Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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segunda-feira, 17 de março de 2014

Modelo de enredo

Na falta de um modelo para apresentar, peguei um enredo de escola de samba do carnaval desse ano e adaptei para o formato do concurso. Esse "modelo" é parte do texto do enredo da Grande Rio disponível no Abre Alas, só foi adaptado para servir de modelo do que mais ou menos esperamos encontrar no concurso.

Observações: Não trata-se de observar um enredo perfeito no conteúdo (não está em julgamento se o enredo da Grande Rio é bom ou não) e sim a forma, sugestão de como pode ser apresentado o enredo no concurso.

Verdes Olhos Sobre o Mar, No Caminho: Maricá



INTRODUÇÃO:
O enredo “Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho: Maricá” foi construído com base em dois fundamentos: a história de uma cidade e a relação de uma artista brasileira que teve sua vida pessoal enlaçada com essa região. Para ilustrar artisticamente esse desenvolvimento, foi elaborada uma sinopse que apresenta importantes dados históricos ocorridos ao longo dos 200 anos da fundação da cidade Fluminense, tendo como fio condutor, a relação apaixonada de uma artista sensível, que encontrou na localidade, o refúgio seguro para dar início a uma nova vida.
 A seguir, a sinopse que ilustra de forma poética o enredo que a Acadêmicos do Grande Rio propõe para o Carnaval 2014:

SINOPSE:
“Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho: Maricá”
A estação que inspira é o verão…
Nas primeiras horas de uma manhã de sol, ela desperta depois do que havia programado. O corpo ainda se sente envolvido pelo ócio da noite anterior. Apressadamente, aproxima-se da janela e vislumbra as primeiras nuances luminosas do despertar de um novo dia. O brilho invade o ambiente outrora escuro pela noite e a claridade reflete na retina de seus olhos verdes. É a vida dando ao destino nova chance de refazer o fim da história. Quem sabe, nova fase, cantada em outro tom.
O sol aquece seu corpo na varanda da casa. Ela se dirige ao piano e algumas notas ecoam. No bloco de folha branca inicia o seguinte rascunho:
“Verdes olhos sobre o mar, a brisa a me levar nas asas do tempo!
Doce é este lugar, onde o chão guarda suas memórias
E a fé multiplica-se nas águas!
No firmamento a benção de teu “amparo”
Nos livros, páginas passadas que falam de sua história…”
O vento soprou mais forte e fez com que os cabelos se tornassem empecilho para os olhos. O som do piano cessou, o pensamento foi longe, e ela reacendeu a inspiração dos versos: 
“Confesso que nem tudo vi!
Quando sua beleza fascinou o inglês pela manhã, tudo era verde e eu não estava lá! Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Grande Rio – Carnaval/2014
Do seio de fertilidade da mata, do zum-zum-zum dos seres que lhe encantaram. Da visão noturna do que há pouco era dia, herdei as noites “negras” .Tornei-me dona das estrelas que emolduravam o céu que foi dele…”
Ainda é manhã e sobre o mar o “barquinho” risca o horizonte. Ela cessa novamente o som do piano e instaura um demorado silêncio. Seus olhos verdes, são mais verdes quando fitam o mar. O canto do sabiá rompe a ausência do som. Ela retoma os versos:
“Ai quem me dera ver tudo
Lançar-me no passado
Correr em tuas plantações verdes, provar de tua laranja mais doce
Faze-la outra vez cidade que já foi terra de muitos
Que Darwin passou, que o trem prosperou
Hoje meu verso é em tua homenagem, é canção para um samba que em mim é sempre
carnaval…”
O vento continuou soprando em seus ouvidos a inspiração para compor:
“A praia o terno convite:
O sol, as ondas, o banho de mar e o surfista solitário que corta as ondas como quem borda no Espraiado
 No Barquinho corro o mundo, volto e olho: não consigo me acostumar
Não ando só na imensidão, como tantos vem e todos vão, entre idas e vindas
Daqui ou de qualquer lugar, só fui feliz em Maricá.”
As linhas estavam no papel encontrado entre a casa e o mar. Como assinatura lia-se
um “M” maiúsculo, seguido de um “A” emendado em um “Y” um “S” e encerrado
com um “A”. No fim da folha encontrada, lia-se: MAYSA.

Autores: Leandro Vieira e Roberto Vilaronga

Desenvolvimento:
Adiante, uma breve apresentação da setorização histórica desenvolvida para embasar o
desenvolvimento do enredo proposto pelo GRES Acadêmicos do Grande Rio.

Primeiro Setor – O mar, a brisa e o som do piano.
Podemos classificar nosso primeiro setor como a “Inspiração para novos tempos”. Maysa trazia na sua bagagem ao chegar a Maricá a esperança de viver dias melhores. Levou tudo, e montou sua vida lá. Fez do piano - que era um sonho de menina – sua companhia, se apaixonou pela cidade, e por sua casa com vista para o mar. Além de várias atividades, Maysa contava histórias locais aos filhos dos pescadores da região. Daí nosso ponto de partida: Ela nos contará a história da cidade fluminense.
Comissão de Frente  - PRAIA À VISTA
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira - O BRILHO DO SOL E DO MAR
Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira - A BRISA
Ala 01 – O SOM DO PIANO
Alegoria 01 - O INÍCIO DE UMA HISTÓRIA À BEIRA-MAR

Segundo Setor – “Maricaah” – Uma cidade de histórias pra contar.
A partir da sinopse apresentada fica claro que quem narra os fatos históricos ocorridos ao longo dos duzentos anos de fundação da cidade é a cantora popular. Assim, o segundo setor trata o universo dos nativos, bem como a formação cultural e a ocupação territorial da região. Historicamente, Maricá ganha grandiosidade com a entrega das sesmarias aos colonizadores. A partir daí a cidade passa a ser ocupada, para mais a frente, o padre José de Anchieta chegar à localidade com a intenção de ensinar aos índios Tamoios, a filosofia cristã que a Companhia de Jesus disseminava no Brasil.
Ala 02 – Comunidade - DOAÇÃO DAS SESMARIAS
Ala 03 – ÍNDIOS TAMOIOS
Ala 04 – CARTAS NÁUTICAS
 Elemento Alegórico - NAU DA FÉ
Ala 04 – CARTAS NÁUTICAS
Ala 05 –FIÉIS
Ala 06 – Baianas -NOSSA SENHORA DO AMPARO
Alegoria 02 - O AUTO DA FÉ

Terceiro Setor – Um olhar inglês no caminho de Maricá
Dois séculos mais a frente, Maricá recebe a visita ilustre do Naturalista Inglês, Charles Darwin. Com sua expedição ele desbrava a Serra da Tiririca – reserva de Mata Atlântica na cidade - e usa parte dessa pesquisa na elaboração de sua consagrada obra: A Origem das Espécies.
Ala 07 – EXPEDICIONÁRIOS
Ala 08 – ESPINHEIRO MARICÁ – “MIMOSA SEPHARIA”
Ala 09- JOANINHA – “COCCIENELLA  SEPTEMPUNTAT”
Ala 10 – BORBOLETAS - “MACULINEA ALCON”
Ala 11 –GAFANHOTOS – “SCHISTOCERA GREGÁRIA”
Ala 12 –FORMIGAS – “CAMPONOTUS”
Alegoria 03 - ESTUFA DE ESTUDOS DARWINIANOS

Quarto Setor – Das noites negras, uma nova visão
Hospedado por uma noite em uma fazenda da região, Charles Darwin toma conhecimento da existência de animais noturnos e lendas regionais que direcionam sua percepção fantasiosa de uma Maricá sombria, iluminada apenas pela luz da lua.
Ala 13 –SAPOS
Ala 14 –  CORUJAS: A AVE NOTURNA
Ala 15 – PASSISTAS - MARIPOSAS
Ala 16 –BATERIA - DARWIN E OS VAGALUMES
Ala 17 –MORCEGOS
Ala 18 – A LENDA DO LOBISOMEN
Alegoria 04 - NOITES NA FAZENDA

Quinto Setor – Memórias de um trem chamado progresso
Pré-dispostos a conseguirem escoar toda a produção pesqueira e agrícola, os comerciantes locais se juntam e tornam viável a inauguração da Estação de trem da Cidade. Marco no desenvolvimento econômico da região, a linha férrea garante o fluxo comercial da cidade com o restante do Rio de Janeiro.

Ala 19 – A TOQUE DE GADO
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira - PRODUÇÃO CANAVIEIRA
Ala 20 – CANAVIEIROS
Ala 21 – VENDEDOR DE BANANA
Ala 22 – CULTIVADORES DE LARANJA
Ala 23 – PESCADOR DE ARAÇATIBA
Alegoria 05 - UM TREM CHAMADO PROGRESSO

Sexto Setor – Entre o brilho do sol e o barulho do mar, um paraíso chamado Maricá
Encerrando o desfile que apresentamos, o sexto setor revela a Maricá agradável e bucólica que Maysa conheceu. Cidade de turistas, surfistas e banhistas ao mar. A cidade das Senhoras Bordadeiras do Espraiado. Terra de culinária farta onde prevalece o pescado. Apresentamos os anos dourados de Maricá com o charme característico da década de 70.
Ala 24 – Compositores ANOS 70
Ala 25 –TURISTAS
Ala 26 – FESTIVAL DE PESCA
Ala 27 –SENHORAS BORDADEIRAS DO ESPRAIADO
Ala 28 – PEIXES EXÓTICOS
Ala 29 – BANHISTAS
Alegoria 06 -SÓ FUI FELIZ EM MARICÁ
Ala 30 – Velha Guarda da Grande Rio - DECLARAÇÃO DE AMOR


OBSERVAÇÕES: Esta é apenas um sugestão de modelo. 
Por exemplo: O autor poderá apresentar a Sinopse junto com  o desenvolvimento as alas. 
Qualquer tipo de dúvida basta perguntar. Como comentário ou enviando e-mail

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