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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Enredo 6: Obá de Oyó, o humano Orixá. Xangô, Deus dos Raios e Trovões







Nome: Flor de Açucena
Fundação: Julho 2015
Simbolo: Flor de Açucena
Cores: Branco, Rosa, Preto
Presidente e Carnavalesco: Genilson Santos

FICHA TÉCNICA:
Enredo: "Obá de Oyó, o humano Orixá. Xangô, Deus dos Raios e Trovões"
Número de Alas: 23 (Não está incluso Velha Guarda, Baianas e Beteria)
Componentes: 3.500
Alegorias: 5
Tripés: 2

SAMBA ENREDO
Chamou Xangô, chamou
Xangô chamou Xangô, Chamou
Chamou Xangô, Chamou
A Açucena Obá Kossô (2x)
Nasceu, o Alafim guerreiro
Obá mais forte e justiceiro
O Rei de Oyó
Chegou, Xangô
Iorubá, Iorubá
Homem justo o novo Orixá
Ilê-Ifé, Oyó, Kossô
Entre as predreiras o rei chamou
Explodiu, anoiteceu
Entre raios e Trovões, apareceu
Obá, Obá chamou Xangô
Rei da justiça e do amor (2x)
O Orixá justiceiro
A vida de um guerreiro
Divindade se tornou
Obá Kossô
Deixaste Kossô
Conquistara Oyó
Obá so
Obá kossô

Introdução:
A cultura ancestral Africana desperta curiosidades nos olhos cristãos e pouco desbravador dos Brasileros.
Os rituais marcantes e as fortes crenças que são mistificadas á ponto dos Orixás Iorubá serem considerados demônios perante os ensinamentos criatãos do Ocidente despertam a curiosidade da população.
O culto aos Deuses Africanos cada vez mais noticiado e levado aos meios de comunicação, além da forte presença desse segmento em várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia onde se originou a cultura Afro-Brasileira, ajudam a despertar o desejo de conhecer as histórias que hoje é tão nossa quanto é dos Africanos.
Dentre vários Orixás está o Obá de Oyó, Xangô, guerreiro, justiceiro, Deus dos raios e trovões lutou e resistiu durante muito tempo em favor do seu povo.
Hoje venho mostrar a sua vida para que possamos conhecer o Xangô quanto homem e como todos nós humanos que sofre, luta, que conquista e principalmente que erra, sem deixar de lado o Orixá muito cultuado e amado.
"Oba Kossô"

Sinopse:
Oduada, era um guerreiro que vinha do Leste e após invasões e conquistas tornou-se o primeiro Alafim de Oyó, com sua morte os sete principes fizeram a partilha tornado agora Oraniã o segundo Alafim de Oyó.

Passaram-se o tempo e Orainã morreu deixando o trono para Dadá-Ajacá, terceiro Alafim de Oyó, sensível e pouco desbravador não conhecia nem sentia desejo de guerrear e conquistar territórios.
Eis que surge Xangô, irmão de Dadá-Ajacá e rei de Kossô pequena cidade próxima a Oyó.
Xangô era desbravador, guerreiro, buscava sempre conquistar espaços, logo destronou Dadá-Ajacá e o exilou  como rei de uma pequena cidade se tornando então o quarto rei de Oyó. O maior dos Alafim de Oyó !
Começa então a viajem pelo mundo das pedreiras dos raios e dos trovões, o rei guerreiro, protetor do seu povo, pai da justiça, o amado e aclamado por todos de Oyó, o verdadeiro Obá de Oyó !
Chega ao reinado absoluto o rei, viril, vaidoso, forte e corajoso conquistando territórios e unindo povos Iorubá, enfim naquela terra Africana um verdadeiro rei que castigava os ladrões, mal feitores e protegia sua cidade Oyó a sua casa, o seu ninho.
Buscava a melhor forma de governar sendo muito exigente consigo e com seu exercito gostava de vencer logo era preciso muito planejamento para as suas conquistas, não dava passos maiores que suas pernas, controlava tudo e todos a sua volta para a perfeição.
De acordo com a Mitologia Iorubá o Obá de Oyó pediu para Iansã uma de suas tres esposas, sendo Oxum e Obá as outras duas, ir buscar entre as distante montanhas do reino dos baribas uma substância que daria a ele mais poder, a curiosidade que falava mais alto que o cansaço da longa viajem fez com que a esposa do Alafim abrisse e tomasse a substância, assustou-se logo ao perceber que cuspira fogo.
O forte guerreiro logo começou a usar e a treinar praticas para aperfeiçoar as novas tecnicas, as luzes no céu Iorubá e os fortes barulhos assustavam a população de Oyó que também se impressionavam e admiravam ainda mais o seu Alafim com aqueles raios que ele aprendeu a soltar e os trovões que acompanhava os raios como uma dança sem fim.
Em um desses treinos o Obá de Oyó toca fogo na sua cidade sem nenhum interesse á incendiou destruindo tudo que havia naquele lugar, passado o incendio o rei de Oyó teve que ir a floresta e se inforcar como castigo.
"Obá so" diziam os moradores de Oyó, mas quando foram a floresta não estava lá o Obá, "Obá Ko So" o rei não se inforcou o rei tornou-se Orixá o Obá de Oyó foi ao Orum e os Raios e Trovões provam esse caminho que o valente Alafim percorreu.
"Jakutá" o Obá é agora um Orixá o Orum lhe acolheu pela sua morte injusta, começou o culto ao poderoso e justiceiro Deus dos Trovões.
Após sua morte a cidade de Oyó ainda resistiu por alguns anos mais logo se enfraqueceu sendo vendidos no mercado como escravos, os Iorubás de várias cidades foram vendidos e chegaram em toda América incluindo o Brasil, esses povos tinham diferentes cultura mais algo em comum: O culto ao Obá de Oyó.
O culto ao Alafim de Oyó se espalhou por todo território Iorubano, mesmo cada cidade tendo seus Orixás e suas crenças.
No Brasil o culto ao Obá de Oyó uniu escravos que se entendiam e se reconheciam diante esse Orixá.
Na Barroquinha em Salvador - Bahia o primeiro templo dedicado a Xangô, o primeiro templo Iourbano em territórios Brasileiros. Queto, Nação Nagô ou simplismente Xangô são as nações do Obá Xangô no Brasil.
Diante deste mundo de desigualdades e hipocrisia a necessidade de um Orixá guerreiro e justo tornou-se cada vez mais importante.
Xangô, o Obá de Oyó, é um em muitos, é o justo e o guerreiro, o vaidoso e o erótico, o sensual e o vante, o vitórioso e o perdedor, o Humano Orixá !


ROTEIRO DO DESFILE:

PRIMEIRO SETOR:
- A busca pelo poder.
Xangô para aumentar suas conquistas pede para Iansã buscar uma substância magica que o fez cuspir fogo.
COMISSÃO DE FRENTE & PRIMEIRO CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
Em conjunto a Comissão de Frente e o primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira se apresentam.
A Porta Bandeira representa Iansã, uma das esposas de Xangô, na ida as motanhas do reino vizinho em busca da substância milagrosa.
O Mestre Sala é o cavalheiro que lavará a moça até seu destino.

A Comissão de Frente será composta por 10 pessoas. Xangô, suas outras duas esposas, Oxum e Obá, e alguns curiosos moradores de Oyó que irão se encantar com sua bela performa dilo rei ao aprimorar suas técnicas com o fogo sobre as montanhas.
Um artista Circense que manipula o fogo como Xangô.
TRIPÉ: Montanha da Aprendizagem
Lá o Obá de Oyó irá subir para aprimorar suas tecnicas de controle do fogo, causando os raios e as trovoadas.
ALA 01: RAIOS E TROVOADAS
Em fantasias cinzas, branco gelo com adereço de cabeça em forma de raio representam os raios e as trovoadas causados por Xangô.

SEGUNDO SETOR:
- De Obá de Kossô á Obá de Oyó, Xangô Rei Justiceiro.
Xangô rei de Kossô passa ser o rei de Oyó após destronar Dadá-Ajacá. Começa a mudar aquela cidade e a conquistar novos territórios.
ABRE-ALAS: DE KOSSÔ PARA OYÓ
Vai mostrar as duas cidades, onde um grande boneco representando Xangô vai estar entre as duas. Alegoria marrom dividida em dois lados na parte da frente a cidade de Oyó o boneco no centro e atras a cidade de Kossô de onde o rei acabara de sair. Várias pessoas dançam em ambas as cidades em dias de festas e alegria.
ALA 02: CIDADE DE KOSSÔ
Mostra a cidade onde Xangô fizera seu primeiro reinado. Roupas simples com panos leves, saias longas e blusas curtas pouco abaixo dos seios marrom claro para mulheres os homens com mesma cor com calças e camisas.
ALA 03: XANGÔ E DADA-AJACÁ
Mostra a chegada de Xangô em Oyó e o terceiro Alafim de Oyó sendo destronado. Ala coreografada com roupas escuras e longas e roupas claras ao fundo as filas do fundo missturariam com a da frente num derermimado momento da coreografia misturando as cores claras com as escuras significando a conquista de Xangô.
ALA 04: OBÁ XANGÔ DE OYÓ
Xangô após tornar-se rei de Oyó e a comemoração do seu povo. Cores claras porém não gritantes como Vermelho e Laranja, mas clara como Branco Gelo, Marrom Clarlo, Cinza Claro em contraste com Lilás bem fraco. Roupas simples.
ALA 05: IANSÃ, GUARDIÃ DA SUBSTÂNCIA MÁGICA
Mostra uma das esposas de Xangô em suas mãos o pote da milagrosa substância de Xangô. Apenas mulheres na ala todas vestidas de Iansã com o pote nas mãos. Cores Vernelho e Branco.
ALA 06: IALODÊ OXUM ESPOSA DO OBÁ DE OYÓ
Apenas mulheres na ala mostra a segunda mulher do Rei de Oyó. Cores claras como azul marinho, entre as fillas panos azuis longos que atravessem um lado a outro da ala de forma vertical que mostre a rainha dos rios e água doce.
ALA 07: OBÁ A TERCEIRA ESPOSA DO ALARIM XANGÔ
Apenas mulheres na ala mostra a terceira mulher do quarto Alafim de Oyó. Cores claras, mistura de branco e vermelho claro.
ALA 08: OBÁ JUSTICEIRO
A justiça sempre foi o ponto forte de Xangô, buscava punir de forma coerente aquele que fosse contrario a lealdade, fidelidade e a moral do seu povo.
ALEGORIA: INFLUÊNCIAS DO OBÁ JUSTICEIRO
Mostra todas as Secretarias, Escritórios, Advogados, Juizes, Ministros enfim todos que de alguma forma exerce o poder Judiciário. Representa um grande encontro entre todas as forças ou que exercem algum tipo de poder na sociedade desda Presidenta ao empresário rural.
ALA 09: FERRAMENTAS DO OBÁ
Oxé seu poderoso machado, a balança e a pedra de raios são suas ferrementas de guerra e de uso para fazer a justiça. Fantasias em forma de machado, balança e pedras.
ALA 10: AS CONQUISTAS E VONTADE DE VENCER
Formada apenas por homens, o exército de Xangô que batalhava em busca de novas terras e conquistas.
ALA 11: PUNINDO OS MAL FEITORES
Pessoas amarrasas cordas aos lados soldados do exército de Xangô, Roupas sujas e homens sem camisa prontos para serem punidos pelo Obá.
ALA 12: A VOZ DE OYÓ
População de Oyó vai ao palácio de Xangô para ele ouvir suas reclamações e ajudar no que for de seu alcance. Abusar do marrom, cinca e branco com um pouco de tons claros.

TERCEIRO SETOR:
- Volta ao passado de Xangô.
ALEGORIA: A TERRA DOS IORUBÁS
Oduada após dominar Ilê-Ifé divide seus territórios para seus netos, que mais tarde que demominariam reinos que seria conhecida como a terra dos Iorubá. Em forma de um grande Hepitágono, cada lado representaria cidade governada por cada um dos sete principes.
ALA 13: ILÊ-IFÉ, PRIMEIRA GRANDE CIDADE  DAS TERRAS IORUBANAS
A cidade tomada por Oduada a primeira e maior cidade das terras Iorubanas. Fantasias como se fossem casas da antiga cidade Ilê-Ifé.
ALA 14: ORIANÃ, SEGUNDO ALAFIM DE OYÓ
TRIPÉ: PALÁCIO DE OYÓ
Oyó originou-se de um povoado próximo a Ilê-Ifé onde Orianã foi o segundo Alafim. Vestidos de Orianã no centro da ala o tripé com o palácio de Oyó rico em detalhes a morada do Alafim de Oyó.
ALA 15: DADÁ-AJACÁ O SENSIVEL ALAFIM
Dadá-Ajacá foi o terceiro Alafim de Oyó, sensivel e sem nenhuma vocação para governar foi destronado por Xangô. Tos com perucas lomgas e encaracoladas cores suaves como beje.
SEGUNDO CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA
- Orianã e Iamanssê.
Orianã e Iamamssê de acordo com a Mitologia Iorubá são os pais de Xangô. O Mestre Sala fantasiado de Orianã e a Porta Bandeira de Iamanssê.

QUARTO SETOR:
- Xangô: De Humano á Orixá.
ALA 16: O INCÊNDIO EM OYÓ
Xangô em um dos seus treinos incendeia Oyó, destruindo árvores, casas, animais. Fatasias amarelas e laranjas representando o fogo.
ALA 17: "OBÁ SÔ" O REI SE INFORCOU
Como castigo o Obá de Oyó teve que se inforcar em uma árvore na floresta. Fantasias de árvores com uma corda no galho.
ALA 18: "OBÁ KO SÔ" O REI NÃO SE INFORCOU
Pela sua morte injusta o povo de Oyó comemora a mudança de Xangô, de Humano á Orixá. Cores claras porém fracas como vários tons de azul e verde.
ALEGORIA: O OBÁ DE OYÓ TORNA-SE ORIXÁ POR ORUM
Orum acolhe Xangô como imortal por causa da sua morte injusta, o guerreiro da justiça agora seria o Orixá da justiça. Alegoria branca com Orum de braços abertos e Xangô em frente a ele como um sinal de acolhimento !
BAIANAS: BOAS VINDAS Á XANGÔ
As Baianas, vão receber o mais novo Orixá, dar as boas vindas e cultuar as qualidades do Obá de Oyó, Xangô. Todas vestidas de Orixás.

QUINTO SETOR:
- Xangô Orixá, Cultura Afro-Brasileira.
Após Xangô tornar-se Orixá os moradores de Oyó e de outras terras Iorubanos foram escravizados e muitos delea vieram ao Brasil. Os Africanos agora no Brasil apesar de etinias e culturas diversas tinham algo em comum: O Culto a Xangô.
BATERIA: BALÒGÚN
Guardiãos da Casa de Ogum.
ALA 19: PRIMEIRO TEMPLO IORUBÁ DA BAHIA
A Igreja da Barroquinha em Salvador foi o primeiro templo dedicado ao povo Iroubá na Bahia. Todos com fantasias em forma de igrejas.
ALA 20: QUETO: NAÇÃO XANGÔ NA BAHIA
A nação Xangô na Bahia recebe o nome de Queto, que contradizendo a Mitologua Iorubana era a cidade de Oxóssi e não de Xangô que era Oyó. Todos vestidos como estivessem em dia de culto a Xangô.
ALA 21: NAÇÃO OYÓ
No Rio Grande do Sul o culto ao Orixás Iorubá tem o nome "Naçã Oyó" onde Xangô está muito presente. Fantasias de pessoas em dias de rituais com particularidades do Estado.
ALA 22: CASA DE NAGÔ
Terreiro em plena extenção já é encontrada em Estados como Pará, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo onde o patrono é Xangô. Fantasias com trajes do culto e de reverência a Xangô.
ALA 23: SÃO JERÔNIMO
Sincretizado com São Jerônimo, cultuado as Quartas Feiras, seu dia é 29 de Junho e sua cor Vermelha e Branca são algumas caracteristicas principais de Xangô. Fantasias de São Jerônimo.
ALEGORIA: CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO
Primeiro terreiro de culto a Xangô que serviu de exemplo para todo o Candomblé. Na forma da casa e do terreiro com riquezas de detalhes. Encerrando o desfile com toda Religiosidade Afro-Brasileira.
VELHA GUARDA: ÌYÁ-KÈRÉ
Pais e Mães-De-Santo que tem como responsabilidade escolher o sucessor no terreiro. A velha guarda encerra o desfile como papel de escolher o sucessor, o proximo enredo a ser trabalhado.
Todos vestidos de Pai e Mãe-De-Santo.


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