Atenção carnavalescos e presidentes de escolas de samba!

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segunda-feira, 26 de abril de 2021

J2 Wallace Paiva - Justificativas 16

 

1601 - A SAGA DA CLOROQUINA PATRIOTA

 

Q3

TÍTULO

9,9

O termo saga não condiz com o desenvolvimento proposto, em que as críticas mais se aplicam a uma “farra”. (-0,1)

 

INTRODUÇÃO

9,4

Confuso na delimitação do tema: seria a Cloroquina (personagem) ou a cloroquina (substância)? A imagem, com referência à vilã Arlequina nos remete ao personagem, mas o texto não firma essa defesa e, de certa forma, se perde em algumas referências a passagens do governo bolsonarista. Corre o risco de despertar interesse apenas daqueles mais afeitos aos acontecimentos políticos.

 

APRESENTAÇÃO

9,5

A escolha nos tamanhos das fontes não propicia localizar as informações. Poderia se valer de fontes e tamanhos diferentes para dar mais clareza à separação dos setores. (-0,3)

As imagens escolhidas, na maioria das vezes, agregam ao entendimento da proposta. Mas há passagens em que as referências não ficam claras, nem em texto, nem em legenda. Por exemplo, a elaboração da Cloroquina reúne imagens de Michelle Bolsonaro e Gabinete do Ódio, sem que isso acrescente ao entendimento da cloroquina. (-0,2)

 

ARGUMENTO

SINOPSE

7,0

Ao iniciar a leitura do argumento, tem-se a impressão de que teremos configurada a história da tal Cloroquina Patriota e a sinopse assim entrega em suas primeiras passagens. Entretanto, depois da brincadeira com as letras que formam a palavra C-L-O-R-O-Q-U-I-N-A, o texto se perde em gracejos e trocadilhos com ditos populares que não se justificam e pouco ou nada agregam à proposta da saga da Cloroquina.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

7,0

O roteiro não defende a proposta de uma “saga” da personagem Cloroquina. A se destacar o não encadeamento dos setores, começando com a “Chuva de Cloroquina”, passando pela “História da Cloroquina” e pelo “Encontro com o Capitão” e chegando ao “Bloco da Cloroquina”. Mesmo quando se define um setor voltado à história, não há um sequenciamento das ideias. (-1,0)

Outro ponto que compromete o desenvolvimento do enredo é o tamanho desproporcional do último setor, representado da ala 09 à ala 23. Os três primeiros setores, passados rapidamente, buscam referências em passagens políticas aplicando um tom de sátira aos fatos e aos personagens. É uma abordagem arriscada, por depender do conhecimento das notícias a que se referem, mas muito válido, pela provocação e pelo convite à reflexão. (-1,0)

Outro pecado na roteirização do desfile é que a profusão de alusões à cloroquina em diversos ditos populares muitas vezes não se justifica, como os casos em que referem aos animais (cachorro que ladra, cada macaco no seu galho, ...). (-1,0)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

8,5

Em que pesem alguns pontos a serem melhorados na apresentação e na amarração do roteiro, não se pode negar e se deve louvar a criatividade da abordagem. Todos sabemos quão folclórica se tornou a defesa do presidente para uma substância sem comprovação científica acerca de eficácia. Entendo que a concepção do enredo tem uma motivação interessante ao se buscar satirizar a política, ms o enredo se perde em seus setores finais.

 

1602 – O PROFETA DA GEHENA

Q3

TÍTULO

9,9

Acredito que o título fique no “quase” pelo fato de “Gehena” não ser uma expressão conhecida, ficando a dever no “convite” a explorar o tema. Um subtítulo ou complemento, que referencie a “grande guerra e a Era de Aquarius”, por exemplo, poderia expandir a ideia e o interesse pelo enredo.

 

INTRODUÇÃO

9,8

Assim como o título, a introdução peca por nunca esclarecer do que se trata a GEHENA, não dando motivo para que as pessoas se interessem pelo tema e queiram se aprofundar. Não é necessário entregar mais detalhes, mas falta algum argumento que explicite a ideia aos que não são tão afeitos a essas histórias.

 

APRESENTAÇÃO

9,9

A diagramação do texto é um acerto do autor, colaborando bastante para a sua leitura, pela facilidade de localizar as informações. A opção pela fonte “Arial Black” torna o texto pesado, mas não compromete. Sinto falta do texto “justificado”, não alinhado à esquerda.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,0

Vejo dois grandes desalinhos na roteirização. De um lado, uma enumeração de personagens não tão conhecidos do leitor e, de outro, a associação de algumas metáforas que, apesar de belas passagens, não dão muita clareza de como vão se resolver no desenvolvimento do enredo. Por exemplo, a passagem que diz “(...) E para sangrar ao cavaleiro, arremeteu sobre seu pai o deboche do Assamita, banhando-o em tenra idade com baldes de sangue e de saudade. E a cavaleiro na batalha tentou tomar-lhe a alma da infância com as garras de sua maldade.”. Não é possível identificar como essa descrição remeta à representação na avenida.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,0

Mitologia entrelaçada à história sempre tem potencial para bons enredos, pela curiosidade e pela aposta visual. Entretanto, por essa mesma segmentação, corre o risco de agradar a uns e desagradar tantos outros em função do entendimento ou não. Por esse motivo, convém que os setores, as alas e as alegorias tenham clareza na estruturação das ideias e na escolha das imagens que vão render interpretação. Não pode ser um enredo que compete à leitura dos jurados e/ou daqueles que tem o roteiro de desfiles em mãos.

1603 – SAMBALANÇO: A BOSSA QUE DANÇA

Q3

TÍTULO

10,0

Gosto da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

Cumpre muito bem o papel de situar o enredo em um contexto e pinçar suas características.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Todos os aspectos da apresentação (diagramação, fontes, tamanhos e cores) contribuem para a leitura do enredo. As ilustrações também agregam muito valor a todo o trabalho. O enredista soube destacar a qualidade de seu trabalho com uma bela embalagem, que torna a leitura fluente e agradável.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Sinopse bem competente, convidativa, esclarecedora, mas não curto a opção de apresentá-la em forma de “letra de sambalanço” – entendo que nada acrescenta se o leitor não for um conhecedor do ritmo e possa mentalizar a letra com uma suposta melodia.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

A estrutura do roteiro é bem dividida e desenvolvida, permitindo associar as imagens pensadas pelos enredistas. A utilização de tripés, representativos, dá volume e substância ao enredo, sendo um recurso bem empregado.

Acredito que as alegorias, hoje dispostas num ficha ao final do documento, pudessem ser incorporadas ao texto, em seus respectivos setores, assim como é feito com as fantasias. Facilitaria a leitura, sem necessidade de navegação entre seções do documento. Fica como sugestão, não justificando a perda de décimos.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Gosto da ideia de resgatar um ritmo trazendo sua conotação histórica, trazendo tintas desse contexto e homenageando seus ícones. Isso sempre garante um belo trabalho coroado por emoção, sempre bem vinda ao desfile das escolas de samba.

1604 – O CANTO DAS LAVADEIRAS

Q3

TÍTULO

9,9

Gosto do apelo de um título curto e objetivo. Aqui, porém, sinto falta de algo que qualifique ou localize as lavadeiras em uma região. Pelo argumento e pelo roteiro, percebe-se que vai “Do ciclo do Diamante ao Coral das Lavadeiras”, uma jornada entre lendas, rezas e garrafadas. Uma extensão do título daria mais viço à maravilha de desenvolvimento que se tem pela frente.

 

INTRODUÇÃO

10,0

A introdução se estende em generalidades sobre a formação da região e rende pouco espaço para o que de fato é tema-enredo do desfile. O canto das lavadeiras, aliás, é apenas citado, podendo ser apresentado de uma forma mais convidativa.

Lendo todo o desenvolvimento do enredo, entretanto, fica claro que a introdução é adequada, o que confunde é o título focado nas lavadeiras. Para ser justo, vou concentrar os descontos no título e reconhecer na introdução a qualidade de apresentar com bastante competência o material desenvolvido.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Belo trabalho de apresentação, na setorização e em toda a diagramação do texto. Qualifica e valoriza a obra do enredista. Todo o material é muito bem elaborado e sustentado por uma pesquisa muito consistente.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Achei muito boa a solução de iniciar e concluir a sinopse com um mesmo trecho que indica que “lá se vão as lavadeiras” a “iniciar a cantoria”. As estórias parecem passar diante dos nossos olhos como uma embarcação que cruza o Jequitinhonha. Pra mim, o único senão dessa sinopse é que o encadeamento de “cantar o passado, os tempos de mulheres virtuosas que viram o desenrolar da história” não fica muito claro nos parágrafos seguintes. Quer dizer, vamos lendo uma série de acontecimentos sem que nos seja vendida a condição de que são casos e causos contados e cantados pelas lavadeiras.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

Um roteiro detalhado para um enredo ricamente explorado. O único senão é que o canto das lavadeiras a que o título se refere pouco aparece. Ou fica restrita ao último setor. Isso me leva a crer que o título, sim, não comporta toda a riqueza do que será apresentado, ficando o desconto direcionado para o título: o roteiro é primorosamente bem trabalhado e consistente em suas ideias.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Curti a amarração de ideias para dar viço e originalidade a um enredo CEP em meio ao Vale do Jequitinhonha. Um conjunto bem estruturado, consistente e que defende muito bem a proposta.

Vou insistir apenas que o título não empacota bem o conteúdo. É o ponto de ajuste a ser calibrado, com boa criatividade, para que toda a engrenagem flua com a riqueza e o detalhamento da pesquisa.

1605 – FOLIAS DE JUCU

Q3

TÍTULO

9,9

Gosto do apelo de um título curto e objetivo. Aqui, porém, sinto falta de algo que qualifique Jucu.

 

INTRODUÇÃO

9,9

Carece à introdução localizar geograficamente o Rio Jucu, de modo a despertar no leitor um maior interesse pela cultura de uma determinada região.

 

APRESENTAÇÃO

9,8

Excelente diagramação do texto, contribuindo para a localização das informações. Um senão para o uso excessivo de negrito, que torna a apresentação pesada. Poderia ter sua utilizada reservada às passagens que merecessem maior destaque. Outro senão para o texto não justificado e alguns pequenos erros de português, provavelmente causados por correção automática, como “sem do as suas cantigas bárbaras”, e a fala de letras maiúsculas nos nomes de personagens, como “Jesus Cristo”.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

8,4

Faltou clareza de como a comissão de frente fará a apresentação de 3 elementos. (-0,2)

Luz se repete como elemento do casal MS&PB e Ala das Baianas. (-0,1)

Confusa a apresentação do abre-alas como “Presépio” com a descrição do reisado e a ilustração a seguir. (-0,3)

O texto apresenta uma série de personagens ligados às marujadas, mas as representações se remetem à fauna e a flora marinha, excessivamente, optando-se mais pelo efeito visual que pela contribuição ao enredo. (-0,5)

No setor dedicado ao Bumba-meu_boi também fica a sensação de que o tema foi sub-explorado, ao se contrapor a apresentação da história e dos personagens e a opção de representação das alas no roteiro. (-0,5)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,2

São sempre bem-vindas as representações que se propõem revelar aspectos da cultura popular pouco ou nada conhecidos de forma geral. A setorização clássica (uma manifestação por setor) contribui para o entendimento, mas há alguns pecados na escolha dos elementos a serem representados nas alas, sobretudo nos setores finais.

1606 – UMBU SE TÃO

Q3

TÍTULO

9,1

Um décimo pela criatividade e irreverência, demais descontos pela opção chula na escolha.

 

INTRODUÇÃO

9,6

Começa o texto destacando em demasia o fruto nordestino para no final do terceiro parágrafo descarta-lo e se apegar aos trocadilhos.

 

APRESENTAÇÃO

9,5

Tecnicamente, descontos pelo excesso de negrito, pela fonte em cor inadequada à leitura e o texto não justificado (formato). (-0,3)

Demais descontos pela escolha de um vocabulário muito específico, que dificulta o entendimento de quem não frequenta o meio das gírias. (-0,2)

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,8

Ao contrário da introdução, que dá voltas ao redor do tema, a sinopse é bem direta ao elencar as personagens que entraram para a história por seu poder de sedução. Ganharia corpo se conduzisse a argumentação por colocações de contexto, não uma mera sucessão de personagens.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

7,3

O desenvolvimento do enredo comprova a opção pela irreverência, mas a série de intervenções do enredista em falas que remetem a outros personagens, torna o entendimento um pouco confuso. (-0,2)

O setor 1 apresenta uma configuração cênica voltada ao paraíso e ao mito da maçã e da serpente, ok. Entretanto, a sucessão de personagens nos setores 2 e 3 não justifica a separação O autor poderia ter dedicado um setor a personagens históricas e outro, a intervenções da sedução na cultura pop, por exemplo. Na estrutura atual, não se entende a colocação de Cleópatra na último setor e não junto à Dalila, Rainha de Sabá e outras passagens históricas. (-2,0)

A descrição das alas e dos carros parece mais interessada em divertir o leitor do que propriamente apresentar o desenvolvimento do tema. (-0,5)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

5,0

Obviamente, a irreverência e a malícia são opções interessantes para desenvolver um enredo. O título, ao fazer opção por uma expressão “de gosto duvidoso”, divide opiniões. No fim das contas, acho que mais gera críticas que agrega valor à obra.

Somado a isso, embora se entenda o fio condutor do enredo pelas personagens que entraram para a história por seu poder de sedução, acredito que o tema peca pela conotação sexual dada à condição da mulher, exclusivamente. Não há como se ver essa abordagem com olhos isentos à luz do contexto atual, em que as conquistas e os direitos das mulheres se veem atacados pela onda ultraconservadora.

Acredito que o enredo renderia mais se fosse aliado à Luxúria dos Sete Pecados, misturando homens e mulheres nessa abordagem. Ousadia e irreverência são bem vindas, mas não convém que se transformem em uma arma para que o Carnaval seja atacado como festa menor.

1607 – HISTÓRIA DAS PENAS

Q3

TÍTULO

9,9

Um título correto, claro, objetivo, por mérito. O termo “do nosso carnaval” parece restringir algo bem mais amplo, que seria a história das penas até chegar ao carnaval. Carece de um quê de atração/carnavalização. (-0,1)

 

INTRODUÇÃO

9,7

Falta foco à introdução para que dê um recado adequado. Começa destacando que é uma homenagem à arte plumária e ao nosso carnaval, passa por uma série de citações que levam a perceber uma expansão do tema mas se encerra de forma contraditória, afirmando que “não vamos contar a história de tudo que se relaciona com a pena como um assunto geral, mas vamos viajar do surgimento das penas até a sua chegada nos desfiles”. Afinal, é tudo ou é nada?!

 

APRESENTAÇÃO

9,9

Opção correta pela apresentação, comprometida apenas por alguns erros de português (concordância e ortografia), como a referência “Aja pena” (de agir) em vez de “Haja pena” (de haver) já na introdução do roteiro.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

10,0

Sinopse com cara de sinopse, limitando-se a apresentar a linha de argumentação do enredo, do surgimento das primeiras penas em espécie, passando por toda evolução e utilização, até chegar ao Carnaval e seus desdobramentos.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,6

A opção pela roteirização é a mais clássica e linear possível, bem fiel à proposta de contar a história das penas. A introdução com elementos primitivos promete um belo efeito e a passagem para as conquistas das aves com seus voos nos reserva uma bela metáfora encerrando o setor, com a água altaneira em cima de uma montanha. Isso já é carnaval, conectando-se à forte imagem do símbolo maior da Portela.

Gosto particularmente do último setor, que traz o Carnaval e sua pompa sem deixar de provocar à reflexão com a utilização das penas sintéticas e o jogo de significados com a palavra pena.

Um pequeno desconto pela forma sucinta com que se pretende descrever alas e carros, sobretudo nos setores finais. Algumas descrições pouco acrescentam à imaginação de quem lê, ficando muito vaga a ideia em relação ao nome da fantasia.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,2

O tema é interessante, o enredista faz opções marcantes pelas imagens escolhidas para contar sua história, contribuindo para a identificação do público. Os setores são bem delineados e as reflexões propostas num carnaval entre a pompa e a consciência ecológica fazem pensar no futuro da festa e suas alternativas sustentáveis.

1608 – FESTA DA PENHA

Q3

TÍTULO

9,3

O título é convidativo, mas foca num aspecto que, no desenvolvimento do roteiro, fica restrito apenas ao último setor da escola.

 

INTRODUÇÃO

9,4

Confuso na delimitação, pois dá muitas voltas pela geografia capixaba, sua arte e sua gastronomia, e estrangula as referências à maior festa em homenagem à padroeira do Espírito Santo.

 

APRESENTAÇÃO

9,8

Segue o padrão do enredista para diagramação do texto, sempre contribuindo para a localização das informações. Um senão para o uso excessivo de negrito, que torna a apresentação pesada. Poderia ter sua utilizada reservada às passagens que merecessem maior destaque. Outro senão para o texto não justificado e alguns pequenos erros de português. Muitos substantivos próprios grafas sem iniciais maiúsculas.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

5,0

Nota mínima correspondente ao zero por não apresentar a seção de argumento ou sinopse

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

8,0

O roteiro proposto renderia mais se o desenvolvimento do enredo se voltasse aos cantos e encantos da Grande Vitória. Neste sentido, como capixaba e ex-morador da Ilha, identifico claramente o valor a representatividade das imagens escolhidas. Entretanto, sendo o tema a “Festa da Penha”, o roteiro peca por diluir as informações em meio às manifestações das artes e da gastronomia, deixando de fazer alusão ao Penhasco como origem do nome da santa “Penha”. (-1,5) A simbologia do convento poderia ser melhor explorada, em toda a religiosidade e sua localização à entrada da Baía de Vitória. (-0,2)

Um outro equívoco é geográfico, com a referência ao rio Jucu banhando a ilha de Vitória, o que não acontece, pois o Jucu deságua em Vila Velha. (-0,3)

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

8,0

Um belo tema que não rendeu – ou se perdeu em uma série de propostas que fugiam ao tema. Vejo um belo potencial de desenvolvimento, pela riqueza a ser explorada. As referências citadas indicam uma pesquisa consistente. Entendo que a concepção foi interessante, mas acabou-se perdendo na realização, dada a diluição do enredo.

1609 – BRASIL CAFÉ

Q3

TÍTULO

10,0

Curiosa a expressão “Brasil Café”, dando a dimensão do enredo e sua importância para o país. Gosto também da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

Apresentação direta e eficiente ao justificar/convencer o valor do tema e seu desenvolvimento peculiar.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Uma apresentação caprichada que só agrega valor à obra. Acerto na diagramação, na distribuição do texto, na opção por tamanhos e cores. Tudo soma à localização das informações e à fluência da leitura. Ilustrações de altíssima qualidade.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

10,0

Sinopse eficiente e criativa, ao fazer de vó Iaiá, narradora da história, a voz mestra da apresentação. Um tema clássico com um tratamento adequado ao argumento.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

9,8

Uma roteirização muito feliz em sua proposta, tendo como fio condutor as histórias entremeadas de causos de vó Iaiá.

A roteirização é clássica e serve muito bem a contar a história e se fazer acompanhar por quem lê. Acho que o roteiro poderia ser menos lúdico na exploração da mão-de-obra que sustentou esse ciclo econômico e, conservada a licença poética da leitura que vó Iaiá faz da Política, acho que o painel acerca da República Café-com-Leite “quase chega lá”, mas poderia ser mais claro em certas representações de personagens.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

9,9

A História do Café já passou várias vezes pela avenida e acaba sendo interessante a conexão entre os desfiles com a figura de vô Dodô remetendo ao “preto velho mandingueiro” do Salgueiro, em 1992, uma das imagens icônicas daquela década. A Leões da Casa Verde promete, agora, fazer história com Vó Iaiá. Que belo enredo!

Um pequeno desconto apenas pela forma como foram abordadas as passagens da mão-de-obra nas lavouras e da Política do Café-com-Leite.

 

 

1610 - URIHI

Q3

TÍTULO

10,0

Gosto também da composição do título formado por uma expressão direta e um aposto que lhe confere explicação.

 

INTRODUÇÃO

10,0

O enredista acerta na mensagem, ao delinear o seu enredo em homenagem aos yanomamis por sua visão mística do mundo. Lendas indígenas são sempre muito bem vindas ao carnaval, por sua brasilidade e por sua riqueza visual.

 

APRESENTAÇÃO

10,0

Outra apresentação caprichada que só agrega valor à obra. Acerto na diagramação, na distribuição do texto, na opção por tamanhos e cores. Tudo soma à localização das informações e à fluência da leitura. Ilustrações de altíssima qualidade.

 

ARGUMENTO

SINOPSE

9,9

Como a sinopse é nosso primeiro contato com a obra, a profusão de expressões yanomami situa e contextualiza o enredo, mas não contribui para fixar certos argumentos. Excluindo-se esse pequeno senão, é uma sinopse competente.

 

DESENVOLVIMENTO

ROTEIRO

10,0

Um desenvolvimento muito bem amarrado, passeando pelas principais referências e curiosidades da cultura yanomami. Os temas apresentados de forma abrupta na sinopse vao sendo bem encadeados ao longo do roteiro, ajudando a clareza das ideias, sempre com foco na preservação.

 

EXPLORAÇÃO

CONJUNTO E CRIATIVIDADE

10,0

Gratificante a leitura de uma proposta criativa e consistente que aborda uma cultura indígena. Não tem sido muito comum nos desfiles atualmente, mas sempre rendem bons sambas, belas imagens e desfiles que muito contribuem à cultura carnavalesca.

O enredista demonstra gosto pelo que faz e deve seguir com seu trabalho, nos brindando com novas apresentações.

 


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