ORGANOGRAMA OFICIAL CARNAVAL VIRTUAL 2021
LIESE PRESIDENTE: LEO DELIBERO VIDAL
CARNAVALESCO:LEO DELIBERO VIDAL
CORES DA ESCOLA AMARELO, PRETO E VERDE
GRESES ESTAÇÃO DO IMPÉRIO
PRESIDENTE
LÉO DELIBERO VIDAL
ROTEIROS DO DESFILE
Alas – 20
4 alegorias e 1 tripé
Mestre Sala e Porta Bandeira – 1
Guardiões de Casal de MS & PB – 0
Destaques de Chão – 0
INTRODUÇÃO DO ENREDO
Tema enredo | ||
“FOLIAS DE JUCU” | ||
Carnavalesco | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Autor do enredo | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Elaborador do roteiro do desfile | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Introdução | ||
De meados de dezembro, até Dia de Reis - seis de janeiro - uma série de festas ocorre por todo o rio Jucú, especialmente pelo interior onde a tradição é viva e sensível. As festas de Natal, Ano Novo, Reis, chamadas "janeiras" em Portugal são as mais alegres para o povo e onde melhor se aprecia a poesia popular. Os "brinquedos" mais comuns são: A festa de rei menino, os reis de congo, as marujadas, Bumba-meu-boi e o bloco do moco-moco. As festas do rei menino são autos populares cantados e dançados diante de uma reconstituição do presépio em que nasceu Jesus Cristo. As marujadas representam-se por um batalhão de rapazes vestidos a maruja, que conduzem um navio. Depois de fingir uma luta, vão coser o pano da vela, no fim do qual há o episódio do jajeiro, cantando versos de poesia popular de origem portuguesa, lembrando o espírito de navegantes daquele povo. Os reis congos são autos populares negros, somas de danças, episódios, convergidos para um só enredo. O Bumba-meu-boi vem a seu um magote de indivíduos acompanhados de grande multidão, trazendo consigo a figura de um boi, por baixo do qual oculta-se um rapaz dançador. O enredo está composto numa forma de dramatização histórica dos autos e folguedos populares, baseada nas descrições dos folcloristas Mello Morais e Câmara Cascudo. |
1° SETOR AS FESTAS DO REI MENINO
O baile do rei menino é um auto cantado e dançado, diante de uma reconstituição do presépio em que nasceu jesus cristo. É festa do ciclo de natal e termina com a queima das palhinhas no dia de reis, seis de janeiro. Chamam pastoreio em memória dos pastores que vieram saudar o deus-menino e o louvaram cantando. Orienta-se o enredo do rei menino, sobre temas sacros, em pequenos entreatos, jornadas, partes dialogadas, com coros e música popular, sempre em frente da armação do estábulo de Belém, com pastares, animais, igrejas, rios, pontes - a lapinha.
A festa é dividida em cordão azul e encarnado, com seus apaixonados e financiadores, e as figuras de Diana, belo anjo, as duas mestras e contramestras e o velho, que é o palhaço.
Na sua realização as famílias, da mais humilde à mais importante, se reúnem participando desse brinquedo.
A festa conta um pequeno drama, um espetáculo ingênuo, de comovente simplicidade, representado por diversas figuras, nas praças ou ruas, sobre um tablado e a história dos pastores a caminho de Belém, perseguidos pelo demônio, composta em versos cantados pelo grupo, acompanhados de viola, pandeiros e maracás.
Os pastoris nos foram legados pelos jesuítas quando da catequese dos índios. Certamente os padres foram admitindo que os nativos incluíssem outros personagens aos pastoris. Hoje ao lado do cordão azul e encarnado os pastoris nordestinos apresentam antes um leilão de flores ou frutas, e a figura do velho se transformou num verdadeiro palhaço, cujo papel consiste em manter o diálogo das pastaras com os espectadores.
Quando chega o dia de reis tem lugar a festa da queimada da lapinha. Um cortejo percorre as ruas carregando as folhas de coqueiro, utilizadas no nicho do menino-deus. Acompanham-nas duas fileiras de garotas com balões e a orquestra de pandeiros, violas, maracás. Na praça elas fazem um monte com as folhas e queimam-nas. De mãos dadas o povo forma grande roda em torno da fogueira e vão todos circulando, dançando e cantando, até o apagar das labaredas esta festa é realizada na barra do Jucú a mais de 400 anos.
Comissão de frente- reis magos Três reis magos na tradição da religião cristã, são personagens que teriam visitado jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados no evangelho segundo Matheus onde se afirmar que teriam vindo do oriente para Jerusalém para adorar o cristo, "nascido rei dos judeus". Como três presentes (ouro, incenso e mirra), foram registrados, diz tradicionalmente que tenham sido três, embora Matheus não tenha especificado seu número, que pode ser três, quatro, doze ou até mais. Os três reis magos são Belquior, Gaspar e Baltazar
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TRIPÉ COMISSÃO DE FRENTE REPRESENTA A FOLIA DO JUCU COM O SIMBOLO DA ESCOLA OS LEÕES COROADOS CARNAVALIZADO DA MANEIRA DE ENTRUDOS DOS ANTIGOS CARNAVAIS. | ||
MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA LUZ DO CRIADOR A LUZ É UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA, CUJO COMPRIMENTO DE ONDA SE INCLUI NUM DETERMINADO INTERVALO DENTRO DO QUAL O OLHO HUMANO É A ELA SENSÍVEL COMO A LUZ SOLAR. | ||
1° ALA CAVALO CAVALO É UM MAMÍFERO HERBÍVORO DA ORDEM DOS UNGULADOS PRESENTE NO NASCIMENTO DE CRISTO | ||
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2° ALA CABRA A CABRA É UM ANIMAL HERBÍVORO PERTENCENTE AO GÊNERO CAPRA PRESENTE NO NASCIMENTO DE CRISTO. | ||
3° ALA DAS BAIANAS A LUZ É UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA, CUJO COMPRIMENTO DE ONDA SE INCLUI NUM DETERMINADO INTERVALO DENTRO DO QUAL O OLHO HUMANO É A ELA SENSÍVEL COMO A LUZ SOLAR. | ||
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4° ALA DOS PASTORIO O PASTORIL, PEQUENO DRAMA, UM ESPETÁCULO INGÊNUO, DE COMOVENTE SIMPLICIDADE, REPRESENTADO POR DIVERSAS FIGURAS, NAS PRAÇAS OU RUAS, SOBRE UM TABLADO E A HISTÓRIA DOS PASTORES A CAMINHO DE BELÉM, PERSEGUIDOS PELO DEMÔNIO, COMPOSTA EM VERSOS CANTADOS PELO GRUPO, ACOMPANHADOS DE VIOLA, PANDEIROS E MARACÁS. | ||
CARRO ABRE ALAS O PRESEPIO EM TEMPO DE REISADO - ALEGORIA ESTILIZADA COM A PASSARELA E O TRONO REAIS ENCIMADOS POR COROA GIGANTE, FIGURANDO AO FUNDO, FACHADAS E COROAS DE IGREJAS, PARA O CLIMA QUE ENVOLVE OS FESTEJOS DE REIS. APRESENTA O REI E A LIRA, FIGURAS DE DESTAQUE, LADEADOS POR ALA DO RANCHO DO REISADO. | ||
2° SETOR OS REIS DO CONGO
Não há quem não se recorde de um grupo de negros, vestidos de penas, tangendo instrumentos rudes, dançando e cantando, que nos dias de festas populares, percorriam as ruas das cidades e povoados, anunciando-se aos folguedos. Esses bandos constituídos por escravos d'África, eram numerosíssimos, sem do as suas cantigas bárbaras unicamente na linguagem de suas terras.
Desembarcados de navios negreiros, com o coração cheio de pranto, arrancados das cabanas de seus pais, e dos desertos de sua terra, os pobres nativos tiveram de dar expansão a sua dor, relembrando os seus costumes. E a dança dos reis de Congo ressoa estrepitosa, ao tinir das correntes e aos gemidos nas senzalas, ao som do açoite e do soluço da mãe escrava.
As letras desses cantos, com seu enredo e evoluções guerreiras, seus reis e princesas, seus tamborins e ganzás, resume o argumento em composições simples e rudimentares.
O desfecho do baleto é o seguinte: depois de lauta refeição do cucumba, comida que usavam nos dias de circuncisão de seus filhos, um bando põe-se a caminho, indo levar a rainha, os novos vassalos que haviam passado por essa espécie de batismo selvagem.
O préstito formado por príncipes e princesas, augures e feiticeiros, intérpretes de dialetos estrangeiros e numeroso povo, levam do entre eles os mametos - crianças de cocares de plumas, pulando e levantando os braços, ao compasso acertado - é acometido por uma tribo inimiga caindo flechado o filho do rei.
Ao aproximar-se o cortejo, recebendo a notícia do embaixador, ordena o rei, que venha a sua presença o feiticeiro mais célebre do seu reino, impondo-lhe a ressurreição do príncipe morto.
- "Ou darás a vida a meu filho e terás em recompensa um tesouro de miçanga, ou não darás e te mandarei degolar".
E aos sortilégios do feiticeiro, o morto levanta-se e findam as danças em ruidosa retirada.
Na distribuição do dançado esplêndido e aparatoso, há personagens típicos, figuras importantes, dentre os quais: o Rei, a Rainha, o Quimboto (feiticeiro), o Capataz, embaixadores, príncipes e princesas, os mametos, augures e figuras que dançam, tocam e executam os coros.
O vestuário geral consiste em círculos de vistosas e compridas penas aos joelhos, à cintura, aos braços e aos punhos; rico cocar de testeira vermelha, botinas enfeitadas de fitas e galões, calça e camisa de meia cor de carne, e ao pescoço, miçangas, corais e colares de dentes. O feiticeiro, o Rei e a Rainha ostentam vestimenta mais luxuosa.
Quanto aos instrumentos: na maioria dos ranchos dos reis do Congo, os ganzás, os chequerês, os chocalhos, os tamborins, os agogôs, as marimbas e os pianos de cuia.
5° ALA DOS GUERREIROS AFRICANOSSão grupos de soldados tribais derivado do povo de Congo traz como arma machado e escudo | ||
6° ALA REIS DE CONGO São reis de congo que será coroado em um cortejo chamado de congado | ||
7° ALA DAS BAIANINHAS RAINHAS E PRINCESA DE CONGO crianças de cocares de plumas, pulando e levantando os braços, ao compasso acertado | ||
8° ALA DOS PRINCIPES DE CONGOS responsável pela relação pública do congaço | ||
9° ALA DOS FEITICEIROS responsável pela magia de cura da tribo | ||
3° CARRO OS REIS DE CONGO África distante - Alegoria que traduz o banzo dos negros arrancados de sua terra natal e trazidos como escravos, em navios negreiros, para o Brasil. Em primeiro Plano, elefantes, apresentados em escultura, com os reis africanas e ao fundo elementos do continente negro estilizados: máscaras, cocares de penas, testeiras e peles de animais selvagens. | ||
3° SETOR A MARUJADA
Na véspera de Reis é que a folia recrudesce, e desde o meio-dia começam as cantorias nas ruas e nas praças, a frequência das multidões aos palanques, a porta das igrejas e nos pátios das matrizes.
Eis quando aos pandeiros que arrufam e aos chocalhos que tinem, ouve-se um alarido.
É o cordão dos marinheiros, que puxando um navio, conduzindo uma ancora, um mastro, anuncia nas ruas a chegança dos Marujos.
A Chegança dos Marujos
Caboclos e caboclas, vestidos à maruja, incumbem-se de seus papéis indo desempenhar a chegança numa praça.
Imitando o balanço de bordo, seguidas das figuras principais, lá passam cantando uma canção que prenuncia o combate:
E o Patrão, o Piloto, o mar-de-guerra, O Calafatinho, o Surjão, o Padre-Capelão, o Gajeiro, o Guarda-Marinha, o Capitão, o Rei mouro, o Embaixador ostentam garbosos, com suas vestimentas agaloadas, seus distintivos.
As moças chegam a janelas para vê-los, e a meninada chama a cada canto, o préstito popular cresce por todo o caminho.
E vão cantando e tocando simulando as manobras dos navios, até chegarem aos palanques para representar.
11° ALA DOS PASSISTA PEIXE CAÇÃO Peixe filhote de tubarão existe em todo litoral capixaba principal ingrediente da moqueca capixaba | ||
RAINHA DA BATERIA PRINCESA KITANA É A IMPERATRIZ DO MAR | ||
12° ALA DA BATERIA A BATERIA VEM DE MARINHEIRO REPRESENTANDO A NAU CAPITANIA | ||
13° ALA DO CAVALO MARINHO Cavalo marinho é um gênero de peixes ósseos, pertencente à família de águas marinhas temperadas e tropicais que engloba as espécies conhecidas pelo nome comum de cavalo-marinho | ||
14° ALA DO CARANGUEJO Caranguejos são os crustáceos, caracterizados por terem o corpo totalmente protegido por uma carapaça, cinco pares de patas terminadas em unhas pontudas, o primeiro dos quais normalmente transformado em fortes pinças e geralmente, o abdômen reduzido e dobrado por baixo do cefalotórax. | ||
15° ALA DAS ÁGUA VIVA é um agrupamento taxonômico que inclui as medusas, mães d'água, águas-vivas ou alforrecas, formas de vida livre dos cnidários adultos, que se encontram nas classes Scyphozoa. | ||
3ª ALEGORIA: Nau Catarineta - Alegoria que traduz o clima fantasmagórico dos monstros marinhos, como os dragões alados e de pele escamada, apresentados em escultura, ladeando a nau que criaram a auréola de terror, origem das lendas e do auto popular, próprio das cheganças, que dá título a alegoria. | ||
4° Ato: Bumba-Meu-Boi
O Bumba-meu-boi é um auto brasileiro, único em sua espécie, criação mestiça, representação satírica, onde convergem influencias europeias e negras, fundindo cantos de pastoris, toadas populares, louvações, loas dos presépios. Aparece no ciclo do Natal até o Dia de Reis. O número de figuras varia. É uma série de esquetes, cantados, dançados, declamados, numa reminiscência de auto seiscentista, pela apresentação dos personagens na intenção de ridicularizar determinadas expressões poderosas.
Esse auto de caráter grotesco, em duas cenas, entremeado de chulas, de diálogos patuscos é desempenhado por extravagantes personagens.
A originalidade desse drama que tem por protagonista um boi, é extraordinária. A distribuição da peça é a seguinte: o Boi, o Tio Mateus, a Tia Catarina, o Surjão, o Doutor, o Padre, o Vaqueiro, o Amo, o Secretário de Sala, o Rei e as figuras que dançam, jogam espadas e fazem o coro.
Cada interlocutor tem o vestuário mais esquisito: é uma mascarada.
O Rei, o Secretário de Sala e as Figuras envergam capa e calção, trazendo a cabeça coroa e capacetes prateados, meneiam espadas de pau, tocando três ou quatro violas.
O Boi é um arcabouço feito de lâminas de pinho, coberto com uma colcha de chita, implantada no pescoço curto e um tanto triangular, a cabeça com os competentes chifres, por baixo do qual oculta-se um rapaz dançador.
Os lampiões refletem luzes vivas nas ruas extensas e as casas de humilde aparência conservam as portas escancaradas até muito tarde.
Na sala, ao balanço da rede, o chefe da família, acercado da mulher e da prole, à flama do candeeiro, escuta de uma preta velha, os contos da Madrasta, do Pedro Malazarte, da Moura-Torta.
Moradas há em que o Menino Deus já de pé no presépio, mostra-se com sua camisinha de cambraia e cajadinho de ouro.
Nestas as cantigas de reis correm à porfia e sempre sonoras.
De súbito interrompendo as estórias do tempo antigo, quebrando o canto dos alegres pastores, um grito estridente prolonga - se nos ares:
E todos chegam às janelas e às portas, dando com os olhos em um vulto que ergue um archote e descansa nos ombros uma vara de aguilhão. É o siri-candeia o mais humilde posto, no Bumba-meu-boi.
De feito, minutos depois, para ele com sua música tradicional, seu Boi-galhardamente arranjado, o seu pessoal escolhido e completo.
Os papéis de maior importância são confiados aos de inteligência fácil, pois terão de improvisar durante horas a fio, contando anedotas, ridicularizando uns ao outros, caindo, empurrando-se, gritando, enchendo tempo e distraindo o auditório, paupérrimo, mas exigente crítico pelo conhecimento secular do "brinquedo".
A família e os vizinhos, que acodem fazem roda; acendem-se - mais velas, as violas ti nem e o folguedo principia:
Guiando o Boi, que obedece a voz do Vaqueiro, servindo de guarda de honra às figuras que, ao compasso da música, marcham, erguem e abaixam as espadas.
Nisso que o Boi dança, as gargalhadas e as palmas dos circunstantes.
Depois de muito toque e de muita dança termina o auto pela cantiga de retirada:
16°ALA DA VELHA GUARDA Trás a fantasia os donos do boi conhecido pela história o Zé boiadeiro que dança com os bois na margem do rio jucú | ||
17° ALA DAS DAMAS Trás a fantasia a tia Catarina esposa do Zé boiadeiro que faz quitute para folião do boi | ||
18° ALA DOS PALHAÇOS Trás a pessoa que festeja com os foliões com a sombrinha de frevo nas batalhas do boi | ||
19° ALA DO FREVO BOI Trás do frevo boi homenageia os grandes boiadeiros do estado do espirito santo | ||
Os jesuítas trouxeram o auto para o Brasil e o aproveitaram a catequese dos indígenas. Depois vieram os autos guerreiros. | ||
4ª Alegoria: Bumba-meu-Boi - Alegoria composta por adereços do rancho do Bumba-meu-boi, com fitas, flores, espelhinhos, tendo ao centro concepção cenográfica com bolas e pingentes | ||
Tema enredo | ||
“FOLIAS DE JUCU” | ||
Carnavalesco | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Autor do enredo | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Elaborador do roteiro do desfile | ||
Léo Delibero Vidal | ||
Bibliografia | ||
Carnaval Capixaba: Histórias, Honras e Glórias. 2015 Antologia do Folclore Brasileiro - Luiz da Câmara Cascudo, São Paulo, 3ª edição, 1° volume, 1965, Livraria Martins Editora. |
Abacate mentiroso
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