domingo, 23 de agosto de 2015
ENREDO 2 - O BRASIL QUE NEM CABRAL VIU
Rodrigo Lopes, julho de 2015.
O BRASIL QUE NEM CABRAL VIU!
DEFESA:
“Um lugar despovoado, onde tudo que se colhia dava, onde doces bárbaros em paz viviam! ”
Foi assim que Pero Vaz de Caminha descreveu nosso País para seu rei quando esteve aqui com a caravana de Pedro Álvares Cabral.
Hoje estudos apontam que o Brasil possuía várias aldeias, agricultura acentuada, comércio internacional e guerras canibais, além de três navegadores espanhóis, que estiveram por aqui antes de Cabral.
Vamos desbravar um lugar que findou ao ser descoberto.
CIDADES JARDINS
Estudos antropológicos revelam que a a ilha de Marajó, pode ter abrigado um povo que além de trabalho cerâmicos excepcionais, construíram barrancos ante enchentes e sobre eles sua aldeia com seus diversos habitantes.
Diversos habitantes, como um assentamento na região do Xingu, identificados como “Kuchikugu” cidade jardim nunca encontrada pelos europeus. Seus habitantes chegaram a 50 mil. Outras estruturas semelhantes também foram encontradas em Manaus.
Os estúdios ainda apontaram que a Amazônia pode ser obra do homem e não da natureza, devido a distribuição de frutas e de um solo específico.
Como essas civilizações chegaram ao colapso? Não foi pólvora, nem o aço e sim epidemias trazidas pelos brancos que dizimaram a vida desses habitantes.
COMÉRCIO INCA
Que comércio era esse? Uma rede de caminhos fazia os itens produzidos pelos habitantes litorâneos e sertanejos chegar até o Império Inca.
Os índios do litoral tinham o sal e conchas ornamentais, já os o sertão, produtos como o feijão e o milho, além de uma carta na manga que encantava os estrangeiros: As penas de ema e tucano. Em troca os Incas davam objetos de cobre, bronze, prata e ouro
O Peabiru (caminho de grama), era um caminho que atravessava os atuais estados de São Paulo e Paraná, entrava pelo Paraguai e subia pela Cordilheira dos Andes, era uma rota que unia as economias e as culturas dessas nações.
Esse caminho indígena ao longo dos tempos virou trilha dos descobridores e depois rota dos bandeirantes.
Ainda existem essas trilhas nas matas do Norte do Paraná e outras são vias como as Avenidas Paulistas e Consolação.
A indústria de turismo explora a venda de pacote de ecoturismo para quem quer conhecer essa antiga trilha.
GUERRA INDÍGENA
Um dos principais motivos das guerras entre as tribos, era por terra, rios vingança e até por esporte, como parece ter sido o dos Tupis e seus ancestrais vinham de onde hoje é a Rondônia.
Estes se diferenciavam dos outros devido a agricultura de coivara, que se baseava em queimadas periódicas, que segundo suas crenças, faziam a terra ficar fértil, sem doenças.
Essa crendice ocasionou o êxodo durante vários séculos, sempre em direção ao Atlântico. Lá chegando, expulsando seus residentes para o interior, os índios Tapuias (Selvagens).
Ganhavam as disputas, os grupos mais populosos, unidos e “tecnologicamente” mais organizados.
Usavam flechas com venenos e em chamas com pólvora e algodão.
Chegavam batendo os pés, assoprando ossos de seus inimigos e durante o combate, jogavam pimenta da terra na fogueira ocasionando uma nuvem tóxica para chegar ao adversário.
No corpo a corpo, preferiam os tacapes, ideal para trincar crânios.
A aldeia era incendiada e tudo terminava em churrasco, e o prato principal eram os prisioneiros.
OS EX- DONOS DA TERRA
Qual era o papel do homem e da mulher indígena?
Ninguém compreendia direito.
Eles caçavam, mas não gostavam de lavorar, as índias cuidavam da casa, mas não tinham espiritualidade, padrão europeu que não eram encontrados nesses nativos.
Predominava a monogamia, mas haviam muitas separações.
As famílias eram de no máximo dois filhos
Só agora podemos dizer que os índios domesticavam plantas, enriqueciam o solo com adubo, realizavam pesca por entretenimento e tinham remédios eficazes para quase todos os males.
Sem falar em uma das maiores invenções de todos os tempos: a rede de dormir.
E assim a rede e seu mundo caiu em 1500.
Enquanto Portugal escreveu através da carta de Caminha a certidão de nascimento do Brasil, os indígenas receberam seu atestado de óbito.
O DESCOBRIMENTO?
Cabral não é o descobridor cronológico, três outras expedições aportaram em terras brasilianas antes do Lusitano.
Duarte de Pacheco esteve em Belém e foi subindo até a futura Caracas.
Logo após o conterrâneo de Cabral ainda estiveram aqui dois espanhóis.
Em janeiro de 1500, Vicente Pizón, que descobriu a América junto a Colombo.
Esse Espanhol foi o primeiro a cruzar a linha do Equador, sem precisar da estrela polar para se guiar, bateu lá no Nordeste e subiu até a Flórida. Já em fevereiro seu primo Diogo de Lupo chegou em terra Brasilianas, nomeou várias regiões, mas não se apossou.
Já em abril, no dia vinte dois, Pedro Alvares Cabral avistou, rezou missa e mostrou o nosso gigante chamado Brasil ao mundo, aniquilando toda uma história, sendo o fim do mundo indígena e o início de uma nova ”civilização”.
ORGANOGRAMA
Comissão de frente: “Cerâmica – fonte de renda das tribos”
Porta – Estandarte: índia guerreira marajoara;
ABRE ALAS: Assentamento Kushikugu – a grande cidade jardim;
Ala 1: Manauaras;
Ala 2: Amazônia;
Ala 3: Pomares;
1º Casal: Frutas da terra
Ala 4(CRIANÇAS): Solo – fertilidade;
Ala 5: Epidemias, vírus e bactérias;
CARRO 2: Império Inca
Ala 6: índios litorâneos;
Ala 7: índios sertanejos;
Ala 8: Conchas ornamentais
Ala 9(BAIANAS): Milharal;
Ala 10: Metais Inca
2ºCasal: Riqueza Inca
CARRO 3: O grande banquete
Ala 11: tupis Rondonienses;
Ala 12: Queimadas (COIAVARA – queimadas periódicas)
Ala 13(BATERIA): Tribo tapuias (Selvagens);
Ala 14: Flechas químicas;
Ala 15: Pimenta da terra: nuvem tóxica;
CARRO 4: Os Ex-donos da terra;
Ala 16: Caça e pesca;
Ala 17: plantas domésticas;
Ala 18: Agricultura;
3° Casal: índio e índia
Ala 19: remédios caseiros;
Ala 20: rede de dormir;
CARRO 5: Grandes navegações
Ala 21: navegadores espanhóis;
Ala 22: Esquadra de Cabral;
Ala 23: Primeira missa;
Ala 24: Catequização indígena;
Ala 25: aniquilação de uma história;
CARRO 6: Carta de Pero Vaz: mostrando ao mundo uma “nova civilização”
Velha Guarda: A esperança da nova civilização
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