versátil, Fernanda Montenegro considera-se uma atriz convencional. "Pertenço a uma geração não romântica, sem vedetismos. Não gosto de intérprete que só trabalha quando o centro do palco é seu. Também odeio elencos subservientes. Gosto de trabalhar com atores potentes, que participam do ritual, livres da competição destruidora." Essa grandiosidade, só encontrada em personalidades que reconhecem a humildade, lhe rendeu o convite para participar da vida política. Em 1985, foi convidada pelo então Presidente da República, José Sarney, para ser Ministra da Cultura. Obteve o apoio unânime de toda a classe artística e da opinião pública, mas recusou por saber não ser essa a sua real vocação. Mas a relação com o poder nem sempre foi assim tão afável. Em 1979, ainda durante a ditadura militar no Brasil, Fernanda e seu marido foram alvo de um atentado por parte de um dos vários grupos paramilitares que atuavam com a conivência do sistema vigente. Saiu ilesa, mas, na época, precisou cancelar apresentações e atuou com as luzes do teatro acesas e amparada por seguranças durante algum tempo. Mas os anos de chumbo passaram e o talento de Fernanda Montenegro pôde ser cantado livremente na voz do cantor Milton Nascimento, que lhe homenageou com a música"Mulher da Vida”. Orgulho de toda nação recebeu o título de "A Dama dos Palcos Brasileiros".
Ao recusar novo convite ao Ministério da Cultura respondeu: “Sou uma mulher de teatro. Esta é a minha praia. Esta é a minha vocação. Não sou uma pessoa fácil, mas sou uma pessoa simples. Sei que sou muitas. E a vida me deu oportunidade de ser muitas. Por isso repito muitas vezes a frase de Clarice Lispector: “Eu sou mais forte do que eu”.

5º Setor: 4º Ato: “Na TV Virou Atração do Horário Nobre”.
No dia 12 de dezembro 1948, lá estava Fernanda Montenegro atuando na TV Tupi do Rio de Janeiro. “Coisa de louco”, como diz Fernanda, pois ninguém conhecia televisão na época. Fernanda foi chamada para fazer um cachê, fez um segundo cachê, e logo foi contratada. Ao contrário de São Paulo, onde a televisão foi feita por elementos do rádio, Fernanda faz questão de dizer que no Rio foi uma verdadeira avalanche, uma soma de culturas, de origens, de talentos. Vieram Cianca de Garcia, Olavo de Barros, Jacy Campos. Vieram elementos da Cinelândia, Pascoal Carlos Magno, unidos, renovadores do teatro no Brasil. Vieram cômicos da Praça Tiradentes, “As Girls” dos cassinos, todas as lindas mulheres do Machado, que se apresentavam nos espetáculos do Silveira Sampaio. Veio o próprio Silveira Sampaio. Um caldeirão muito rico, reunindo pessoas de várias tendências. E de forma maluca, foram feitas grandes peças, além de programas de variedades e de humorismo. Nos teleteatros não se fazia por menos. “Autos de Anchieta”, “Antigona de Sófocles” e toda a dramaturgia universal. Isso marcou muito Fernanda em seus 20 anos, e a preparou para os grandes desafios de sua vida.
Ficou na TV Tupi por dois anos, sem deixar a Rádio Ministério. Trabalhavam com ela nessa época, Heloísa Helena, Paulo Porto, Grande Othelo, Pérola Negra e inúmeros outros. De repente, um convite para fazer uma peça de teatro. Conseguiu licença e estreou numa peça que fez sucesso, dando lugar depois para o Villaret, ator português muito consagrado na época.
No começo da década de 60, já estabelecida em São Paulo, atuou na televisão encenando mais de 170 peças no programa "Grande Teatro Tupi”. A partir de 1963, começou participar de telenovelas, entre elas: “Redenção”“Sangue do Meu Sangue”. Mas foi somente a partir de 1979 que sua presença se tornou mais marcante na telinha. Fernanda tornou-se o nome preferido dos autores - e do público -, tendo atuado em várias produções da Rede Globo, incluindo novelas, especiais e minisséries.
Fernanda Montenegro participou de mais de uma dezena de novelas e minisséries na Rede Globo, entre elas: “Baila Comigo” (1981), de Manuel Carlos; “Brilhante” (1982), de Gilberto Braga, fez uma milionária malvada; “Guerra dos Sexos” (1983), de Silvio de Abreu, fez uma milionária boazinha; “Cambalacho” (1986), de Silvio de Abreu; “Rainha da Sucata” (1990), de Silvio de Abreu; “Riacho Doce” (1990), de Aguinaldo Silva; “O Dono do Mundo” (1991), de Gilberto Braga, fez uma cafetina; “Renascer” (1994), de Benedito Ruy Barbosa; “Incidente em Antares” (1994), de Paulo José; “O Mapa da Mina” (1995), de Cassiano Gabus Mendes; “Cadê Zazá” (1997), de Jorge Fernando, fez uma milionária voadora; “O Auto da Compadecida” (1999), de Guel Arraes; “Esperança” (2001), de Benedito Rui Barbosa; “Passione” (2010) de Silvio de Abreu, viveu Bete Gouveia.
Para falar de televisão Fernanda tem sempre uma visão muito grata e muito consciente. A televisão permitiu os nossos “vôos cegos” pelo teatro. "Sou muito grata à TV", comenta. "Desde os tempos do Grande Teatro Tupi, nos anos 50 e 60, é ela que dá sustentação econômica para que os atores e atrizes nacionais possam aventurar-se nos palcos”.

6º Setor: 5º Ato: “A Hora da Estrela, a Diva da 7ª Arte”.
“A Falecida”, dirigido por Leon Hirszman e baseado numa peça teatral de Nelson Rodrigues, foi o filme de estréia de Fernanda Montenegro em 1964. Sua fama no teatro já era grande e a estréia em uma obra premiada no 1º Festival Internacional do Rio de Janeiro aumentou o prestígio da atriz. “Em Família” (1970), Roteiro de O. Viana Filho, Direção: Paulo Porto; seu filme seguinte, chegou ao Festival de Moscou.
Demais Filmografia de Fernanda Montengro: “Pecado Mortal” (1970). De André Farias; “A Vida de Jesus Cristo” (1971). De André Reggatieri; “Minha Namorada” (1972). De Armando Costa e Zelito Viana; “Marília e Marina” (1976). De Luís Fernando Goulart; “Tudo Bem” (1978). Direção: Arnaldo Jabor; “Eles Não Usam Black-Tie” (1980). Direção: Leon Hirszman, neste filme Fernanda atuou ao lado de Gianfrancesco Guarnieri e a produção ganhou o Leão de Ouro, como melhor filme, no Festival de Cinema de Veneza, Itália. Seu papel era duma mulher que catava feijão; “A Hora da Estrela”(1985). Direção: Suzana Amaral, fez uma cartomante; “Fogo e Paixão” (1987). Direção: Isay Weinfeld e Márcio Kogan; “Trancados por Dentro” (1988). Curta-metragem. Direção: Arthur Fontes; “Veja Esta Canção” (1994). Direção: Cacá Diegues; “O Que É Isso, Companheiro?” (1997). Direção: Bruno Barreto; “Traição” (1998), filme este dividido em três episódios, todos com participação especial de Fenanda Montenegro, e tem o adultério como tema central. Direção: Cláudio Torres (seu filho), José Henrique Fonseca e Arthur Fontes.
Fernanda Montenegro obteve seu merecido reconhecimento no cenário internacional por sua atuação em "Central do Brasil” (1998), filme do diretor Walter Salles Júnior. Que com sua personagem Dora, uma escrevinhadora de cartas um tanto que caloteira que ajuda o garoto Josué (Vinícius de Oliveira) a encontrar seu pai no interior do Brasil, conquistou e emocionou a todos nós. Além da indicação para melhor filme estrangeiro do ano de 1999, pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, nossa estrela foi indicada ao prêmio de melhor atriz, tornando-se a primeira atriz brasileira a concorrer nesta categoria, mas ali, por força da “máquina”, não foi a escolhida. Fazendo uma análise crua da situação, compreendeu e não se deixou abater. Mas o povo brasileiro é que não gostou, pois todos tinham a convicção de que ela era a melhor atriz, dona da melhor interpretação.
O filme é um sucesso internacional. Em fevereiro de 1998, tornou-se a primeira produção brasileira a ganhar o Urso de Ouro no Festival de Berlim, Alemanha. Por seu desempenho, Fernanda levou o Urso de Prata de melhor atriz. Desde então, filme e atriz já faturaram quase trinta prêmios, dos Estados Unidos ao Cazaquistão, entre eles: o prêmio de melhor atriz da Associação Americana de Críticos de Cinema; o de melhor atriz do ano da Associação de Críticos de Los Angeles; além da indicação de melhor atriz do troféu Globo de Ouro 1999, da Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood.
“Central do Brasil” foi exibido em 22 países, sempre com ótimas bilheterias - na França, por exemplo, foi assistido por 400.000 espectadores. Em todos esses países, críticos e espectadores são unânimes ao apontar a grande atração do filme: a interpretação de Fernanda Montenegro. "Ela está soberba", escreveu Janet Maslin, do jornal The New York Times. Para promover o filme, ela fez uma verdadeira maratona de viagens pelo mundo orquestrada pela Sony Classics, encarregada de distribuir o filme brasileiro nos mercados internacionais.
O sucesso de “Central do Brasil” virou pelo avesso a vida de Fernanda Montenegro. De repente, a atriz que se habituou a ser chamada de grande dama do teatro brasileiro, título que considera bobo; passou a ser a sensação das telas. Para nós, pelo conjunto de sua obra o Oscar é seu.

7º Setor: Ato Final: “Hoje Você É Personagem e Enredo do Nosso Carnaval”.
Agora não falta mais nada: Mulher do rádio, dos palcos, dos estúdios de televisão, da cinematografia, e agora, você é nossa Personagem e Enredo do nosso carnaval. Parabéns você. Opa! Mas não vamosesquecer de enaltecer aos autores, diretores, câmeras, atores, atrizes, iluminadores, cabeleireiros, roupeiros, fãs, etc, enfim, todo o pessoal de apoio de bastidores que de uma forma ou de outro colaboraram para você atingir todas estas glórias de sua vida e carreira. Bom, agora sim, é chegada a hora de arrearmos as cortinas da Ribalta do Carnaval. Os aplausos são para você. Os foliões agradecem!


Enredo: “A Hora da Estrela” com Fernanda Montenegro. A Grande Dama da Cultura Nacional na Ribalta do Carnaval.

Desenvolvimento:

1º Setor: É Noite de Gala na Ribalta do Carnaval”.
Comissão-de-Frente: 15 Integrantes da Velha-Guarda da escola abrem nossa festa. Serão os grandes anfitriões do espetáculo que está começando. (Fantasia tradicional nas cores da escola: Traje de Gala, fraque e cartola brancos, camisa azul-celeste, lenço do paletó verde claro e bengala).

Carro Abre-Alas: “As cortinas da Ribalta do Carnaval se abrem, pois o show vai começar”. (Neste primeiro carro, um grande teatro foi montado, com guinches, camarim, palco, platéia, folders, o símbolo da escola, um grande diamante com uma estátua de Fernanda Montenegro em cima dele, etc.).

2º Setor: 1º Ato: “Da Infância Pobre às Ondas do Rádio, Sua Universidade da Vida”.

Ala 1ª: “Doces Recordações” (Esta 1ª Ala faz referência aos seus queridos pais e irmãs, e de sua infância pobre mas feliz num subúrbio carioca).
Ala 2ª: (A Ala 2 faz referência ao gosto da artista quando criança/adolescente pela leitura, pela música clássica e pelos filmes do Carlitos).
Ala 3ª: Curso de Secretariado
Ala 4ª: Escola Berlitz
Ala 5ª: “Universidade da Vida” (A Ala 5 refere-se a Rádio Ministério, onde tudo começou, foi redatora, locutora e radioatriz)
Ala 6ª: Nome Mágico I: Fernanda
Ala 7ª: Nome Mágico II: Montenegro

2º Carro Alegórico: “Nas Ondas do Rádio”

3º Setor: 2º Ato: “Suas Grandes Paixões, a Família & o Teatro I”.

Ala 8ª: Ala da Tragicomédia, representando todas as facetas de uma atriz completa
Ala 9ª: Grupo de Teatro Amador “91”
Ala 10ª: 1ª Ala das Baianas: “A Dama das Camélias”.
Ala 11ª: Ala representa a peça teatral “Dona Doida”
Ala 12ª: Ala representa a peça teatral “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kunt”
Ala 13ª: Ala representa a peça teatral “Nossa Vida com Papai
Ala 14ª: Ala representa a peça teatral “Mary & Mary”

3º Carro Alegórico: “A Dama dos Palcos Brasileiros”, neste carro são retratadas algumas destas peças de sucesso de Fernanda Montenegro. Fernando Torres, Nathalia Timberg, Beatriz Segall, Nicete Bruno, Paulo Goulart, entre outros artistas dos palcos brasileiros estarão neste carro alegórico.

4º Setor: 3º Ato: “Suas Grandes Paixões, a Família & o Teatro II”.

Ala 15ª: Ala representa a peça teatral A Moratória”
Ala 16ª: Ala representa a peça teatral O Mambembe”
Ala 17ª: Cia Teatral “Cia dos 7
1º Casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira: Cupido, Deus Romano do Amor e Psique, sua amada. Representa seu amor pela família. A presença de deuses romanos se justifica pela sua origem.
Madrinha de Bateria: Luma de Oliveira, Minerva, Deusa Romana do Amor.
Ala 18ª: Bateria: Representa os 50 anos de casados, as Bodas de Ouro, que serão comemoradas em 2003.
Ala 19ª: Passistas: Ala representa a peça teatral “Dias Felizes
Ala 20ª: Ala representa a peça teatral A Mulher de Todos Nós”

4º Carro Alegórico

5º Setor: 4º Ato: “Na TV Virou Atração do Horário Nobre”.

Ala 21ª: “Grande Teatro Tupi”, esta ala representa o programa em que encenou mais de 170 peças de teleteatro na TV Tupi de São Paulo.
Ala 22ª: Ala representa a sua personagem na novela “Guerra dos Sexos”
Ala 23ª: Ala representa a sua personagem na novela “Cambalacho”
Ala 24ª: Ala representa a sua personagem na novela “O Dono do Mundo”
Ala 25ª: 2ª Ala de Baianas: “As Compadecidas” Representa sua personagem na minissérie “O Auto da Compadecida”
Ala 26ª: Alas das Crianças: Pérolas de Interpretações, representando as participações especiais da nossa atriz, tanto na TV, em novelas e minisséries, quanto no cinema.

5º Carro Alegórico: “Atração do Horário Nobre”

6º Setor: 5º Ato: “A Hora da Estrela, a Diva da 7ª Arte”.

Ala 27ª: Ala representa a sua personagem no filme “A Falecida”
Ala 28ª: Ala representa a sua personagem no filme “Eles Não Usam Black Tie’
2º Casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira: Leões de Ouro em Veneza, casal de Venezianos no carnaval das máscaras. Ala representa o prêmio do Leão de Ouro conquistado no Festival de Veneza.
Ala 29ª: Ala representa a sua personagem no filme “Em Família”
Ala 30ª: Ala representa a sua personagem no filme “A Hora da Estrela”
Ala 31ª: Ala representa a sua personagem no filme “O Que É Isso Companheiro?
Ala 32ª: Ala representa a sua personagem no filme “Na Central do Brasil”

6º Carro Alegórico: “E o Nosso Oscar Vai Para?..., Fernanda Montenegro, É Claro” Neste último carro, a escola faz justiça e premia “simbolicamente” nossa estrela por sua vida e carreira com o “Oscar” pelo conjunto de sua obra. Nossa homenageada, Fernanda Montenegro, vem neste carro, juntamente com o diretor Walter Salles e o ator Vinícius de Oliveira.

7º Setor: Ato Final: “Hoje Você É Personagem e Enredo do Nosso Carnaval”.

Ala 33ª: Personagem do Carnaval
Ala 34ª: “Amigos da Onça” (nesta ala estarão representados todos os pessoais de bastidores, o pessoal de apoio que ajuda nas montagens das peças teatrais, nas produções da TV e do cinema, os fãs, atores, atrizes e amigos).
Ala 35ª: Demais integrantes da Velha-Guarda encerram o desfile.




Observação da Organização: Esse enredo foi escrito em 2003 para disputar o SEGUNDO CONCURSO DE ENREDOS, por isso ele não faz referência a acontecimentos atuais da vida de carreira da Fernanda Montenegro. Observamos que existe uma citação de 2010, mas o enredo é realmente de 2003, o autor fez uma inclusão ou outra. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores