Dicas e reflexões do Concurso de Enredos
Vamos chamar de dicas apenas comentários, reflexões com importância menor que os Comunicados. Assim dicas não precisam ser lidas, são textos de menor importância, ler quem quiser, participa quem desejar.
Os Comunicados serão as informações vitais, mudanças no regulamento, coisas que não pode se deixar passar.
As dicas e reflexões algo secundário.
A primeira reflexão depois dos últimos acontecimentos é que não podemos deixar que interesses particulares predominem. As regras do Concurso de Enredos não foram e não devem ser pensadas em beneficiar A ou B. As regras do Concurso de Enredos são pensadas e devem ser pensadas no TODO, no bem do Concurso, no que for benéfico para o evento e até na disputa saudável e não no "cartel", aquilo que se combina para diminuir a competição.
Um dos problemas do carnaval com o controle da Liesa é exatamente esse, as escolas pegaram o controle e são donas das principais decisões. Em uma primeira análise parece ser algo positivo. Afinal elas não deixam de ser as donas da festa, elas precisam ser ouvidas e estar satisfeitas.
Mas quando lembrando que o poder público e o próprio público não tem voto, nem veto, praticamente são meros espectadores, fica o convite para pensar e que consequências a falta de participação destes faz.
Pois o poder do carnaval na mãos das escolas pode resultar em interesses particulares das escolas ficar acima dos interesses do espetáculo. O público nestes anos tem ficado de lado, a competição livre e saudável tem perdido espaço. Cada vez mais o Desfile do Grupo Especial tem andando para trás, tem ficado mais protecionista, refém de interesses particulares de dirigentes e das escolas, o desfile virou um grupinho fechado, muito difícil de uma escola nova entrar. E reflexões sobre o poder inteiro na mão das escolas poderíamos fazer inúmeras, o debate é longo...
Mas a lição que podemos tirar disso, é que as decisões precisam ser feitas com a participação de outros núcleos, muitas vezes quem não tem interesse na disputa em si e pensam no espetáculo como um todo.
O enredistas são ouvidos e devem ser ouvidos, mas os rumos do Concurso precisam ser pensados no espetáculo, no bem comum e não no particular.
Não é porque participante A que faz um enredo por ano que temos que planificar tudo para um enredo por ano para todos.
Não é pq participante B não sabe fazer alguma coisa, que vamos proibir para todos a demonstração dessa habilidade.
Não é pq as regras que até ontem eram favoráveis para C, mas agora não são mais, que temos que mudar as regras no meio do caminho.
Em todos os casos para todas as situações temos que pensar sempre no coletivo, no concurso, no melhor para todos, para a maioria.
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