Introdução: No sonho de um carnavalesco, 2001 era um tempo futurista, repleto de magia, naves e devaneios. Dominado pelo branco da paz, o século XXI se fazia carnaval na esperança de tempos melhores, se fazia realidade dentro de um sonho. Chegamos, passamos do ano sonhado e nem tudo que foi imaginado se concretizou.
Mais uma vez, a festa profana vem imaginar o futuro, mas desta vez viajando entre dois Universos paralelos: um futuro utópico, onde a humanidade se redime dos erros e reconstroi a vida; e o fim. Não o fim causado por asteroides, extraterrestres ou cometas. O fim causado pelo próprio homem, que travando guerras por dinheiro e poder, se autodestroi.
No futuro, o presente se fará pretérito e, como num espelho, as ações feitas refletirão algum dia. Como será o amanhã? Responda quem puder. O que irá acontecer, nós decidiremos. Em 2101, poderá haver oZiriguidum de uma bateria robótica...ou haver a última batida de um coração neste planeta.
Sinopse: Em meio ao escuro do cosmos universal, as divindades parecem novamente dar um sopro de esperança à raça humana. Ao acaso, em meio à matéria escura, cientistas encontram a combinação de partículas que permite a criação de "buracos de minhoca", e assim acessar universos paralelos. Estes mostram realidades alternativas em relação ao presente que vivemos, das mais variadas situações. Através da manipulação dessas fendas no espaço-tempo, decide-se por mandar um homem para conhecer o futuro em duas realidades distintas. Eis o relato do viajante:
Ao "desembarcar" no ano de 2101 do primeiro paralelo, logo me deparo com um planeta assombroso. Um lugar dominado pelo cinza do chão contaminado e da atmosfera poluída, caminhando a largos passos para ser inabitável. Por um instante achei que tivesse ido parar em outro lugar do Universo, mas sabia que estava em casa, na Terra.
O cenário é desolador. O planeta se tornou um local quente, caótico, agonizante. A humanidade deixou a ganância ser maior que o amor, o dinheiro falou mais alto. A vida perdeu seu valor diante o inferno que se fez presente durante os tempos de guerra. A maior parte da população foi dizimada em conflitos que duraram anos, e viraram o século com a promessa de ficarem ainda piores. Aqueles que sobrevivem, passam fome e sede, e mortes por um pedaço de pão ou um copo de água são corriqueiras. Não há volta.
Florestas não existem, foram aniquiladas. Animais? Boa parte foi extinta, resultado do egoísmo humano em destruir a natureza na busca desenfreada por lucro. O solo tornou-se infértil e contaminado por radioatividade, mesmo após a onda de sustentabilidade que ameaçou dar uma luz de esperança ao planeta na primeira metade do século XXI. Mutações genéticas e doenças fatais são coisas comuns. Viver se tornou um pesadelo.
A vida morreu, e não foi um asteroide que a aniquilou, tal como fez com os dinossauros; não foram extraterrestres invasores, como muitos filmes imaginaram. Quem a matou foi o próprio homem.
Ao ir para o segundo paralelo, tive muito medo em ver algo pior do que tinha acabado de presenciar. Mas ficar naquele inferno não era uma boa ideia, parti para a próxima viagem.
Mais uma vez num piscar de olhos, chego em um 2101 totalmente diferente do que vi antes. O que vejo é o marco da consolidação da redenção humana perante seus erros cometidos em toda a História. A sociedade convive com harmonia, e índices de criminalidade e fome são próximos do zero. O que consideramos como utopia aqui é realidade, a felicidade e a tranquilidade predominam.
A natureza, já em processo avançado de recuperação, colore de verde as grandes metrópoles, dominadas pelo branco dos prédios e carros voadores (!!). O homem soube conciliar perfeitamente a modernidade, a evolução tecnológica, com a preservação e a recuperação do meio ambiente. A antes pobre África se transformou em um gigante polo de desenvolvimento para novas tecnologias, se desfazendo dos males que há tanto lhe perseguiam. Se tornou rica, próspera, deixou a miséria para trás graças a um esforço da comunidade mundial. Todos os países são democracias, não restou uma ditadura sequer. Não há sinais de racismo ou desigualdade, e sim uma grande preocupação e amor com o próximo.
A tecnologia avançou muito; como já escrevi, existem carros voadores! O petróleo foi abolido recentemente, depois de décadas de redução de seu uso. Também conseguiram viabilizar o teletransporte, ainda que em pequena escala. Vejo robôs por todos os lados, fazendo diferentes funções. A demanda por energia é muito grande, mas o investimento maciço em fontes renováveis e limpas supre com tranquilidade a população. A medicina aliada à nanotecnologia ajuda muita gente também...definitivamente é uma realidade utópica.
Uma colônia foi estabelecida em Marte com sucesso. Há também uma pequena comunidade na Lua, e há planos de viajar à Europa, lua de Júpiter que possui condições de abrigar vida. As naves atingem velocidades absurdas! Digo que agora é possível viver no espaço sem muitos problemas, muito diferente do que vi no outro paralelo, onde viver na própria Terra já era quase impossível.
O Brasil se tornou uma potência mundial. Soube aproveitar bem suas qualidades e foi um dos pioneiros na implantação massiva de aparatos sustentáveis. O verde das matas convive harmoniosamente com o branco das cidades. O azul da água de rios e mares se faz par perfeito para o laranja do entardecer...tarde que foi embora e trouxe a noite, mais uma noite, com seus desfiles.
O samba não morreu! O sangue carnavalesco ainda corre nas veias do povo...afinal, a utopia para os brasileiros se realiza todo ano numa festa chamada carnaval! Robôs tocam tambores e surdos enquanto águias e beija-flores androides coroam a Sapucaí. Personagens históricos são trazidos de volta na forma de hologramas, de Noel à Neguinho, de Cartola àJoão, de Jamelão a Fernando Pinto. A festa continua profana, e uma estrela brilha no céu enquanto o povo samba desvairado no Ziriguidum 2101... o carnaval das estrelas!"
1° SETOR: RUMO A UM UNIVERSO PARALELO
Retrata a viagem cósmica do personagem do enredo através de fendas no espaço-tempo, que foram possibilitadas dentro da história graças à manipulação de partículas descobertas na matéria escura universal.
2° SETOR: O TRISTE FUTURO DA HUMANIDADE
Vai retratar as dificuldades que a vida humana atravessa no ano de 2101 onde o homem não se preocupou com o próprio futuro. Mostra o caos implantado no planeta e suas consequências drásticas.
3° SETOR: A APOTEOSE DO PLANETA TERRA
Mostra o estado calamitoso do planeta após décadas, séculos de uso desenfreado de recursos naturais, desperdício e o resultado das inúmeras guerras acontecidas: sem árvores, extinção de animais em massa e mutações genéticas.
4° SETOR: O PARALELO DA UTOPIA
É a segunda viagem do personagem do enredo. Desta vez, ele conhecerá um mundo onde os homens se redimem dos séculos de guerras e morte que foram travados, e se unem na busca de uma convivência harmoniosa e sem quaisquer tipos de preconceito ou segregação. A palavra-chave aqui é liberdade.
5° SETOR: PERFEITA RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA
Se trata da redenção da raça humana para com a natureza, seja preservando o meio-ambiente e recuperando as áreas verdes perdidas para a ganância, ou trazendo animais extintos de volta à vida.
6° SETOR: TECNOLOGIA DO FUTURO
Mostra alguns avanços conseguidos neste Universo paralelo: da larga utilização de robôs à colônia marciana e à vida no espaço sideral. Também conta sobre a nanotecnologia, que permitiu avanços consideráveis na medicina e tecnologia da informação.
7° SETOR: ZIRIGUIDUM 2101
O Brasil sana seus graves defeitos da atualidade e chega no século XXII como uma grande potência mundial. E a utopia dos brasileiros realizada todo ano chamada Carnaval ainda resiste, mais forte do que nunca! Robôs ditam o ritmo na bateria enquanto a mulata samba, o malandro ginga, o mestre-sala corteja e a porta-bandeira baila. Homenagem ao criador de Ziriguidum 2001, Fernando Pinto, que é simbolizado numa estrela, que também é símbolo da escola em que conseguiu o título falando do futuro: a Mocidade Independente de Padre Miguel.
1° setor: Rumo a um Universo paralelo
Comissão de Frente: Universos paralelos
Representando a infinidade de Universos que podem existir, além de sua semelhança, integrantes se apresentam junto à paineis espelhados, dando o efeito de haver mais componentes.
Ala 1: Matéria Escura
Componentes com uma fantasia toda preta, simbolizando a matéria escura presente no Universo.
Ala 2: Partículas
Ala representando a combinação de partículas que permite a criação de fendas no espaço-tempo. Tons acinzentados.
Carro 1: Viagem no tempo
Carro em tons acinzentados e prateados, com uma espécie de "portal" no fundo que acessa o primeiro paralelo, que será apresentado no segundo setor.
Setor 2: O triste futuro da humanidade
Ala 3: Futuro sombrio
Diante da irresponsabilidade e destruição causada pelo homem, o futuro se tornou obscuro, sombrio, mortal. Tom da fantasia: preto.
Ala 4: Gota d'água
Tons amarronzados com pequenos detalhes em azul claro, simbolizando a escassez de água e a sede que os humanos passam neste paralelo.
Ala 5: Mortos de fome
Ala coreografada. Componentes marchando e disputando alimentos. Tom: cinza escuro.
Ala 6: Luta armada pela sobrevivência
Representando o regime de guerras e desordem deste paralelo. Cor predominante: verde escuro
Ala 7: Sangue derramado em vão
Representa todos aqueles que perderam suas vidas em vão nas guerras. Tons vermelhos.
Ala 8: Doenças e morte
Fantasias pretas simbolizando a morte trazida pelas graves doenças que atingem esta realidade.
Ala 9: Ganância pelo poder
Integrantes fantasiados com ternos e notas de dinheiro. Tons: azul escuro com detalhes em verde.
Carro 2: Guerras
Carro coreografado. Dominado em cinza escuro, com componentes fantasiados de soldados e outros com roupas rasgadas e sujas. Ao centro, um tanque de guerra futurista e de fundo, pequenas casas destruídas.
Setor 3: Apoteose do planeta Terra
Ala 10: Poluição
Integrantes com fantasias de algodão acinzentado, lembrando fumaça.
Ala 11: Aquecimento global
Tons alaranjados; fantasias que remetem ao Sol.
Ala 12: Carcaças
Esqueletos de animais. Tons brancos com detalhes escuros.
Ala 13: Natureza morta
Fantasias de árvores com galhos secos. Predomina o marrom.
Ala 14: Mutações genéticas
Fantasias de peixes com duas cabeças. Cor cinza.
Carro 3: A apoteose da vida
Cenário desolador, com alguns animais mutantes e destaques com fantasias de braços e pernas adicionais. Tons marrom e verde escuro.
Setor 4: O paralelo da utopia
Ala 15 (Baianas): Luz de esperança: o segundo paralelo
Representando a esperança de um futuro utópico. Tom branco.
1° Casal de MS/PB: Amor
Roupas vermelhas com detalhes em branco, simbolizando o amor que o homem aprendeu a ter com o próximo nesta realidade paralela.
Ala 16 (Bateria): Paz na Terra aos homens
Componentes com uma fantasia leve, com plumas lembrando asas de anjos. Predomina o branco e o prateado.
Ala 17: Igualdade
Fantasia multicolorida, com componentes de diferentes religiões, raças, cores ou preferências sexuais. Integrantes se abraçam durante o desfile.
Ala 18: Felicidade
A fantasia é um sorriso. Tons vermelho e branco.
Ala 19: África próspera
Todo o desenvolvimento que o continente tem neste paralelo. Cores: dourado com detalhes prateados.
Carro 4: Utopia
Carro branco, trazendo prédios com formatos arrojados e alguns deles espelhados. Uma réplica de uma cidade futurista.
Setor 5: A perfeita relação homem-natureza
Ala 20: Trazidos de volta à vida
Componentes com fantasias de espécies extintas e que voltaram a existir graças à manipulação genética (pássaro Dodô, Rinoceronte Negro, Tartaruga gigante de Galápagos).
Ala 21: Ventos que sopram a nosso favor
Energia eólica, adotada neste paralelo para suprir a demanda. Tons em branco.
Ala 22: Energia Solar
Componentes com roupas réplicas de paineis solares. Tom em azul escuro.
Ala 23: Flores
Flores embelezam o cenário desse 2101. Cores: amarelo, vermelho, azul e branco.
Ala 24: Natureza
Representando as árvores que voltam a dominar o cenário. Tons em verde claro.
2° Casal MS/PB: Pássaros
Representando a liberdade de dois pássaros que quase foram extintos: MS de Ararinha-Azul (roupa azul) e PB de Ararajuba (roupa amarela).
Carro 5: Relicário de beleza natural
Carro com muitas árvores e repleto de componentes fantasiados de diferentes tipos de animais. Cor dominante: verde
Setor 6: Tecnologia
Ala 25: Nanotecnologia
Ala com fitas de led e pequenos detalhes em tons de azul representando as pequenas partículas que ajudam na evolução da tecnologia.
Ala 26: Teletransporte (2 Tripés)
Ala predominantemente prateada, onde os tripés fazem a função de uma máquina de teletransporte. Um componente, escolhido especialmente para a atuação, é levado a máquina que possui duas "cápsulas". O componente entra em uma delas e, atrás de uma cortina preta, começa a sair fumaça. Logo na sequência, na cápsula que estará na outra ponta da avenida, sairá um componente sósia ou gêmeo daquele que está na primeira. Se revezam durante o desfile.
Ala 27: Carros voadores
Dois componentes dentro de uma mesma fantasia, com a forma de um carro futurista, com turbinas e asas. Tom: branco.
Ala 28 (crianças): Robôs
Fantasias semelhantes aos robôs de desenhos animados. Cores: preto e branco.
Ala 29: Cosmonautas
Roupa semelhante à usada pelos astronautas, com tecidos leves. Cor: Branco.
Ala 30: Marcianos terráqueos! Ou seriam terráqueos marcianos?
Componentes com fantasias todas em verde, e com o rosto pintado na mesma cor. São os humanos que estabeleceram a colônia em Marte.
Carro 6: Nave espacial
Uma grande nave azul , com pequenos "queijos" fazendo as vezes de discos voadores em sua volta e destaques acima.
Setor 7: Carnaval
Ala 31 (Passistas): Não deixaram o samba morrer!
Homens de malandros e mulheres com vestidos brilhantes. Afinal, nem tudo mudou tanto assim...
Ala 32: Pierrot robô
Ala coreografada , fantasia de pierrot preta e branca; maquiagem dos componentes lembrando robôs. Movimentos robóticos e interação com a ala que vem atrás.
Ala 33: Colombina robô
Ala coreografada. Vestido azul e vermelho com fitas de led. Maquiagem também lembrando robôs, interage com a ala dos Pierrots, se unindo e voltando ao seu lugar durante o desfile.
Ala 34: Estandartes
Mestres-salas e Porta-bandeiras com as mesmas características das duas alas anteriores, fazem um bailado com movimentos robóticos. Trazem os estandartes das principais escolas de samba cariocas.
Ala 35 (Velha guarda): Brasileiros!
Representando a alegria e a superação do Brasil, que se tornou potência mundial. Trajes nas cores da bandeira.
Carro 7: Ziriguidum 2101: O carnaval das estrelas!
Carro prateado trazendo grandes nomes do carnaval, simbolizando a volta triunfal deles no ano de 2101 na forma de hologramas, tão reais que confundem o viajante. Coroas, tambor esurdo metalizados, águias, beija-flor, tigre e leão robotizados fazem companhia à estrela, no topo do carro, homenageando Fernando Pinto, que nos fez um dia imaginar o futuro tal como fizemos neste desfile.
Informações gerais
Enredo: "Século XXII: Viagem no futuro rumo ao tempo da utopia...ou ao fim dos tempos"
Autor: Lucca Silva
Alas: 35
Carros alegóricos: 7
Tripés: 2
E-mail: luccasl229@gmail.com
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