Quarto Concurso de Enredos. Análise dos resultados.

Quarto Concurso de Enredos. Análise dos resultados.
Imbatível ou sorte?   Para comentar sobre a Trilogia Tricampeã de Diogo Gardoni a melhor maneira que resolvi foi recordar as minhas próprias justificativas. O ENREDO DO PRIMEIRO TÍTULO ARAGUAIA 300 PONTOS. Sem dúvida quem quiser ganhar o concurso tem que ganhar do Araguaia. O ENREDO DO SEGUNDO TÍTULO PRAÇA XV 299,4 PONTOS. É um belo enredo, digno de um autor que busca Bicampeonato, com pouquíssimas falhas e harmonia entre desenvolvimento e Argumento. Tem por alguns momentos um gosto de eu já vi, devido a isso por alguns momentos principalmente nos primeiros setores parece um pouco cansativo, mas felizmente cresce no decorrer dos setores e acaba merecendo esse 10. O ENREDO DO TERCEIRO TÍTULO COCAGNE 300 PONTOS. É um enredo recheado de soluções que dariam boas alegorias e fantasias, um texto muito bem apresentado, muito bem escrito, um bom desenvolvimento e bom conjunto. Nota 10,0. È melhor que o enredo do Bicampeonato, relembrando os outros enredo do mesmo autor, chama-me atenção para o cuidado com os finais, é comum alguns enredistas esquecerem de “fechar com chave de ouro” com algum significado interessante. Esse Cocagne termina muito bem, fundamental para o seu sucesso. Nenhuma de suas vitórias foram por sorte, mas imbatível também é exagero. Diogo Gardoni é sim um grande enredista, mostrou talento em conseguir agradar 12 jurados diferentes nestes 3 concursos. O fato que explica isso, é que seus enredos são muito corretos em todos os aspectos. Um enredo de Diogo Gardoni possui um texto bem apresentado, um tema muito bem explorado. Seu Argumento é muito mais que um simples texto, algo realmente que induz a imaginar grandes Cenários, seu roteiro consegue mostrar grandes alegorias e belas fantasias e tudo isso em harmonia com o argumento. Tem ainda um cuidado com a sua obra do começo ao fim e para completar respeita sempre o regulamento. Imperial e Marcos Couto dividem Vice-campeonato Pela primeira vez o regulamento do CONCURSO BRASILEIRO DE ENREDOS admitira empate e na disputa pelo vice-campeonato um empate. Imperial que foi campeão do PRIMEIRO CONCURSO, novamente fez sucesso com um tema AFRO, AFRA também pode ser considerado um enredo “Saga”, assim com o Sol da Liberdade, mas Afra é uma Saga da Raça Negra com uma visão diferente, muito mais crítica. Talvez Afra seja o melhor enredo crítico da história de todos os concursos. Uma crítica em poesia, maravilhosamente bem desenvolvida, sem exageros, perdeu devido a Armação do enredo no desenvolvimento.   Marcos Couto desde o inicio era apontando entre os campeões do concurso e confirmou isso nas suas notas. Vice-campeonato conquistado na felicidade da escolha de um tema interessantíssimo, inédito e com grande potencial carnavalesco. O título não veio devido ao Argumento que não conseguiu transpor toda a riqueza do tema.		Diego Marmo é o Terceiro Colocado. Diego Marmo conquistou o Terceiro Lugar com o tema enredo mais difícil, só para ter uma idéia São Paulo já tinha sido falado três vezes no CBE e sempre não saiu dos últimos lugares. São Paulo no Primeiro Concurso foi último e penúltimo colocado (metade do júri era Paulista) e no Segundo Concurso foi 38º colocado (último dos últimos). Foi inteligente ao usar uma música para falar de São Paulo, escapando da principal armadilha do tema (falar, falar e ainda ficar faltando alguma coisa). Felipe Mocidade perde o concurso devido a penalização na Comissão de Obrigatoriedades. Brasil na Voz do Povo é um ótimo enredo, de tão bem ouvir falar sobre esse enredo, convidei o Autor para participar do Quarto Concurso. Infelizmente o tamanho do arquivo ultrapassava 300 KB e o enredo acabou perdendo 1,2 pontos eficando fora da briga pelo título. Sem a perda de pontos na Comissão de Obrigatoriedades o enredo teria feito frente a Cocange, afinal Brasil da Povo teria sido o único vice-campeão perdendo o título por apenas dois décimos e na última nota do último jurado. Renné Duarte surpreendentemente fica apenas em Quarto. Gostei muito desse enredo, não esperava que ele perdesse tantos pontos com alguns jurados e por coisas pequenas que acabaram tirando o enredo de uma possível briga pelo título. É talvez o segundo melhor enredo do autor, atrás apenas de Campina Grande. Luís consegue pela primeira vez um lugar entre os 5 melhores. Água mole, pedra dura tanto bate até que fura. Sem dúvida Khmeres é o melhor enredo do autor, um tema comum, mas muito bem explorado, que lhe colocou no merecido lugar entre os 5 melhores enredos do Quarto Concurso. O autor parece que descobriu finalmente como manter a sua obsessão por temas estrangeiros, aproximando o tema da realidade Brasileira e fazendo seus enredos interessantes. Ser campeão do concurso parece que é agora uma questão de amadurecimento. E os outros? Tambores de Marcelo Prates foi um enredo muito bom, acho que ficou de fora dos 5 melhores no detalhe, talvez seu problema tenha sido mais uma questão técnica, algumas falhas apresentadas no Roteiro. Sítio foi a estréia de Luiz Lobo no Concurso e foi um brilhante estréia, acredito que pode ainda surpreender muito, parabéns pelo ótimo começo. Taty Condor consegui algo inédito, empatar com ela mesma. Sétima com FC e Sétima com Cidades. Confirmou que possui Sinopses muito fortes, sempre com simpatia, muito bom humor e humildade. É ou não é, a Sétima Maravilha do Concurso? Estrada percorrida por Gledson Araújo é muito próspera, confirmou em seu segundo enredo que vai longe, mais uma vez subiu de colocação. O décimo melhor enredista é agora o oitavo. Talvez o fato mais comentado pós apuração do Concurso foi o péssimo resultado conseguido pelo enredo de Jonner Alves, o mesmo da Tradição de Pilares. O desempenho do enredo demonstrou a fragilidade do enredo da escola, com um gravíssimo equívoco de cronologia. Bráulio não deu sorte na escolha dos temas e acabou sofrendo com isso no resultado final, seu único enredo completo foi justo o com pior tema e seu mlehor tema enredo Respostas contra a miséria foi muito burocrático com sinopse com direito a tópicos e trechos totalmente isolados.