10º CONCURSO BRASILEIRO DE ENREDOS
NOTAS E JUSTIFICATIVAS – PEDRO IVO VELOZO
Desfiles de SEGUNDA-FEIRA
Enredo: Espelhos da imaginação aos moldes do corpo: a casa de bonecas do Ninho da Yata
Título: 10,0
Impressão visual: 10,0
Introdução: 10,0
Sinopse: 10,0
Roteiro: 9,8
Ala 1: O barro da criação. O correto seria dizer tradição Judaico-cristã. A criação do homem segundo o Gênesis é de milênios antes do Cristianismo. A representação tradicional de Adão e Eva é com os genitais cobertos por folhas de parreira.
Ala 3: “... bonecos em forma de hieróglifos” Como seriam esses bonecos?(0,1)
Alegoria 5: “ ... crianças brincando com bonecos representando... homossexuais, transgêneros, cisgêneros, entre outras dualidades...”
Como representar isso com bonecos, ou em bonecos? (0,1)
Exploração Temática: 9,9
Tema interessante, bem desenvolvido, em um roteiro equilibrado, bem estruturado e harmonioso. Temas infantis são sempre simpáticos e “bonecos” é especialmente interessante pela riqueza histórica e significados culturais que possui.
Este enredo apresenta coisas muito bonitas, é bastante criativo e de bom gosto, mas parece-me que lhe falta grandiosidade, espetáculo.
Conjunto Artístico: 10,0
Enredo: BAGVADGITA: A CANÇÃO DE DEUS
Título: 10,0
Impressão Visual: 9,6
Parte do texto todo em maiúsculas, outra com fonte em tamanho muito pequeno, o uso de cores, a formatação meio caótica e a falta de revisão no texto são a causa dos descontos.
Introdução: 9,8
O texto apresenta de forma clara e adequada a proposta de enredo, mas há alguns erros como a troca de Sânscrito por “ Santrico”, a repetição de uma frase e alguns erros gramaticais que indicam certo desleixo e a necessidade de revisão gramatical.
Sinopse: 9,5
O texto apresenta basicamente informações já dadas na introdução, mais o prefácio de uma edição do “ Bagvadgita como ele é”. O texto é longo, em letra muito pequena e é desnecessário para a compreensão do enredo.
O tema é fantástico, apresentando uma cultura riquíssima e uma tradição com enormes possibilidades de exploração plástica em um desfile de carnaval, mas um cuidado maior do autor em elaborar texto próprio que explicasse melhor as linhas gerais do enredo seria mais eficiente e adequado. Considerei também para julgamento deste quesito o texto inicial do Roteiro.
Roteiro: 9,3
Roteiro complexo e difícil de julgar, uma vez que o autor apresenta apenas os títulos (em geral fantásticos!) das alas e alegorias, acompanhados de belas imagens, muitas delas fotos de desfiles de diferentes escolas.
O autor poderia escrever pequenos textos explicativos, descritivos para cada elemento do roteiro e se fizesse isso, as imagens apresentadas como referência poderiam ser absolutamente corretas e aceitáveis, mas não da forma como está.
Curiosamente, fica clara a proposta de desfile. O autor sugere um tema e roteiro sem desenvolvê-lo a fundo. É uma ideia brilhante para um grande enredo e um desfile de carnaval excepcionalmente bonito, mas precisaria ser elaborado de forma mais caprichosa.
O roteiro apresenta falhas na estrutura e em alguns casos há apenas uma ala entre duas alegorias.
Lamento que uma proposta de enredo tão interessante e com tantas possibilidades em termos de conteúdo e de encantamento visual esteja apresentada de forma insatisfatória, mas parabenizo o autor pela excelente ideia que poderia ser reapresentada nas próximas edições do concurso num trabalho com maior apuro técnico.
Exploração Temática: 9,3
O autor poderia ter delimitado melhor o tema e a partir do 2º Setor apresentar sete setores, cada um deles dedicado a um dos Mestres Ascencionados, seus raios com as cores do espectro solar e as características atribuídas a eles. Fica mais ou menos evidente que essa foi sua intenção, mas a forma como apresentou tudo, já a partir da sinopse, deixou o enredo confuso.
A nota deste quesito leva em conta todas as observações já feitas e a comparação com os outros enredos concorrentes.
Conjunto Artístico: 9,2
A nota é comparativa.
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Enredo: Manchete
Título: 10,0
Impressão Visual: 10,0
Introdução: 10,0
Sinopse: 10,0
Roteiro: 10,0
Exploração Temática: 10,0
Conjunto Artístico: 10,0
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Enredo: Mamonas Assassinas: uma utopia, um disco, um sucesso
Título: 10,0
Impressão Visual: 9,9
O início do trabalho ficou “sujo”: logo do enredo, bandeira, logo da escola, banner, ficha técnica... E o texto precisa de revisão.
Introdução: 9,9
Além de revisar o texto, o autor poderia ter evitado o 3º parágrafo que é uma justificativa para o artifício utilizado para escrever a sinopse: uma entrevista fictícia com Dinho. Desnecessário.
Sinopse: 9,8
O texto traz as informações necessárias sobre a banda e apresenta o que se verá no roteiro, mas ficou meio “artificial”, pouco espontâneo.
Roteiro: 9,5
Setor 1: A CF é criativa e pode ser bonita,mas a dramatização é complicada e não creio que passe a ideia pretendida.
Casal de MS e PB: Difícil entender uma fantasia com “elementos químicos” refere-se ao primeiro disco da banda: “Fórmula do Sucesso”
Tripé : EMI - Feio e desnecessário (-0,1).
Setor 2: Ala 2 – Robocop Gay – “Robocop com fantasia rosa, elementos muçulmanos e botas gaúchas”. Não bastava o robocop rosa? Que elementos muçulmanos? Botas gaúchas?
Ala 7: “ Cabeça de Bagre” “... é uma música que faz várias críticas ao país quando cita: a polícia, a justiça, a vacinação e a Copa do Mundo...”
Fantasia: “...como debiloides... com adereço de cabeça como o pica-pau.” Não entendi a relação entre o tema da ala e a fantasia (-0,1).
Ala 8: Fantasia interessante,mas não passa a ideia que pretende (-0,1).
Ala 12: Sabão Crá-Crá – Fraquíssima, pobre, incompreensível e sem graça apresentando uma das canções mais engraçadas da banda (-0,1).
Ala 13: “ Não peide aqui, Baby”. Não entendi a sugestão de fantasia (-0,1).
Alegoria 3: Bonita, mas previsível. Não tem o “espírito” da música. Essa não é uma canção sobre bichinhos para cantar no jardim de infância. Tem uma letra cheia de malícia e observações inesperadas sobre os animais que provocam humor. Salvo pela “ fileira de vacas com o rabo para cima prestes a cagar tudo”, o autor deixou de explorar as muitas tiradas humorísticas da letra(-0,1).
Destaco a criatividade da fantasia da Bateria, Baianas e das alas 1, 5, 6, 10 e 11.
Exploração Temática: 9,7
A opção de desenvolvimento do roteiro é compreensível: Primeiro setor com CF, Casal e AA e o segundo setor com 13 alas, cada uma referindo-se a uma das faixas do disco, com 2 carros e um tripé. Porém, como são citações (cada ala, uma música), a armação poderia ser mais equilibrada. Vejamos a sequência do desfile do setor 2: duas alas, bateria, ala com tripé, carro e em seguida mais 7 alas e o carro que fecha o setor. Parece-me evidente que o 2º carro deveria ficar mais distante do AA e que a Ala 5deveria ficar mais distante do carro,uma vez que na sequência temos mais 7 alas antes do 3º carro e a troca de lugar não prejudicaria a leitura do enredo neste setor.
O Setor 3 tem 5 alas, um carro e a Velha Guarda atrás da alegoria, fechando o desfile. Já vimos muito isso, mas fica parecendo que a Velha Guarda não faz parte do enredo; parece resto. Esta está bem vestida e poderia vir já no 1º Setor ou abrindo o setor, antes da Ala das Baianas. A mensagem “ Acreditem em vocês” seria adequada junto de “Disco de Diamante” símbolo do sucesso da banda.
O anúncio deste enredo criou uma boa expectativa, pelo tema simpático, pela possibilidade de um enredo muito “carnavalesco”, cheio de bom humor e alegria, colorido e irreverente, mas o autor aproveitou pouco essa característica que fez os Mamonas terem uma trajetória meteórica conquistando públicos de todas as idades e categorias sociais.
Este é um bom enredo e resultaria em um desfile alegre e de fácil comunicação com o público, bastando para isso apenas alguns ajustes. Há nele excelentes soluções de fantasias leves e coloridas e boas ideias para alegorias, mas parece ter sido elaborado sem o esmero necessário para um grande enredo. O autor é competente e criativo, mas nesse caso ficou abaixo do que se espera do seu talento.
Conjunto Artístico: 9,7
A nota é resultado dos pontos fortes e fracos do enredo já apontados e da comparação com outros concorrentes.
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Enredo: CIRANDA CIRANDINHA, TODO MUNDO PEDE BIS NO UNI DUNI TÊ DA SAPUCAÍ
Título: 10,0
Impressão Visual: 9,9
O texto precisa de revisão gramatical.
Introdução: 9,7
Não há texto de introdução no trabalho. Julgo parágrafos da Sinopse que cumprem a função de apresentar o enredo. Evito assim maiores descontos uma vez que o enredo já será penalizado pela Comissão de Obrigatoriedades.
Sinopse: 9,7
Apresenta os elementos que compõem o enredo, mas de uma forma confusa. Dá a entender, inicialmente, que apresentará canções infantis tradicionais , mas sem qualquer explicação cita o filme Mary Poppins(-0,1). Faltou um trabalho mais cuidadoso, um planejamento para o texto, um trabalho de seleção de ideias, organização, elaboração e aprofundamento descrevendo com mais detalhes os elementos do enredo e por isso as ideias estão jogadas, descontextualizadas (-0,1). É um texto simples, com alguns trechos muito bons, mas precisando de revisão (-0,1).
Roteiro: 9,5
Setor 1 : É confuso: começa com canções infantis tradicionais, passa para Mary Poppins (Baianas) e em seguida Raul Seixas (-0,1). Sem dúvida há ideias interessantes e que podem ser de grande beleza plástica e agradar ao público, mas o autor perdeu a oportunidade de descrever melhor o AA (praça com crianças brincando) que tem potencial para ser muito bonito ou banal. Há também um tripé “ Lá vai a bola” incompreensível ( para mim, somente?)(0,1).
A 2ª alegoria “CALDA DO COMETA” (CAUDA !) Pode ser fantástica.
Setor 2 : Tem 4 alas com títulos de músicas de Xuxa e do Trem da Alegria e termina com uma alegoria que é “ Um grande balão representando o grupo Balão Mágico”. Tudo fica solto, sem algo que dê um sentido ao conjunto do setor (-0,1) e esse problema agrava-se à medida que se acompanha o desenrolar do desfile, porque já no setor seguinte há novamente essa mistura: uma ala homenageia o grupo Trem da Alegria, a Bateria e passistas fantasiados como personagens de desenhos animados, a ala seguinte é outra música de Xuxa (Rambo); e a última, “Circo”. São belas fantasias, leves, divertidas, mas expõem a falta de algo que amarre isso tudo para ser um enredo. Estes são exemplos ilustrativos do problema que persiste em todo o roteiro (-0,1). Nos Setores 6 e 7 aparece um esboço de opção que o autor deixou de explorar: há uma ala “brincar de índio”, “Boto cor de rosa” e a alegoria “ Curumim”, com referências à ecologia, misturadas a “Abecedário da Xuxa” e “ Martelo” de Gabriela no setor 6. No 7º setor, uma sequência de alimentos “Doce Mel”, “Pipoca”, “ É de chocolate”, “Limão”, “Salada Mista”, “Piuí Abacaxi” ( ala repetida 6 e 24) seguidas de “Patinhos”, “ Ciranda do samba” e a alegoria em homenagem ao desfile da Beija- flor em 1993 (-0,1).
Julgo que grande parte dos problemas do roteiro são o resultado da sinopse um tanto confusa e superficial.
Exploração Temática: 9,6
Enredos infantis são sempre muito simpáticos e de fácil comunicação como público. O tema é bom, mas não foi muito bem apresentado. Há divergências entre sinopse e roteiro; não há clareza na definição ou delimitação dos setores e falta um fio condutor que dê sentido a essa sucessão de alas e alegorias.
Apesar dos problemas apontados, não resta dúvida que este enredo resultaria em um desfile agradável e divertido, com belas fantasias e alegorias.
Os descontos neste quesito levam em conta as observações já feitas nos anteriores e a comparação com outros enredos da competição.
Conjunto Artístico: 9,6
A nota é comparativa.
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Enredo: Emovere, emoções entrelaçadas na vida do ser humano
Título: 10,0
Impressão Visual: 10,0
Introdução: 9,9
Texto interessante. Apresenta o enredo e desperta interesse pelo trabalho, mas precisa de revisão.
Sinopse: 9,9
O texto é curioso: às vezes parece tolo, às vezes muito interessante. Aborda o tema de forma inovadora e certamente pode resultar em um enredo de fácil leitura e comunicação com o público. Os erros gramaticais não prejudicam a leitura e compreensão, mas desvalorizam o trabalho(-0,1).
Roteiro: 9,8
Setor 1: Bonita CF, com bons efeitos visuais. O AA em três chassis tem algumas coisas excepcionalmente bonitas, mas precisaria de mais detalhes para representar o que pretende, principalmente a 3ª parte.
Setor 2: Evidentemente tem enorme potencial para ser visualmente interessante, mas a alegoria não acrescenta nada ao que já foi mostrado nas alas e certamente não transmite a ideia de “ força que vem da raiva”, mas a antítese: alegria/raiva (-0,1).
Setor 3: Não entendi por que apresentar palhaços (parece-me uma fobia rara) entre os grandes medos da humanidade.
Setor 4: “ Tristeza”. Bateria – A fantasia é curiosa e criativa e parece adequada para uma ala, mas não para a bateria. Além disso – e principalmente- julgo que a Bateria deveria vir em outro setor (não em Tristeza); sem esquecer o recuo e volta dela em outra parte do desfile (0,1).
O autor foi feliz na concepção da alegoria integrada à ala 16, conseguindo neste caso passar a ideia de superação da tristeza, num belo momento do desfile.
Setores 6 e 7: Os mais bonitos do enredo. O último setor é belíssimo e encerra o desfile com grandiosidade. Brilhante. Parabéns.
Exploração Temática: 9,9
O tema é muito bom, apresentado de forma criativa e inovadora. O autor propõe um desfile bonito, leve e de fácil leitura e comunicação com o público. É no geral, correto, bem estruturado e com soluções interessantes no desenvolvimento da proposta. É um bom enredo, com grandes momentos.
A nota é resultado da comparação com outros enredos.
Conjunto Artístico: 9,9
A nota é comparativa.
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Enredo: Zé Keti: eu sou o samba... A voz do morro
Título: 10,0
Impressão Visual: 10,0
Introdução: 10,0
Sinopse: 9,8
O texto é superficial, apenas cita alguns episódios isolados da biografia do homenageado, meio descontextualizados. É confuso em alguns trechos e precisa de revisão gramatical.
Roteiro: 9,5
CF: Faltou carnavalização (-0,1).
Casal: “Acender as velas”. O texto fala de problemas do morro, fala de morte, assassinatos e falta de estrutura. Não há indicação de como serão esses dramas representados pelo casal e julgo impróprio que este represente coisas negativas do enredo (-0,1).
Setor 2: O texto de apresentação fala da infância de Zé Keti, das reuniões na casa do avô com personagens mitológicos do samba. As alas apresentam Oswaldo Cruz, Carlos Cachaça e Café Nice. Aqui, evidencia-se um dos problemas da sinopse: há confusão entre Mangueira/Portela, Bangu/Oswaldo Cruz, casa do avô/Café Nice... Um melhor detalhamento do que cada ala representa, certamente diminuiria a confusão e talvez definisse uma cronologia do percurso do sambista desde a infância até tornar-se compositor de sucesso. A falta de informações sobre como serão apresentados os eventos e personagens nas alas, torna-as abstratas, citações descontextualizadas (-0,1).
Setores 3 e 4: As primeiras composições e primeiros sucessos são o tema do setor 3, que tem uma estrutura melhor, mas as alas 10 e 11 têm indicações de fantasias abstratas: “fantasia leve e forte como o amor passageiro” (até poético) e “ a dor da rejeição”. No 4º setor, a ala 12 veste fantasia que “representa o samba”. Isso não define uma fantasia (-0,1).
O texto fala do filme “Rio 40 graus” como algo fundamental para o sucesso do sambista e é apresentado na ala 13 por “garotos da favela que descem o morro para aproveitar o sol” ( o sol¿)”...ou vender produtos no asfalto”. Não creio que uma ala com vendedores e pessoas em traje de banho leve o público a perceber uma referência ao filme. O tema “Rio 40 Graus” volta a aparecer na alegoria 4, depois da bateria, passistas e ala 14”Rio Zona Norte”. Parece claro que o autor deveria optar por colocar a ala 13 integrada ao carro, na frente dele, complementando-o e favorecendo a leitura visual do enredo (-0,1).
A ala “Rio Zona Norte” tem fantasia “... de sambista carioca, com suas agruras da vida – um típico brasileiro” e a fantasia da ala de passistas é “luta por igualdade e justiça”. Como será isso?(-0,1)
Exploração temática: 9,8
O autor é talentoso e sabe escolher temas apaixonantes, relevantes e de forte apelo emocional, mas neste trabalho cometeu erros lamentáveis (e facilmente evitáveis!), com alguns setores e alas não muito bem resolvidos, prejudicando a compreensão e leitura visual do enredo.
Os descontos referem-se a problemas apontados e à comparação com outros concorrentes.
Conjunto Artístico: 9,7
A nota é comparativa.
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Enredo: “ Do fundo do barril para a avenida. A Goianos da Folia canta Chespirito”
Título: 10,0
Impressão Visual: 9,9
O texto precisa de revisão gramatical.
Introdução: 10,0
A pontuação do texto é caótica, mas como ele é muito curto, com informações claras sobre o enredo, não chega a prejudicar a apresentação.
Sinopse: 9,9
O texto é criativo, interessante, apresenta o homenageado com bom humor aproveitando os bordões de seus personagens, mas a leitura perde um pouco do encanto pelos erros gramaticais (-0,1). O simpático homenageado parece anunciar um enredo emocionante e divertido.
Roteiro: 9,6
Setor 1: CF “ ...retrata a ingressão de Roberto...” (O ingresso? A entrada?) É interessante a proposta de transformação de candidatos a emprego nos personagens, mas como se repetirá a dramatização da CF? Como os componentes vestirão novamente os ternos? Quantas vezes será possível repetir isso durante o desfile? O que o público distante das cabinas de julgadores verá da CF? Como está descrita, parece que só haverá umaapresentação(-0,1).
Ala 1: “Vem com jingles escritos por Chespirito no terno” Que jingles? No terno? Serão lidos da arquibancada? São conhecidos do público brasileiro? É preciso pensar não só se algo é pertinente ao tema, mas também na adequação. Certamente há outras maneiras de indicar que o homem foi publicitário.
AA: Grandioso, curioso, criativo e bonito.
Setor 2: Como carnavalizar a ala 5 “ ator substituto”?
O roteiro apresenta um desfile com 8 setores e 50 alas. Não há lógica ou justificativa para que estejam no 5º setor 2 casais de MS e PB, 2 tripés e a Ala das Baianas. Julgo que isso é fruto de falta de planejamento. Não há por que carregar uma porção de elementos de destaque praticamente atropelando-se, amontoados num só setor.(0,2)
Setor 8: É chato, sem graça(-0,1). Há uma ala de crianças encantadora, com fantasias de Chaves e asas de anjo que salva o setor de um desconto maior. O carro que encerra o desfile é bonito, mas é uma quebra no enredo. O setor parece-me desnecessário, ou pelo menos deveria ser menor e seu conteúdo apresentado só pela alegoria ou uma ou duas alas no máximo.
Exploração Temática: 9,7
Julgo que o principal erro do autor foi o número excessivo de setores e alas. Optando por um roteiro menor, teria evitado um grande número de alas mais fracas, mal resolvidas visualmente, de conteúdo abstrato e de leitura impossível. A diminuição de 10 ou 12 alas neste enredo poderia torná-lo um grande enredo. Da forma como está, é cheio de bons e maus momentos, de qualidade irregular.
O tema é bom. Homenagear um artista com que o público tem forte ligação afetiva gera identificação e comunicação instantânea, alegra a avenida e facilita a leitura visual do desfile.
O enredo é bom, desenvolvido em sua maioria com criatividade, bom humor e bom gosto.
A nota deste quesito leva em conta os fatores já comentados anteriormente e a comparação com outros enredos.
Conjunto Artístico: 9,7
A nota é comparativa.
Pedro Ivo Velozo de Melo - 22 de setembro de 2016
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