1401 A Imperatriz das Rosas
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,4 |
O principal pecado do enredo é não ter dado
destaque ao título, dificultando sua localização. (-0,1) Além disso, a utilização
de “caixa alta” (upper case) em todo o texto prejudica a leitura que, de modo
geral, carece de uma revisão de ortografia e pontuação, além do alinhamento
do texto (justificado). (-0,1) Outro ponto falho na defesa foi trazer
literalmente parte da sinopse para a introdução, tornando o texto redundante.
(-0,4) |
Acertos |
0,3 |
De grande valor a definição de um título direto,
objetivo, dado à princesa D. Amélia, capaz de despertar curiosidade acerca da
homenageada. (+0,3) |
|
Argumento |
Erros |
1,7 |
Ao
abrir mão de certo lirismo para definir os traços da homenageada, a sinopse
se restringe a um processo enumerativo de setores que correspondem a fatos da
vida de D. Amélia, opção esta que não empolga a leitura. Uma citação literal de passagens, apenas,
encorre no risco de apenas elencar fatos e personagens, pouca inspiração para
os compositores. (-0,3) |
Acertos |
0,3 |
A
opção por encadear os fatos em cronologia defende uma proposta de abordagem
histórica, fazendo lembrar a inspirada homenagem a Leopoldina, Imperatriz do
Brasil. (+0,3) |
|
Roteiro |
Erros |
1,0 |
Algumas
falhas históricas ao buscar reconstituir o ambiente em que Pedro e Amélia se
conheceram. Ao tratar os anos de 1800, deveria se referir ao século XIX.
Misturam-se épocas, como o Barroco Português (de 1580 a 1756). (-0,2) Pensar
a forma de defender alguns setores e fantasias, em que se opta por apenas
descrever literalmente o significado, tal como “o pianista é um músico que
toca piano”, que nada acrescenta ao roteiro. (-0,2) Após
o segundo carro, deixa de associar as alas e os elementos alegóricos ao setor
a que pertencem. (-0,3) Os
setores referentes ao casamento e à homenagem da “Ordem das Rosas”
praticamente inexistem, ao passo que deveriam ser o ponto alto do enredo, à
medida que consagrariam a história de amor defendida na apresentação e na
sinopse. (0,3) |
Acertos |
0,4 |
Roteiro defendido em setores que correspondem à
cronologia dos fatos. (0,3) Há que se destacar certo esforço em transformar a
atmosfera de nobreza europeia em fantasias e alegorias, buscando realizar uma
espécie de conto de fadas. Novamente, lembra – e isso é positivo – a Áustria
de Leopoldina. (0,1) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,0 |
O enredo parte de um início em que se busca a
pompa do Império, desde a nobreza portuguesa, mas vai-se esvaziando à medida
que a princesa chega ao Brasil e se casa, o que deveria conduzir a um “final
feliz” – e apoteótico – para o conto de fadas imperial. O enredo dá pouca
ênfase a “ordem das rosas”, da homenageada. (-1,0) |
Acertos |
1,1 |
Tem a virtude dos enredos clássicos, com viés
histórico (+0,2), e se dedica a buscar apresentar um personagem histórico não
tão conhecido (+0,4). Soa interessante, também, a opção por ares de “conto de
fadas” – por que não a fantasia em pleno Carnaval?! (+0,5) |
1402 O Mítico Chico
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,2 |
De cara, chama atenção a não acentuação da
palavra “mitico” no título apresentado. (-0,1) A utilização do termo, aliás,
num título tão direto leva a crer que o enredo irá se ater às lendas e aos
mistérios do Rio São Francisco, o que não está exatamente alinhado ao
desenvolvimento. (-0,2) Não apresenta uma seção correspondente à Introdução.
Considerados os elementos apresentados na “Defesa”. (-0,5) |
Acertos |
0,5 |
Apresentação limpa, estruturada, bem formatada,
destaques corretos para cores e negritos, contribuindo para a fluidez da
leitura. (+0,5) |
|
Argumento |
Erros |
1,0 |
Não
apresenta uma seção “Argumento”. Considerados os elementos apresentados na “Justificativa”.
(-1,0) |
Acertos |
0,5 |
A
sinopse/justificativa aborda, de forma abrangente, os elementos que se
pretende desenvolver no roteiro. Bem estruturada, clara, objetiva. (+0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,7 |
O
terceiro setor (“Palmos que guiam a vida”) soam deslocados da proposta de uma
abordagem “mítica” do Velho Chico, ao abordar literalmente o cotidiano dos
ribeirinhos. (-0,3) |
Acertos |
0,8 |
Roteiro
muito bem estruturado (+0,3), defendido de forma robusta, com explicações e
ilustrações que agregam valor à defesa. (+0,5) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,5 |
Embora
não seja necessariamente uma abordagem original, o ponto fora da curva que de
certa forma confunde a abordagem, reside no setor da vida dos ribeirinhos, o
que pouco se enlaça com o mítico Chico. (-0,5) |
Acertos |
1,7 |
Um enredo de forma geral muito bem concebido (+0,1)
e muito bem defendido em sua proposta (+0,9), em que pese certa escorregadela
para a descrição da economia e do modo de vida dos ribeirinhos. Embora não
seja exatamente original, é valente e tira proveito de excelentes imagens das
lendas e mistérios que envolvem o Velho Chico. (+0,7) |
1403 El Brujo e a Senhora de Cao
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,6 |
Introdução com
redação muito genérica, perdendo a oportunidade de lançar mão de elementos
que despertem a curiosidade para a leitura. (-0,3) Peca por não
situar melhor geograficamente o enredo, ficando a cargo do leitor relacionar
ao Peru à civilização inca e aos arredores andinos citados. (-0,1) |
Acertos |
0,6 |
Merecem destaque
a opção pela objetividade do Título (0,1) e pela estrutura da apresentação.
(0,5) |
|
Argumento |
Erros |
1,5 |
Peca pela
citação literal dos elementos arqueológicos, abrindo mão de certo lirismo que
caberia à inspiração dos compositores. O que há de inovador e importante em
abordar esse enredo? (-0,3) Há uma quebra de
expectativa quanto ao enredo quando encerra o primeiro parágrafo com o trecho
“Por isso é tão difícil nos dias de hoje determinar, de fato, quem foram,
como viviam e como sumiram”, o que vende a ideia de que o que se segue será
impreciso. (-0,2) |
Acertos |
0,2 |
Cobre corretamente o enredo,
elencando o que será abordado no roteiro. |
|
Roteiro |
Erros |
1,4 |
As alas de “cerâmica”, “trocas
comerciais” e “iconografia” parecem deslocadas no chamado setor “complexo
arqueológico”. Na sequência, três alas sobre a geografia da região. (-0,2) Não desenvolve a informação de
expansão por ações bélicas citadas na sinopse. (-0,1) O setor três, dedicado à “Senhora de
Cao”, rende três alas aos “governantes” “sacerdotes” e “sacerdotisas”, não
ficando muito clara a associação à historiografia pretendida. Faltou clareza
em se tratar de funções da senhora e/ou pessoas que a cercavam. (-0,2) Descrição das alas com termos
referentes a “luxo” e “trajes típicos” pouco acrescenta ao entendimento, e a
generalidade da concepção deixa os elementos cabíveis a qualquer enredo de
antigas civilizações. (0,1) |
Acertos |
0,4 |
Abertura
imponente, com uma metáfora significativa para o “florescimento no deserto”.
Belo cartão de visitas! (0,3) Estrutura e
divisão dos setores. (0,1) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,5 |
O enredo pode
desenvolver melhor o poder e o significado da Senhora de Cao, que se mostra
uma figura instigante na sinopse, mas com um desenvolvimento burocrático no
roteiro. Conhecer sua história revela que “algo mais” sobre a estrutura de
poder na civilização mochica? Seria um empoderamento feminino? Em que isso se
diferencia de outras civilizações antigas? |
Acertos |
2,0 |
Enredo original,
com valor significativo ao buscar desvendar uma civilização tão pouco
conhecida e com características tão peculiares. (1,0) |
1404 Os Caminhos da Paz
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,9 |
Apesar do lirismo do título, poderia fazer uma
referência mais clara à influência rastafári. (-0,1) |
Acertos |
1,1 |
O lirismo do título desperta curiosidade e faz um
convite a conhecer tais caminhos (0,3). A introdução é bem competente neste
sentido também (0,5), valorizada por uma apresentação muito correta (0,3). |
|
Argumento |
Erros |
1,8 |
A
carnavalização da confraternização no setor final, embora interessante, não
soa bem resolvida – ou caree de maior fundamentação e encadeamento, para que
os elementos não soem tão aleatórios. (0,2) |
Acertos |
1,5 |
A
opção pela primeira pessoa leva o leitor a se envolver e se fazer personagem
do enredo, o que pode ser bastante inspirador às composições. (0,5) Sinopse
bastante competente em descrever os elementos abordados, elencando as
metáforas e se valendo de lirismo e inspiração. (0,5) A
utilização de notas de rodapé e citações agregam muito valor ao entendimento,
por envolver regiões, fatos e personagens com os quais não estamos tão
familiarizados. Endereça bem a complexidade da abordagem dest forma. (0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,2 |
Utilização
dos carros alegóricos como abertura dos atos (setores). Foge à estrutura de
composição, das partes até o todo. (0,3) Falta clareza
no roteiro para a representação de figuras expressivas de diversas chamas
religiosas no caminho da Fé: qual a representatividade dessas figuras para os
rastafáris? (0,2) Ala
dos Amuletos elencados de forma genérica, sem associação à filosofia
rastafária condutora do enredo. (0,1) Setor
da Celebração. Não fica muito clara a proposta de utilização dos
personagens da Commedia dell´arte, carnavalizados na versão afro. (0,2) |
Acertos |
1,3 |
Divisão dos Setores (0,3) Metáforas escolhidas para as diversas
representações (0,5) Significado das alas (0,5) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,8 |
Setores da fé (-0,1) e da confraternização final
(-0,1) careciam de uma solução mais clara para a referência dos elementos e
personagens escolhidos. |
Acertos |
2,5 |
Uma proposta extremamente feliz, adequada aos
tempos que vivemos, explorando uma filosofia com abordagem positiva. (+1,2)
Exploração de imagens e metáforas muito significativas. (+1,3) |
1405 Me Masso, mas experimento meu Teatro: prólogo
a uma desbravatura negra
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,5 |
A opção por um título burocrático (-0,1) Utilização de uma expressão “masso” que não se esclarece na leitura
do enredo. (-0,1) Introdução carece de maior apelo ao leitor, com uma abordagem
genérica – tal como “o campo da educação e da política” - poderia indicar
algo mais exemplar para a contribuição do TEM. (-0,3) |
Acertos |
0,3 |
Embora falte lirismo na escolha do tema, é inegável que deixa claro o
objetivo da abordagem, com o resgate de importante contribuição negra. (0,3) |
|
Argumento |
Erros |
1,8 |
Falta
um pouco de lirismo, optando-se por citações factuais para a história do TEN.
Poderia abordar melhor o impacto da contribuição, em tom mais emocional.
(0,2) |
Acertos |
0,5 |
Abordagem
correta para clarear o propósito do enredo. Todos os elementos propostos
estão lá, revestidos de seu significado. (0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,6 |
Falta
clareza no desenvolvimento de alguns elementos, tal como a passagem na comissão
de frente em que entram 8 miseráveis no tripé e se transformam em 14 atores.
Como é possível? Qual o significado? (0,2) Utilização
dos grafismos pré-colombianos para remeter ao Peru. Resolve visualmente o
impacto, mas pouco agrega ao desenvolvimento do enredo. (0,2) |
Acertos |
0,5 |
A divisão dos setores soa bem adequada às
mensagens que se pretende passar com as encenações do TEM e sua contribuição à
valorização do negro nas artes. (0,5) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,8 |
O setor inicial, embora valorizado plasticamente
pelo visual associado aos grafismos pré-colombianos, dá destaque a elementos
pouco representativos do enredo. (-0,2) |
Acertos |
1,8 |
Sempre bem vinda a contribuição dos desfiles das
escolas de samba para lançar alguma luz a personalidades tão importantes da
cultura brasileira, vez e voz do negro nas artes. (+1,8) |
1406 O palanque das amarras
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,8 |
A introdução peca por se valer de expressões
genéricas, deixando de valorizar uma abordagem própria de certas
personalidades da história política do Brasil. (-0,2) |
Acertos |
1,2 |
Bela sacada na concepção do título, usando
imagens que se associam à política e ao cabresto. (+0,5) Introdução muito competente em configurar o
enredo (+0,5) Apresentação correta. (+0,2) |
|
Argumento |
Erros |
1,6 |
A utilização de muitas expressões genéricas para qualificar
certos personagens acaba exigindo um esforço constante de “tradução” das
imagens, sem que o leitor tenha certeza de que está identificando
corretamente os políticos. (-0,4) |
Acertos |
0,5 |
Sinopse competente, procurando aplicar certa contextualização
histórica aos caminhos e descaminhos do sistema eleitoral. (+0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,4 |
Contextualização histórica não muito precisa,
parece remeter à República Velha, ao Café com Leite, deixando de fora raízes
mais profundas desse patriarcado. (-0,3) A utilização de expressões genéricas para
identificar certos personagens históricos (o “gaúcho”, o “marajá”, ...)
parecem remeter a certo distanciamento político, mas tornam a leitura
cansativa. (-0,3) |
Acertos |
1,0 |
A abordagem das relações de poder tem a
oportunidade de gerar críticas e reflexões quanto à estrutura de mandos e
desmandos. (+0,5) Interessante a proposta de revelar a metamorfose
das relações dos coronéis com o eleitorado com a urbanização do país e a
introdução de novas relações e o surgimento de novas lideranças messiânicas.
(+0,5) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,5 |
O grande senão da proposta é a resolução dos personagens através de
expressões genéricas que demandam constante exercício de se traduzir para o
personagem real. (-0,5) |
Acertos |
2,0 |
Uma mistura potencialmente rica de crítica e irreverência, com um
apanhado histórico do coronelismo até as novas formas de “amarras” eleitorais
e/ou eleitoreiras. |
1407 Arre égua! Segura na mão do santin e vai
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,7 |
Aborda vários temas sem, contudo, deixar claro qual o fio condutor do
enredo. (-0,3) |
Acertos |
0,6 |
Criatividade do título (+0,4) Opção por termos associados aos temas explorados no enredo, com
regionalismos. (+0,2) |
|
Argumento |
Erros |
1,4 |
Falta
enunciar claramente qual o enredo. Cabe ao leitor pescar as referências aos
santos juninos e à busca de um bom casamento. (-0,4) Por
que a escolha destas cidades? (-0,2) |
Acertos |
0,8 |
Sinopse
enxuta, porém competente ao elencar os elementos que vão compor o desfile.
(+0,3) Originalidade
da proposta, percorrendo as festividades dos santos juninos em diferentes
regiões (+0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,7 |
Primeiro
setor sertanejo se conecta ao setor de Barbalha (CE), mas os seguintes
remetem a Corumba (MS) e São Pedro (SP). Geograficamente, soa desconexa uma
introdução nordestina, para um tema que se estende por centro-oeste e chega
ao Sudeste. (-0,3) |
Acertos |
0,4 |
Divisão dos setores deixa muito clara a regionalização
dos temas. (+0,2) Imagens escolhidas para compor cada um dos
setores fecham bem o conjunto das mensagens associadas a cada Santo. (+0,2) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,8 |
O enredo não resolve bem a abertura nordestina,
voltada à seca e às tristezas, sendo que o desenvolvimento que se segue
explora também outras regiões brasileiras. (-0,2) |
Acertos |
2,0 |
Abordar outras folias sempre rende bons momentos
aos desfiles das escolas de samba. (+0,5) Valorização da cultura popular (+0,5) Exploração das peculiaridades de diversas regiões
do Brasil para compor o cenário junino da folclórica busca por casamento. (1,0) |
1408 Nas asas do Galo de Ouro, os encantos da folia
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,7 |
Opção pela citação literal dos bairros e escolas
carece de maior apelo emocional para se conhecer a história a ser contada
(-0,2) A introdução não resolve bem a referência à busca
por ser a “quinta força do Carnaval” para quem não identifica historicamente
o peso das 4 matriarcas (Portela, Mangueira, Império e Salgueiro). (-0,1) |
Acertos |
0,5 |
Resgate da história das escolas de samba a partir de fatos e escolas
de seus primórdios hoje em processo de resgate. (+0,5) |
|
Argumento |
Erros |
1,8 |
Opção
pela simples enumeração dos fatos em ordem cronológica já antecipa o
desenvolvimento sem um maior apelo à composição e ao lirismo da proposta.
(-0,2) |
Acertos |
0,5 |
Sinopse
em primeira pessoa convoca o leitor/componente a vivenciar a trajetória do
Galo de Ouro (+0,2) Defesa
clara e objetiva dos elementos que irão compor o desfile (+0,3) |
|
Roteiro |
Erros |
1,8 |
Um
primeiro setor muito genérico sobre as origens das escolas de samba, sem
maior amarração às origens da Parada de Lucas. (-0,2) |
Acertos |
0,4 |
Simbologia
da comissão de frente (+0,1) Divisão
dos setores compondo a história e os grandes carnavais das escolas. (+0,3) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,5 |
Um senão à abordagem do setor inicial, de forma
muito genérica, mais à história das escolas de samba que o bairro homenageado
no abre-alas. |
Acertos |
1,6 |
Um enredo de resgate vem a calhar em tempos em
que as escolas sofrem tantos ataques e, sobretudo no contexto carioca, seguem
à margem da atenção do poder público. (+1,0) Resgate da história de escolas importantes nos
primórdios do samba (+0,1), valorizando sua trajetória como forma de resgate
de sua tradição. (+0,5) |
1409 OS CAMINHOS DA CAPITAL MÍSTICA DA NOVA ERA
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,7 |
Opção por uma citação muito literal dos sub-temas,
deixando de carnavalizar e chamar atenção de forma mais empolgante para o
valor (atratividade) que o enredo possa ter. (-0,3) |
Acertos |
0,1 |
Objetividade da introdução, não deixando dúvidas
do que se trata. (+0,1) |
|
Argumento |
Erros |
0,0 |
Não
tem sinopse |
Acertos |
0,0 |
Não
tem sinopse |
|
Roteiro |
Erros |
1,2 |
Introdução
deslocada de elementos egípcios numa abertura dedicada ao setor indígena.
(-0,1) Figura
do bandeirante soa deslocada no primeiro setor, dedicada aos índios, uma vez
que o setor seguinte, sim, aborda o desbravamento em busca de pedras
preciosas. (-0,1) Setor
das pedras preciosas soa genérico em sua abordagem, sem se ligar
particularmente à Brasília. Caberia tranquilamente em um setor sobre o estado
de Goiás ou a expansão rumo ao centro-oeste. (-0,2) Os
mesmos comentários acerca de “soluções genéricas” podem ser feitos sobre o
setor das águas. (-0,2) O
quarto setor, referente às profecias, cita em sua descrição Dom Bosco e o
Vale do Amanhecer, mas o desenvolvimento se restringe à apresentação dos 4
elementos (água, terra, fogo, ar) mais o espírito e a coruja mística, sem
explorar melhor o encadeamento de ideias. (-0,2) |
Acertos |
0,0 |
|
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,0 |
Há uma sobreposição de temas entre setores
(índios, bandeirantes, pedras preciosas) e algumas abordagens muito
generalistas para as profecias. (-0,5) Fica a impressão de que há mais Goiás
e Centro-Oeste que Brasília. (-0,5) |
Acertos |
1,0 |
Temas ligados a misticismo, lendas e crenças
populares costumam render bons desenvolvimentos |
1410 A INCRÍVEL HISTÓRIA DA LÂMPADA INCANDESCENTE
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,4 |
Erro de grafia no título, “incadescente” em vez
de “incandescente”. Descuido no cartão de visitas da escola. (-0,1) Conflito entre a referência à história da lâmpada
incandescente no título e a exploração de outras variações na sinopse e no
roteiro. A forma incandescente da lâmpada se reduz a um setor apenas. (-0,5) |
Acertos |
0,1 |
Originalidade da proposta. (+0,1) |
|
Argumento |
Erros |
1,3 |
Foge
ao tema da “lâmpada incandescente”, abordando a lâmpada fluorescente, ao
neon. (-0,5) Deixa
de abordar outros elementos de “iluminação” como o sol, a lua, as estrelas, as
fogueiras. (-0,2) |
Acertos |
0,5 |
Aposta
na criatividade ao abordar as metáforas associadas à lâmpada e à iluminação.
(+0,5) |
|
Roteiro |
Erros |
1,1 |
Dedicação
de apenas um setor ao tema-enredo. (-0,5) Faltam
referências a outras formas de iluminação anterior à invenção da lâmpada por
Thomas Edison. (-0,1) Apresentação
de alguns elementos químicos de difícil carnavalização, como os metais os
gases nobres da tabela periódica. (-0,2) Adoção
de uma mesma solução alegórica (cidade) para os setores das lâmpadas
fluorescentes e de neon. (-0,1) |
Acertos |
0,4 |
Interessante divisão dos setores, que de certa
forma dá “cronologia” ao tema, dos primórdios da iluminação à modernidade dos
neons nos letreiros e mesmo no Carnaval. (+0,4) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,4 |
Em determinados momentos a proposta se perde, desviando-se
do tema central – o que poderia ser resolvido estendendo o tema para
simplesmente “lâmpada” ou “luz”, a se pensar. (-0,3) A se pensar também a solução para os setores das
lâmpadas fluorescentes e do neon, com elementos de difícil carnavalização
(metais e gases) e com uma mesma solução para alegoria (cidade com lâmpadas
fluorescentes x cidade com lâmpadas de neon). (-0,3) |
Acertos |
1,5 |
Proposta original, com um viés de desenvolvimento
bastante interessante. Ganharia mais corpo se o título e a defesa se permitem
generalizar para “lâmpada” ou “luz”. |
1411 Um carnaval literal...
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,4 |
A utilização de reticências na concepção do título, dando margem a
interpretações e uma possível “continuidade do pensamento” contrasta com a
proposta de ser literal, afirmativo, direto ao ponto, sem viagens. (-0,2) Não apresenta uma introdução, levando-se a avaliar a “Justificativa”.
(-0,5) |
Acertos |
0,3 |
Apresentação correta e fluida do enredo, com formatação adequada à
leitura. |
|
Argumento |
Erros |
1,9 |
A
sinopse tropeça ao se encerrar com a proposta para “(...) ver um
carnaval meio desajeitado”, que não se esclarece bem e que quebra o clímax do
interesse que vinha sendo despertado. (-0,1) |
Acertos |
1,2 |
Soa
interessante iniciar a sinopse com o verbete de dicionário que já esclarece o
termo “literal” aplicado à proposta. (+0,2) A
originalidade da abordagem convida o leitor a seguir adiante com a proposta.
Lembra a irreverência da proposta do Arranco, em 1989, em subverter certas
convenções e rasgar alguns roteiros pré-concebidos. (+1,0) |
|
Roteiro |
Erros |
1,6 |
Utilização
de termos como “clássicos” e “comuns” esperam aproximar o leitor do que se
está apresentando, mas cai no risco de confundir, uma vez que a história e a
evolução das escolas de samba transformaram esses elementos ao longo do
tempo. (-0,2) Embora
se aplique à proposta do enredo, a descrição de algumas fantasias empobrecem
o tom da carnavalização, como “suvaco” com pelos e “bafo” com efeitos de fumaça.
(-0,1) Terceiro
setor não esclarece a escolha de determinadas escolas e de outras, não. Apenas
a sinopse remete à lembrança de antigas escolas. (-0,1) |
Acertos |
0,3 |
Abordagem original para o desfile das escolas de
samba. (+0,3) |
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,8 |
Apenas alguns deslizes na opção por algumas
imagens menos convencionais (pelos de suvaco, fumaça do bafo, ...) e a falta
de clareza de escolha de algumas homenagens no setor final comprometem o todo
original da proposta. (-0,2) No mais, uma proposta de muita criatividade e
irreverência. |
Acertos |
2,0 |
Um enredo extremamente original, na contramão de
todas as invencionices de alguns carnavalescos. Palmas para a imaginação e a
criatividade. (+2,0) |
1412 ACRE, SUA ESTRELA IRÁ BRILHAR
Quesito |
|
Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,5 |
Dispensa muita atenção à motivação (realidade,
mazelas, preconceitos, ...), deixando o enredo para mera citação no período
final da introdução. (-0,5) |
Acertos |
0,0 |
|
|
Argumento |
Erros |
1,7 |
A
sinopse dispensa alguns parágrafos à apresentação do modo de vida do menino
nilopolitano, o que não vai se realizar no roteiro de desfile. Com isso,
perde-se de certa forma o foco do entendimento acerca do que virá a seguir.
(-0,3) |
Acertos |
0,1 |
Em
concepção, soa interessante a citação de 2 meninos, um acreano e outro
nilopolitano, para efetivar o contraste entre os modos de vida. (+0,1) |
|
Roteiro |
Erros |
1,2 |
Em
nenhum momento o enredo resolve e/ou explica o título sobre “brilhar a
estrela do Acre” – seria a estrela de sua bandeira ou apenas a força de uma
expressão? (-0,1) Não
fica clara a escolha de neandertais e dinossauros para representar o
preconceito com o Acre, de modo que o setor mais serve aos quesitos plásticos
que ao entendimento do enredo em si. (-0,3) O
texto faz referência duplicada a um “6º setor”. (-0,1) 7º
setor muito genérico, caindo na tentação de que “no Brasil, tudo acaba em
Carnaval” (-0,3) |
Acertos |
0,0 |
|
|
Conjunto Temático |
Erros |
1,2 |
Por si só, o Acre tem muita história para contar,
sobretudo pelo pouco conhecimento que a maioria dos brasileiros tem acerca
deste Estado brasileiro. Neste sentido, o primeiro e o último setor tentam
carnavalizar a passagem do completo desconhecimento até uma revelação
apoteótica do potencial acreano, mas a proposta não fica bem resolvida em
termos de personagens e imagens. |
Acertos |
1,5 |
Deve-se reconhecer o valor de trazer ao
conhecimento do público, no maior espetáculo da Terra, as curiosidades desse
território tão pouco familiar à maioria dos brasileiros. Pontos também por
abordar o Santo Daime e suas conotações religiosas. |
1413 LUCITA D’ARAGON A RAINHA DAS SOMBRAS
Quesito |
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Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
1,4 |
Introdução corresponde ao primeiro setor da
sinopse. Apenas situa a personagem quanto à linhagem e a geografia dos fatos,
mas não há maior ênfase no texto a convencer e empolgar o leitor quanto ao
enredo. (-0,5) O excesso de negritos e caixa alta (upper case)
deixa o texto pesado. (-0,1) |
Acertos |
0,0 |
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Argumento |
Erros |
0,0 |
Não
apresenta sinopse |
Acertos |
0,0 |
Não
apresenta sinopse |
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Roteiro |
Erros |
0,5 |
Em
nenhum momento o roteiro se dedica a esclarecer, com fatos ou passagens, por
que a personagem recebe a alcunha de “rainha das sombras”. (-0,5) O
roteiro se resume a uma extensa apresentação de geografias, linhagens e
personagens, de difícil assimilação. (-1,0) |
Acertos |
0,0 |
|
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Conjunto Temático |
Erros |
1,0 |
O roteiro não resolve bem o encadeamento de
geografias, linhagens e personagens, carecendo de utilizar fatos que
valorizem a história sendo contada. |
Acertos |
0,5 |
A sugestão de um tema original. |
1414 Voar, Voar, Subir, Subir Falta identificação dos setores,
conforme listados na sinopse. (-0,2)
Quesito |
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Nota |
Justificativa |
Apresentação |
Erros |
2,0 |
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Acertos |
0,2 |
A utilização de verbete de dicionário para
iniciar a introdução traz logo o clima literal dos voos que se pretende
apresentar. (+0,2) |
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Argumento |
Erros |
1,9 |
Trechos como “(...) um pouco da curiosidade do
que paira sobre os nossos céus, tudo isso e mais um pouco” não servem ao
esforço de delimitação do tema, dando margem a especulações. (-0,1) |
Acertos |
0,3 |
A
utilização de versos de “Sonho de Ícaro” para pontuar a sinopse dá certo tom
lírico e introduz bem o tema.(+0,1) A
estrutura do texto é correta e objetiva, contribuindo para o entendimento a
apresentação dos setores e suas conotações. (+0,2) |
|
Roteiro |
Erros |
1,2 |
Falta
identificação dos setores, conforme listados na sinopse. (-0,2) De
certa forma, a abertura com o personagem Ícaro permite um investimento
plástico imponente. Entretanto, a opção pelo astro Sol como elemento
principal no abre-alas enquanto os ícaros se fazem coadjuvantes não contribui
para o entendimento do enredo. (-0,1) A
composição do enredo não deixa clara a opção por iniciar o desfile com Ícaro
e só depois introduzir o voo das aves no contexto. A princípio, a natureza
seria a inspiração e o mote do desejo de o homem voar. (-0,1) Algumas
opções de fantasias para as alas parecem contribuir mais para o visual da
escola do que para o entendimento do enredo. O destaque dado em alas para o
reinado de D.João V no setor das invenções e o mercado europeu de balão (ala
13) soam periféricos ao tema. (-0,2) Último
setor, ao tentar carnavalizar os voos, devaneios e estranhamentos, acabou agregando
diversos elementos (esquilos, padres voadores, Byafra, ...) sem construir uma
unidade entre eles. (-0,2) |
Acertos |
0,4 |
A escolha do andorinhão como majestade dos céus
tem ares de originalidade e a defesa é competente. (+0,2) A reserva de um setor para descrever o “lado B”
da utilização dos aviões em cenários bélicos traz uma crítica e uma reflexão
que sempre caem bem ao carnaval. (+0,2) |
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Conjunto Temático |
Erros |
1,6 |
Apesar de uma concepção bastante interessante
para o enredo, a organização do roteiro confunde com a ordem de alguns
setores (o voo de Ícaro antes da inspiração dos voos das aves) e a reunião
não tão bem formatada de elementos diversos no último setor (de esquilos a
Byafra). |
Acertos |
1,9 |
Uma abordagem correta para um tema clássico, com
infinitas possibilidades – basta lembrar que em 2020 tivemos simultaneamente
Salgueiro e Beija-Flor explorando este tema. A variedade de imagens é bem
explorada no enredo, misturando metáforas e cronologias. Um destaque é a
crítica à utilização dos aviões e demais equipamentos voadores para fins
bélicos. |
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