11º CONCURSO BRASILEIRO DE ENREDOS
Justificativas e comentários – Pedro Ivo Velozo
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Enredo: Chapecoense, tu és sempre Chapecó.
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 9,8
O texto é claro e de leitura agradável, explica o que se verá no desfile e há evidências de pesquisa, mas apresenta um erro histórico grave (Guerra do Paraguai durante o governo Vargas) e precisa de revisão gramatical (-0,1).
Roteiro: 9,6
Excelente a ideia de iniciar o desfile apresentando o povo Kaingang, mas faltou descrever como será apresentado na CF, não detalhou a fantasia das baianas, só indica as cores da Ala2. O AA está pouco detalhado (-0,2).
Na Ala4, o correto seriam uniformes militares do Império (além de tudo, mais bonitos e coloridos). A Guerra do Contestado é citada na Ala8 e a Guerra do Paraguai na 9, numa inversão da cronologia; as fantasia e alegorias estão pouco detalhadas, dificultando a visualização (-0,1). Em 1942, o governo criou Territórios Federais e não estados (-0,1).
É problemático para a evolução da escola, colocar a bateria na frente de uma alegoria.
Exploração temática: 9,8
Este é um “enredo CEP” interessante e bem feito, que certamente proporcionaria um desfile bonito e culturalmente relevante: apresenta os índios da região e seus mitos, a riquíssima História de uma região de fronteira e sua ocupação por imigrantes de várias origens, as guerras do Período Imperial e por fim a Chapecó de hoje com sua importância econômica e cultural e a tragédia da Cahpecoense .
Os textos explicativos dos setores, alas e alegorias são bons e trazem informações suficientes para um enredo de carnaval. Considero que algumas mudanças nos setores 2 e 3 facilitariam a leitura visual e corrigiriam falhas da narrativa. Fica clara a intenção do autor de mostrar como se deu a ocupação humana da região, suas atividades econômicas e depois os fatos históricos mais relevantes da cidade e região, assim vão sendo contados fatos do período colonial até hoje e no setor seguinte voltam a aparecer eventos do Império, República Velha e a História fica confusa (-0,2)
Quanto ao setor que apresenta a Chapecoense, creio que deveria trazer mais informações sobre o clube, sua história e importância para a cidade e não só o acidente aéreo (-0,1).
Conjunto Artístico: 9, 7 A nota é comparativa.
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Enredo: As Reviravoltas do Medo
Título: 10 --- Impressão visual: 10
Introdução: 9,9
O texto começa muito bom, propondo uma reviravolta do medo numa viagem conduzida por Caronte e anjos e cria a expectativa de um enredo interessante, mas o segundo parágrafo, com excesso de informações meio desencontradas causa estranhamento e desfaz a boa impressão inicial (-0,1). Julgo que bastaria o primeiro parágrafo como introdução, acrescido talvez de uma ou duas frases do final. Além disso, o texto precisa de revisão gramatical.
Sinopse: 9,7
Esta sinopse é complexa, confusa em alguns momentos. Há muita coisa metafísica, abstrata e às vezes não ficam muito claras as reviravoltas de que fala o título. Creio que deveria ter delimitado mais claramente o tema: fobias, guerras e revoluções, corrupção na política, ecologia, escravidão, coronelismo... É muita coisa em um só enredo de carnaval e é difícil manter a coesão na narrativa. Fico com a impressão que cada setor daria mais de um enredo.
O segundo parágrafo e o último possuem coerência, unidade e poesia. Creio que se houvesse focado nessa linha mais onírica, esmerando-se na carnavalização dessa viagem, o resultado poderia ser melhor, porque considero que o problema foi juntar fatos históricos do Brasil e do mundo, coisas materiais e espirituais ou psicológicas.
É louvável a intenção do autor de fazer algo novo, original, fugindo do já visto, do lugar comum, do esperado, que resulta em enredos parecidos. Pode não dar certo, algumas vezes; pode não agradar ao público, mas este é o único caminho para um artista.
Claro que o Roteiro justifica alguns pontos, esclarece outros e isso será analisado a seguir.
Roteiro: 9,6
A CF é interessante. O conjunto inteiro parece bonito, arrojado e impactante, mas poderia “dialogar” com o belo Abre-alas. Considero desnecessária a aparição de painéis de led no final.
O Setor 2 apresenta fantasias divertidas e com belos efeitos cênicos, exceto na Ala 5 (muito ruim) e não dá para usar alto-falantes com sons de trovão num desfile! (-0,1). A segunda alegoria é grandiosa, plasticamente impressionante, mas não passa a ideia de superação do medo (0,1).
O Setor 3 apresenta personagens e fatos históricos, visualmente é bonito, mas não passa a ideia de superação do medo (0,1). Sem a leitura do texto que as apresenta as alas são citações de fatos ou personagens, sem qualquer ligação entre elas. A Ala 11 “Hitler herói ou diabo...” apresenta (felizmente!) o líder nazista como monstro, não mostra (felizmente!) nenhuma reviravolta. Só o título é infeliz e inadequado, mas é proibido por lei apresentar publicamente símbolos nazistas. Mesmo denunciando o horror e monstruosidade do personagem e sua ideologia, essa ala não poderia desfilar na avenida (Em 2008 a Viradouro mostraria uma pirâmide de corpos e ossos humanos e Hitler no centro de uma alegoria e a São Clemente tinha, no mesmo ano, uma ala de soldados com a suástica no enredo sobre Nostradamus e o protesto de entidades judaicas e de direitos humanos conseguiu convencer as escolas a retirá-las do desfile).
Creio que é este setor que quebra completamente a lógica do enredo (-0,1). Sem ele, o entendimento da proposta estaria mais claro.
Os demais setores são irregulares, com bons e maus momentos, algumas saídas interessantíssimas que esclarecem a intenção do autor que foi frustrada no Setor3, quando, por exemplo, apresenta marinheiros com a chibata (Ala 20), coronéis nordestinos com cabresto (Ala 22) ou políticos com tornozeleiras eletrônicas. Além disso, há fantasias bem humoradas como a da Bateria, algumas lindas como a da Ala 29 (Chuva).
Exploração temática: 9,7
As observações nos quesitos anteriores justificam os descontos neste.
Conjunto Artístico: 97
A nota é comparativa.
Enredo: Amazônidas
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 9,7
Texto muito simples, muito curto, com informações superficiais sobre o tema. Há poesia em alguns trechos, o que o valoriza, mas certas coisas apenas sugeridas poderiam ter sido desenvolvidas.
Roteiro: 9,5
A CF é simples, mas pode ser bonita e apresenta adequadamente o enredo. O AA é interessante e criativo e a Ala de Baianas é linda. As Alas 1,5 e 9 apresentam fantasias praticamente iguais, variando apenas a cor ou algum adereço; a descrição da Ala 7 é vaga e nada atraente e não há indicação de como serão carnavalizadas as Alas10 e 11 (-0,3). As alegorias apresentam soluções interessantes e adequadas ao enredo, mas a repetição de “esculturas de caboclo” em todos os carros e tripés, sem acrescentar novas informações, é cansativa e empobrece o desfile (-0,2).
Exploração temática: 9,6
A sinopse apresenta alguns elementos até muito interessantes (como os espíritos da escuridão que “judiam” dos caboclos, ou os espíritos guias) que não aparecem no roteiro. O autor repete informações sobre o tema em alegorias e alas, desperdiçando oportunidades de enriquecer o desfile e isso se torna ainda mais sério por se tratar de um enredo pequeno, para escola de pequeno porte.
Conjunto Artístico: 9,5
A nota leva em conta os problemas já apontados em outros quesitos e é comparativa.
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Enredo: Os Pecados aos olhos dos Anjos – Um Voo Negro...
Título: 10 -- Impressão Visual: 10
Introdução: 9,9
A última frase (desnecessária) e os erros gramaticais prejudicam o texto.
Sinopse: 9,8
Excelente. Apresenta os pecados capitais de forma original, com uma seleção maravilhosa de fatos e personagens bíblicos, mitológicos e históricos para ilustrá-los. Há evidências de boa pesquisa e o texto é agradável e prazeroso, apesar dos erros gramaticais (-0,1). O texto fala de uma “nação greco-romana”. Há uma cultura Greco-romana, mas nunca houve uma nação e no item só são apresentados elementos gregos: soldados espartanos, A Ilíada, o deus Ares (-0,1).
Considero inadequado dizer que “Deus cometeu o pecado da ira”. Se o tema é baseado numa visão judaico-cristã, a noção de pecado dessas tradições religiosas não se aplica a Deus. Considero pertinente citar a ira divina nesta parte do enredo, mas a forma de apresentá-la precisaria ser outra.
Parabéns pelo acróstico (que acrescenta um detalhe curioso ao texto) e pela maneira criativa como o concluiu.
Roteiro: 9,7
Integrar a CF e Casal de MSPB pode ser interessante, mas considero um erro que os anjos da CF sejam também guardiões do casal. O MS precisa se destacar e não ser apenas mais um anjo negro entre outros (ainda mais com a calça rasgada) (-0,1).
O AA é pouco criativo, a descrição é insuficiente para sua visualização e a Ala 4 é de muito mau gosto (frases obcenas na barriga) (-0,1).
O roteiro é muito regular, com alas bonitas, criativas e alguns momentos muito lindos, mas as alegorias poderiam estar com formas, volumes, cores e decoração mais detalhadas (-0,1).
Exploração Temática: 10
Conjunto Artístico: 9,8
Esta é uma proposta para um desfile lindo. É original, mesmo abordando um tema já apresentado em vários carnavais – o que não é fácil. Parabéns! Tem tudo para um belo espetáculo. A nota é comparativa.
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Enredo: Um Shakspeare bem brasileiro: Sonho de uma noite de verão...
Título: 10 --- Impressão visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 10
Roteiro: 9,8
Esta é uma proposta para um desfile maravilhoso. O Setor1 é deslumbrante: apresenta CF, alegoria e fantasias maravilhosas, com riqueza de detalhes; abrindo com luxo, criatividade e soluções plásticas belíssimas o desfile, que segue inteiro muito correto, muito alegre e colorido.
O Roteiro é fiel à Sinopse, mas como o autor optou por um texto em versos, só aqui fez as devidas associações entre o desfile e a peça de Shakspeare, o que permite não apenas a compreensão, mas também aumenta o encantamento do leitor, mesmo se este não conhecer a obra em que o enredo se inspira. Quando abre o Setor 2 “ A Realeza do Samba” anunciando que “ Ao invés da Corte Ateniense retratada no livro, traremos o que temos de mais nobre no samba...” e em seguida apresenta Baianas,Velhas guardas, Casal... Rei Momo; ou no Setor 4 diz que no livro os casais fogem para uma floresta e aqui eles “fogem para uma floresta de gente” – o carnaval de rua do Rio – é perfeito. Não fez isso no Setor 3 e ele parece sem sentido. Não é possível entender por que há um bloco de carnaval neste setor, se há em seguida um setor inteiro de blocos, ou por que “Feitiço do lança-perfume” ou as “Latinhas do esquecimento”, coisas fundamentais para a narrativa (-0,2).
No mais, tudo é espetacular, criativo, colorido, alegre. Parabéns pela última alegoria que fecha o desfile de forma originalíssima e grandiosa!
Exploração Temática: 10
Conjunto Artístico: 10
Espetacular! Parabéns.
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Enredo: A Lenda de Dido
10 em todos os quesitos.
Enredo clássico, luxuoso, criativo, plasticamente deslumbrante. O autor conseguiu contar uma história fascinante em um enredo curto, sem deixar qualquer lacuna. Parabéns!
Obs.: O título é pouco chamativo. Bastava acrescentar “Rainha de Cartago” e ele provocaria mais curiosidade.
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Enredo: O Rei das Aquarelas
Título: 10 -- Impressão Visual: 10
Introdução: 9,9
O texto cumpre sua função, mas precisa de revisão gramatical.
Sinopse: 9,8
Em forma de poema e utilizando trechos de canções, a sinopse apresenta de forma afetiva e poética o homenageado. É um texto bonito, mas as informações ficam jogadas, partidas, descontextualizadas, o que pode representar um problema no roteiro.
Roteiro: 9,7
Fazer considerações sobre cada ala, setor e alegoria deste roteiro, seria repetitivo porque tudo é muito lindo, muito bem pensado e adequado ao que pretende mostrar, tudo é muito criativo e original e encantador. Há coisas deslumbrantes, como as alegorias 2 (Carreira de ouro), 4 (Tieta), 5 (Caminho das Índias) e a última (o céu e o Morro da Mangueira).
As fantasias são espetaculares, coloridas, divertidas, às vezes luxuosas e todas muito criativas e cheias de detalhes encantadores, o que proporcionaria um espetáculo de encher os olhos do público. Destaco o esmero do autor em detalhar cores, formas, volumes, localização espacial de partes de alegorias e seus componentes, os materiais, a decoração, de forma tão pormenorizada que permite ao leitor visualizar cada fantasia ou elemento alegórico do desfile. Parabéns.
O que provoca os descontos é que muita coisa fica solta. São citações: o Setor 4, com toda plasticidade, criatividade e fantasias maravilhosas, lembra apenas novelas de TV e seus cenários, personagens ou aberturas; os Setores 5 e 6, igualmente belos, lembram Escolas, sambas e enredos. Claro que há alguma ligação entre o homenageado e tudo isso, mas fica muito vago, solto.
Este é o único problema, mas me impressionou o talento do carnavalesco.
Obs.: Emílio merece a homenagem.
Obs.2 (humorística): Ala 14 (Bebê a Bordo) “... como as mulheres são extremamente ricas, vai um óculos escuro na cabeça.” ( risos) Nunca vi alguém relacionar óculos escuros na cabeça com riqueza.
Exploração Temática: 9,7
Considero que a justificativa do quesito anterior, explica a nota deste e do quesito seguinte.
Conjunto Artístico: 10
Parabéns!
Enredo: Tons de Zé
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 10
Roteiro: 9,6
A fantasia da ala 7 precisaria de algo que remetesse à apresentação de Tom fantasiado, talvez um violão, não apenas o traje usado por ele na ocasião .
Na Ala 9 (Arena canta Bahia), fica muito vago apresentar fantasia de cachorro, aludindo ao título de uma música que o artista cantou no espetáculo. Não representa a importância desse episódio na carreira de Tom Zé e não faz justiça à importância do Teatro de Arena para a cultura brasileira no período da ditadura militar (-0,1).
Uma fantasia toda azul, com bandeirolas coloridas nos ombros é muito pouco para representar o Tropicalismo (Ala 10), um movimento que foi uma explosão de cor, misturas, de valorização do popular... (-0,1).
A descrição da alegoria 4 não apresenta detalhes de formas, decoração ou efeitos. Não há nenhum encanto visual (-0,1).
Considero que usar títulos de música ou de discos não foi a melhor escolha para traduzir a importância da contribuição de Tom Zé para MPB, o Tropicalismo ou a Cultura Nacional e a leitura visual dessas alas é quase sempre difícil, mesmo para quem conhece a obra do artista (-0,1).
Exploração Temática: 9,9
O tema foi bem desenvolvido na proposta, mas julgo que o autor poderia ter ousado mais em um enredo sobre uma pessoa tão contestadora, vanguardista e irreverente como Tom Zé.
Conjunto Artístico: 9,8
Bela homenagem a um artista maluco e genial. Excelente enredo. Parabéns!
Enredo: Aventura Tropical...
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 9,8
Texto bom, bem escrito e apesar de relativamente curto narra de forma agradável o que se verá no desfile. Julgo, entretanto, que precisaria explicar melhor a influência de Caramuru sobre os índios e quais foram os feitos extraordinários do personagem que fizeram sua fama chegar à Europa e o levaram a ser recebido com sua “corte indígena” pelo Rei da França.
Roteiro: 9,8
CF – Pode ser adequada e bonita (15 componentes com trajes portugueses do Séc.XVI), mas a evolução com pedaços de um mosaico que formam a bandeira de Portugal ou paisagem brasileira é pouco criativo e limita os movimentos dos participantes. Creio que bastaria a representação da viagem do personagem com o uso das capas (-0,1).
A fantasia do MS com “animais em forma geométrica” é feia e destoante do setor inteiro, com bela PB, Baianas e alegoria. O Setor 2 é muito bonito, a alegoria não é muito original, mas é visualmente agradável. Ala 5 precisaria de detalhamento.
No Setor4, a Ala16 (Catarina do Brasil) é fantástica. Na Ala13, há uma confusão com o nome do Imperador (Francisco-Fernando).
No Setor5 há várias alas com trajes masculinos portugueses, sem referência a trajes femininos que poderiam enriquecer visualmente o desfile. As alas são bonitas, principalmente a 18 (caravelas) e a 20 com cores variadas.
O texto precisa de revisão gramatical (-0,1)
Exploração Temática: 9,8
Esta é uma boa proposta de enredo histórico, com um personagem curioso em um momento fascinante de nossa História. O autor poderia ter abordado de forma mais clara a vida do português entre os índios e os feitos que acabaram por torná-lo famoso na Europa, aceitando a cidadania francesa, recusando honras do Governo Português, mas auxiliando o Governador Geral do Brasil. Algumas coisas ficaram jogadas, descontextualizadas por deixar esses e outros detalhes fora da narrativa (e não me refiro apenas ao texto, mas à proposta visual).
Conjunto Artístico: 9,7
A nota é comparativa.
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Enredo: Ecoa a Alucinógena Voz do Samba...
10 em todos os quesitos.
Enredo lindo, muito original, impactante e criativo.
Parabéns!
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Enredo: Enawenê- Nawê : Homens-espírito
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 10
Roteiro: 9,8
Considero que ficaria mais clara a ideia do povo ‘’defeituoso’’ que vence o mal e se transforma, se o Setor 2 tivesse fantasias tradicionais de índios, sendo os diversos clãs indicados por adereços ou outros elementos cênicos. O Setor5 reapresenta produtos presentes nos anteriores (peixe, mel, mandioca, outros alimentos), sem deixar muito claro como se representará a oferenda destes aos espíritos.
Exploração Temática: 10
Conjunto Artístico: 10
Este é um enredo maravilhoso visualmente e de relevância cultural, apresentando um povo pouco conhecido com seus mitos e rica espiritualidade. O roteiro está estruturado de forma brilhante, as fantasias são criativas e os elementos alegóricos, belíssimos. Grande enredo! Parabéns.
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Enredo: Beijo
Título: 10 --- Impressão Visual: 10 --- Introdução: 10
Sinopse: 9,9
Texto agradável, leve e coloquial, com base em boa pesquisa. Os erros gramaticais não chegam a prejudicar a qualidade do trabalho (mas são lamentáveis). Creio que as informações relativas à Índia e sua cultura poderiam ser citadas em um só bloco, ao invés de intercaladas pelo beijo de Judas, gregos, romanos... (-0,1) Essa quebra e retomada parece sem propósito e pode ficar estranha no roteiro.
Roteiro: 9,7
Uma CF simples, mas bonita, apresenta com romantismo e ternura o enredo da escola. Poderia ser mais simples e ainda mais bonita e romântica sem as línguas e germes que além de desnecessários, quebram a sequência da dramatização (-0,1).
O AA é espetacular. Parabéns.
A Ala3 (Beijo de Judas) parece mal localizada, entre duas citações milhares de anos mais antigas; o mesmo ocorre com a ala 10 ( civilizações Pré-Colombianas) que poderia estar no Setor 2 e as alas 9 e 12 ( costumes) estão deslocadas entre episódios da História(-0,1).
A Ala 25 tem fantasia confusa, com muitas informações e leitura difícil, a 32 é feia e desnecessária (-0,1) não acrescenta nada ao enredo.
Exploração Temática: 9,8
Este é um enredo para um desfile divertido, colorido e simpático, de fácil leitura e comunicação instantânea com o público.
Creio que optar por um roteiro com 34 alas, em 6 setores prejudicou a proposta: o desfile começa muito lindo e os dois últimos setores são visualmente mais fracos. Há algumas alas que parecem desnecessárias ou abstratas.
Como se trata de enredo temático percebe-se a preocupação do autor de apresentar no desfile todas as informações possíveis. Por esse motivo muita coisa termina parecida e o desfile perde força no final.
Há ideias fantásticas e belas soluções para fantasias e alegorias, o tema é tratado com leveza e bom humor, há um bom uso de cores e sem dúvida proporcionaria um belo desfile de carnaval. Parabéns!
Conjunto Artístico: 9,8
A nota é comparativa.
Abril de 2017
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