Mais uma vez destacamos que não está
o conteúdo do enredo em análise (a qualidade das explicações, se o enredo é
bom, se está bem explicado ou não). E sim estamos tentando mostrar é um modelo de “forma” para quem deseja fazer o seu enredo ter uma inspiração como ponto
de partida. Tente fazer até melhor! Este modelo apresentado foi feito copiando alguns pedaços do Abre Alas da Imperatriz 2014, a escola no Abre Alas não fez a explicação inicial de setores, mais achei em um site. No Abre Alas a Imperatriz só deu título para os setores e explicou Ala a Ala.
Recordo o que precisa ter no concurso:
1 Um título
2 Fazer uma Introdução (um texto para
apresentar o enredo, aqui deixei sobre outro título: Justificativa do Enredo)
3 Texto que conta o enredo (Sinopse, texto resumido, ou um texto mais detalhado, o número de páginas não está em julgamento), pode
ser duas, dez, vinte, cinquenta páginas... Procure apresentar um texto bom, de
qualidade que explica bem o enredo.
4 Desenvolvimento (Resumo dos
setores, nome (significado) para carros e alas, a explicação ala a ala é facultativa, espera-se que a Sinopse cumpra essa função).
“Arthur X – O Reino do Galinho de
Ouro na Corte da Imperatriz”
Carnavalesco CAHÊ
RODRIGUES
JUSTIFICATIVA DO
ENREDO
Ao tratar um astro do futebol
como tema de seu carnaval, a Imperatriz Leopoldinense transforma a vida do
homem que escolhe como enredo em um teatro que envolve sua paixão: O gosto por
carnavalizar e a aptidão em tornar temas densos, em alegres passagens
carnavalescas traduzidas em samba e plasticidade.
No enredo que apresentamos, a
Imperatriz usa o futebol como pretexto para mergulhar em suas obsessões
carnavalescas. Ela mais uma vez quer subverter a ordem historiográfica para
criar um ponto de vista particular, a seu modo e maneira. Debruçada em
expressões populares – como a que diz que aqui é “o país do futebol” – ela cria
“mundos” próprios, onde o que ela fantasia, é fundamentado sobre uma ideia
coletiva existente no senso comum, mas que não tem a condição de assumir a
realidade, senão pelas “mãos” permissivas dos dias de folia.
Certa vez, com a sabedoria
costumeira, o escritor e jornalista Nelson Rodrigues definiu o Brasil como “a
pátria de chuteiras.” A intenção da expressão cunhada pelo cronista era definir
a paixão coletiva do povo brasileiro por um esporte que nasceu inglês, mas foi naturalizado
verde e amarelo, não apenas em função da categoria de nossos profissionais, mas,
sobretudo, pela prática diária e coletiva de um esporte tão enraizado, ao ponto
de alguns estudiosos o considerarem uma legítima manifestação cultural, que
configura o principal fenômeno da psicologia coletiva do país, contribuindo
para a formação da autoimagem nacional.
Assim, fundamentada em questões
culturais aplicadas ao futebol e aos mitos que ele construiu, o G.R.E.S.
Imperatriz Leopoldinense cria a ilusão carnavalesca que dá contorno estético e
torna possível a materialização dos tais reis do futebol, do tal País do Futebol,
da tal Pátria de Chuteiras expressa por Nelson Rodrigues.
Dessa maneira, ela apresenta e
cria personagens. Trata a paixão nacional como teatro. Menciona times de
futebol como quem menciona “dinastias” que arrastam multidões.
Transforma o jogador em “Rei.”
Faz desse “Rei” o “herói.” Faz da vida pessoal e profissional de Arthur Antunes
Coimbra, o Zico - eterno camisa 10 rubro-negro - o “Arthur X” que apresenta
como enredo.
Assim, a Imperatriz Leopoldinense
que desenvolve uma temática futebolística, tendo o astro rubro-negro como
personagem central de seu enredo, é a Imperatriz Leopoldinense de sempre: A
Escola que gosta e aposta no carnaval que é cultura popular. A Agremiação que
não dissolve – seja qual for o enredo – a tríade de sucesso que une a história
oficial, o gosto pela pesquisa e seu direito de carnavalizar a realidade. Ou
seja, as bases fundamentais que consolidaram seu prestígio ao longo das mais de
cinco décadas de existência.
HISTÓRICO DO ENREDO
Ao longo de sua história, o
perfil cultural e artístico do G.R.E.S Imperatriz
Leopoldinense está configurado
sobre uma identidade que lhe associa ao universo particular de imperadores,
reis e rainhas. O dourado que está em seu pavilhão, a coroa que guarda como
símbolo, os enredos históricos, e o próprio nome – homenagem a Imperatriz
Leopoldina, a soberana brasileira de origem austríaca que foi esposa de D. Pedro
I – reforçam sua vocação estilística - e seu gosto pessoal - para tratar de
forma singular, temas que abordam questões relativas ao universo monárquico.
Ao tratar o esportista Zico -
“rei” de uma nação de torcedores, famoso “camisa dez” rubro-negro - como o
Arthur X; o personagem central de uma narrativa carnavalesca que transforma
dados da vida pessoal e profissional de um dos maiores ídolos do futebol nacional
em uma epopeia futebolística; a Imperatriz aposta em uma de suas mais consagradas
vocações: carnavalizar o que é popular à luz de um prisma majestoso.
Abaixo, a sinopse que ilustra de
forma poética o que propomos para esse carnaval.
“A única forma de chegar ao
impossível é acreditando que é possível”
De Lewis Carroll em “Alice no
País das Maravilhas”.
Autoriza o árbitro! Rola a bola
na Avenida. Começa a decisão do carnaval carioca. Doze Escolas estão na briga!
Vila quer buscar o feito do último campeonato. Império da Tijuca está na
primeira divisão. Mocidade e São Clemente jogam na retranca. Ilha cadencia o jogo!
Mangueira e Portela tentam a posse de bola pela intermediária. A sobra é da Grande
Rio que chuta pro gol mas bate na zaga do Salgueiro. A torcida grita! Tijuca dispara
pela ponta esquerda mas é desarmada pela Beija-Flor. Que jogada! Imperatriz domina
com categoria, faz a finta e levanta a torcida. Quanta habilidade! Imperatriz cruza
o meio de campo, deixa a marcação pra trás e parte em arrancada na direção do gol.
O gol é o seu portal! Ela cruza o gol, abre os portões da poesia e mergulha, de
braços abertos, na ilusão de um carnaval.
Diante da imaginação permissiva
ela não se assusta. Sente-se confortável com o mundo novo que se descortina
diante de seus olhos. O País do futebol, que até então muitos falavam, de fato
existia e ela estava lá.
Nessa pátria de chuteiras, a
nobre representante do carnaval toma conhecimento de histórias populares.
Curiosidades em torno da existência de um rei de pernas tortas, fatos sobre a
coroação de um rei negro. Porém, dentre as muitas histórias, uma lhe desperta interesse:
Arthur X havia nascido plebeu em um subúrbio do país do futebol. A família Antunes
Coimbra estava feliz e não conteve a ânsia de espalhar a notícia. Em tempo, damas,
bufões, soldados e plebeus espalhavam o ocorrido pelas casas simples da Rua
Lucinda Barbosa.
O passar dos anos encarregou-se de
transformar o plebeu em rei. Suas conquistas e lutas pessoais lhe conduzem ao trono.
Travou e venceu batalhas. Foi condecorado com a farda verde e amarela – a mais
alta patente dada a um combatente do país do futebol. Sagrou-se campeão
trajando vermelho e negro nas disputas mundiais do octogésimo primeiro ano do
século em que vivia. Foi coroado! Rei coroado no templo do futebol. E por ser
soberano de uma nação popular, espalha-se a fama e a grandeza de suas glórias.
Diante da história que corre na boca
de nobres e plebeus, aumenta o interesse da Imperatriz sobre o rei. No afã de
encontrá-lo toma conhecimento da realização de competições que animavam as
massas, tendo tal evento o título de “disputas dominicais.” Realizadas em um
lugar, que ficou popular como “Templo do futebol” – espécie de arena erguida em
torno de um vasto campo verde – onde o povo se encontrava e se dividia em
torcidas.
Junto à multidão que se espremia pode
observar a chegada de combatentes de bandeiras e cores distintas. Gente que
vinha desafiar os cavaleiros do Rei. Avistou ao longe um brasão que como
símbolo ostentava uma “estrela solitária”. Ouviu os gritos de euforia que
precederam a passagem de uma nobreza fidalga vestida em verde, encarnado e
branco. Pôde ouvir o toque que anunciava o atracar de uma caravela portuguesa
junto ao porto e o delírio dos que aguardavam sua chegada.
Em meio ao povo que vibrava, não
obteve sucesso na tentativa de aproximar-se do soberano. Porém pôde ouvir o
anúncio de que o reinado de Arthur X entraria em festa: O aniversário do Rei
seria comemorado no auge dos festejos de Momo que estavam por vir. Nobres de
nações estrangeiras por onde seus feitos haviam ganhado fama já confirmavam
presença e enviavam presentes. Do outro lado do mundo, onde se fazia noite
quando aqui era dia e dia quando aqui era noite, a imagem do rei era esculpida
em ouro.
No dia em que completava anos, os
clarins faziam ecoar uma melodia ritmada que aludia a “vencer, vencer, vencer!”
Seus súditos em festa vestiam o vermelho e o preto – as cores do manto sagrado
que o Rei tinha predileção. Ela, a Imperatriz, ordenou que sua corte vestisse
sua melhor roupa feita em verde, branco e ouro – talvez Arlindo, talvez Rosa –
e viesse em cortejo, tecer honras ao monarca. Fez soar a bateria. Chocalhos, tamborins,
surdos e cuícas embalaram o momento sublime. Ao Rei, como presente, a
Imperatriz ofereceu-lhe valiosa joia: sua coroa, feita em ouro e pedras verdes.
Diante do feito, o povo de Ramos saúda o rei. Ele, dispensando o tratamento
destinado aos soberanos, sorri, quebra o protocolo, e responde:
- Sem formalidades! É carnaval. Podem
me chamar de Zico!
Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Texto:
Leandro Vieira
DESENVOLVIMENTO:
Observação do Concurso: Observem
que neste modelo, incluí a explicação ala a ala, isto é facultativo. Eu coloquei umas ilustrações, isto também é facultativo.
PRIMEIRO SETOR – BEM-VINDOS AO PAÍS DO FUTEBOL
Às
vésperas da Copa do Mundo, o Brasil, o maior vencedor de competições
internacionais, se transforma no Reino da Bola.
Comissão de Frente
- O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE
A comissão irá mostrar a
formação do herói menino, seu treino cotidiano que mais parece brincadeira de
criança em um campinho de uma cidade qualquer acompanhado de outros meninos
(ele mesmo). Ali, dono de sua vida e de sua busca, ele pode ser o que quiser.
Está comissão irá falar da
capacidade humana de desejar e conseguir.
Irá falar de fé e da tenacidade
dos campeões.
Irá mostrar as brincadeiras que
forjam um homem.
Irá, sobretudo, dizer que O
IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE.
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira - A IMPERATRIZ E O
REI
O primeiro casal de mestre-sala
e porta-bandeira apresenta o encontro entre um “Rei” de inspiração
futebolística e uma “Imperatriz” de inspiração carnavalesca. O Rei em questão é
aquele que apresentamos como enredo: Arthur Antunes Coimbra, ou, como é
popularmente conhecido, Zico. Já a Imperatriz, é a personificação da Imperatriz
Leopoldinense – a nobre figura monárquica que representa a instituição
carnavalesca que desfila.
Ele veste o dourado
característico dos soberanos. Sobre a cabeça repousa uma coroa que como adorno
revela o objeto que lhe rendeu a fama: a bola de futebol. Ela veste o verde, o
branco e ouro. As cores que marcam seu reinado no carnaval carioca. Sobre a
cabeça e adornando a saia coberta de plumas, a coroa monárquica que guarda como
símbolo.
Na evolução, ele a corteja como
quem agradece a homenagem que a escola lhe presta. Ela gira e faz desfraldar
aquilo que guarda de mais valioso: o pavilhão. Juntos, em harmonia, promovem o
encontro festivo de dois reinos populares que são paixão nacional: Ele traz o
futebol. Ela, o carnaval.
Elemento Alegórico - BEM-VINDOS AO PAÍS DO FUTEBOL
A Imperatriz convida os
espectadores de seu desfile a atravessarem os portões do País do Futebol. Ao
transpô-los, ela revela seus delírios carnavalescos: A materialização estética de
uma Monarquia de inspiração futebolística, cenário para a apresentação de seu carnaval.
Ala 01 – Ala Show A GUARDA REAL DE BOTÃO
A primeira ala do desfile da
agremiação abre caminho para o descortinar de um mundo fantasioso onde o “país
do futebol” se revela através de visões poéticas que se utilizam da liberdade
artística para a construção de uma visão surrealista. A ala em questão
apresenta os guardiões desse “país” e revela que os motivos futebolísticos dão
o contorno mais permanente da estética de nosso carnaval como um todo. Em
conjunto, o figurino apresenta uma “guarda” formada por homens que ostentam um
escudo – na realidade, peças atribuídas ao futebol de botão – que faz menção
aos mais variados “times” do futebol brasileiro. Em um contexto mais amplo,
inauguram a permissividade característica do carnaval e convidam o espectador a
traspor-se para a realidade ilusória que a Imperatriz Leopoldinense propõe como
viés para a idealização conceitual e estética de seu enredo.
Alegoria 01 – Abre-Alas - O REINO DA BOLA
O Abre-Alas apresenta a
materialização do “Pais do Futebol” e dá contorno artístico ao “Reino da Bola.”
É uma visão lúdica traduzida em formas e cores que busca instaurar o perfil
ilusório do carnaval Leopoldinense.
No primeiro módulo, o “jardim”
do” Reino da Bola” apresenta-se como um campo de totó contornado por um
conjunto escultórico construído a partir do movimento dos corpos dos jogadores
de futebol. No segundo módulo, as cores verde e amarela revelam que esse tal
“País” traduzido em inspiração futebolística trata-se do Brasil. Bolas,
chuteiras e personagens associados à modalidade esportiva compõem a cenografia
geral da Alegoria que abre caminho para a apresentação da Escola de Ramos.
SEGUNDO SETOR
– O REINO FUTEBOLÍSTICO E O SONHO DO MENINO
Nos devaneios de um garoto nascido no subúrbio, o desejo de ser
um ídolo dos estádios. Fantasia e realidade se misturam.
Ala 02 – Força Verde BUFÕES FUTEBOLÍSTICOS
Dando continuidade à construção
estética de uma realidade permissiva, a fantasia revela a figura de um bufão
construído a partir de uma visão esportiva. Ao uso da peruca e ao tradicional
figurino do personagem que dá nome a ala, soma-se a bola como elemento
artístico, a estampa de inspiração futebolística e o uso de chuteiras, a fim de
construir a elaboração de um personagem criado para habitar o mundo ilusório
que a Agremiação se põe a apresentar.
Ala 03 – JARDINEIROS DO GRAMADO REAL
Continuando a construção
conceitual e artística do carnaval que apresentamos, os “Jardineiros do gramado
real” acrescentam ao conjunto estético do setor que revela o País do Futebol, o
personagem da ala que desfila. Como o figurino sugere, um grupo de jardineiros
“verdes” como um campo de futebol, que faz uso de materiais que
cenograficamente sugerem a formação de um gramado, e carregam como adereço de
mão a estilização de um regador.
Ala 04 – BOLA (PAIXÃO NACIONAL)
Fazendo uso do bom humor, o
figurino da ala revela a estilização de uma bola de futebol. O grupo humano que
desfila dá vida ao objeto que representa, apresentando-o como mais um
personagem – essencial – do universo futebolístico criado.
Ala 05 – A CAVALARIA DO PAÍS DO FUTEBOL
A ala apresenta-se como uma
cavalaria lúdica. O tom fantasioso e a inspiração futebolística ditam a
construção do figurino apresentado. A presença de uma bandeira nas cores azul,
verde e amarela, torna evidente que o tal “País do futebol” que apresentamos é
o Brasil.
Ala 06 – Baianas RAINHA DE BOLAS
A tradicional ala das baianas
do G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense apresenta-se incorporada ao visual
futebolístico que direciona a estética de nosso carnaval.
Sem perder as características
essenciais do figurino tradicional das baianas das Escolas de Samba do Rio de
Janeiro, apresentam elementos visuais que aproximam sua imagem a figura de uma
nobre dama construída a partir de componentes plásticos que fazem menção ao
universo do futebol. Sobre a saia tradicional, os “gomos” característicos das
bolas de futebol compõem a beleza plástica do figurino.
Alegoria 02 SONHO DE MENINO
A
segunda alegoria apresenta o universo infanto-juvenil do menino Arthur Antunes
Coimbra, o mítico personagem do “Pais do futebol” que apresentamos como enredo.
Nascido no subúrbio carioca – no bairro de Quintino – o imaginário pessoal do
“menino” foi povoado por elementos futebolísticos que marcaram os primeiros
passos de sua carreira. A cenografia que compõe a alegoria sugere um universo
juvenil construído com referências esportivas e afetivas do astro esportivo que
na infância ganhou o apelido de “galinho”. Iniciou a carreira ao lado dos
irmãos no Clube Juventude de Quintino, e tinha paixão pelo vermelho e branco do
América Futebol Clube.
TERCEIRO SETOR – NOS PÉS O PODER: A TRAJETÓRIA DE UM REI
A
carreira vitoriosa do craque começa cedo, ainda nas divisões de base. Veste a
camisa canarinho e é amado pelo povo.
Ala 07 – Caprichosos UM
PREDESTINADO DO JUVENTUDE
Encerrada
a sucessão de alas que introduzem a interpretação artística do país do futebol,
seguimos com o mesmo viés permissivo para apresentar a trajetória de sucesso
profissional do astro esportivo que escolhemos como enredo. Fazendo uso das
cores oficiais – o vermelho o branco e o amarelo – e da estilização da bandeira
do clube Juventude de Quintino, o figurino da ala apresentada faz menção às
cores e aos emblemas da primeira “camisa” que o futebolista defendeu, a fim de
abordar dados iniciais da carreira do homenageado.
Ala 08 – CONDECORADO CANÁRIO
REAL
No
“país do futebol” a convocação para ingressar na Seleção Brasileira é a mais
esperada honraria que um esportista futebolístico pode vislumbrar. A ala que
aborda as diversas participações do homenageado na Seleção Brasileira - nas
Copas da Argentina (1978) Espanha (1982) e México (1986) - trata a questão da
escalação com o título fictício de “Condecorado Canário Real.” Dessa maneira, o
figurino apresentado faz uso das cores e dos emblemas do uniforme da seleção
“canarinho” para traduzir esteticamente essa página da carreira pessoal do
ídolo esportivo.
Ala 09 – A GLÓRIA DE 81
Por
ter sido notabilizado como o carismático líder da vitoriosa trajetória do
Flamengo nas décadas de 1970 e 1980, o figurino da ala apresenta o homenageado
como um soberano trajado nas cores do reinado rubro-negro.
A
fim de abordar o período áureo em que o homem tema de nosso enredo atuou no
Flamengo, tendo como ápice a conquista do Mundial de 81, a fantasia apresenta
como adorno sobre a cabeça a reprodução artística de um urubu – símbolo
popularmente associado ao Flamengo – e junto à mão, como adereço, a reprodução
da taça que o esportista conquistou na referida disputa Mundial.
Ala 10 – O REI DO TEMPLO
SAGRADO
O
figurino da ala faz uso de elementos estéticos que sugerem realeza para abordar
um importante marco na carreira do futebolista Zico. Consagrado no gramado mais
popular e respeitado do país, maior artilheiro da história do estádio do
Maracanã - com 333 gols em 435 partidas – o figurino da ala apresenta o
homenageado como o “Rei do Templo Sagrado.”
Ala 11 – O GALINHO DE OURO
Carinhosamente
chamado de “Galinho de Quintino,” o astro esportivo que homenageamos, por tudo
que foi abordado ao longo do setor que revela sua trajetória profissional, faz
com que sua carreira mereça destaque em meio ao universo futebolístico
brasileiro. Suas conquistas pessoais consolidam o mito e a Imperatriz
Leopoldinense ao fantasiar sua história e traduzi-la em carnaval, passa a
chamar o “Galinho de Quintino” com o nobre título de “Galinho de Ouro.” Assim,
de maneira carnavalizada, seu reino passa a ser conhecido como o “Reino do
Galinho de Ouro” tal qual é mencionado no título que batiza o enredo. O
figurino da Ala que trata essa questão apresenta a figura de um nobre adornado
em amarelo, laranja e ouro. Sobre a cabeça e junto ao escudo que carrega como
adereço de mão, a figura de um “galo dourado.”
Alegoria 03 TESOUROS DO REI
A
terceira alegoria apresenta as conquistas profissionais do ídolo futebolístico
apresentado como “rei” através de uma cenografia que revela um tesouro
acumulado. Esse tesouro - medalhas, taças e troféus confeccionados em ouro -
reproduz os mais significativos troféus conquistados pelo esportista ao longo
de uma carreira vitoriosa seja por sua atuação na seleção brasileira, no
flamengo, ou nos campos internacionais. Ao centro, uma grande taça traz o time
rubro-negro que se notabilizou pela conquista do mundial de interclubes de 1981
tendo Zico como líder.
QUARTO SETOR – DUELOS NO TEMPLO DO FUTEBOL
Ídolo
maior da maior torcida do mundo, construiu suas glórias no Maracanã, o templo
sagrado.
Ala 12 – A NOBREZA DA ESTRELA
SOLITÁRIA
Boa
parte do prestígio alcançado pelo jogador tema de nosso enredo se dá em função
de sua atuação no cenário esportivo carioca. Para recriarmos o panorama de
rivalidade e efervescência esportiva no qual o nome do homenageado está
inserido, o quarto setor apresenta um conjunto de figurinos que faz menção aos
times rivais e a personagens esportivos que atuam durante as disputas
futebolísticas. Sendo assim, a primeira ala do setor faz menção ao Botafogo,
clube carioca que como símbolo apresenta a estrela solitária, e como cor
oficial, o preto e o branco, tal qual é evidenciado pela fantasia da ala “A
Nobreza da Estrela Solitária.”
Ala 13 – FIDALGUIA TRICOLOR
Um
dos principais rivais do clube esportivo onde nosso homenageado fez história é
tradicionalmente caracterizado por um personagem de cartola trajando as cores
verde, branca e grená. O figurino da ala “Fidalguia Tricolor” se utiliza da
estilização do referido personagem para compor o figurino que faz menção ao
Fluminense.
Ala 14 – Bateria ÁRBRITOS DA
FOLIA
Em
toda disputa de futebol há um árbitro. É ele quem comanda o jogo e impõe a
regra. Por entendermos que quem “comanda” o desfile é a bateria, nossos
ritmistas apresentam-se como os “Árbitros da Folia.” O figurino segue a linha
que caracteriza a estética de nossa apresentação: A estilização do figurino de
época, no caso um juiz de corte, associada à inspiração futebolística
característica dos árbitros esportivos. No jogo que propomos “a regra é clara:”
A ordem da Imperatriz é sambar.
Ala 15 – Passistas BANDEIRINHAS
NA MARCAÇÃO
Dando
continuidade a apresentação do “time técnico escalado” pela Imperatriz
Leopoldinense, após a apresentação dos “árbitros” representados por nossos
ritmistas, a ala de passistas apresenta-se como os “Bandeirinhas” que atuam com
ginga e alegria em nosso carnaval de inspiração futebolística.
Ala 16 – A NOBREZA CRUZMALTINA
Principal
rival do clube esportivo onde o astro rubro-negro que homenageamos fez
história, o Vasco da Gama é apresentado através do figurino que estiliza a
figura de um nobre trajando a coloração oficial do time – o preto, o branco e
vermelho - e ostenta no estandarte que carrega, a emblemática cruz de malta que
caracteriza o referido clube futebolístico.
Ala 17 – COMBATENTES DO REI RUBRO-NEGRO
Pela
excelência esportiva e pelos méritos conquistados nos campos de batalha, os
jogadores rubro-negros são concebidos esteticamente como um grupo de
combatentes que apresentam as cores associadas ao Flamengo – o vermelho e o
preto – para compor o figurino da ala “Combatentes do Rei Rubro-Negro.”
Coreograficamente se utilizam do escudo que carregam para comporem a imagem do
“rei” rubro-negro, o homem que homenageamos no carnaval que desfila.
Alegoria 04 REI COROADO NO TEMPLO DO FUTEBOL
Poucos
estádios do mundo podem se gabar de ser também um monumento histórico. O
estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, abrigou momentos inesquecíveis
da história do futebol carioca e brasileiro. Considerado o palco principal do
futebol nacional, é lá, que a carreira do homem que homenageamos ganha
notoriedade e prestígio. Tido como uma espécie de “templo” pelos torcedores
cariocas, local onde a paixão nacional pelo futebol é expressa pelas “massas”
populares do Rio de Janeiro, o estádio é apresentado no Desfile Leopoldinense
como uma espécie de “Coliseu” onde a rivalidade e o duelo entre os principais
clubes cariocas é a atração. Em função disso, os esportistas futebolísticos são
apresentados como gladiadores e Zico é revelado como um rei coroado, esculpido
em dourado, que emerge da estrutura cenográfica que estiliza o “maracanã” para
enaltecer o fato do esportista homenageado ser o maior artilheiro da história
do estádio, tendo a marca de 333 gols realizados. Na traseira do carro, uma
partida de futebol vertical dá o tom esportivo da alegoria.
QUINTO SETOR –
DA EUROPA AO ORIENTE (CAMINHANDO MUNDO A FORA)
Depois do Brasil, prosseguiu conquistando o
carinho de outras legiões de apaixonados. Também foi consagrado na Itália, no
Japão e na Turquia.
Ala 18 – Amar é Viver A ITÁLIA SAÚDA O REI
Um
dado amplamente difundido sobre a trajetória profissional do personagem que
apresentamos como enredo é sua bem sucedida carreira internacional. A primeira
ala do setor que trata essa questão aborda a passagem do homenageado pela
Itália, onde atuou como jogador no clube Udinese. A ala revela o uso das cores
da bandeira italiana, bem como, a inspiração dos trajes típicos associados à
cultura local, para compor o figurino do conjunto que desfila.
Ala 19 – Surgiu no Ato REVERÊNCIA GREGA AO
REI
Para
abordarmos a atuação do homenageado durante sua passagem profissional pela
Grécia - onde liderou o clube Olympiakos – fazemos uso da estilização da
indumentária atribuída aos soldados gregos, associada às cores e aos emblemas
pertencentes ao clube onde o futebolista atuou como treinador.
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira CAMINHANDO MUNDO AFORA
Ala 20 – A TURQUIA DANÇA PARA
O REI
Contratado
para treinar a equipe turca do Fenerbahçe, Zico ganha em sua primeira temporada
o campeonato local e, na seguinte, leva equipe as quartas-de-finais da Liga dos
Campeões da UEFA. Em função do feito alcançado, é festejado na Turquia. Para
abordarmos a adoração que o povo turco possui pelo homenageado, apresentamos -
através da dança e da tradicional figura dos “dervixes” – a ala coreografada “A
Turquia dança para o rei.”
Ala 21 – A RÚSSIA EM FESTA
Atuando
como técnico esportivo, leva o time CSKA Moscou a conquistar a Copa e a super
Copa da Rússia. O figurino da ala se utiliza de elementos estéticos
característicos do imaginário cultural russo para abordar a atuação do
futebolista homenageado no país em questão.
Ala 22 – Alas das Damas HONRARIA
JAPONESA
As
damas de Ramos apresentam-se com um figurino inspirado na tradicional figura de
uma gueixa. A ala inclui em nosso desfile o mais significativo dado da carreira
internacional do ídolo homenageado: a consagração de sua atuação como jogador e
técnico no Japão. Considerado uma espécie de embaixador do futebol no país,
Zico é historicamente apontado como o responsável pela popularização do esporte
na terra do sol nascente
Alegoria 05 O DEUS DO SOL NASCENTE
O
futebol já existia no Japão antes da chegada de Zico para atuar no Kashima
Antlers. No entanto é inegável que o craque do Flamengo é a figura mais
importante da história da modalidade na Ásia. O futebol tornou-se profissional
um ano e meio após sua chegada ao país, sendo o astro esportivo considerado uma
espécie de embaixador das atividades futebolísticas na “terra do sol nascente.”
A partir do sucesso do camisa dez, a liga japonesa cresceu, evoluiu e
conquistou fãs. "Jico" - como é chamado no Japão - virou estátua de
bronze e tornou-se um símbolo emblemático da cultura futebolística japonesa.
Sendo assim, encerrando o setor que trata de sua carreira internacional, a
alegoria “O Deus do Sol Nascente” insere a figura do astro esportivo ao
contexto cultural japonês através da reprodução de sua imagem esculpida em
ouro, junto ao desenvolvimento artístico de objetos e formas que são
tradicionalmente associados à cultura do Japão.
Convém
destacar ainda a inspiração do trabalho da artista japonesa Yayoi Kusama para a
construção da alegoria, bem como, o respeito a folclórica tradição japonesa de
apresentar “Darumas” – objeto tido como amuleto de sorte - com a pintura de
apenas um único olho, esperando que um “pedido” se concretize para que o “outro
olho” se apresente completo. O pedido da Imperatriz Leopoldinense é o Campeonato!
SEXTO SETOR – A CORTE RUBRO-NEGRA
A festa
de aniversário começa entre companheiros de campanhas memoráveis pelo Flamengo…
Ala 23 – Compositores HOMENAGEM
A LAMARTINE
Aos
compositores Leopoldinenses foi dada a tarefa de transformarem a história do
homenageado em samba-enredo. Sendo assim, em nossa apresentação, eles abrem o
setor que apresenta a corte rubro-negra. Incorporados à estrutura do desfile,
os poetas de Ramos vestem as cores do reinado do homenageado cuja história
pessoal apresentamos ao longo do desfile. Em paralelo, homenageiam o compositor
Lamartine Babo - autor dos hinos dos times cariocas, incluindo os famosos
versos do hino rubro-negro – ao levarem sua imagem estampada junto ao peito.
Ala 24 – Crianças O MASCOTE
RUBRO-NEGRO
Por
sua história de perseverança, o ídolo esportivo homenageado em nosso carnaval,
é exemplo para jovens que enxergam na carreira futebolística uma possibilidade
de crescimento profissional e pessoal. Em função disso, os jovens da ala das
crianças de Ramos apresentam-se como o símbolo que marca a presença rubro-negra
no universo infanto-juvenil: seu “mascote” oficial, criado a partir da visão
infantil de um urubu.
Ala 25 – REALEZA RUBRO-NEGRA
O
figurino da ala se utiliza de componentes estéticos que sugerem realeza para
apresentar a figura de um nobre construído a partir de elementos que fazem
menção ao clube esportivo onde o homenageado deixou sua história marcada de
forma definitiva. A ala “realeza rubro-negra” abre caminho para que as cores
associadas ao Flamengo se apresentem na Avenida.
Ala 26 – AMIGOS DO REI
Ainda
no contexto rubro-negro, a ala apresenta os súditos pertencentes à “nação”
comandada pelo jogador que apresentamos como “rei.” Como no dia de hoje é
comemorado o aniversário do homenageado, seus súditos são os amigos que o rei
convida para a festa que a Imperatriz Leopoldinense promove.
Alegoria 06 TEMPLO RUBRO-NEGRO
Homenageado
no carnaval carioca pela Imperatriz Leopoldinense, Zico tem sua trajetória
pessoal contada através de um enredo que associa sua imagem a figura de um
soberano. Esse “reinado” está definitivamente associado ao período em que se
consagrou no futebol carioca como o líder carismático da prestigiosa escalada
de sucesso do clube onde sua atuação fez história. O astro esportivo defendeu o
Flamengo durante a maior parte de sua carreira - entre 1967 e 1989. Liderou a
conquista de quatro títulos nacionais, da Taça Libertadores da América e do
Mundial Interclubes, consagrando o que ficou popular como a "Era
Zico". Por conta disso, até hoje é o maior ídolo da torcida rubro-negra,
sendo considerado pelos torcedores uma espécie de Rei. A sexta alegoria
apresenta o templo rubro-negro e revela ícones tradicionalmente associados ao
clube para abordar a relação de paixão entre o homenageado e o referido clube.
À frente, a imagem de Dida – craque do time e ídolo de Zico - aparece cercada
por ilustres torcedores. O grande urubu que sobrevoa a cenografia desenvolvida
em tons rubro-negros revela o símbolo máximo associado ao clube esportivo.
SÉTIMO SETOR – IMPERATRIZ:
A CORTE VERDE, BRANCA E DOURADA
O
desfile culmina com a recepção calorosa na Corte onde estão guardadas emoções
de tantos carnavais.
Ala 27 – Velha Guarda
RELÍQUIAS DA CORTE
Abrindo
o setor que traz a corte de Ramos para festejar o aniversário do rei e encerrar
a homenagem que a Escola se propõe a realizar, nossa velha-guarda abre caminho
para o desfile das cores e das formas que revelam a “corte Leopoldinense.”
Nesse contexto, eles representam a memória mais viva daquilo que carregamos
como essencial. São as mais tradicionais “joias verdes” da coroa que guardamos
como símbolo.
Ala 28 – Baianinhas TESOURO DE
RAMOS
Vestindo
o verde, o branco, e o ouro que tinge nosso pavilhão, a ala das baianinhas de
Ramos revela o espírito carnavalesco de nossos dias de glória. Traduzem através
do capricho do seu figurino, confeccionado a partir da releitura clássica da
tradição estética da Escola, o gosto pelo requinte e pela minúcia que marcam a
plástica carnavalesca que consagrou a Imperatriz Leopoldinense.
Ala 29 – Ala de Casais /
Comunidade A IMPERATRIZ E O REI
A síntese
do enredo que apresentamos se dá através do figurino duplo concebido para ala
de casais “A Imperatriz e o Rei.” De um lado, a visão estilizada de um jogador
de futebol esteticamente e estilisticamente apresentado como um soberano. Do
outro lado, a visão carnavalizada da Imperatriz Leopoldinense, personagem
tradicionalmente citada ao longo dos desenvolvimentos conceituais da agremiação
como a personificação individual da Escola. O encontro dos dois personagens
apresentados sob uma coreografia que sugere reverência mutua, traduz a relação
cortês entre o homenageado e a instituição que o homenageia.
Ala 30 – A CORTE DA IMPERATRIZ
EM FESTA
Através
de uma ala de figurino misto, a Imperatriz Leopoldinense convida sua corte a
participar da homenagem que presta ao ídolo futebolístico que apresentamos ao
longo do desfile sobre a condição de “rei.” Sua corte é a corte do carnaval.
Personagens típicos e tradicionalmente associados aos festejos de Momo se
apresentam com as cores e o requinte estético que marcam a plástica consagrada
da Escola da Leopoldina. Pierrôs, Colombinas e Arlequins colorem a Avenida com
o mesmo verde, branco e ouro, que tinge nosso pavilhão.
Alegoria 07 AO REI, A JÓIA DE
RAMOS!
Encerrando a apresentação
Leopoldinense, a tradicional “coroa” – símbolo máximo da Agremiação de Ramos –
é oferecida como presente ao “Rei” que homenageamos ao longo do desfile. Como o
samba sugere, “hoje, mais do que nunca é o seu dia.” O homem tema de nosso
enredo completa mais um ano de vida no exato momento em que a Escola
Leopoldinense se apresenta. A corte da Imperatriz está em festa, e a alegoria
que encerra o cortejo, traz o esplendor de uma “joia” concebida com o que há de
mais característico no estilo barroco, estética consagrada na identidade artística
da Escola
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