Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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domingo, 4 de março de 2018

Recopa 12 - Marcelo PTavares


RECOPA
"Sertanejo Universitário, a música popular do Brasil"
É um enredo regular, inocente na abordagem, falta malícia confrontar dois universos hostis samba e sertanejo.
Introdução: 9,4
 O ritimo tomou conta do país e de Norte a Sul
Erro terrível para uma largada.
“Este enredo traz a explicação para tanto sucesso e faz uma homenagem ao consagrado estilo que é a representação máxima do Brasil no século XXI.”
Já pensou que para alguém que não curte muito e já começa a ver o enredo com um pé atrás, não vai ficar mais com pé atrás em um tipo de declaração como esta?

Argumento: 9,8
“Que a música mais popular do Brasil
- Nossa obra prima -
Surgiu no Centro Oeste do país,”
Realmente, o samba morreu.

Tenho minhas dúvidas sobre a música popular tendo surgido no Centro-oeste
Roteiro: 9,7

Quinto setor a descrição das fantasias e alegorias não acontece, assim acaba caindo na abstração, como nos exemplos:

Ala 13
"O Arrocha"
Ala 14
"Um pouco de axé"
ALEGORIA V
"A Sofrência"
Como isto será representado? Ritmos são coisas muito abstratas, era importante uma descrição para ganhar um sentido.
Volta ao normal no setor 6 embora só faça referencia as cores das alas.


Exploração temática: 9,0
O desenvolvimento e encadeamento das ideias estão ok! Mas o enredo se perde na largada ao trazer “Sertanejo Universitário”, se tivesse investido em musicalidade regional ficaria protegido do grande preconceito com o tema e escaparia das armadilhas mercadológicas.
Sertanejo Universitário – É uma contradição, é um nome puramente comercial, ele tenta dar status para a música sertaneja “moderna”.
O leitor estranha e se perde quanto a delimitação, já que a conceito de Sertanejo Universitário amplia e engloba outros ritmos que seriam geralmente não considerados como música sertaneja.
No geral o enredo acaba se tornando um grande equivoco, mas por ingenuidade.
E tem mais problema, recordamos que isto aqui tem base em “samba”, desfile das escolas de samba, então o pessoal do samba tem um pé atrás com o sertanejo, é um tema sempre perigoso no lidar, destacar isto como enredo é um tiro no pé. Mais fortalece o fator que um enredo sobre música regional resolveria seus problemas.
O final com as mulheres é estranho, não vejo um claro encadeamento para encerrar o enredo. Elas estão mais para no meio uma questão de um setor intermediário, não o fechamento do enredo. O seu enredo era Sertanejo Universitário, fechar com Sertanejas parece até enredo sobre Sertanejas, ao do tipo, para fechar faltou explicar melhor pq deste fechamento.

Conjunto Artístico: 8,6
Acho válido trazer e apresentar o que gosta. Mas como enredo no conjunto geral foi bastante falho. Não só o tema precisaria de melhor defesa, mas erra bastante, no final acabam somando problemas o que lhe deixa atrás de temas bons e enredo com erros. Este é um enredo com problemas e tema frágil.

CAIM

Introdução: 9,6
“COM TER DEPARADO COM PAI DESARCORDADO E EMBRIAGADO”
Sem sentido.
No geral o texto da introdução é longo e quase um resumo da sinopse. Bastava o primeiro parágrafo, como caprichar melhor o texto que ficava tudo ok!
Argumento: 8,5
Falha principalmente na questão da liga dos assassinos. Não consegui entender a história com a liga. O que era exatamente a liga, bem como não consegui visualizar a exploração da mesma.
A liga não é mencionada em NENHUM MOMENTO no Argumento, isto é uma falha fatal como tema central.
Roteiro: 9,3
Vejo que no conjunto geral tem uma evolução, o roteiro está explicado, apresenta elementos visuais com potencial.
Exploração temática: 9,1
O enredo se desenvolve muito confuso, como no quesito argumento não consegui compreender a Liga dos Assassinos. Também vejo uma decepção já que é um enredo que lembra muito o enredo anterior do mesmo autor, Caim. Faltou frescor, trazer uma linha nova, ficou com cara de continuação do exitoso enredo anterior.
Ficou tudo com uma cara de fragmentação, faltou clareza no conjunto da ideia.
Conjunto Artístico: 8,6
 No geral um bom enredo, com potencial plástico, mas muito confuso na história central. Não tenho a mínima ideia que liga é essa. Não vi uma ala ou referencia sobre ela no argumento.
A Liga dos assassinos é citada 3 vezes em todo enredo. 2 vezes como título e na ficha técnica. E na terceira vez é citada na introdução e só! Falha fatal que elimina o enredo de qualquer pretensão mais ambiciosa.


RÉQUIEM
Introdução: 9,8
Excesso de defesas “se tiver disposto a isso, a disposição é muito importante”
Ofensas: “ Para os preguiçosos... Flores”
Ironias:
“Quer uma ajuda?”
É preciso procurar dialogar com o leitor, evitar entrar em confronto direito com o leitor mais arredio, não irá resultar em efeito positivo, vai gerar mais rejeição.
Extensa se fez uso de Justificativa poderia ter deixado a extensão e o detalhismo nela.
Argumento: 9,9
Modo Berserk de atuação.

Exploração temática: 9,7
O tema é rico, até esperava ver a poluição dominante, no geral este enredo até não é tão “poluído”, embora as referências a cultura própria do autor, formulas, tabelas acabem dispersando a compreensão de um leitor comum. (-0,1). Comparado com o outro enredo que li primeiro, é até limpo.
O meu desconto mais importante fica pela temática pesada. Não vejo “carnavalizavel” da maneira com que foi apresentado.  É um enredo na maior parte do tempo “agressivo”, “pra baixo”, de maneira excessiva tecnologia.
É parnafenálias, computador, mecanismos, laboratório, loucura, Calabouço, doenças, armas...

Outras situações, emoções, ações ou cenários do enredo (palavras chaves):
Desolação
Punição
traição
Condução
fuga
caos
arquitetura gótica
presídio
show de horrores
revolta
Conjunto Artístico: 9,8
“o diálogo com outras tribos é necessário”
Tanto dentro como fora, este é o ponto chave do enredo, precisa ser maleável com outras tribos.
O enredo qualidade tem, artisticamente é rico, faz pensar, tem no conjunto abordagens interessantes, mas peca no equilíbrio.
“DO MUNDO REAL AO MUNDO IMAGINÁRIO... UMA VIAGEM PELO UNIVERSO DAS CRIANAÇAS”

Título: 9,8
Digitou o título errado “CRIANAÇAS”
Introdução: 9,5
Poderia ter caprichado mais, fez diferente utilizando o título como parte a introdução, mas faltou uma comunicação mais clara da proposta.
Impressão Visual, apresentação: 10
Argumento: 10
Roteiro: 8
Não apresentou explicação dos setores, apenas uma listagem das alas. Falha grave, por isto o desconto é pesado.
Exploração temática: 9,5
Está ok, não é um enredo bobinho, até tentou encaixar e levantar questões. A abordagem de contrastes entre a temática infantil, problemas da infância resultou em um arco bem colocado.
O 0,5 descontado é pela falta do roteiro, vital para uma analise mais aprofundada do enredo.
Conjunto Artístico: 9,0
A falta do roteiro prejudica um enredo que teria plenas condições de disputar o título, sendo até aqui o melhor enredo, mas incompleto.


Abram as asas para o Grito de Liberdade!

Argumento: 9,3
“nosso índios e escravos vindos de outros países, lutaram muito para que tudo se normalizasse. Vieram então, a Lei do Ventre Livre, a Lei Áurea e a
Lei da Abolição da Escravatura, que surgiram como norteadores! Princesa Isabel, surge nesse cenário como grande Libertadora.”
Cita os índios, mas não aborda. Pode levar até o leitor se confundir que eles vieram de outros países.
“ o país entrava em um contexto inicial de desigualdade,
pois os burgueses dominavam e os que possuíam menos poder aquisitivos, sofriam.”
Parece um texto de propaganda do Império brasileiro, refererindo-se a burguesia como o único surgimento e fator das desigualdes.

Desconto 0,5 por considerar que a seriedade do assunto demandaria uma riqueza maior com pesquisa.

Roteiro: 9
Incompleto e desorganizado.
Inverte índios com negros, os índios já estão aqui. Ainda não forma bem explicados no argumento.
1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Vem para representar a luta contra o trabalho escravo, ele, como Dom Pedro 1º e ela como Princesa Isabel, vem enriquecer a avenida de Cultura.  

Eu sigo na minha teoria que este enredo é quase uma propaganda do Império. Sendo que o Império se sustentou com a escravidão e caiu justamente quando aboliu a escravidão. E não que estariam em uma luta incessante contra a escravidão.
3º Carro Alegórico Tempos antigos: Casal profissional em dança, ele, vestido de terno branco e ela vestida com roupa de gala toda preta, ao redor, pessoas de branco obervam e batem palmas, como se fosse um ritual, saudando os novos dias.


Alegoria muito estranha, duas pessoas e várias assistindo. Isto parece até uma encenação recomendada para uma ala e não uma alegoria.
2ª Ala dos Compositores que em momentos históricos, foram presentes: Surge a necessidade orientar toda a população e buscar formas de divulgar isso, surgem grandes escritores e compositores, que ajudaram a mudar em alguns períodos de crise no país.

Divulgar isto o que? Escritores e compositores fazendo como?
Bateria na frente de carro alegórico, vai fazer o carro acelerar para encobrir buraco.
A numeração das alas é confusa, pois 4ª Ala Infantil, 3ª Ala da Velha Guarda,

Exploração temática: 8,9
Muito senso comum, uma abordagem tão profunda sobre o país demandaria uma pesquisa mais profunda para ir atrás das razões e entendimento sobre o país.
Um enredo deste, em um momento como este demadava capricho, pesquisa, até para ser importante e representativo e não mais uma proposta de senso comum que não acrescenta de fato algo relevante ao momento que vivemos.
Conjunto Artístico: 8,7
Como já justificado no quesito anterior, vejo um enredo atual, mas que carece de aprofundamento para nos trazer respostas relevantes.


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