Já tivemos casos brandos de cópias e que nunca fomos
radicais, casos do que eu chamo de “colagens”, o cara pesquisa e extrai e
compõe a sua sinopse de vários lugares diferentes. E geralmente estes textos
são referências, como por exemplo, trazer informação sobre um personagem, ex:
Auguste Dupin: Detetive fictício criado
Por Edgar Allan Poe, precursor dos detetives da literatura. Aparece pela 1ª vez
com o conto “Os Crimes da Rua Morgue”, de 1841, o autor traça
as três propriedades do detetive clássico: o emprego da lógica e métodos
dedutivos na solução de mistérios, as histórias narradas por um segundo
personagem e a incorrigível mania do detetive de explicar, passo a passo, o seu
raciocínio.
É um texto informativo, isso até então fomos tolerantes,
embora também vamos modificar a nossa política quanto a eles também.
Já os casos que tivemos neste concurso se tratavam de casos inaceitáveis.
1)
Primeiramente por ser 100% copia de um único
lugar. Não tinha nessas sinopses nenhum trecho criativo do autor, era apenas
xerox cortando um parágrafo ou outro.
2)
O tipo de texto, estamos falando de poesia, de
crítica, de análise. É um tipo de texto que foge o mero referencial teórico,
são textos que pontuavam em uma outra área, os textos eram criações, como por exemplo:
Cultura
Popular Brasileira:
Movimento
Armorial...
Estética
e erudição:
Sapiência
cultural...
Mamulengo
e Cordel:
Ariano é
sem-igual...
3)
Ainda tinham autor, eram devidamente assinados,
não é um cópia wikipedia que é “livre”, eram perigosos plágios desses autores e
ideias.
4)
E em dois casos apesar de tudo, os textos ainda
eram assinados pelo autor, como se ele tivesse escrito.
5) Também
o autor em um dos textos fez citação de referencias, mas ocultou a principal. “(…) Plágio não
é reinventar, não é melhorar obra alheia. (…) no plágio há clara intenção de
esconder a identidade do verdadeiro autor.” E eu não plagiando
achei aqui: http://www.cpb.adv.br/o-plagio-nos-trabalhos-academicos/
A ótima definição é de autoria de
Ângela Kretschmann (in Dignidade da pessoa humana e direitos intelectuais:
Re(visitando) o direito autoral na era digital. Florianópolis : Millennium
Editora, 2008, Pág.227) e o autor do texto é Cristiano do devido site citado. Isso
é copiar e dar os devidos créditos.
Quando eu
constatei tudo anteriormente, me obriguei que alguma coisa teria que ser feita,
não tinha como deixar passar.
Com base em tudo isso, no nível do concurso, pelo fato de
ter premiação resolvemos aplicar punição para esses enredos. E tentamos até ser
brandos com essa punição, seremos ainda mais rígidos no futuro.
SÉTIMO CONCURSO
No próximo regulamento vamos estabelecer com grande clareza a
questão de copias e plágios. Vamos diferenciar exatamente os casos que “toleramos”
e os casos “que não vamos perdoar”. Também vamos sugerir que os jurados façam
pesquisa no google com todos os enredos, já que fizemos o teste e a maioria dos
jurados não passou nessa questão.
A comissão de
obrigatoriedades poderá descontar até 30 pontos de enredos plágios e
cópias. Essas poderão variar desde advertências leves, alguns décimos de cópias
de trechos, até os mais graves plágios.
Também é cogitado a criação do quesito CRIATIVIDADE pra
julgar textos autorais e tudo relacionado com a criatividade ou o item
CRIATIVIDADE deve ficar mais forte dentro dos quesitos. Só temos a preocupação
como lidar com isso, já que precisamos esclarecer bem o que é CRIATIVIDADE e
evitar que o jurado caia na armadilhas das justificativas “falou criatividade”.
Referências:
Tudo que for referência vamos sugerir que seja feita. Embora
vamos estabelecer o seguinte:
- “Copiou e não citou” deve receber
punição.
- Criou novo texto com suas palavras
e não referenciou será tolerado.
Por isso, vamos aceitar enredos que os autores se esquecem
de fazer referência desde que o seu texto seja “autoral”, escrito com suas
próprias palavras. Já o que pegarmos no google e não tiver a devida citação vai
cair na Comissão de Obrigatoriedades
e nos 30 pontos (poderá perder até apenas 0,1, tudo dependerá da gravidade,
quantidade de texto, tipo de texto).
Outro ponto importante, a forma das referências poderá ser
tanto nas regras da ABNT como simples. Coloque
os endereços dos sites (ou nome do livro e autor) que consultou já nos basta.
Por que isso? Não
somos ABNT, não somos trabalhos acadêmicos.
Somos arte! E nesse ponto até alguns autores podem se confundir e não fazer as
devidas citações ou optar por formas simples de citações. Ex: wikipedia.com Além
de que temos que deixar aberto para os casos que o autor pode não ter lido
nada, tirou tudo na sua “cabeça”, das suas “memórias” e não ser é punido por não
ter feito referências. Pode até ser um caso que se encaixe em falta de pesquisa
se as ideias ali contidas forem fracas, mas não um caso de falta de referências.
Também não podemos cair no oposto da paranoia de referências, aquelas que tudo
que o autor for escrever precisa citar alguém, até para dizer que a “Dilma é a
atual presidente do Brasil”, o autor vai ter que achar um site que diga isso
para poder trazer essa informação. Não podemos
e não vamos cair nisso! Assim texto escrito com suas próprias palavras não
será obrigatório citar as referencias, elas ficam como sugeridas, como recomendação.
INSPIRAÇÃO
É totalmente aceito que um autor assumidamente se inspire em
uma criação já existente, seja ela música, poema, livro. Aí neste caso fica com
os jurados julgar o valor dessa criação.
O enredista ao citar o autor de determinada obra não estará cometendo
plágio. Todo caso de plágio será aquele que o autor “copiou e não citou de onde
tirou”.
REFERÊNCIAS LARANJAS
Eu chamo de referência laranja todos aqueles casos que o
autor cita algumas referencias, mas omite as principais. Cita referências
fracas só para dizer que tirou daquele lugar, mas verdadeiramente o texto dele
pode ser todo copiado de outra fonte. Assim um plágio pode até fazer referências,
mas ainda sim ser um plágio. O concurso ficará atento para pegar esses casos.
IMAGENS:
Não vamos incluir no concurso uma política de referencial de
imagens. Uma porque a maioria nem se quer possui dono, elas estão aí pela
internet, fazer citações iriam só poluir os enredos, dificultar o trabalho dos
autores e dar até crédito “para quem copiou as imagens de alguém que copiou que
copiou”, as vezes a mesma imagens está em 5 sites, 1000 sites, como identificar
o verdadeiro autor e dar os devidos créditos? E como não somos monografias e
nem trabalhos escolares não desejamos ficar nessa paranoia. E nossa prioridade foi e sempre será o
texto, imagens sempre para nós é algo secundário. Nos preocupa mais se essa
imagem está de acordo com o enredo do que se foi extraída do google imagens.
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