O Egito Antigo, sua mitologia, sua pérola, encantos e magias
De: Estevão Nunes
Apresentação:
Um lugar mágico, ao lado do lago Tanganica, na África Central, nasce a perola do Egito, e ainda denomina-se Nilo Branco. No Sudão, a partir de Cartum, vira Nilo Azul. De Cartum a Assuã apresenta seis grandes e belas cataratas, onde Deuses e Faraós se purificavam nessas águas místicas. O Nilo corre 2.500km “sozinho”, até o Cairo ele corre solitário, entre montanhas e penhascos. Até desaguar no Mediterrâneo.
O Egito depende muito dessa Perola rara, para manter sua agricultura, e prosperidade. Antes da construção da barragem de Assuã, após as enchentes, o rio deixava sobre a terra grande quantidade de húmus, que constituía grande fertilizante.
O vale do Nilo e o delta do Nilo, são lugares, de rara beleza nesse mundo de hoje, uma beleza exótica, não muito mais encontrada.
Veremos
muito sobre o Egito, seus trabalhadores, seus faraós, as riquezas dos
faraós, sobre suas belezas naturais, e seus deuses.
O
Egito, um lugar com uma grande cultura, deuses, arquitetura única, e
forma de organização só existente no Egito. Um lugar mágico, místico e
único e virará um belo enredo que vocês verão!
1) Entre a Perola e Deuses
As Divindades eram muito importante no Egito. Os Egípcios acreditavam que, graças a elas, o Nilo e a natureza como um todo os favoreciam.
Os primeiros Deuses foram: Shu, a atmosfera, e sua esposa Tefnut. Eles tiveram dois filhos que nasceram unidos: Geb, a terra e Nut, o céu. Shu se colocou no meio deles e os separou. É por isso que temos o céu acima, a terra abaixo e atmosfera entre eles.
Geb e Nut tiveram dois casais de filhos: Osíris-Ísis e Seth-Nephthys. Osíris e Seth se tornaram rivais mortais. Em uma ocasião, Seth enganou Osíris, colocando-o em um esquife e jogando-o no Nilo. O esquife desceu o Nilo, e vagou pelo Mediterrâneo, até ser encontrado por um Rei, que o usou para ser a coluna principal de seu Palácio. Isis saiu em busca do corpo de seu marido, até que o encontrou. Sem saber como recupera-lo, decidiu entrar no palácio a serviço do Rei, para cuidar de sua filha pequena. Ísis se encantou pela criança e decidiu dar-lhe a imortalidade. Para tanto cercou a criança com uma roda de fogo e iniciou uma dança ritual. O barulho e o canto da deusa assustou a rainha, que veio socorrer a filha, interrompendo a magia. A deusa explicou a mãe zelosa que era uma deusa e que não queria causar mal à criança, mas dar-lhe a imortalidade.
Depois de se revelar, retomou o esquife e voltou ao Egito. Então, teve um filho com seu marido já morto, chamado Hórus o filho. Esse Deus, Hórus, que se manteve em permanente duelo contra seu tio, Seth. Essa batalha entre tio e sobrinho representava as forças contraditórias. Seth, conseguiu retomar o corpo de Osíris, e cortou o corpo de seu irmão e espalhou ao longo do vale do Nilo. Ísis, mais uma vez resgatou o corpo do marido. Ela viajou recolhendo as partes de seu marido, e depois os costurou, reconstituindo seu corpo. Cada parte do corpo de Osíris representava uma parte do Egito. Alem disso, as idas e vindas destes seres divinos coincidiam com as cheias do Nilo, que fertilizava suas margens, propiciando a subsistência dos egípcios.
2) Um rei “universal”: o Faraó pelos caminhos do Nilo
Dois Egitos separados, o Alto Egito, o vale do Nilo, que tinha como patrono o deus Seth, e o Baixo Egito que ficava no delta do Nilo, e que era protegido por Hórus. Os dois reinos entraram em guerra. Saiu vitorioso o rei do delta, que se tornou o senhor do Egito, soberano dos 2 reinos, o Faraó.
Faraó é um nome imponente e mostra, como era importante poder mostrar sua força por meio das coisas que possuía. A maioria dos faraós afirmavam ser a encarnação do Deus Hórus. Os faraós possuíam os escribas para tomar nota de tudo e se ficasse tudo escrito tudo direitinho, não haveria confusão. O escriba toma conta de toda a parte de contabilidade de um faraó.
Para acabar de vez com a confusão, inventaram os hieróglifos, que em grego significa “escrita sagrada”. Por ser composta de desenhos era uma escrita muito bonita, que servia também para decoração. Essa escrita começou a ser criada a 3000A.c. e só a acabaram 300 anos após.
3) O Egito dos Faraós
A história egípcia sob poder dos Faraós é bastante longa... Durante o Reino Antigo, construíram-se as grandes pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. O Poder do faraó nessa época foi o mais centralizado e incontestável do que nunca.
Quando o poder faraônico fortaleceu-se, houve concentração de recursos, que só enriqueciam mais e mais os faraós.
O Egito era uma região muito rica. Assim, quando havia descentralização do poder, ficava difícil de se defender de ataques. Alem disso sempre surgia um grande Império na região, e lá ia o Egito em conquista desses Impérios.
Os egípcios tiveram de conter ataques de povos estrangeiros. Além das agressões externas, uma crescente divisão do poder foi minando o domínio faraônico. Os sacerdotes de Amon-Ra, o deus dos deuses, em Tebas, foram se tornando praticamente independentes do faraó, que passou a dominar quase que apenas a região do delta. Mais uma vez o Egito, tinha mais de um senhor.
4) O trabalho dos Egípcios ao longo do Nilo
Tudo ou quase tudo existente no Egito, foi feito graças ao Nilo e a base de toda a acumulação de recursos que possibilitou a construção das pirâmides foi o campo. Ali trabalhavam camponeses chamados de felás. Eram muitos os felás no Egito, existiam milhares de aldeias, estima-se que a população egípcia na época chegou a 3 milhões de habitantes, sendo maioria felás.
Somadas as sobras da produção de cada aldeia, todas elas sendo concentradas, tinha-se uma enorme riqueza. Essa riqueza gigantesca produzidas pelos felás era recolhida pelos templos e palácios (do faraó), que tinham escribas que acompanhavam toda produção e calculavam o quanto cada aldeia poderia gerar. Mas não eram só os felás que produziam a riqueza do Egito. A decoração das pirâmides e templos, os ricos objetos, o vestuário de luxo não eram produzidos pelos felás, mas por artesãos especializados, que trabalhavam nos palácios e templos. Esses trabalhadores, muitas vezes escravos, utilizavam matérias-primas compradas pelos soberanos e sacerdotes e as transformavam em objetos de luxo, que serviam para mostrar o poder daqueles para quem trabalhavam.
5) Tutancâmon – riqueza, e riqueza...
A mais famosa tumba no Vale dos Reis é a de Tutancâmon, também conhecido como rei Tut. Ele era sobrinho de Akhenaton, o "Rei Herege" que mudou a capital do Egito para uma nova cidade e tentou mudar as crenças religiosas do Egito. Tutancâmon não foi um soberano forte: ficou mais conhecido por apoiar os sacerdotes tradicionais em seus esforços para abolir as reformas religiosas de seu tio Akhenaton.
Sua tumba foi a única no Vale dos Reis a preservar grande parte de seus tesouros até o século XX - talvez pelo fato de Tutancâmon não ter sido tão conhecido e poderoso como outros reis.
O egiptologista inglês Howard Carter acreditava, obsessivamente, que o faraó Tutancâmon havia sido enterrado no Vale dos Reis e que os tesouros da tumba estavam intactos. Carter chegou ao vale em 1916 e por seis anos procurou a tumba do rei Tut, pagando trabalhadores locais para mover toneladas de areia e entulho da área onde poderia achar os tesouros. Em novembro de 1922, o maior patrocinador de Carter, o lorde britânico Carnarvon, estava prestes a cortar o financiamento quando o arqueólogo descobriu os degraus para uma tumba que levava a uma porta selada. Imediatamente, Carter convidou seus patrões para testemunhar a abertura da tumba de Tutancâmon.
A tumba do rei Tutancâmon era realmente espetacular antes de seu conteúdo ser distribuído pelos museus de todo o mundo. Centenas de objetos pessoais foram achados perto do corpo do rei, entre eles calçados de couro, madeira, ouro, um cachecol, tangas, luvas e um manequim de madeira. A tumba também continha móveis, incluindo uma cama de dobrar e cadeiras, bem como jarras de vinho com mais de trinta variedades, muitas das quais marcadas com o ano e a vindima. Tutancâmon foi enterrado junto aos corpos mumificados de suas irmãs, e a um estojo de primeiros socorros, com bandagens e uma tipóia de dedo.
6) A perola do Egito
Nilo, rio da África oriental. Durante muito tempo foi considerado o mais longo do mundo, mas nos últimos anos perdeu essa posição para o Mississippi-Missouri, primeiro, e mais recentemente para o Amazonas, cuja real extensão está sendo ainda avaliada. Percorre uma distância de 5.584 km, geralmente no sentido norte, desde o lago Victoria, na África centro-oriental, até o mar Mediterrâneo, atravessando Uganda, Sudão e Egito. A partir de sua mais remota nascente possível, no Burundi, sua extensão é de 6.671 quilômetros, enquanto os outros dois se aproximam dos 7.000
O Nilo sai do lago Victoria, local onde se encontram as cataratas Ripon, e flui entre paredes rochosas até o lago Albert. O trecho compreendido entre os dois lagos é denominado Nilo Victoria, depois é chamado de Nilo Alberto, e flui através do norte de Uganda para converter-se no Bahral-Jabal, na fronteira do Sudão.
Quando conflui com o Bahral-Ghazal, forma-se o Bahral-Abyad, o Nilo Branco. Em Khartum, o Nilo Branco recebe as águas do Nilo Azul, o Bahral-Azraq. Os sedimentos que este rio transporta são os que se depositam no delta do Nilo proporcionando a fertilidade que o caracteriza. O Nilo deságua no mar Mediterrâneo formando um delta que divide o rio em dois ramais, o de Rosetta e o de Damietta.
Foi o berço de uma das primeiras civilizações do mundo. Com a construção da represa de Assuã, foi criada a maior represa do mundo. O lago Nasser. A cidade de Assuã está situada às margens do rio Nilo, ao sul.
As barcas, chamadas falucas, são um meio de transporte popular no rio.
As barcas, chamadas falucas, são um meio de transporte popular no rio.
Considerações:
Esse enredo inicialmente iria falar somente sobre o Nilo. Mas aí vi as riquezas do Egito e resolvi incrementar.
Desenvolvimento:
Setor 1
Esse setor, contara historias, de deuses mitológicos. As intrigas entre eles, a falsidade e inveja entre eles. Irmãos que se odiavam, tio e sobrinhos que viviam em guerra.
Comissão de Frente: Irmãos: Rivais mortais
A comissão de frente contará com 14 integrantes e um boneco.
Serão 7 componentes fantasiados de Seth, e 7 de Ísis. O boneco, representando Osíris, será todo desmontado pelos integrantes fantasiados de Seth, imitando o gesto que Seth fez com seu irmão, matando-o, cortando o corpo em varias partes, cada parte significa uma parte do Egito. Aí os componentes fantasiados de Ísis virão, e montarão novamente o corpo.
Carro Abre-alas: O Palácio do Rei – O carro será o palácio do rei, no centro terá o esquife como coluna de sustentação.
Ala 1: A atmosfera: Shu e Tefnut
1º casal de mestre sala e porta bandeira: A Terra e o Céu: Geb e Nut
Ala 2: Seth e Nephthys
Ala 3: Isis e Osiris
Ala 4: Isis e a filha do rei
Ala 5(crianças): A filha do rei
Ala 6(coreografia): Ritual da imortalidade
Ala 7: Deus Hórus – Nascido de uma mulher viva, e um homem morto
Ala 8: As forças contraditórias
Setor 2:
Esse setor falará sobre, os faraós, a batalha que ouve, entre os 2 reinos que existiam no Egito. Fala do trabalhador “mais utilizado”, naquela época pelos faraós, o escriba desempenhava um trabalho muito importante, para o império do faraó, e fala também dos hieróglifos, que foi por muito tempo a escrita oficial.
Carro 2: Os dois reinos entram em guerra – O carro será muito grande, dividido em duas partes, que será os reinos. Na parte baixa do carro terá homens imitando a grande batalha. Mais alto, terá 2 esculturas médias, com os rei de cada reino em um trono. E atrás dos destaques, terá uma grande escultura de Seth, e uma grande escultura de Hórus.
Ala 9: Os guerreiros do rei - Alto Egito
Ala 10: Os guerreiros do rei - Baixo Egito
Ala 11: Um só rei, um faraó único
Ala 12: Encarnação de Hórus
Ala 13: Escribas
Tripé: Hieróglifos – escrita sagrada
Ala 14: Muito tempo de invenção
Setor 3:
Esse setor falará, das partes “econômicas” do Egito, a grande permanência do poder faraônico no país, as tentativas de conquista do Egito, as invasões que ouve no Egito, e o começo da perda do poder em relação ao faraó.
Carro 3: Quéops, Quéfren e Miquerinos... e o poder do rei – O carro será as 3 pirâmides, mais um grande trono na frente das pirâmides, com um rei sentado, e a baixo trabalhadores.
Ala 15(baianas): O poder faraônico
2º casal de Mestre sala e porta bandeira: A magia do Egito – Encanto e Riqueza
Rainha da bateria: “O Reino do Egito”
Bateria: Guerreiros egípcios, em defesa de seu reino
Ala 16(passistas): Sacerdotes de Amon-Ra, caindo na folia
Ala 17: O “reino” no delta
Ala 18: Os dois senhores
Setor 4:
O setor fala sobre os principais trabalhadores egípcios. Eles fortaleceram a riqueza egípcia e embelezaram o Egito.
Carro 4: O templo embelezado pelo artesão – Será um grande templo egípcio, com decorações feitas pelos artesãos, colunas, o chão, as paredes, tudo com desenhos egípcios.
Ala 19: Os ricos objetos
Ala 20: As roupas luxuosas
Ala 21: A parte da riqueza do Egito – Felás
Ala 22: O campo – uma das bases de sustentação egípcia
Ala 23: Essa riqueza toda, somente para mostrar poder
Setor 5:
O setor vai falar de Tutancâmon, um dos mais ricos homens que já viveu no Egito. Sua tumba foi descoberta a pouco tempo por um egiptologista. Em sua tumba possuía objetos pessoais, e corpos de suas irmãs.
Carro 5: As riquezas de Tutancâmon... seus objetos, belezas e magias – Um carro com varias esculturas. Todos os objetos citados na sinopse, terão nesse carro. Os destaques estarão fantasiados de dourado, a cor do Egito e cor do ouro de Tutancâmon, e o destaque central será o próprio Tutancâmon.
Ala 24: Tatancâmon – O sobrinho do Rei de Herege
Ala 25: Suas riquezas
Ala 26: Howard Carter – Em busca da descoberta
Tripé: A tumba intacta
Ala 27: O patrocínio, que levou a descoberta de tudo!
Ala 28: O faraó e seus objetos – essa ala terá uma fantasia interessante, aqueles objetos todos colados, e mais uma tipóia no dedo do componente.
Ala 29: A tumba familiar, o faraó e suas irmãs
Setor 6:
Esse setor falará do maior “culpado” por essas riquezas do Egito. O Nilo é uma das maiores fontes de renda dos egípcios, já foi considerado o maior rio do mundo, mas hoje não continua sendo. Esse setor, vai ser um setor muito rico, pois falando do Nilo é falando de riqueza.
Carro 6: A Perola do Egito – o carro será simplesmente o Nilo. Na parte mais baixa do carro, terá um homem com um grande esplendor azul, representando o lago aonde surge o Nilo, depois terá um caminho representando o Nilo correndo. Mais ao alto, terá uma barragem representando Assua. Ao lado do Rio terá barro representando, o húmus que o rio produz. Os destaques serão as riquezas.
Ala 30: Lago Victoria
Ala 31: Nilo em Uganda
Ala 32: Nilo no Sudão
Ala 33(compositores): Compondo as belezas do Nilo
Ala 34(Velha-guarda): A grandiosidade e sabedoria do Nilo
Ala 35: O berço das civilizações
Tripé: Falucas, que transportam os egípcios ribeirinhos
Considerações:
Obrigado meu Deus por ter me dado inspiração para fazer esse enredo. Obrigado a todos que leram esse enredo, que gostaram ou não, obrigado Marcelo Ptavres por ter feito esse belíssimo concurso de enredo.
Queria falar que tentei ao máximo descrever o Egito Antigo, pelo menos uma parte dele com esse enredo.
Obrigado, a todos!!!!
observação: As ilustrações originais do enredo foram perdidas. Essa foi uma nova ilustração realizada pela organização procurando valorizar o enredo.
Esse enredo é de qual escola de samba? Já aconteceu ou vai acontecer ainda?
ResponderExcluirEsse enredo é de qual escola de samba? Já aconteceu ou vai acontecer ainda?
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